srta_mayar Marcela Barbosa

Após a Sombra que persegue Morgan em seus sonhos surgir na vida real, fazendo-a atravessar o véu sob o qual o mundo sobrenatural se encontra, a iminência de ter que lidar com seus demônios internos que se empenham em assumir o controle se choca com estranhos acontecimentos que podem estar mais ligados a ela do que a garota é capaz de imaginar. Enquanto busca entender o que ela representa para aquele mundo, a aterradora ideia de que sua sobrevivência pode significar a ruína ou salvação do mundo sobrenatural e dos seres que nele habitam pode não ser suficiente para libertar sua alma que está ameaçada. "Não permita que a morte a faça temer a vida."


Aventure Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Prólogo

O gélido vento noturno castigava a face corada da jovem que corria descalça através da densa floresta enevoada. Seu corpo tremia e sua respiração tornava-se cada vez mais penosa, produzindo um ruído abafado que acompanhava o barulho das folhas secas que quebravam ao serem pisadas. Sua garganta arranhava e pouca atenção era voltada à dor que emanava de seus ossos, pois tudo que mais lhe importava naquele momento era escapar da Sombra. Seguiria em frente, desafiando sua visão turva e cansada mesmo que não soubesse para que lugar seus passos lhe levariam. Sabia que qualquer descuido seria fatal.

Sob uma míngua esperança de se ver liberta daquela situação a jovem voltou o olhar para suas costas, mas foi em vão. Todo o caminho percorrido até então resumia-se a um espesso breu embaçado e ela sabia que ainda estariam atrás dela. Podia sentir, tão evidente quanto o formigamento na ponta de seus dedos gelados.

Em frente, à distância, as árvores pareciam se tornar mais espaçadas umas das outras, e aos poucos davam espaço a uma pradaria¹ que seus olhos eram incapazes de captar em sua totalidade. Em algum lugar distante o silêncio da floresta era preenchido pelo som de águas chocando-se contra alguma formação rochosa. As folhas secas ao chão eram substituídas por uma vegetação rasteira encoberta por uma fina camada de neve.

Quando o atingiu, o espaço aberto mostrou-se como um abismo onde ela imaginou haver um rio. Consciente de estar encurralada, desacelerou os passos, mas não parou.

Uma voz sibilante percorreu sua mente: "Eu te encontrarei, não importa onde esteja".

Não havia saída. Tomada pelo medo e num ato entremeado de coragem e desespero, ela puxou o máximo de ar que seus pulmões poderiam suportar e fechou os olhos, voltando a correr o mais rápido que podia, lançando-se no despenhadeiro.

Seu corpo em queda livre relaxou por completo, permitindo-lhe sentir a dor e a exaustão por que passara.

Ela não podia ver, mas lá em cima, parada à beira do abismo, a Sombra observava sua queda com um sorriso malicioso estampado em seus lábios cor de carmim.


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¹ Uma pradaria ou relvado é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. (Fonte: Wikipédia)


1 Août 2020 20:27 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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