meigenibomb Iza Silva

Uma amizade antiga, uma paixão não muito recente, um crush inesperado e uma “ameaça” que pode mudar o destino de Kris e de Tao. [+ Capitulo Extra]


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

#taoris #kristao #chanhun #kaisoo #festa #inverno #ensinomedio #gay
Histoire courte
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Inverno de 2002

December, 22 – 19h.


Kris encontrava-se apoiado no portal do banheiro que ficava no quarto de seu melhor amigo, Huang Zitao, enquanto o mesmo tomava banho. A pouco tempo atrás, os dois garotos conversavam sobre como o parceiro de Tao era educado e lindo.

Mas parceiro de que?

Mais tarde, o mais novo irá participar do último baile de inverno da sua escola, junto com seus colegas Park Chanyeol e Do Kyungsoo.

— Terminei Kris... – disse Zitao, saindo do box enrolado em uma toalha e enxugando com outra os cabelos loiros – Me diz, por favor, que você sabe dar nó em gravata borboleta?

— Acho que sei.

— Ótimo, agora sai daqui, que eu vou me vestir. Depois eu te chamo e você volta. – lançou a toalha, que antes enxugava os cabelos, no maior e o viu sair, deixando a toalha pendurada em uma cadeira.

Kris ficou no corredor, em frente ao quarto do amigo, esperando que ele o chamasse para dentro de novo. O mais velho havia se formado no ano anterior, na mesma escola que, hoje, Tao, Kyungsoo e Chanyeol estão terminando os estudos.

Não fazia muito tempo que ele havia percebido que sentia algo mais do que uma amizade pelo mais novo. Kris lembrava-se da empolgação que o outro tinha ao contar que o bonitão, Oh Sehun, havia o convidado para ir como seu acompanhante ao baile de inverno e isso mexeu consigo.

Tentou ao máximo esboçar um sorriso e parecer feliz com a notícia e embora se sentisse triste, o seu amigo parecia contente e o mínimo que podia fazer era ficar feliz também.

— Você acha que eu fico melhor com a camisa azul bebê ou a branca? – perguntou Tao, que por estar com a porta fechada sua voz saiu em um tom abafado.

— A branca... Que horas vai começar essa festa? – perguntou olhando para o relógio pendurado na parede do início do corredor.

— Os meninos disseram, que vai ser às oito.

— Acho que você começou a se arrumar cedo demais, acabou de dar sete horas e você está praticamente pronto.

Abriu a porta, e voltou a abotoar alguns dos botões da camisa social que estavam abertos, fechando a porta assim que o corpo do outro entrou completamente no quarto.

— E vinte, são sete e vinte. – disse esticando o braço direito, o mesmo que segurava a gravata borboleta.

Kris pegou-a e passou-a pelo pescoço do mais novo. Cruzou a ponta mais comprida sobre a mais curta, passando a ponta maior por dentro, formando um nó simples.

— Será que ele vai gostar? – Tao perguntou meio receoso, olhando para o outro tentando encontrar alguma resposta positiva em sua expressão.

Kris sabia de quem o amigo estava falando. Afinal, Zitao estava sempre falando ou mencionando o Oh nos últimos dias.

— Relaxa Tao, você é lindo. – o chinês mais novo sorriu e abaixou a cabeça, claramente envergonhado.

Não estava esperando um elogio da parte de Kris, no máximo um “Vai dar tudo certo, cara!”.

— Jura? – perguntou, meio desacreditado.

Depois de terminar, apertou o laço puxando os dois lados e as duas metades. Pousou as mãos nos ombros do amigo, tentando tranquiliza-lo. Tao olhou nos olhos de Kris, que devolveu o olhar do mais novo, com a mesma intensidade.

— Acredite, eu pegaria você. – o outro riu de nervoso com a última frase proferida pelo amigo, frase essa que fez o coração do Huang disparar.

— Kris, você não é hétero? – disse rindo timidamente.

Secretamente, Tao correspondia o sentimento do outro, mesmo que não soubesse da existência deles. Alguns ocorridos levaram Tao a acreditar que o amigo era hétero e que seu sentimento os afastaria se fosse declarado. Então preferiu manter em segredo os sentimentos e seguir com a amizade que possuíam.

Kris olhou para o amigo, reparando em cada detalhe do seu rosto. Pensou que seria um ótimo momento para assumir o que sentia. Talvez, ao final da noite, Zitao não estivesse mais disponível.

Limpou a garganta antes de começar.

— Tao eu... – foi cortado pela campainha que foi apertada do lado de fora, fazendo o som ecoar pela casa inteira.

Continuou imóvel no quarto enquanto encarando o outro, mas não falou mais nada. O Huang o olhava esperançoso, na esperança que ele terminasse de falar. O som da campainha foi ouvido mais uma... duas... três vezes seguidas.

— Os meninos chegaram, vem Kris. – disse depois de perceber que ele não continuaria a falar.

Desviou do corpo do maior e saiu apressado do quarto. Percebendo que o amigo continuou estático no meio do quarto, voltou e o puxou pelo braço. Desceu as escadas correndo.

— Huang Zitao, já disse para não descer as escadas correndo. – foi repreendido por sua mãe que estava sentada no sofá da sala assistindo mais um episódio de Winter Sonata.

Atendeu a porta, onde os dois colegas e o tal do Oh Sehun estavam esperando. Kris viu Tao cumprimentar os amigos e dar um abraço em cada um deles. Depois virar-se para Sehun, meio envergonhado.

— Oi Sehun-ah. – disse corando.

— Oi Taozi, você está ainda mais lindo hoje. – abraçou o chinês.

Ficaram um tempo conversando em sua própria bolha sem falar com os outros. Kyungsoo olhou para Kris, que estava completamente enciumado por causa do contato dos dois garotos a sua frente. Chanyeol percebendo isso puxou Kris para longe dos dois e Kyungsoo se aproximou sorrateiramente.

— Você não contou para ele, não é mesmo, senhor Wu Yifan? – perguntou o baixinho, encarando o garoto bem mais alto que si, com as mãos na cintura.

— Eu tentei, Soo... – olhou para Tao, ainda entretido com a companhia de Sehun – mas vocês chegaram e não deu tempo de continuar.

Kris... – disse no tom de repreensão – isso não é desculpa. Faz mais de um mês que você diz que vai contar para ele.

— E até agora, nada. – complementou Chanyeol.

— Eu sei, mas é que... – Tao começou a se aproximar segurando a mão do outro garoto.

— Conta para ele logo! – sussurrou Kyungsoo, antes de Tao se aproximar o suficiente.

— Gente, está na hora.

Chanyeol olhou para Kris e murmurou um “Agora é tarde, cara!”. Depois foi arrastado por Kyungsoo. Tao ficou para trás enquanto os outros caminhavam à frente.

— Será que eu posso ir para sua casa depois, meus pais vão sair e eu não queria ficar sozinho?

— É, acho que pode.

— Obrigado Fan, até mais tarde. – sorriu e virou as costas para Kris.

— Não faça nada que eu não faria. – falou um pouco mais alto.

Kris olhou para os colegas indo embora e foi para a sua casa, na direção contrária.


[...]


Abriu a porta, completamente sem ânimo. Sentou-se no sofá da sala e ligou a televisão, zapeando os canais sem sentir interesse em assistir qualquer programa besteirol que estava passando, mas tentando manter a mente ocupada o suficiente para não pensar em Tao.

Não obteve sucesso e sem perceber, já pensava no que poderia estar acontecendo na festa de seus amigos. No carinho que ele vai trocar com Sehun, enquanto dançam e provavelmente trocam beijos no decorrer da festa.

Não queria imaginar, mesmo que já se torturasse com a ideia de Tao e Sehun começarem a namorar e ter que presenciar seus momentos românticos.

Estava inquieto. Não conseguia se concentrar em assistir a um programa, nem em ler um livro, uma revista em quadrinho, jornal ou qualquer outra coisa do gênero.

Ainda não eram nem nove horas da noite quando Yifan começou com paranoias de o que eles estariam fazendo naquele momento enquanto ele se afundava em pensamentos negativos.

De acordo com Chanyeol, Oh Sehun tinha fama de pegador e provavelmente não pouparia esforços para fazer de Tao somente mais um de seus casos de uma noite. O problema de Kris era pensar demais. Por causa disso reprimiu por tanto tempo seus sentimentos. E por causa disso estava adiando mais ainda esse assunto com o Huang.

Pegou o celular determinado a ligar para Kyungsoo. Esperou alguns segundos até começar a chamar. Chamou por três vezes e na quarta o garoto atendeu.

— Tudo bem, Kris? – Perguntou Kyungsoo.

— Será que você pode me dizer o que o Tao está fazendo?

— Aposto que você estava criando teorias de “O que eles devem estar fazendo” né? Não vou dizer Kris. Sinto muito.

— Do, não seja assim, eu ‘tô surtando. – ouviu ao fundo, além da música alta, duas vozes diferentes brigando com o baixinho.

Um som abafado e em seguida ouviu uma voz que reconheceu como sendo do namorado de Kyungsoo, Kim Jongin

— Ei Kris, o que você quer saber? – Kyungsoo ainda batia no garoto e dizia “Não ouse fazer isso, Jongin” – Ah já sei o que é. Olha eles estão dançando, mas o Tao está com uma “mão boba” na bunda dele.

— E é uma senhora bunda, cara. – Chanyeol completou.

— Opa, eles estão quase se beijando. Espera aí, perdeu Kris, eles estão se beijando.

Kyungsoo tomou o celular dos dois garotos e deu um tapa no braço de cada um deles.

— É mentira dele Yifan, o Jongin e o Chanyeol estão só tentando te deixar com ciúmes.

— Senhor, achei que fosse ter um treco.

— Bom, menos a parte da dança e da mão boba. Espera só um minuto, eu vou procurar um lugar mais calmo para nós podermos conversar.

Kyungsoo, andou por praticamente toda a escola até chegar no banheiro, o único lugar que estava destrancado e silencioso.

— Yifan, eu estou cansado de ver você sofrendo antecipadamente, criando paranoias sobre a reação do Tao e a amizade que vocês podem perder. – Disse assim que entrou numa cabine – O que eu vou falar é para o seu bem. Se você não contar para ele o que você sente até amanhã, eu mesmo vou contar.

— O que?

— Você me ouviu e sabe muito bem que eu tenho coragem. Te aconselho a pensar bem no que dizer. – Encerrou a chamada.

Com a pseudo ameaça de Kyungsoo, a cabeça de Yifan quase explodiu em pensamento de que daria muito errado e se sentiu a ponto de chorar.


December, 23 – 2h45.


Kris acordo com o barulho da porta da sala sendo aberta. Nem percebeu que havia dormido até aquele momento. Esticou o corpo e coçou os olhos, direcionando-os para a entrada percebendo que era Tao, que entrava na sala tropeçando nos próprios pés.

O chinês mais novo procurou por Kris na sala que estava sendo iluminada somente pela televisão e pela pouca luz noturna que entrava pela janela. Assim que o encontrou andou até o maior e se jogou no sofá ao seu lado, apoiando a cabeça no ombro de Kris.

— Não sabia que passava desenho animado a essa hora da madrugada. – Kris olhou para a televisão, que apresentava um episódio de Futurama, e percebeu do que Tao estava falando.

— Você não bebeu, não é Tao? – Perguntou, encarando o garoto que estava de olhos fechados.

— Não, eu só... – suspirou pesadamente – estou meio cansado.

— Ah, entendi. Se divertiu muito? – Tao balançou a cabeça positivamente. – Que bom. E como foi com o Sehun?

O mais novo bocejou esfregando os olhos antes de responder.

— Ele beijou o Chanyeol no final da festa – Falou indiferente.

Fez Kris ficar surpreso com a tranquilidade do mais novo ao proferir aquela frase.

— Sério? E você não ficou chateado?

— Não, eles combinam bastante e eu nem gostava tanto assim do Sehun. Só achava ele bonitinho.

O mais velho não disse mais nada. Ficou feliz por saber que Zitao não era completamente apaixonado pelo “Oh bonitinho Sehun”.

Passou o braço esquerdo por trás das costas do Huang e levou a mão até os cabelos do mesmo, iniciando um carinho lento nos fios, fazendo o garoto já cansado sentir ainda mais vontade de descansar.

Kris sentia necessidade de se declarar para o amigo mais novo, antes que o perdesse para uma outra pessoa mais jovem, mais interessante, mais confiante e com mais atitude que ele.

Não sabia como começar, nunca pensou que passaria por isso. Mas já estava na hora do outro chinês saber sobre os seus sentimentos, Tao aceitando ou não os mesmos. Kris precisava tentar.

— Tao eu queria te contar uma coisa, será que... nós podemos conversar?

O garoto nada disse, apenas se remexeu no sofá, ficando cada vez mais próximo de Yifan. Parece que você dormiu, pensou Kris.

Naquele momento só se conseguia ouvir os sons que emanavam da televisão e da respiração de ambos. Kris entrelaçou os seus dedos nos de Tao, sentindo o calor da mão do moreno.

— Eu queria que você soubesse que eu gosto muito de você, bem mais do que um amigo deveria gostar, achei até que morreria de ciúmes quando Sehun te abraçou mais cedo. – falou sem esperança que o outro o escutasse – E eu gostaria muito se você me correspondesse.

Kris não desviou o olhar da televisão, por nem um segundo. Sabia que o outro tinha o sono pesado e que, mesmo que tivesse ouvido, pensaria que foi apenas um sonho.

Procurou o controle da televisão e desligou-a, fazendo com que a sala ficasse completamente escura e silenciosa. Virou-se na direção do amigo, deixando um beijo terno na cabeça do mesmo, logo sentiu aumentar o aperto em sua mão, sorrindo com a ação inconsciente do amigo.

— Então, isso quer dizer que você não é hétero?

A voz suave de Tao entrecorta o silencio do ambiente. Kris olhou assustado para o lado que o garoto estava, não acreditou que Tao havia ouvido o que ele acabara de dizer.

— Você ouviu o que eu disse? – perguntou Kris.

Continuava desacreditado que o menor agora sabia dos seus reais sentimentos por ele.

— Claro que eu ouvi. – desfez o laço da gravata com a mão livre – Estava quase dormindo quando você disse. Eu ouvi certo mesmo? – Tao perguntou com um sorriso enorme estampado em seus lábios.

Sentou-se de frente para o corpo de Yifan, que agora o encarava com anseio do que viria a seguir.

— É-É, você ouviu certo sim. Não é de agora, já faz um bom tempo que eu gosto de você. Nunca consegui te dizer isso, mas hoje Kyungsoo me deixou entre a cruz e a espada e eu pensei “Se eu não falar hoje, amanhã Kyungsoo vai falar!”

Tao riu com a declaração de Yifan. Kyungsoo, sempre tão eficiente, pensou. Não era qualquer pessoa que conseguia arrancar alguma coisa do seu amigo.

Sorriu para o maior, que esperava que ele dissesse algo a respeito de sua confissão. Positiva ou negativa, não é como se pudessem simplesmente esquecer do que foi dito. Não recebendo uma resposta Yifan, abaixou a cabeça, já prevendo que seria dispensado.

— Yifan, olha pra mim... – levou a mão direita até o rosto do outro, o fazendo olhar para si.

Iniciou um carinho na bochecha do maior, com o polegar. Yifan não estava entendendo o que o outro queria dizer com aquele gesto. Tao aproximou seus rostos e sentiu a respiração pesada de Yifan se misturar com a sua. Fechou os olhos e beijou-o num selo que não demorou mais de cinco segundos e em seguida afastou os lábios.

Olhou para Yifan que estava estático o encarando, com os lábios entreabertos. Tao sorriu e voltou a colar os lábios, movimentando-os calmamente enquanto Yifan parecia não se dar conta do que acontecia.

Segurou no pescoço do maior, torcendo para que ele acordasse daquele transe que estava. Sem sucesso.

Tudo que se passava na cabeça de Kris era “Isso quer dizer que ele também gosta de mim ou que ele está com pena? ”. Às vezes, só às vezes, Wu Yifan chegava a ser tão lerdo, que não percebia o que estava na sua cara. Despertou quando sentiu Tao mordiscar seu lábio inferior.

— Me beija, Kris. – pediu.

Piscou algumas vezes e puxou Zitao, juntando seus lábios novamente. Zitao correspondia seu ósculo e aprofundou o contato quando a língua de Yifan pediu passagem e deixou o Wu controlar o beijo.

Yifan chupou a língua do menor que arfou e segurou nos cabelos do mais novo. Cessaram o beijo com vários selos. Ficaram algum tempo com as testas coladas tentando recuperar o fôlego. Kris abriu os olhos e se deparou com o lindo sorriso de Tao acompanhado de suas bochechas coradas. Devolveu o sorriso.

— Eu também gosto de você!













Você Promete?
























December, 22 – 23h17


Guardou o celular no bolso do paletó e caminhou para fora do banheiro. O Do seguiu andando pelos corredores, no intuito de retornar ao ginásio, onde estavam todos os outros colegas reunidos.

Já conseguia ouvir uma melodia calma e um ritmo meio lento ecoar pelos largos corredores da escola. Reconheceu a música como sendo White Mail do Yoo Youngjin.

Ao adentrar o espaço, viu que a maioria dos alunos estavam dançando junto com o seus respectivos parceiros e parceiras.

Alguns que estavam desacompanhados procuravam por pessoas, também desacompanhadas, e chamavam para dançar. Procurou encontrar os seus amigos entre a multidão de alunos.

Demorou alguns minutos até que finalmente visualizou Zitao. Ao contrário do que pensava, ele não estava na pista de dança, estava sentado em uma mesa sozinho, enquanto segurava um copo azul translúcido, que ora ou outra o levava até os lábios e dava pequenos goles no conteúdo dentro do mesmo.

O Huang encarava um ponto fixo à sua frente sem deixar transparecer nenhum sentimento ou emoção. Aparentava estar apenas pensando.

Kyungsoo voltou a andar até ficar bem próximo do seu amigo. Sentou-se na cadeira a esquerda da mesa, cruzando os braços sobre a superfície plana e encarou o chinês.

— Já se cansou, Taozi? – perguntou apenas para sondar a situação.

Por a música ser mais calma o Do não precisou elevar o tom de voz para que o amigo conseguisse lhe escutar, sem precisar fazer muito esforço.

— Sim – respondeu sem desviar a atenção do que olhava – Mas não é por isso que estou sentado sozinho.

— Ah... – olhou para os lados – E cadê o Sehun?

— Alí, dançando com o Chanyeol – apontou para frente.

Kyungsoo apertou um pouco os olhos e pode finalmente ver o que o Huang tanto encarava. Chanyeol e Sehun, dançando agarradinhos enquanto o mais novo mantinha o rosto enterrado na curva do pescoço do Park.

O Huang não parecia chateado, apenas pensativo. Kyungsoo não entendia o que havia acontecido. Se ausentou da comemoração por vinte minutos – talvez menos que isso – e quando volta, Jongin está desaparecido e Sehun está dançando com Chanyeol ao invés de dançar com Zitao.

— O que aconteceu aqui?

Zitao virou o copo e terminou a bebida, deixando o mesmo largado sobre a mesa e se endireitou na cadeira.

— Bom... Enquanto a gente tava dançando, Sehun falou que já fazia um tempo que ele gostava do Chanyeol. Mas aceitou vir comigo porque eu sou fofo e simpático.

Kyungsoo ficou boquiaberto e um pouco surpreso pela naturalidade com que o Huang lhe contava que foi "trocado" por um de seus melhores amigos.

— E o que você disse? – ficou curioso.

— Disse que tudo bem. Que eu entendia o lado dele e que ele deveria chamar o Chanyeol para dançar. E assim ele fez.

— E você não ficou chateado com isso?

Zitao voltou a pegar o copo e começou a quebra-lo em pequenas tirinhas, uma por uma. Kyungsoo observou a ação do garoto e ficou esperando até que ele decidisse se responderia ou não sua pergunta.

E finalmente ao terminar de quebrar o copo, o deixando parecido com uma anêmona, olhou para o Do com os lábios contraídos e respondeu:

— Até que não. Eu não gostava tanto assim a ponto de ficar chateado, e eles até que ficaram bonitinhos juntos. Olha pra eles!

Os dois olharam juntos para os dois, agora eles estavam trocando um beijo enquanto se abraçavam no meio dos vários alunos sem se preocuparem com a descriminação e o julgamento.

Depois de findarem o beijo continuaram abraçados enquanto Sehun fazia carinho nos cabelos de Chanyeol.

— Admiro sua maturidade, Tao. Não é todo amigo que fica de boa num caso desses.

— Seria hipocrisia minha se me chateasse. Afinal eu só vim com ele porque a pessoa que eu gosto não sabe dos meus sentimentos – disse meio tristonho – E mesmo que soubesse, não faria muita diferença.

— E quem seria essa pessoa?

— Tem certeza que não sabe? – o Do negou – É o Kris. Mas tá bem longe de ser recíproco.

O baixinho percebeu a tristeza encoberta no sorriso de Zitao. Sua língua coçava para que ele dissesse logo a verdade. Que o Wu também gostava dele, para que pudesse ver um sorriso realmente feliz no rosto do garoto. E não aquele sorriso para disfarçar a tristeza e o desespero que sentia.

Mas havia prometido a Yifan que esperaria até a manhã seguinte para o contar. Não podia quebrar uma promessa importante daquelas, então limitou-se acolher a mão do Huang entre as suas mãozinhas.

— Vai ficar tudo bem.

— Obrigado, Soo!

Engoliu o choro, que teria escapado se não fosse por Kyungsoo alí. Sempre lhe reconfortando quando mais precisava.

Depois de alguns minutos, Jongin reapareceu e agradeceu aos céus por finalmente ter encontrado o seu namorado.

Jongin o chamou para dançar e mesmo que Kyungsoo tivesse insistido para ficar ao lado de Zitao, o chinês não aceitou dizendo que ele tinha que aproveitar o restante da noite, pois ele ficaria bem.

— O que aconteceu com ele? – o Kim perguntou, quando já estavam distantes.

Kyungsoo sorriu antes de responder:

— Você não acredita no que ele acabou de me contar.

Logo os dois foram para a pista de dança e aproveitaram as últimas músicas da festa.


[...]


— Eu também gosto de você.

Com os polegares, enxugou algumas lágrimas que Yifan nem havia percebido que deixou escapar.

Agora que havia finalmente se declarado – e o Zitao deixou claro que correspondia os sentimentos – se culpava por não ter tido coragem o suficiente para o fazer antes.

Se pegou pensando em no porquê do Huang também não ter dito nada.

— Por que você não me disse?

— Porque você não me disse – respondeu e o maior ficou calado – Não tinha certeza que você retribuiria meus sentimentos e ainda estaria arriscando perder a nossa amizade.

Yifan soltou um riso nasal ao ouvir a resposta. Ele pensava exatamente a mesma coisa, e percebeu ai o quanto os dois eram parecidos até nas inseguranças.

— Com tantos amores impossíveis por aí e a única coisa que nos impedia de ficar juntos, éramos nós mesmo.

— Pois é, somos dois trouxas.

Os dois riram de si mesmo por alguns minutos. Se acharam muito lerdos por não conseguirem perceber o que era tão óbvio.

Zitao entrelaçou os seus dedos nos de Yifan e depositou um beijo no dorso da mão do maior. O Wu o encarava com os olhos brilhando pelas poucas lágrimas derramadas.

— Me promete que mais nada vai separar nós dois! – pediu.

Yifan repetiu a ação de Zitao, lhe encarou e sorriu.

Prometo.


21 Juillet 2020 17:07 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Iza Silva escrevendo uma fanfic taoris marota, só para desestressar 🌈

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