Expulsos do armário Suivre l’histoire

N/T:

Sim, eu sei que estou devendo a continuação da outra fic e, EU JURO que, vai sair hausha

Revisão básica feita por mim, relevem os erros (PFVR HAUSHA).

Espero que gostem ;)

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— Quando eu crescer, vou casar com o Midoriya e o Bakugo!

— Com os dois ? - A mulher, com um sorriso largo no rosto, perguntou enquanto depositava algumas verduras dentro de uma panela — Mas o Izuku e o Katsuki não vivem brigando ?

— Eles só brigam quando eu estou longe, por isso tenho que casar com eles! - O pequeno sentou-se em uma das cadeiras, dividindo o foco entre a mãe e a música do pequeno rádio — Se eu ficar com eles pra sempre, eles nunca mais vão brigar.

— Entendi - Rei limpou as mãos e caminhou para mais perto de seu filho, dobrando os joelhos para que ficasse defronte o pequeno — Mas você não deveria casar com alguém que ama ? Isso é um problema que o Bakugo deve resolver com o Midoriya, não você.

— Eu amo eles! - O rapazinho sequer pensou, provocando espanto na mais velha — Eu quero que eles parem de brigar porque amo eles.

Rei demorou para digerir a situação, tardando em dar sua opinião. Jamais imaginou ouvir palavras tão fortes, e tão cedo, de seu filho. Não que estivesse desapontada, era só o choque de realidade por saber que seu "bebê" estava,tão jovem, pensando em coisas tão complexas.

— Se você estiver feliz "casando com o Bakugo e o Midoriya", eu estarei feliz também! - A mulher sorriu, dando um beijo na testa do garoto e voltando para onde havia deixado suas verduras — Porque você não chama eles para passarem o dia conosco amanhã ? Seu pai não estará aqui, poderemos assitir TV o dia todo.

— Sério ?! - O garoto sorriu largo — Okay!

(*********)

— Bakugo!

— Deku, deixa de ser dramático, cara!

Deslizando o dedo de um lado para o outro sobre a tela, desligada, do celular, Bakugo sorria enquanto Midoriya rangia os dentes. Shoto não prestava atenção na discussão, entretido com seu fone de ouvido.

— Se você fizer isso, eu… - Izuku não era bom com chantagens, levando alguns para finalizar sua frase — Eu vou ficar muito triste com você!

— O Kirishima é legal! - Bakugo mostrava certeza em sua frase, firme em sua voz — Ele é gentil, inteligente, bom coração e, como se não fosse o suficiente, tem um pauzão! - Midoriya levou uma das mãos até a testa, respirando fundo para não perder o controle — Toda garota adoraria sair com ele, qual o problema de ser a Jirou ?

— Precisamos de um pauzão ? Para quê ? - Shoto questionou, perdido como sempre — É para matar um rato ou algo assim ?

— Não precisamos de um pauzão, o Kirishima tem um pauzão - Bakugo respondeu sem muito pensar, dividindo seu foco entre os garotos — O Kirishima está sozinho, ele precisa de alguém.

— Eu não posso te ajudar com isso, Baku…

— Por ?

— Como você sabe que o Kirishima tem um pauzão ? - Shoto, ainda confuso, questionou — É por aquele bagulho dos dedos(1) ? Caso seja, lavando em conta o tamanho dos dedos dele, deve ser grande mesmo.

Bakugo pensou se responderia, decidindo que não deveria prolongar o assunto. Suas conversas com Kirishima eram estranhas, comentar sobre as fotos, em sua maioria de Eijirou pedindo conselhos de "como mandar um nude", só faria com que Shoto ficasse ainda mais confuso.

— Deixa isso pra lá, "metadinha.

Todoroki não insistiu no assunto, mas continuava confuso.

— Deku, vai me ajudar ? - A conversa retornava ao seu eixo original — Por favor, cara!

Midoriya havia sido pego com aquela frase. Kirishima, realmente, se sentia sozinho ? Mas, acima de tudo, sozinho ao ponto de fazer com que BAKUGO pedisse "POR FAVOR" para alguém ?

— Eu queria, mas, de verdade, não posso.

— Por que não ? Caralho, eu só estou pedindo para você me ajudar com…

— A Jirou é lésbica, Katsuki - O esverdeado falou — A Jirou não gosta, dessa forma, de garotos.

Todoroki não demonstrou surpresa, dando entender que já sabia da informação. Bakugo nada disse por alguns segundos, parecendo ter sido convencido pela última frase. Izuku cobria o rosto com as mãos, odiando-se por contar o segredo de Jirou.

— Duas cores, me passa o número da Momo

— Bakugo!

— Que foi ? Ela é lésbica também ?

Silêncio de Izuku e Shoto, espanto de Bakugo.

— Caralho, tá falando sério ? Ela é… - Bakugo estava perplexo — Que fita, mano.

Izuku levantou-se e caminhou para mais próximo de Katsuki, sentando-se defronte ao loiro. Kacchan não era conhecido por ser um bom "guarda segredos", Midoriya sentia que precisava pedir confidencialidade.

— Você não pode contar para ninguém sobre isso, tá ? - Midoriya exclamou — Elas, assim como a gente, ainda estão ganhando forças para sair do armário. Jirou só me contou por saber da nossa relação, assim como a Momo só contou para o Todoroki quando descobriu que ele gostava de garotos.

— Eu não vou falar pra ninguém.

— Obrigado.

— Mas vocês terão que me dar algo pelo silêncio!

Izuku levantou-se num pulo, revirando os olhos e caminhando para sua cama novamente.

— Me passa o número da Mina, se ela não for lésbica também.

Izuku analisou a situação, concluindo que, dessa vez, conseguiria ajudar Bakugo.

Após a conversa, notando que o relógio já marcava quase meia noite, os garotos decidiram se deitar. Mitsuki, que dentre os mais velhos era a única que sabia do "trisal", forneceu os cobertores necessários para que todos tivessem uma noite aconchegante.

Mitsuki havia descoberto a relação por engano. Bakugo não era uma pessoa de receber muitas visitas, então, movida pela instinto, invadiu o quarto do filho quando escutou "gemidos estranhos"; A mulher conversou com o "trisal", entendeu a situação e prometeu ajudar como fosse possível.

Daquela noite em diante, agora com a ajuda da senhora Bakugo, os rapazes obtiveram um "porto seguro". As "noites de trabalho em grupo" na casa de Katsuki tornaram-se mais frequentes, encobertas por ligações, tanto para Inko quanto para Fuyumi, da matriarca (A dona de casa não fazia questão de ligar para Endeavor, já que não gostava tanto do, eterno, número 2).

Masaru desconfiava, mas não intrometia-se. Se seu filho não achava que deveria contar-lhe, ele que não enfiaria o nariz onde não havia sido chamado.

Shoto havia sido adotado como o novo "filho" de Masaru. Ambos estavam sempre perdidos em qualquer discussão da casa, então conversavam sobre os seus próprios assuntos. Masaru era um colecionador de moedas e, na calma de Todoroki em escutar suas histórias, havia ganho um companheiro. Todoroki, amando a forma como o homem lhe tratava, passou a ajudar na "caçada" por novos colecionáveis.

Izuku, por outro lado, havia sido adotado por Mitsuki. A mulher sempre amou o pequeno, até sugerindo comprar fogos de artifício para comemorar a relação. A dupla também adorava conversar sobre o enredo de novelas antigas, paixão que tinham em comum.

Em suma, o trisal vivia dias felizes. Mitsuki amava-os como se fossem seus filhos, protegendo-os de todas as "burradas" que causavam para se encontrarem.

— Amanhã é a aula do Endeavor, né ? - Com os olhos fechados e a cabeça sobre o peito de Bakugo, Izuku questionou com a voz baixa — Teremos que tomar mais cuidado.

Bakugo rangeu os dentes, alimentando a força com que abraçava os garotos.

— Não pensa demais, Zuku - O loiro fez um carinho na cabeça de Midoriya, buscando "assegurar" o rapaz de seus pesadelos — Nós ficaremos bem!

Midoriya, agora com um sorriso, se calou. Shoto nada disse, só arrumou a cabeça sobre os ombros de Katsuki.

Aulas especiais aconteciam mensalmente na UA. All-Might, Mirko, Mt.Lady e, agora, Endeavor. Os professores, juntamente com o diretor Nezu, acreditavam que isso traria boas histórias, e conselhos, para os alunos.

Para infelicidade do trisal, Enji havia sido o convidado desse mês. Inicialmente o herói não demonstrou interesse, mas ,quando o nome de Shoto foi mencionado, mudou de ideia.

Algo naquela "visita" apertava o coração dos rapazes. Eles se sentiam ansiosos pelo dia seguinte, mas não de uma forma boa.

(***)

Quando encontrou a mesa de Kyoka, o sorriso de Bakugo aumentou de tamanho. Sem avisar para Kirishima, que seguiu seu rumo para onde Kaminari estava, Katsuki caminhou até a mesa de Jirou. Sem falar nada, para surpresa de Momo, ele sentou-se com a dupla.

— O Izuku me contou!

Elas se olharam, mas rapidamente retornaram o foco para Bakugo. Era um milagre que Izuku tivesse conseguido manter segredo por tanto tempo.

— E daí ?

Ele, por alguma razão, se sentiu ofendido com a resposta.

— Eu... - A voz falhou — Eu só queria dizer que entendo vocês e, caso precisem, estou aqui para ajudar. Vocês sempre ajudam o Deku e Shoto, só queria compensar de alguma forma.

Um sorriso amigável partiu de ambas, que já não mais demonstravam sinais de tensão com a presença do loiro. Okay, elas sabiam que Bakugo não diria o seu segredo, mas não conseguiriam imaginar que o rapaz seria tão "doce".

— Obrigado, Bakugo.

Por alguns minutos, com Bakugo tentando desenvolver interesses em comum com as garotas, o local permaneceu em silêncio. Pessoas andavam de um lado para o outro no refeitório, seguindo suas vidas. Nesse momento, quase na hora de ir para a aula, Bakugo questionava-se onde os TodoDekus(2) estariam. A dupla não era de atrasos, isso preocupava-o.

— GENTE!! - Kaminari bateu uma das mãos na mesa, chamando toda a atenção para si — Na sala, o Todoroki e o Izuku… - O garoto estava sem ar, aumentando a angústia de todos — O Endeavor pegou eles se beijando, os outros alunos, que estavam seguindo ele para pedir autógrafo, viram também.

— Co-Como assim ? - Momo perguntou com dificuldade — Onde eles estão ?

Bakugo nadava falava, seu rosto estava sereno de uma forma assustadora.

— Na sala A! - O loiro rebateu — Tem muita gente lá, acho que não conseguiremos entrar.

— Mesmo assim, nós iremos de qualquer maneira! - Kyoka levantou-se, seguida de Momo e Bakugo — Como vocês foram tão descuidados ?!

— Ham ?

— Nada, Kaminari - A garota falou — Eu estava pensando alto.

Bakugo permanecia em silêncio. Sua cabeça rodava, o estômago estava frio e, de uma forma ruim, as pernas estavam bambas.

Ele sempre fantasiou o dia contaria para o mundo que era gay, só, nem em seu mais confuso pesadelo, não pensou que seria expulso do armário em situação como essa.

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N/F:

1: Existe uma teoria que o tamanho do p@u é proporcional ao tamanho dos dedos, Shoto estava se referindo a isso hahahauah

2: Para facilitar, usarei o nome do shipp em algumas situações, espero que não esteja confuso.

Espero que tenham curtido, vejo vocês no próximo <3

Tomem água, usem máscara e lavem as mãos.