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Em mais uma noite no bar, Bakugou recebe a visita de seu ex-namorado, Kirishima. Onde, querendo ou não, pôde perceber que o fim definitivo para tudo que tiveram juntos havia chegado. Fanfic inspirada na música Heaven is One Step Away de Eric Clapton.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#kiribaku #termino #bar #kirishima #bakugou #adeus #songfic #ua
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As noites no bar

Em algum momento entre o nono e o décimo gole de tequila pura diretamente da garrafa, que desceu queimando a garganta de Bakugou Katsuki, a música Heaven is One Step Away inundou o bar. Uma melodia tranquila que somente ele parecia estar ainda são o suficiente para notar.

Mas isso ia um pouco mais além do quanto havia bebido ou não em relação às outras pessoas no local. O fato é que reconheceria essa música em qualquer situação, inclusive em uma em que estivesse à beira de um coma alcoólico, porque ela o lembrava de alguém que não deveria ser, porém ainda era, especial para si.

Um ex-namorado era o que Kirishima Eijirou apenas deveria representar em sua vida, pois se as coisas entre eles não davam mais certo, o fim da relação era a decisão mais saudável a se tomar. Mas ainda assim doía. E, por isso, Bakugou estava naquele bar escuro e fedido, afogando as lágrimas em bebida.

Havia amor entre eles até o fim, Katsuki sempre soube disso naquela época, três meses atrás, e mesmo assim, com essa constatação forte que os unia e poderia fazê-los superar a crise no relacionamento, não foi capaz de ajudar Kirishima a contornar os problemas, pois Eijirou sim tentou até seus últimos esforços, fez muito mais do que qualquer um faria por um namoro que durou três anos à beira do colapso.

Katsuki não conseguiu se desprender dos erros ou superá-los, necessitava entender que tanto ele como seu namorado precisavam seguir em frente, perdoar um ao outro e a si mesmos também. Então, com todas essas merdas sendo jogadas diretamente no ventilador, tinha a consciência de que fora ele quem forçou Kirishima a dizer as palavras que o destruíram.

"Precisamos terminar." Ouvi-lo dizer isso foi como um chute direto no estômago, que lhe tirou todo o ar. A pior parte desse dia não foi somente ver Eijirou chorar, mas vê-lo ir embora do apartamento e não ter feito ou, ao menos, dito alguma coisa que o fizesse reconsiderar.

Eram as malditas mágoas e o orgulho que o fizeram não derramar uma lágrima sequer naquele momento que passou em câmera lenta diante de seus olhos, e em outros dias após esse também. Ilusórios. Onde achou que poderia facilmente superar um amor como Kirishima da noite para o dia? Dias em que se fez de estúpido, em que tudo ao seu redor o lembrava de seu (ex) namorado.

Porém, logo se tornou sufocante lidar com seus sentimentos dessa maneira, e Bakugou acabou desmoronando no primeiro bar que encontrou, onde começou a ir religiosamente após o trabalho, como hoje.

A música continuava a tocar, por isso Katsuki nem teria notado que recebeu uma nova mensagem se seu celular não estivesse bem a sua frente sobre o balcão. O nome de Kirishima estava na tela com o início da mensagem onde conseguia ler um singelo "oi".

Sabia bem que não estava no melhor estado para conversar, e sendo assim, a melhor decisão que tomou naquela noite, além de comprar uma garrafa de tequila, foi desligar o celular para evitar a tentação da curiosidade sobre o restante da mensagem. Amanhã seria um novo dia e poderia lidar com isso.

Tomou mais um longo gole de bebida, a cabeça já se encontrava pesada, então a deitou no balcão, fechando os olhos, permitindo-se apenas ouvir todo o caos ao seu redor de vozes alteradas e copos batendo contra as mesas, para de alguma forma, distrair-se de sua própria bagunça interior.

E quando abriu os olhos se deparando com uma figura masculina de cabelos tingidos de vermelho entrando no bar, o primeiro pensamento foi se não havia bebido muito, pois estava tendo alucinações. Mas essa ideia se dissipou aos poucos enquanto observava Kirishima olhando ao redor, procurando por alguém provavelmente, e Bakugou não esperou que fosse por ele.

Quando os olhos de Eijirou encontraram os seus, Katsuki pôde notar o aumento exponencial do seus batimentos cardíacos a medida que o outro homem se aproximava de si. Não se viam desde o término, nenhum deles haviam se disponibilizado para procurar o outro. E com isso não conseguia evitar de pensar que talvez, assim como ele, Kirishima também havia esperado incontáveis vezes que aparecesse em sua porta em alguma madrugada para resolverem aquele fim desastroso da relação.

— Oi Kacchan, há quanto tempo, não? — Eijirou disse, um sorriso sem graça ostentava sua face, Bakugou sabia que era falso, mas, ainda assim, quis sorrir de volta ao notar que ele havia usado seu apelido, que por muito tempo odiou, ao referir-se a si.

— Oi — respondeu, designando-se há apenas dizer isto com medo de que acabasse falando muito e as merdas que estava sentindo viessem à tona.

— Bem… — Kirishima iniciou ainda de pé, o que mostrava que ele não pretendia demorar ali. — Eu fui até o seu apartamento e como você não estava lá acabei ligando para o Denki para ver se ainda estava trabalhando, aí ele me disse que eu poderia te encontrar aqui. Até te mandei uma mensagem avisando que viria, não sei se chegou a ver…

A primeira coisa que Bakugou quis perguntar era o porquê Eijirou havia ligado para Denki, seu colega de trabalho e de algumas noites no bar, e não para si. Talvez tivesse o receio de que não o atenderia, mas Katsuki sabia que com certeza, independente da situação, teria atendido a ligação. Poderia ignorar uma mensagem, mas uma ligação era diferente. Porém guardou isso para seus devaneios, não era o melhor a se dizer para alguém que amava e estava reencontrando após três meses sem nenhum contato.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, levantando a cabeça do balcão para poder melhor encarar Kirishima, a quem também gostaria de perguntar se ele havia notado que o estado atual em que se encontrava se devia a falta dele em sua vida.

— Não aconteceu nada. O caso é que eu preciso de alguns documentos e bens pessoais que eu deixei no seu apartamento. — Kirishima deu uma pausa antes de continuar parecendo ainda mais sem jeito, e Bakugou entendeu o porquê assim que ele abriu a boca novamente.

— Tipo, eu meio que preciso dessas coisas ainda hoje… Por isso vim te procurar. Eu não queria te atrapalhar cara, desculpe.

— Tudo bem, se você precisa disso ainda para hoje podemos ir ao apartamento pegar, sem problemas.

Katsuki se levantou da banqueta nem um pouco pronto para sair dali junto do ex-namorado — que infelizmente não era seu ex-amor — e pegar um táxi, porém, antes de saírem não pôde deixar de dizer ao menos uma das várias coisas que se passavam por sua mente com aquele breve reencontro.

— To' feliz em te ver de novo, Eiji.

/_/

O relógio na parede da estreita sala indicavam que já eram três horas da madrugada, fazendo mais ou menos umas duas horas desde que, em pleno silêncio como se fossem dois estranhos que nunca tiveram divido uma parte de uma vida juntos, Bakugou observou Kirishima juntar todos os pertences dele esparramados pelo apartamento e ir embora.

A despedida, mais uma vez, foi dolorosa, pôde ver nos olhos de Eijirou toda a dor assim como ele, muito provavelmente, podia ver o mesmo sentimento nos seus. Não soube o que esperar ou como agir naquela uma hora em que estiveram juntos, tanto no carro que dividiram quanto dentro daquelas paredes.

Jogado de qualquer jeito no sofá muitos arrependimentos vinham a mente de Bakugou e um deles era que na comoção que a presença de Kirishima causou em si aparecendo de repente, havia esquecido completamente da garrafa de tequila, ainda cheia até na metade, no balcão do bar. Para esse momento, a garrafa seria a melhor companhia.

Pela primeira vez, dentro de bom tempo, sentia-se no fundo do poço e o esforço preciso que teria que fazer para sair poderia esperar um pouco mais. A realidade esmagadora que o atingiu enquanto via Eijirou ir embora mais uma vez, a de que era definitivamente o fim deles juntos, ainda pairava sobre seus pensamentos nublados.

Ali sozinho, Bakugou deixou que as lágrimas que tanto lutou para segurar, rolassem por suas bochechas. Que o mundo todo fosse se foder, incluindo a ele próprio. Naquele dia acabou faltando ao trabalho com a desculpa de que havia pego um resfriado para voltar ao bar de sempre com o mesmo propósito: esquecer, ao menos por algumas horas, que ainda amava e muito Kirishima. E por destino ou mera coincidência cruel, a mesma música da outra noite estava tocando quando entrou no estabelecimento.

And then there came the dawn: I couldn't find it; You couldn't find it. I just had to carry on...(E então veio o amanhecer: não consegui encontrá-lo; Você não conseguiu encontrar. Eu apenas tive que continuar...) — cantou em um sussurro distraído enquanto levantava a mão para chamar o barman e pedir a primeira bebida do dia.

Fanfic betada por caprihorn do blog Animes Design
https://animesdesign-ad.blogspot.com/?m=1

27 Juin 2020 12:40 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

awnthony ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝙋𝙇𝙐𝙎 𝙐𝙇𝙏𝙍𝘼! -'ღ'- ⠀⠀⠀⠀⠀⠀ também estou no wattpad e spirit fanfics com o mesmo user.

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