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blog Jackie Inkspired Blogger Era uma vez... mas nem toda história começa assim. Lá estava ele: o computador, aberto no tear de vidas. E a personagem. Estava tudo certo, mas, então, ela viu o autor. Curiosa, seu dedo quase o alcançou, e a roda do tear girou. Foi assim que as coisas se tornaram tênues: um toque e tudo daria errado, outro diferente e daria muito certo! A Bela Adormecida representa a fragilidade dos elementos construtivos da história. Uma história não vem pronta, ela é construída com enredo, sinopse, capítulos... O tear representa essa construção, enquanto que a agulha é o perigo de tudo desandar com sua Bela Adormecida. Nós queremos, neste blog, mostrar a vocês dicas para que consigam tear histórias cada vez mais harmônicas.

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Censura

Hoje vamos comentar sobre a censura na literatura brasileira. Para tanto, vamos mencionar diferentes momentos históricos e situações bem específicas de como isso terminou ocorrendo.


Quando o Brasil foi descoberto, o mundo estava em transição, saindo da Idade Média e entrando no Renascimento, onde houve uma expansão artística, cultural e científica. Nesse momento, os artistas e intelectuais estavam reencontrando antigos conceitos gregos e passando para as artes em geral. Aqui, temos uma profusão de quadros e esculturas seminuas ou até mesmo nuas, que seriam tão desenvolvidas, que não existia uma censura explícita.


Por outro lado, entramos no contexto de cantigas líricas e satíricas, onde trovadores cantavam trovas de amor ou de amigo, além de trovas de escárnio e de maldizer. As novelas de cavalaria ganharam seu apogeu aqui e um dos exemplos disso são os livros sobre as Lendas do Rei Arthur. E qual é a diferença entre todos esses estilos? De amor ou de amigo eram focadas no romantismo cavalheiresco de um cavaleiro por sua dama ou vice-versa. Agora, de escárnio e maldizer eram direcionadas a alguém com ironia ou zombaria, até mesmo contendo palavrões. Nesse sentido, algumas obras eram tão chulas, que poucas pessoas tinham acesso, havendo censura.


Como o Brasil tinha recém sido descoberto, entrou em voga cartas e dissertações acerca desse novo mundo, em que tudo era explicado e exemplificado nos mínimos detalhes. Eram literaturas muito interessantes para se saber do Novo Mundo. Uma coisa que se popularizou muito em Portugal, e aos poucos no Brasil, foram as obras teatrais, seja de Gil Vicente ou de outros autores, havendo uma censura religiosa muito grande naquilo que contivesse algo tratado como baixo-calão.


Apesar da situação histórica estar mudando de papel desde o Renascimento, passando pelo Classicismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, teríamos uma abertura maior no Realismo. Aqui, os autores contrapunham as manifestações românticas do período anterior e dissertavam sobre os problemas mais habituais das pessoas comuns. Alguns textos chegavam a ser tão crus e diretos, que muitas pessoas ficavam chocadas com aquilo que liam. Autores como Machado De Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompeia são exemplos.


Depois disso, temos o Parnasianismo e Simbolismo, épocas mais direcionadas em textos mais diretos e musicais. No Simbolismo temos Olavo Bilac. No Parnasianismo temos Camilo Pessanha em Portugal e Cruz e Sousa no Brasil.


Agora, adentraremos onde tudo começou a ser recriminado gradativamente realmente, no Pré-Modernismo e no Modernismo, que se iniciou na Semana De Arte Moderna, onde temos expoentes como Mario de Andrade e Manuel Bandeira. Na Segunda Fase do Modernismo, temos Rachel De Queiroz e Jorge Amado, cujas determinadas obras tinham um cunho sexual tão pesado, que poderia haver estranheza para o leitor em geral. Mas foi assim que a liberdade literária começou a florescer no Brasil.


Alguns anos passados, na Década de Sessenta, com o começo do Regime Militar, a censura se aprofundou mais um pouco. Autores como Nelson Rodrigues, com seus textos sobrecarregados e cheios dos pecados mais estrondosos, escandalizavam a sociedade mais tradicional. Diversos autores sofreram repreensões, fossem na literatura ou na música. Tanto que várias pessoas, para expor sua insatisfação com aquele momento, disfarçavam suas publicações com palavras rebuscadas de duplo sentido. Tudo tinha que passar pelo crivo dos censuradores, que autorizavam ou não. Posteriormente, com o final do Regime Militar, a censura persistiu algum tempo no Governo de José Sarney, onde tivemos novelas reprovadas para o público.


No momento atual, temos um movimento maior no meio artístico, mas às vezes persiste um pouco de censura. Só que precisamos tomar muito cuidado com aquilo que chamamos de liberdade de expressão, pois pode estar ferindo o âmago de alguém. Temos que ter responsabilidade com tudo que escrevemos e que podemos deixar como um grande legado à humanidade.


E você, o que acha sobre esse assunto no nosso momento atual?


Texto por: Amanda Luna De Carvalho

Revisão por: Karimy

1 Mai 2022 00:08 0 Rapport Incorporer 5

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