Casamento Forçado Suivre un blog

sandy_mary Sandy Mary Uma tradição, uma maldição, um casamento. Amy Thompson, é uma jovem de 28 anos, é rica, tem o emprego dos seus sonhos, amigos fiéis e verdadeiros. É órfã de mãe, mas o pai nunca lhe faltou. Sabe desde pequena que a sua familia tem a tradição de fazer contratos de casamento aos seus filhos, ficam prometidos desde tenra idade e têm que cumprir senão existe uma maldição terrível que cairá nas suas vidas. O pai só lhe dizia para não arranjar namorado para casar porque estava prometida a um bom rapaz, mas tudo sempre foi dito em modo de brincadeira, então ela nunca ligou muito a esse assunto, não pretendia casar mesmo, pelo menos tão cedo, queria viver para o seu trabalho. Alexander Harrison, tem 29 anos, rico, solteiro, lindo de fazer inveja, tem as mulheres que quer, mas sabe desde sempre que não pode casar com nenhuma, ao contrário de Amy, os seus pais sempre o colocaram a par do que se passava, sendo esse um assunto sério quando era falado. Quando finalmente se conhecem, é terrível, eles detestam-se, passam a vida a chamar nomes um ao outro e não se conseguem entender. Mas com o passar do tempo, eles vão começar a sentir sensações que não estavam à espera. Eles têm que casar antes de Alexander fazer 30 anos, se não casarem a maldição faz com que ele morra e logo a seguir a Amy que faz os 30 anos depois. Uma corrida contra o tempo e contra a vontade de casar vai os perseguir. Espero por vocês. 0 critiques
Histoire non vérifiée

#Contrato
AA Partager

Capítulo 4 - DOCUMENTO IMPORTANTE

Documento Importante


Narrado por Amy


Amy: -E que documento é esse? - pergunto a medo.

George: -Um contrato, valiosíssimo e que tem que ser cumprido sem mais demoras - diz o meu pai decidido.

James: -Sim, já esperámos todos muito tempo para ser cumprido, já está mais que na hora - diz o Sr. Harrison impaciente.

Alexander levanta uma sobrancelha.

Alex: -Mas, e o que temos todos nós a ver com esse contrato? - ele pergunta.

Grace: -Ora - diz a sua mãe contente - o contrato do vosso casamento, que mais poderia ser.

Alexander ia caindo do pequeno sofá onde estava sentado e eu acho que vou ter um ataque cardíaco, coloco a mão no meu peito e sinto-me sem ar.

Levanto-me rapidamente, para o ar que está preso sair dos meus pulmões.

Olho para a cara de felicidade daqueles três e só me apetece esmurrar aquelas caras sorridentes e parvas.

Amy: -O QUÊ?? MAS VOCÊS ESTÃO DOIDOS? - grito enervadíssima.

George: -Calma filha, que nervosismo é esse! - diz o meu pai.

Eu olho para o meu pai boquiaberta, mas ele tá louco? Só pode.

Amy: -Tu dizes uma coisa dessas e queres o quê, que fique calma e aceite isso? - falo transtornada.

George: -Mas é a tradição Amy, tu…

Eu o interrompi na hora. .

Amy: -Eu não quero saber nada disso - eu digo enervada.

Alexander que até então estava calado finalmente falou.

Alex: -Eu não vou casar! E muito menos com ela - diz com desdém - não foi esta noiva que vocês me falaram.

Eu viro-me para ele.

Amy: -Eu é que não quero casar consigo seu petulante.

Dito isto, saio da biblioteca e bato com a porta.



Que pouca sorte…


Narrado por Alexander


Depois de levar uns cascudos do meu pai, o Sr. George sugere que nós o acompanhemos à sua biblioteca.

James: -Vais imediatamente pedir desculpa à menina Amy - diz o meu pai.

Faço cara de espanto e quando vou falar, a minha mãe me interrompe.

Grace: -Calado Alexander - ela diz irritada - não foi assim que te ensinamos a tratar uma dama.

Eu reviro os olhos, mas qual dama? Santo Deus.

Entramos na biblioteca e ela está lá sentada a ler um livro, e faz cara de incomodada.

George: -Ainda bem que aqui estás, ia mandar chamar-te - diz o Sr. George para a filha.

Ela resmunga qualquer coisa que não percebo, de certeza que está a dizer merda afff.

George: -O que disseste? - pergunta o pai dela

Amy: -Nada pai, nada - diz apenas, nada satisfeita - o que me queres afinal.

James: -Alexander! - chama-me o meu pai - estamos à espera!

Ah mas que merda.

Dou três passos e depressa chego perto dela.

Alex: -Aceite por favor as minhas sinceras desculpas, por a ter de alguma forma ofendido - digo, nada convincente, admito.

Amy: -Isso é sincero ou é porque o mandaram dizer

Que mulher complicada, caralho.

Alex: -Um pouco dos dois - digo

-E se eu não aceitar as suas desculpas?

Mas que merda, ela está me irritado.

George: -Amy, mas o que se passa contigo, isso são modos de tratar os convidados? - o seu pai a repreende.

Amy: - Ele também não teve modos quando me chamou nomes no jardim. Alex: -Mas que engraçada - digo - se bem me lembro também me ofendeu, e ainda não a ouvi pedir desculpa por isso

-Alexander!!! - ralham os meus pais. - mas que maneiras são essas??

Cruzo os braços e vou para um canto da biblioteca.

Eu gosto destas festas, acabo por conhecer meia dúzia de miúdas para depois me divertir por uns tempos. E agora aqui estou eu a discutir com uma garota que me deixa com os nervos em franja.

O propósito desta festa é outro, não percebo o que estou a fazer aqui fechado.

Olho de relance para ela, é bonita, tem os cabelos loiros cacheados até à altura da cintura, olhos verdes e é bem mais baixa que eu, talvez 1,65 cm, é realmente encantadora… mas… mas, que coisas estou para aqui a pensar?? É uma parva isso sim.

Cruzo os braços com mais força, irritado comigo mesmo.

Alex: -Posso voltar para a festa? - pergunto esperançado. Já não faço nada aqui.

-NÃO - os meus pais e o pai dela quase gritam.

Mas que merda, estão loucos?

Amy: -Mas afinal o que se passa? - perguntou ela.

George: -Bem - diz o George - sugiro que todos se sentem - como todos nós aqui sabemos, somos descendentes de duques, Condes e Viscondes. E temos as antigas tradições dos nossos antepassados muito enraizadas em nós, está no sangue, sangue real - ele sorri.

A filha ri e ele olha para ela com ar reprovado. Chata.

George: -Bem, assim sendo, não é de estranhar que continuemos a cumprir as tradições e para isso temos este documento muito importante que foi assinado na noite que a minha querida esposa e tua mãe nos deixou

Amy: -E que documento é esse? - ela pergunta.

George: -Um contrato, valiosíssimo e que tem que ser cumprido sem mais demoras.

James: -Sim, já esperámos todos muito tempo para ser cumprido, já está mais que na hora - diz o meu pai.

Não estou gostando nem um pouco desta porra

Alex: -Mas, e o que temos todos nós a ver com esse contrato. - pergunto, com medo que a resposta seja a que estou a pensar.

Grace: -Ora - diz a minha mãe - o contrato do vosso casamento, que mais poderia ser.

Ah não, eu quase caio do sofá, ela não por favor.

Eu olho para ela e parece que ela vai ter um troço.

Ah eu vou, com toda a certeza, que pouca sorte a minha.

Amy: -O QUÊ?? MAS VOCÊS ESTÃO DOIDOS? - ela grita descontrolada.

George: -Calma filha, que nervosismo é esse! - diz o seu pai.

Ela olha para o pai.

Amy: -Tu dizes uma coisa dessas e queres o quê, que fique calma e aceite isso?

George: -Mas é a tradição Amy, tu…

Amy: -Eu não quero saber nada disso - diz ela.

Eu falo finalmente, depois deste choque que levei.

Alex: -Eu não vou casar! E muito menos com ela - digo - não foi esta noiva que vocês me falaram.

Ela vira-se para mim.

Amu: -Eu é que não quero casar consigo seu petulante.

Dirige-se à porta e sai, batendo com ela.

Doida mesmo.

Pensei que a minha noiva seria uma mulher pacata, não uma maluca.



27 Janvier 2022 11:58 0 Rapport Incorporer 1
~

Capítulo 3 - MAIS UMA SURPRESA

Mais uma surpresa …


Narrado por Alexander


Chego na festa do Sr. Thompson com os meus pais, eles são amigos há muitos, muitos anos, mas eu nunca tive a oportunidade de o conhecer.

Dizem que é um grande senhor, muito rico, muito conservador.

Sei bem o intuito desta festa, sabia que este dia havia de chegar, mais tarde ou mais cedo.

É o meu destino, e como sou um homem que cumpre os meus deveres, vou cumprir com este também, pois claro.

Estou perdido nos meus pensamentos, quando vejo umas pernas no alto de uma macieira, são perfeitas por sinal. Mas que raio faz aquela maluca em cima de uma árvore, sinceramente.

Alex: -O que está aí a fazer pendurada como uma macaca? - digo abismado.

Ela cai e bate com o rabo no chão e as suas pernas ficam quase todas à mostra, apanho a bendita maçã que caiu juntamente com ela, e prendo o riso disfarçadamente.

Ela levanta-se tão rápido como uma flecha e ajeita o vestido e os cabelos.

Amy: -Foi preciso assustar-me dessa maneira? - ela diz irritada.

E arranca a maçã das minhas mãos com brutalidade.

Alex: -Sabia lá que se ia assustar - digo - estava para ali pendurada.

Amy: -E chamou-me macaca - ela diz - que falta de educação.

Eu olho para ela de lado

Alex: -Falta de educação tem a menina - digo já zangado - onde já se viu andar por aí pendurada nas árvores!

Amy: -Você é muito mal educado isso sim - dito isto, afasta-se apressadamente, descalça, com as sandálias na mão.

Reviro os olhos, maluca.

Mas uma maluca bonita, pernas perfeitas, loira, com uns belos olhos verdes, cara de anjo… ahhh, cara de anjo mas com um feitio do diabo, louca.

Já dentro da festa tenho outra surpresa, a filha do amigo dos meus pais é aquela doida, oh que sorte a minha, não me faltava mais nada.

Alex: -Muito gosto Amy - digo eu a ser educado. Estendo a minha mão para a cumprimentar como deve de ser, mas ela não perde a oportunidade de me chatear

Amy: -Não se incomode em cumprimentar uma macaca.

E vai embora me deixando ali feito parvo. Isto assim vai ser difícil mesmo.

O pai dela vê a filha afastar-se espantado, olha para os meus pais que estão igualmente espantados, eu resmungo qualquer merda baixinho, estou puto da vida.

George quebra o silêncio constrangedor que pairava sobre nós quatro.

George: -Eu… eu não sei o que deu nela! - desculpou-se.

Alex: -Eu sei - eu digo - nós já nos tínhamos conhecido lá fora.

Em poucas palavras conto o que se passou lá fora, perto da macieira

O meu pai dá-me uma palmada na nuca.

James: -És um imbecil mesmo - ralha comigo - onde já se viu, falar assim com uma jovem.

Alex: -Ai pai, isso doeu - queixo-me ao colocar a mão na minha nuca.



O contrato …


Narrado por Amy


Eu entro de volta na biblioteca e desmancho-me a rir.

A cara dele quando eu lhe dei aquela resposta foi hilariante, ele ficou de todas as cores.

Amy: -Hahaha, bem feita para aprender - digo alto.

Estou divertida demais, pelo menos a festa serviu para me divertir às custas daquele parvo kkk.

Sento-me ainda a rir e resolvo que não vou voltar para aquela festa idiota.

Aqui é que se está bem, sozinha, com a lareira a crepitar e quentinha.

Estou à uns bons 10 minutos sentada a ler o meu livro, quando a porta é aberta. Entra o meu pai e os Harrison com o mal educado do filho logo atrás.

Ah meu Deus, nem aqui tenho descanso.

George: -Ainda bem que aqui estás - exclama o meu pai ao entrar - ia mandar chamar-te.

Amy: -Não consigo ter paz nem aqui - resmungo baixo.

George: -O que disseste? - pergunta o meu pai mexendo nuns papéis em cima da secretária.

Amy: -Nada pai, nada - suspiro alto demonstrando bem o meu aborrecimento- o que me queres afinal.

Olho de lado para aquele peraltado do filho dos Harrison.

James: -Alexander! - chama James, o pai dele - estamos à espera! - diz impaciente.

Ele aproxima-se muito a contragosto de mim.

Eu continuo sentada, o que me faz levantar a cabeça para o encarar.

Alex: -Aceite por favor as minhas sinceras desculpas, por a ter de alguma forma ofendido - desculpou-se altivo.

Eu cruzo os meus braços, não vou facilitar para ele não.

Amy: -Isso é sincero ou é porque o mandaram dizer - eu olho bem nos olhos dele o desafiando.

Alex: -Um pouco dos dois - admite ele olhando para o lado

"Hum, pelo menos é sincero" - penso eu.

Amy: -E se eu não aceitar as suas desculpas? - alfineto eu.

Alexander fica vermelho de raiva.

George: -Amy - ralha o meu pai - mas o que se passa contigo, isso são modos de tratar os convidados?

Amy: - Ele também não teve modos quando me chamou nomes no jardim - eu digo chateada.

Alex: -Mas que engraçada, se bem me lembro também me ofendeu, e ainda não a ouvi pedir desculpa por isso - ataca ele.

-Alexander!!! - ralharam em uníssono os seus pais. - mas que maneiras são essas??

Alexander bufou e foi para um canto da biblioteca de braços cruzados.

Depois de um breve silêncio, ele fala.

Alex: -Posso voltar para a festa? - pergunta inesperadamente.

-NÃO - responderam os pais dele e o meu pai ao mesmo tempo.

Eu acho isto muito estranho. Mas o que se passa aqui afinal?

Amy: -Mas afinal o que se passa? - pergunto eu desconfiada.

George: -Bem - diz o meu pai, a caminhar para trás da sua secretária, abre uma das gavetas que está sempre fechada à chave e tira um documento.

O Sr. e a Sra. Harrison sorriram.

E eu, cada vez acho isto mais estranho.

George: -Sugiro que todos se sentem - continua o meu pai.

Depois de todos estarem sentados, começa de novo a falar.

George: -Como todos nós aqui sabemos, somos descendentes de duques, Condes e Viscondes - diz muito orgulhoso.

Eu reviro os olhos.

" Que aborrecido" - penso.

George: -E temos as antigas tradições dos nossos antepassados muito enraizadas em nós, está no sangue, sangue real - sorri para si mesmo.

O meu pai está tão inchado de orgulho, que tenho a sensação que ele vai arrebentar a qualquer momento.

Eu ri com o meu pensamento e o pai olha imediatamente para mim furioso.

George: -Bem - pigarreou - assim sendo, não é de estranhar que continuemos a cumprir as tradições, e para isso temos este documento muito importante - levanta a folha para o ar - que foi assinado na noite que a minha querida esposa e tua mãe nos deixou - vira-se para mim e aquilo fez-me estremecer, sinto de repente a boca seca e estou com um péssimo pressentimento com esta conversa toda.

Amy: -E que documento é esse? - pergunto a medo.

CONTINUA…


27 Janvier 2022 11:56 0 Rapport Incorporer 0
~

Capítulo 2 - MAS QUE MAL EDUCADO

Mas que mal educado…

Narrado por Amy

Ao chegar perto do grande salão, o barulho incomodou-me e decidi então não entrar já, em vez disso fui para o jardim. Respiro fundo, adoro este cheiro que exala das flores, o campo a perder de vista, as belas árvores de frutos que temos por toda a propriedade. Lá ao fundo vê-se o estábulo e ainda um pouco mais longe vê-se o ribeiro que passa ligeiro e sempre cheio de pressa. Afasto-me um pouco e olho para a enorme mansão à minha frente, foi aqui que nasci, foi aqui que fui criada, foi aqui que a minha querida mãe morreu.

Abaixo os olhos e uma lágrima cai. Volto a olhar para cima e limpo com cuidado o meu rosto. Decido andar um pouco, mas as minhas sandálias de salto fino enterram-se na terra, tiro-as e levo-as na mão, ahh, assim está melhor.

Ao chegar perto de uma macieira, vejo que as maçãs já estão boas para apanhar, sorri e estico-me, mas não chego lá.

Olho para a maçã e digo:

Amy: -Não penses que não te vou buscar - ri para mim mesma por estar a falar com a maçã, maluca kkk.

Subo um pouco a árvore mas o vestido tira-me os habituais movimentos, costumo fazer isto, mas com roupa normal.

Ao esticar-me um pouco mais, ouço uma voz que me assusta e me faz cair.

-O que está aí a fazer pendurada como uma macaca? - diz a voz parecendo uma trovoada.

Ao cair, bato com o rabo no chão e o meu vestido sobe bem acima dos meus joelhos. Caída no chão com as pernas à mostra e descalça, estou numa bonita figura.

O homem à minha frente pega na maçã que tinha caído também.

É bem alto, uns bons 1,90 cm, cabelo castanho claro e tem olhos verdes, é bonito, muito bonito, ai merda, bonito demais.

Eu levanto-me rapidamente e ajeito o meu vestido e os meus cabelos.

Amy: -Foi preciso assustar-me dessa maneira? - digo ao arrancar-lhe a maçã das mãos.

-Sabia lá que se ia assustar - diz o homem - estava para ali pendurada.

Amy: -E chamou-me macaca - digo indignada - que falta de educação.

Ele olha para mim com ar reprovador.

-Falta de educação tem a menina - diz zangado - onde já se viu andar por aí pendurada nas árvores!

Aquele homem está a tirar-me do sério.

Amy: -Você é muito mal educado isso sim - começo a afastar-me daquele parvo. Quem ele pensa que é, para falar comigo daquele jeito? Petulante é o que ele é.

Já no jardim, sacudo o pó dos pés e volto a calçar os sandálias de salto alto e dirijo-me finalmente para a festa.


A apresentação não corre bem

Narrado por Amy


George: -Mas onde é que foi que tu andaste Amy? - pergunta o meu pai zangado.

Amy: -Ai pai, tu sabes o quanto estas festas me aborrecem - digo ao tirar um canapé - quanto mais tarde chego, menos tempo fico.

George: -Amy, já te disse milhares de vezes que estas festas são necessárias, tanto para negócios, casamentos, conhecimentos, além que a tua mãe sempre desejou que estas festas continuassem, mesmo depois de ela partir, foi um dos seus desejos que quero cumprir em memória dela, tu sabes isso e também sabes que na falta da tua querida mãe tens que ser tu a acompanhar-me. E tu onde andas? Em todo o lado menos aqui - diz aborrecido - Tenho que ter uma boa conversa com a Nani.

Amy: -A Nani não tem culpa, ela mandou-me a horas, eu é que ainda passei pelo jardim, e digo-te mais, tens convidados muito mal educa… - não acabo a frase porque sou interrompida.

-Amigo George - um homem muito bem parecido, abraça de forma efusiva o meu pai, parece que se conhecem muito bem.

George: -Ilustre amigo James - diz o meu pai ao retribuir o longo abraço.

Ahh, são realmente muito amigos, eu ouvi durante toda a minha vida falar do amigo James Harrison e a sua bonita esposa Grace, que estavam também presentes no leito de morte da minha mãe.

-Mas quem é esta jovem tão linda e maravilhosa? - pergunta uma bela mulher ao aproximar-se.

Finalmente, os homens deixaram os abraços e o meu pai olha para mim e apresenta-nos.

George: -Esta, meus queridos amigos Grace e James - olha para cada um deles enquanto diz os seus nomes - é a minha querida e adorável filha Amy - ele diz, colocando as suas mãos nos meus ombros.

Eu sinto-me repentinamente desconfortável, não sei explicar porquê.

Grace: -Meu Deus George, é muito linda mesmo, é perfeita - diz a Grace a olhar para o seu marido com um enorme sorriso.

Eu sinto-me como se fosse uma égua prestes a ser comprada.

Cumprimento educadamente o casal amigo do meu pai.

Amy: -Tenho todo o gosto de finalmente os conhecer, o meu pai fala muito de vocês - digo honestamente. .

James: -Nós partimos praticamente logo a seguir ao… - o Sr. James cala-se de repente.

Amy: -Não precisa se incomodar em falar do assunto, eu sei que tiveram que voltar para França logo a seguir ao falecimento da minha mãe.

Grace: -Pois foi, uma coisa triste - diz a Sra.Grace - éramos tão amigas e vê-la partir tão cedo, ainda hoje me custa - ela diz, baixando o olhar.

Amy: -Compreendo - digo eu - mas vamos aproveitar a festa, afinal foi para isso que vieram - digo para mudar de assunto.

Eles olham uns para os outros um pouco sem jeito.

Mas que estranho.

James: -Sim claro - diz o Sr. James um pouco sem graça - Ah, finalmente chegaste - levanta os braços ao falar com alguém que está atrás de mim.

Viro-me devagar, e vejo que é aquele desagradável do jardim.

Reviro os olhos chateada e vou para insultar aquele parvo, quando o Sr. James o apresenta rapidamente.

James: -Este é o nosso filho Alexander - diz todo vaidoso.

Ai caralho, não quero acreditar.

Ele olha para mim com desdém no olhar, e eu retribuo o olhar da mesma maneira. Mas que idiota.

George: -Olá rapaz, eu sou o George - apresenta-se o meu pai todo entusiasmado, apetecia-me dar um grito de raiva.

O tal Alexander finalmente dá um sorriso.

Alex: -Que prazer que tenho de o conhecer - diz muito amável, nem parece o mesmo estúpido de à pouco - os meus pais falam muito de si e da sua filha, que por sinal já ouvi aqui na festa dizer que é belíssima - dá um sorriso enorme ao meu pai.

Eu coro dos pés à cabeça.

George: -Oh que cabeça a minha - diz o meu pai - apresento-te a minha belíssima filha - pega de novo nos meus ombros - Amy.

Ele olha para mim surpreso.

Alex: -Muito gosto Amy - diz ele a tentar disfarçar o quanto está nervoso. Estende a mão para a minha para me cumprimentar.

Mas, como eu sou uma desbocada de língua afiada, não vou perder a oportunidade de o castigar.

Amy: -Não se incomode em cumprimentar uma macaca - dito isto saio de perto deles, triunfante da vida kkk.




23 Janvier 2022 22:10 0 Rapport Incorporer 0
~

Capítulo 1 - O CONTRATO

20 anos atrás

Kensington, Londres, Inverno de 1997



Estava uma tempestade lá fora, a chuva batia no chão com tanta força que parecia que saía fumo, o vento era de gelar os ossos em segundos, estavam em pleno mês de Janeiro e o frio era intenso demais.

O Dr. Stuart tinha sido chamado às pressas, a casa dos Thompsons. Mal tinha entrado na enorme casa, uma empregada levou-o imediatamente ao quarto dos senhores da casa.

O Dr. Stuart já sabia bem porque tinha sido chamado e como acabaria aquilo.

Entrou no quarto em passos apressados e viu a Sra.Olívia, pior do que a tinha deixado pela manhã, estava com uma respiração ofegante.

Ela tinha apanhado uma pneumonia e estava praticamente no fim, já não tinha salvação.

Era uma pena, uma senhora tão distinta como ela era e tão nova.

Lá dentro, estava o seu marido, o Sr. George Thompson, um casal amigo, os Harrison e o advogado da família, que estava com cara de poucos amigos.

Quando entrou, foi imediatamente auscultar a Sra Thompson, estava mal, estava muito mal.

O advogado entregou-lhe um documento, não parecia estar mesmo nada contente com o que tinha acabado de entregar à Sra Olívia.

Charles: -Continuo a dizer que isto é uma parvoíce - disse mal humorado cruzando os braços

A Sra. Thompson assinou a muito custo, a seguir assinou o seu marido e por fim o casal Harrison.

Grace: -É tradição Charles - disse a Sra. Harrison enquanto assinava - não sejas mal humorado!

Charles: -Tradição, tradição - bufou o advogado - isso era bom com os nossos antepassados, estamos quase no século XX, por favor.

George: -A tradição das nossas famílias será assim até não haver mais Thompson's e Harrison's, sabes perfeitamente disso. - disse o Sr. George Thompson aborrecido. - E além do mais, sabes bem o que aconteceu com a minha prima Isabella e com o tio do James, o Richard, não cumpriram a tradição e a maldição caiu sobre as suas cabeças. Pobres diabos teimosos.

Charles: -Ahh por favor, isso foi uma infeliz coincidência - retrucou o advogado.

James: -Coincidências ou não, não vamos arriscar. O contrato está assinado e carimbado, já não podem fugir ao seu destino. - finalizou James Harrison.


A Sra. Thompson morreu naquela noite.



Kensington, Londres, Outono de 2017


A festa


Narrado por Amy


Apesar de estar frio, dentro da biblioteca está bem quentinho, a lareira crepita alegremente.

Os ruídos das pessoas a chegar para a festa, começam a fazer-se ouvir no grande salão.

A porta da biblioteca abre de rompante de par em par.

Nani: -Amy!!! - grita a minha ama - o que está aqui a fazer ainda? Oh deus amado, e nem vestida está? - censura com as mãos nas ancas.

Amy: -Esperava que se esquecessem de mim - digo sem tirar os olhos do livro que estou a ler.

Nani: -Que parvoíces está a menina para aí a dizer - ela ralha - e alguém algum dia se vai esquecer de si minha pequena flor - chega-se perto de mim e afaga-me o cabelo.

Nani é a minha ama desde sempre, ajudou-me a nascer, criou-me e deu-me todo o seu amor.

Nani: -Vá, vamos despachar - diz a Nani a apressar-me - sabe bem que o senhor seu pai não gosta que se atrase para as festas.

"O pai e as suas festas" - penso ao fazer uma careta.

Amy: -Nem sei porque ele insiste em fazer estas festas! - digo aborrecida, colocando o livro de volta na estante.

Nani: -Sabe bem que foi o desejo da senhora sua mãe. Que Deus a tenha sobre o seu manto dourado - benzeu-se.

A minha mãe morreu faz 20 anos no próximo inverno, eu tinha 4 anos, tinha apanhado um resfriado que depressa se tornou numa pneumonia.

Sofri muito com a partida abrupta da minha mãe, mas a Nani e o meu pai nunca deixaram que nada me faltasse, muito menos amor.

Amy: -O que a minha mãe estaria a pensar, para deixar um desejo desses? - pergunto, esticando as minhas mãos para a lareira para as aquecer.

Nani: -A senhora sua mãe adorava festas, bailes, toda a gente bem vestida, os copos de cristal a tilintar - Nani estava perdida no passado - a sua mãe era uma excelente anfitriã e uma ótima dançarina - riu alto - mas vamos, chega de conversa que não me apetece ouvir o sermão habitual do senhor seu pai - ela diz, me empurrando para fora da biblioteca.

Eu saio da biblioteca a contragosto, subo a grande escadaria e pelo enorme vidro que acompanha a escada, vejo os imensos carros que já estão estacionados no enorme parque.

Resmungo qualquer coisa e continuo a subir.

Entro no quarto, e já lá está a minha Nani.

Amy: -Mas tu vieste a voar? - digo admirada.

Nani: -Se fosse uma bruxa podia ter vindo - brinca ela rindo - olhe que lindo vestido que aqui tem - sorriu ao levantar o vestido preto com forro beje de alças, com decote em bico com flores de várias cores no busto, as pontas do vestido era todo aos bicos e todo ele coberto com linda renda. É realmente magnífico.

Nani ajudou-me a vestir e fez-me um rabo de cavalo meio desmanchado no meu cabelo loiro, depois eu maquilhei-me, nada de extravagante, pouco blush, uma sombra discreta nos meus olhos verdes e um batom cor de vinho que realça a minha pele branca, coloco uns brincos compridos e calço umas sandálias de tiras pretas para finalizar.

Nani coloca as duas mãos nas suas próprias bochechas e abre a boca.

Nani: -Menina, como está linda - ela diz.

Eu ri, a Nani é sempre tão exagerada e engraçada.

Amy: -O meu pai disse que hoje tinha que estar especialmente impecável - digo aborrecida - espero que não ande a tramar nada.

Nani baixa a cabeça e mexe sem jeito no seu avental sempre impecavelmente branco.

Amy: -Nani - chamo - o que o meu pai anda a tramar?

Nani: -Ai menina, não sei de nada - ajeita o gancho nos seus cabelos negros,os seus olhos cor de azeitona brilhavam mais que o habitual.

Nani: -Vá - começa de novo a empurrar-me, agora, para fora do quarto - já está atrasada.


23 Janvier 2022 21:37 0 Rapport Incorporer 0
~
En savoir plus Page de démarrage 1