nathymaki Nathy Maki

Era para ser apenas um acampamento, um retiro de lazer e descanso após os últimos acontecimentos, um tempo para respirar e refletir. Isso é, até Shouto rolar para o seu lado durante a noite dizendo estar com frio. Midoriya tentou fingir que isso era completamente normal e não lhe importava de forma alguma. A verdade é que ele havia gostado muito, assim como gostava muito do amigo.


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#bnha #mha #tododeku #fluffy #romance #abraço #beijo #acampamento #fofo #conforto #declaração
Cuento corto
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Capítulo Único

O acampamento devia ser sobre concentração, sobre se conectar com a natureza e se tornar mais à vontade com sua individualidade. Senti-la como aquela parte sua, inseparável, indivisível, algo único e próprio, especial. Era sobre estar em paz, abraçar a si mesmo, acertos e defeitos, era enfim respirar após tantas catástrofes enfrentadas e perdas sofridas.

Por isso, em meio a toda aquela aura de tranquilidade e auto aceitação, Izuku não entendia como podia estar tão nervoso.

Apertou os olhos e contou as respirações uma a uma como se quisesse ter certeza de que seus pulmões ainda estavam funcionando.

Não estava dando certo.

O coração continuava acelerado, retumbando em seus ouvidos como uma onda agitada, impedindo-o de ouvir qualquer outro ruído além do bater frenético e incoerente em cada ponto do seu corpo. Era desorientador e Izuku já havia passado por muitas situações de vida ou morte. Porém, nenhuma delas havia o preparado para esse momento. Ele se sentia pequeno, diminuto em suas roupas folgadas e meias fofas com bigodes de gato. Apertou bem os dedos nos antebraços e tentou respirar o mais lentamente que podia.

Nada.

Nenhuma melhora.

Ainda sentia a ansiedade lambendo suas veias, tomando conta de cada um de seus pensamentos, acumulando ideias e projeções que talvez nunca se realizassem. Fechou os olhos, espantando-as para longe. Não fique nervoso, não há por que ficar nervoso, repetiu.

Ao seu lado, Shouto expirou vagarosamente, o calor de sua respiração fazendo cócegas em sua nuca. Podia sentir o ponto onde o cotovelo dele estava enfiado em sua cintura e, mesmo sobre as camadas de roupas e cobertores, a pele queimava sob o toque. Izuku tremia, no entanto, o motivo dos tremores não era o frio do mês de janeiro e sim a proximidade, aquele único ponto de contato que irradiava uma eletricidade quase dolorosa.

Ele sabia que aquilo não era nada, não era a primeira vez que eles dividiam um espaço tão pequeno. Nas rondas das agências e durante as missões de vigilância eles sentavam-se de costas um para o outro enquanto Shouto ouvia-o tagarelar por horas a fio sobre qualquer que fosse o assunto do seu interesse no momento. Midoriya apreciava aqueles instantes, eram como pequenos pedaços de tempo roubado que lhe mostravam o quanto valia a pena ter dado duro para estar ali. Entretanto, entre as paredes cada vez mais apertadas da barraca e sem olhos a vista, ele nunca havia percebido o quão íntimo era toda aquela proximidade.

Engoliu em seco e tentou se aprumar melhor sem acordar Shouto no processo. Foi um caso perdido. Como se sentisse sua movimentação, o braço dele avançou, enlaçando sua cintura em um abraço firme, exatamente igual a uma criança tentando impedir um bichinho de pelúcia de rolar para fora da cama. Midoriya foi puxado em direção ao peito acolchoado de Shouto, e o queixo dele repousou no topo de sua cabeça. O choque do contato se espalhou pelo seu rosto, paralisando-o no lugar. De repente, ele nem mesmo sabia como chegara a pensar que estava frio, não quando o calor parecia estar por toda parte, correndo por suas veias a cada pulsar acelerado de seu coração, estendendo-se até a ponta dos pés cobertos pelas meias infantis. Era tudo que parecia existir. Isso e aquele mínimo contato da pele de Shouto contra a sua, seus dedos resvalando contra a pele do seu pulso.

Ele não tinha certeza de como haviam chegado a essa situação, um diálogo sussurrado em meio ao cricrilar dos grilos e o sussurro do vento e então eles estavam dormindo assim: próximos, muito embora a barraca fosse grande o suficiente para que os dois dormissem separados com folga. Shouto soltou um barulhinho baixo, e Midoriya sentiu o ruído reverberar pelos seus ossos. Ele se apegou aos detalhes da conversa, imaginando se aquilo não havia sido apenas um produto de sua mente sonolenta ou tudo não passava de um sonho, mas as palavras ainda estavam lá, ele podia ouvir o eco delas em seu ouvido:

— O que está fazendo? — Izuku havia perguntando ao senti-lo rolar pelo pequeno espaço que os separava e se aproximar no meio da noite.

— Está frio — Shouto havia murmurado baixinho, aconchegando-se mais próximo como se necessitasse do seu calor muito embora ele pudesse produzir o seu próprio como consequência da sua individualidade em tentar manter sua temperatura estável.

— Use suas chamas — respondera, a voz ganhando alguns tons acima.

— Não é seguro. Posso acabar colocando fogo na barraca inteira. E por algum motivo, você é bem mais quente do que qualquer chama que eu pudesse produzir.

Izuku corou. Ele se perguntou se alguém poderia morrer de vergonha e quanto sangue afluindo a sua cabeça era adequado antes que ela explodisse. Expirou e virou a cabeça para observar. Midoriya gostava de observar Shouto, ele se pegava fazendo isso com uma frequência maior do que seria adequado. Sabia o ponto exato em seu rosto onde o sorriso atingia. Havia decorado o modo como as sobrancelhas dele eram naturalmente arqueadas, como se franziam em confusão quando confrontado por alguma situação com a qual não sabia lidar. Izuku achava adorável sua hesitação, as repostas inocentes e o modo sincero de se expressar. Não havia nenhuma malícia nele, apenas uma curiosidade pura e simples. As sobrancelhas dele agora estavam tão apertadas que fez com que Midoriya se perguntasse com o que ele estava sonhando. A linha da mandíbula estava livre daquela tensão usual e as sombras tomavam as maçãs do rosto, projetando os cílios nas bochechas coradas pelo frio. Era um quadro que apenas ele tinha o privilégio de ver.

Seus dedos se agitaram, o desejo de tocá-lo ardendo nas pontas, a sensação do cabelo sedoso sendo repartido, do ângulo do nariz percorrido, dos lábios finos e de aparência tão macia sendo tocados delicadamente, como se Shouto fosse algo raro e precioso que merecesse o mais fino dos cuidados. Izuku sabia que ele não gostaria da comparação, sabia o quanto ele era forte, o quão arduamente havia lutado para permanecer ali. Ao seu lado, Izuku sabia que embora fosse essa imagem que ele projetasse a todos, lá no fundo ainda havia uma parte sua quebrada. Uma parte que necessitava de cuidado e gentileza, que apenas o tempo poderia curar. Por isso, Izuku temia machucar Shouto. Ele já havia sido muito machucado.

Apertou mais os dedos, fechando as mãos em punhos e sentiu aquela parte trancada a sete chaves em sua mente cutucar as paredes em busca de espaço. Não agora, ele implorou, as pálpebras firmemente cerradas. Mas era o mesmo que tentar conter um terremoto, incansável e destruidor, derrubando suas barreiras e rachando as amuradas com as quais mantinha cerrados os sentimentos. Talvez se ele apenas se movesse um pouco, apenas o suficiente para se virar e poder observá-lo melhor, gravar na memória aquelas novas linhas em seu rosto relaxado e vulnerável....

Já que eles já estavam naquela situação, apenas um pequeno movimento inofensivo não seria nada demais, não alimentaria nada a não ser as próprias ilusões.

Midoriya se moveu.

Os olhos de Shouto se abriram.

Shouto sabia que estava sonhando. Soube no momento em que as chamas se assomaram diante de si e tomaram a forma do rosto do pai. Porém, mesmo sabendo disso não conseguia se forçar a acordar.

O golpe veio rápido e bruto, lhe empurrando para trás até atingir a beirada do precipício e cair indefinidamente. O movimento em seus braços o acordou. Desorientado, ele não sabia onde estava e muito menos por que havia tanto verde em sua visão. A sensação aos poucos abrandou e Shouto percebeu que estava deitado no chão da barraca com um preocupado Midoriya debruçado sobre si.

— Desculpe ter acordado você, Todoroki-kun.

Ergueu-se, apoiando os cotovelos nos cobertores espalhados pelo chão e se afastando ligeiramente do garoto e de suas mãos delicadas. Os olhos verdes o sondaram, compreensivos e Shouto sentiu arrepios subirem por sua espinha. Ele vinha tendo essas sensações com cada vez mais frequência e que não tinham ligação alguma com sua individualidade – disso ele sabia, pois colocara em prática um pequeno experimento.

— Foi um pesadelo, não foi? — Midoriya disse, perceptivo como era, desviando o olhar subitamente intenso e fitando as próprias mãos fechadas em punho. A cicatriz ganha durante a luta deles se destacou na pele bronzeada. Desse ângulo, com a pouca iluminação proveniente da lamparina, seu rosto era todo sombras e preocupação. Shouto sentiu novamente aquele calafrio peculiar ao perceber que a preocupação era por si.

— Está tudo bem, Midoriya. Eu só engasguei — rebateu de modo nada convincente, um pouco do seu eu ríspido voltando a transparecer. Mas ele não podia entrar nesse assunto, não podia dizer que após tantos meses se curando, reunindo seus pedaços, sonhos com ele ainda eram frequentes.

— Você está chorando — ele disse quietamente.

Estava? Nem mesmo havia percebido. Tocou as lágrimas com surpresa, procurando lembrar quando havia sido a última vez que tinha chorado. Detestava pensar que aquele garotinho chorão ainda vivia em si. Limpou os olhos, irritado.

— Oh, Todoroki-kun. — Para sua surpresa, Midoriya se inclinou contra si, os olhos marejados e enormes no rosto, e o envolveu em seus braços.

Instantaneamente, seu corpo se retesou e o instinto primordial de se afastar se manifestou como sempre fazia quando aquela sensação de opressão o envolvia. Lutou contra ela, relaxando no calor do abraço e deixando o corpo ser envolvido por ele como se embarcasse em uma cápsula protetora.

— Está tudo bem. Tudo bem. Nada pode te machucar agora — ele murmurou.

Shouto se viu cedendo, a cabeça encontrando a curva do pescoço, a bochecha encostando nos cachos esverdeados. As mãos subiram para as costas, os dedos se entrelaçando em seu casaco. Deixou-se levar pelo doce som das palavras sussurradas e o cheiro inebriante de marshmalows assados e chocolate. Nem mesmo se lembrava da última vez que se sentira tão... seguro. Protegido. Era como estar em uma bolha isolada e nada pudesse alcançá-lo ali. Um esconderijo perfeito escondido em um abraço.

— Midoriya. — O som do nome dele saindo pelos seus lábios era melódico e suave, a familiaridade do tom o acalmava.

Eles se afastaram, porém, as mãos de Izuku ainda seguravam as suas. Shouto sentia como se sua individualidade estivesse a um passo do descontrole e a qualquer instante fosse incendiar tudo que houvesse ao redor. Pigarreou sem saber muito bem como prosseguir, mas antes que pudesse se pronunciar, Midoriya tomou a frente.

— Sempre que acontecer outro pesadelo pode vir conversar comigo. Eu também os tenho com frequência e sei que contar para alguém ajuda. Vou estar a sua espera quando precisar. — Ele sorriu e Shouto imaginou que nem mesmo o Sol poderia ser tão brilhante.

— Obrigado — foi tudo o que disse, repentinamente sufocado por todos aqueles sentimentos novos, aquela necessidade nova de se aproximar que invadia seu peito sempre que estava com ele e o levara a rolar até o seu lado naquela noite em busca de conforto.

Apesar das risadas e dos amigos reunidos ao redor da fogueira, a imensidão daquela montanha o fazia sentir solitário, longe de tudo e de todos, isolado dos demais como se nunca houvesse pertencido àquele mundo. Ele temia esse sentimento, a impotência que o acompanhava, e no entanto, Midoriya estava ali tão perto, ao alcance de sua mão. Estava com frio, ele dissera, e de fato ele estava. O que não dissera era que o calor do corpo dele contra o seu era reconfortante, era proteção, era a segurança de que ele estava ali presente e que tinha valor.

— Não precisa agradecer. — Os dedos pressionaram suas mãos. Izuku engoliu em seco ao sentir a textura da pele sobre os calos marcados na ponta dos dedos que contavam a história de seu esforço. — É isso que os amigos fazem.

Amigos...

Será que Shouto notara o quão amarga a palavra saia de seus lábios? Não que ele não quisesse ser amigo dele, era apenas o próprio coração que insistia em bater irregularmente e perseguir a tola ilusão de algo mais. Cale-se, disse àquele órgão tão insistente e errado. Shouto é meu amigo.

Amigos...

Por algum motivo aquela palavra incomodava Shouto. Parecia pequena demais, insuficiente demais para tudo o que Midoriya representava em sua vida. Ele certamente fora seu primeiro amigo. Chegara em sua porta, invadindo com sorrisos e dedos quebrados. Cada palavra, cada expressão estava gravada profundamente em sua memória e nunca seria esquecida. Cada olhar em seu rosto, a contagem exata daquelas sardas que se espalhavam por suas bochechas a qual ele mantinha secretamente, o brilho e confiança animada que ele sempre parecia irradiar, tudo isso estava gravado em linhas permanentes em seu cérebro.

Izuku notou o olhar dele se tornar mais apurado e o rosto corou imaginando o significado daquilo. Teria ele ido longe demais em se oferecer? A respiração engasgou em seus lábios ao vê-lo soltar uma das mãos do seu aperto e erguê-la até seus cabelos, puxando para longe o gorro que cobria precariamente os cachos revoltos. Midoriya não sabia até que ponto alguém podia corar, mas com certeza ele já o havia ultrapassado.

—Você está doente? Seu rosto está vermelho. — Ele se inclinou mais contra Izuku, a mão esquerda pressionada em sua bochecha enquanto conferia sua temperatura. — Está esquentando — constatou, a sobrancelhas franzidas em preocupação.

— É porque você está tocando meu rosto — murmurou, uma parte sua morrendo um pouco ao admitir isso.

— Ah, certo. — Ele retirou a mão e puxou a outra, deixando as mãos de Izuku soltas em seu colo. Midoriya respirou fundo para se acalmar ou seria ele – e não Shouto – o responsável por atear fogo aquela barraca. — Mão errada, sinto muito. Assim está melhor?

— O problema não é qual mão você está usando! - E a voz aguda estava de volta.

— Então você está doente.

Não!

— Então por que está tão vermelho?

E aquela não era a pergunta de um milhão de dólares?

Ele não respondeu, nem mesmo sabia se havia uma resposta que não envolvesse uma enxurrada de palavras gaguejadas.

Shouto mordeu o lábio inferior e curvou-se mais até que a testa tocasse a de Izuku. Os olhos dele estavam fechados, os lábios apertados tremiam com o esforço de manter as palavras para si apenas uma vez na vida. Mas como falar era meio que um estado natural seu, ele sabia que não resistiria por muito tempo. A mão de Shouto ainda permanecia em sua bochecha, os dedos levemente gelados acariciando com suavidade a pele e levando faíscas de prazer até os seus nervos. Oh. Izuku suspirou. Esperança e desilusão batalhando dentro de si. Não ajudava nada sua sanidade que Shouto estivesse assim tão próximo. Podia sentir seus joelhos enfiados sob suas pernas, era apenas a questão de um mínimo passo para que logo estivesse em seu colo. Controle-se, disse com firmeza a si mesmo apenas para no minuto seguinte derreter por completo ao sentir o nariz dele roçar no seu. Oh.

— O que você está fazendo? — perguntou baixinho, apenas movimentando os lábios o suficiente para fazer-se entender.

— Eu não sei. Apenas... apenas tinha que ter certeza que não estava mentindo sobre estar doente. E que isso não é um sonho, que você não é um sonho. — Izuku sentiu o hálito dele roçar sua bochecha e engoliu em seco. As batidas aceleradas zuniam em seus ouvidos, quase encobrindo as palavras seguintes. — Às vezes eu continuo pensando que ter você por perto é muito mais do que mereço.

Izuku não soube como aconteceu, apenas que o corpo rolou para mais perto do dele, como se desejasse se assegurar que era real, que permanecia ali. E então, no minuto seguinte, ele o estava beijando. Ou talvez Midoriya o estivesse beijando. Ele não sabia e não parecia importar.

Havia roupas demais entre eles, mas ao mesmo tempo, não parecia haver nada. As mãos deslizavam pelos casacos como se estes fossem intangíveis, puxando, trazendo para mais perto o outro, apenas para tê-lo em seus braços e se assegurar que tudo ficaria bem. Os lábios de Midoriya se abriram e Shouto os explorou, ele não sabia o que o levara a fazê-lo, mas agora que iniciara não podia deixar de pensar no porquê nunca o ter feito e em como seria no futuro sem a boca de Midoriya contra a sua. Ele se afastou, os olhos verdes muito arregalados e brilhantes, todo calor satisfeito e sardas estreladas.

— Shouto... — Ele respirou e aquela nota falha, o som do seu nome saindo dos lábios dele parecia tão certo. Era isso o pedaço que vinha buscando, a voz insistente no fundo de sua cabeça lhe dizendo que havia algo mais.

— Izuku — devolveu. Seus dedos se enrolaram nos cachos esverdeados, deslizando por eles até a nuca e sentindo ali o arrepio que o contato de seus dedos causava em sua pele. Shouto nem mesmo soube explicar por que aquilo o agradou tanto. — Izuku — repetiu, inclinando-se novamente para tocar-lhe os lábios, doce e vagaroso, deixando-se apreciar o modo como eles se moldavam os seus, atentando-se a risada que parecia presa em seu peito, aquele balão de realização e felicidade prestes a estourar em seu estômago.

O calor preencher seu corpo, partindo da boca, das bochechas onde os dedos de Izuku tocavam, do pescoço onde ele puxava seu cachecol para mais perto, espalhando-se até a ponta dos pés, despertando músculos que ele nem mesmo sabia que tinha.

Havia apenas os beijos, um e então outro e outro, nos lábios, nas bochechas, em cada sarda contabilizada, em suas pálpebras, seus dedos. Izuku sentia o peito transbordar, ele se sentia adorado. Seus lábios não conseguiam evitar de sorrir enquanto o coração martelava a certeza em cada parte do seu ser. Sim, é isso. É isso que estava buscando. É isso a felicidade. Ele riu extasiado demais quando Shouto lhe beijou uma última vez.

— Espera, eu acho... um minuto Todoroki-kun.

Shouto se afastou, a confusão tomando seu rosto.

— Eu fiz algo errado?

— Se você fez algo errado? Oh, pelos deuses, não! Foi tudo perfeito, do jeito que eu imaginei que seria. Você é perfeito do jeito que eu imaginei que seria. Mas eu preciso falar disso, por mais que não saiba como isso começou, você tem o direito de saber. — Ele respirou fundo, preparando-se para admitir aquilo que havia sido seu segredo por tanto tempo. — Eu gosto de você, Todoroki Shouto. Gosto muito de você.

O beijo que ele lhe deu em resposta tinha gosto de aceitação e de companheirismo.

— Você tem gosto de marshmalow, eu gosto disso.

Midoriya riu.

— E de mim? — perguntou timidamente. — De mim você gosta?

Seu rosto se franziu enquanto ele ponderava o questionamento. Os dedos deslizaram de sua nuca e se enlaçaram em seu rosto. Seus lábios se partiram em um sorriso único, aquele que apenas Midoriya tinha o privilégio de ver. Ele falou:

— Gosto muito.

1 de Mayo de 2020 a las 15:25 0 Reporte Insertar Seguir historia
8
Fin

Conoce al autor

Nathy Maki Fanfiqueira sem controle cujos plots sempre acabam maiores do que o planejado. De romances recheados de fofura a histórias repletas dor e sofrimento ou mesmo aventuras fantásticas, aqui temos um pouco de tudo. Sintam-se à vontade para ler! Eterna participante da Igreja do Sagrado Tododeku <3

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