beakhyun dié

“Não esquenta, vai ser apenas mais uma festa.” Foi isso que Sehun disse ao Baekhyun quando contou sobre a mais nova festa que o terceirão tinha organizado, mas o que ele não esperava era que sua paixãozinha estaria ali naquela noite completamente perdido no meio da multidão. No fim das contas, aquela não seria apenas uma simples festinha, afinal, Baekhyun usaria várias táticas para se aproximar de Park Chanyeol, acabando por mudar um pouquinho a vida desses dois adolescentes. [chanbaek/fluffy]


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Eu desafio você a dar o primeiro passo

Ah, o ensino médio. Para muitos essa época da vida é dividida em duas opiniões: a primeira delas vinha daqueles que adoram estar nesse patamar da vida, pois, para eles, tudo era voltado em sair para a farra com os amigos; já a segunda, veem aquilo como o inferno na terra, já que a química, física e matemática pisam nos pobres estudantes que apenas desejam acabar com aquela fase estressante.

E quando se chegava no famigerado terceirão, tudo piorava ou, para outros, melhorava.

Com várias festas todas as semanas, muitos já esbanjando a sua maioridade nas nights, podendo beber livremente sem ser expulso e nem nada do tipo. A folia corria solta pelo corpo desses jovens alunos que não pressentiram o perigo e o caos de estar no último ano letivo.

E era exatamente isso que acontecia com Baekhyun. Nosso querido Byun não era nenhum jogador famosinho da escola, não era o senhor pegador que passava o rodo no colégio inteiro e muito menos nas festas que frequentava, e choquem-se, ele também não era considerado o nerd. Baekhyun se tratava apenas de um adolescente com boa lábia, que tirava notas razoáveis, e era dono de um sorriso que conseguia cativar qualquer um.

Por ser um garoto legal ele conseguia facilmente ser comparado ao tipo de pessoa que qualquer um adoraria passar a sua tarde ao lado, apenas conversando ou gastando o tempo fazendo qualquer tipo de idiotice, porque estar ao lado do baixinho era sinônimo de diversão na certa. O menor era popular, conhecia todo mundo e conversava com qualquer um que entrasse em seu campo de visão.

Sua comunicação era sua maior qualidade no fim das contas.

Embora ele fosse o típico garoto amigo-de-todo-mundo, ele tinha apenas um brother que considerava sangue do seu sangue, seu comparsa para todos os planos malignos da vida, seu companheiro de noites chorosas, seu irmão de outra mãe, e vários “etcs” para mostrar o quão brothers eram… Enfim, o nome dessa bênção de amigo era: Oh Sehun.

Diferente do baixinho, o moreno era um pouco chamativo ao extremo, do tipo que se não conseguia chamar atenção desejada só de entrar em qualquer canto do colégio, ele fazia qualquer coisa para obter a atenção que ele merecia. O mais novo também adorava sair para festas – tais que sempre arrastava seu amigo, – beber até esquecer seu nome, beijar várias bocas e quem sabe, descolar uma foda das boas. E no fim disso tudo, das empreitadas do amigo, sempre acabava sobrando para o pobre Byunzinho carregar o fardo para casa xingando-o o caminho todo, seja de carro ou a ônibus mesmo.

Como já dizia Luciano Huck: loucura, loucura, loucura.

Atualmente os dois garotos estavam no terceiro ano vivendo loucamente sua adolescência que estava dando um tchauzinho gentil enquanto a vida adulta chutava seu bumbum, mas para mostrar que a vida não era só rosas, eles tinham que ter aquele choque realidade, correto? A dupla dinâmica vivia sofrendo durante as aulas pelo fato de que a cada cinco palavras ditas pelos professores, três delas se referiam a: vestibular. Era um porre acordar cedo, caminhar muito até a escola, – às vezes com a ressaca pegando o couro deles – para ouvir sempre a mesma ladainha. Era como se os adolescentes não soubessem das coisas.

Ok, muitos realmente estavam no mundo da lua, um desses era Sehun, mas isso não precisa ser contabilizado, correto?

Aquilo tudo era estressante demais, a pressão colocada era simplesmente irritante e isso tirava o Byun do sério, pois, ele sabia o quanto podia fazer mal para cada um que estava naquela sala.

— Eu juro que se eu ouvir mais uma vez a palavra vestibular, irei me atirar desse prédio e correr pelado na quadra de exercícios. — disse o baixinho num tom miúdo para que só o seu amigo ouvisse.

— Relaxa bro, não é como se fosse o fim do mundo, acho que todos se acostumaram com isso… — deu de ombro vendo o outro lhe encarar de forma duvidosa, o moreno sabia muito bem que palavras aquele olhar carregava, por isso se colocou logo a implementar mais sua fala: — Você sabe, essa tara dos professores pela palavra sagrada com "v".

Baekhyun simplesmente rolou os olhos como se xingasse a si mesmo por não ter entendido aquilo logo de cara, ele não podia fazer nada se ele estava ocupado demais contando os segundos para ir embora daquela aula tão irritante. Tratando de observar o relógio que estava na frente da sala, logo acima do quadro, este soltou um suspiro pesado. Faltava um mísero minuto para o sinal tocar e ele estar liberto daquele inferno, pelo menos, já era sexta-feira, ou seja, ele teria um fim de semana inteiro para descansar seus amados neurônios e quem sabe, estudar um pouco.

Obviamente antes de tocar a sirene, se fez necessário ouvir a santa frase do professor de química falar que com o final de semana chegando, eles deveriam meter a cara nos livros e não nas bebidas, se fosse para esquecer o próprio nome como os “jovens de hoje em dia gostavam” que seja lendo um livro didático. Por mais que o menor não fosse nenhum pouco fã de bebida alcoólica, ele franziu sua expressão.

Viver focado nos estudos não era saudável. Era isso que o menor pensava e acreditava.

Ouvindo o som estridente da salvação da pátria, este guardou seu material dentro de sua mochila e olhou para o seu amigo que encarava o celular com um sorrisinho nenhum pouco normal. Baekhyun sabia muito bem ler seu melhor amigo, desde quando ele estava com medo de alguma coisa, ou quando estava pensando em algum plano infalível, e até mesmo quando ele peidava na sala e negava até a morte que era o grande culpado daquele mau cheiro. Digamos que a intimidade desses dois iam da mais limpa até a mais porca de todas.

— Desembucha, o que tem de tão engraçado nesse celular. — soltou por fim sem pensar duas vezes, abraçando a sua mochila enquanto sorria e acenava para os alunos que iam embora, os seus olhinhos rápidos flagraram o exato momento de uma figura alta deixando a sala de aula.

— Nada demais, eu apenas estou confirmando nossas presenças na festa de hoje a noite. — deu de ombros com se aquilo não fosse nada, mas ao olhar o rosto do castanho, este franziu o cenho estranhando aquela carinha de bunda — Qual vai ser dessa cara feia aí?

— Quem disse que estarei disponível para ir numa festa com você? — este vestiu a mochila nas costas apenas para cruzar os braços e encarar o outro que continuava bem “sim senhor” sentado.

Baekhyun simplesmente odiava quando o seu amigo tomava decisões por sua conta e risco sem ao menos o consultar. Não era como se ele não gostasse de ir em festas com o seu brother, pois, apesar dos muitos contras que existiam, ainda tinha uns prós que ajudavam nas suas idas à essas festas. Até porque, se dependesse só dos contras, onde se tratava de um Sehun bêbado e chorando, – sim, o mais novo virava um bebê chorão quando estava alcoolizado – bem Byun nunca mais colocaria os pés numa resenha.

— Fala sério cara, o que diabos você vai fazer numa sexta à noite? — indagou de maneira séria, logo dando um sorriso de lado. Oh não, Baekhyun já sabia o que viria a partir desse momento, e isso fez seu estômago revirar-se por inteiro — Até onde eu saiba, você ainda não falou com o Chanyeol e vocês não vão viver uma loucura de amor em uma plena sexta-feira à noite, ou seja, você vai passar a noite coçando o saco.

Ah, Park Chanyeol, a paixãozinha platônica de Baekhyun desde o primeiro ano do médio. O castanho sempre esteve de olho nele desde o dia que, por evento da vida, ficaram na mesa sala de aula. Olhando de fora o grandão não tinha nada de especial, muito menos algo que tomasse atenção de todos para ele. Ao contrário de sua pessoa, o garoto de fios encaracolados era quietinho, concentrado nas aulas, – embora não tivessem notas azuis e muito menos vermelhas, era sempre medianas – não faltava nenhum dia, sempre era quietinho nos trabalhos em grupo. As únicas vezes que o menor conseguiu ouvir a sua voz, fora em apresentação de trabalho e quando ele estava indo para lanchonete da escola e viu Park conversando com um garoto que andava consigo para cima e para baixo.

Naquele ano ele pode jurar que os dois namoravam e isso resultou em vários dias da sofrência de Byun que ficava ouvindo aquelas típicas músicas de corno falando o quanto gostava do grandão e que queria apenas um beijinho para matar a sua sede chamada amor. Sehun nunca suportou isso, ainda mais quando era ele que tinha que consolar aquele adolescente que achava que era o fim do mundo estar apaixonado por alguém comprometido.

Mas no fim de tudo, não era necessário toda aquela tempestade no copinho de água de hyunnie, porque um tempinho depois ele acabou descobrindo que eles apenas eram bons amigos e o nome daquele garoto era Kim Jongin.

Oh nunca entendeu ao certo o porquê do menor ter se apaixonado por um garoto que sequer tinha trocado uma única maldita palavra. Tanto que, quando ele questionava isso para Baekhyun, o seu amigo de longa data sempre trocava de assunto ou ficava vermelho se negando a contar os seus segredos ocultos, que não eram tão ocultos assim. Aquilo era para testar sua paciência, certeza que era. Mas no fim, Sehun podia não ser brasileiro, mas não desistia fácil, ele sempre ficou insistindo até que a sua resposta veio e ele até conseguiu compreender um pouco os motivos do outro.

Em um dia belo de aula, Baekhyun tinha chegado cedo na escola porque seus pais iam viajar a trabalho e como não teria alguém para lhe acordar na hora correta, – já que o príncipe aí não conseguia despertar igual uma pessoa normal ao som de um despertador – ele acabou por se colocar de pé junto com os progenitores acabando por ir ao colégio enquanto o sol se mostrava ao mundo de maneira tímida. Por conta disso, ele ficou vagando pelo prédio já que não tinha nada a ser feito, tinha poucas pessoas nos corredores, basicamente só aqueles que vinham de condução para as aulas.

No meio de suas passeatas, ele estava em frente da sala de música quando ouviu dedilhados e uma voz grossa, porém, tão gostosa de se ouvir. Curioso do jeito que o baixinho era, ele meteu a cara na porta, dando uma espiadinha pela parte de vidro que esta tinha, vendo nada mais, nada menos que Park Chanyeol tocando violão, enquanto cantarolava uma música que não conhecia.

Tinha sido amor à primeira vista, a imagem do estudante tocando aquele violão de olhos fechados enquanto seu timbre baixo preenchia aquela sala fora a que marcou a mente do Byun. O menor sempre foi amante de música, mas sempre foi um tanto desajeitado com instrumentos, por isso se dedicava mais a suas aulas de canto. Baekhyun estava completamente admirado pela habilidade de Chanyeol. Desde aquele dia, os sentimentos pelo garoto tímido só cresceram como o fermento faz com o pão. E como o castanho sempre foi um adolescente emocionado demais, Park ainda ocupava seu coração e carregava o título de crush supremo até hoje.

— Deixa de ser besta, Sehun. — rolou os olhos enquanto virava a cara evitando um contato visual, pois, quando Chanyeol era mencionado na conversa o baixinho mudava por completo, tipo, da água pro vinho — Desculpe, mas eu tenho que estudar, esqueceu que temos que entrar numa faculdade e arranjar um trampo bom? Ou vai esperar que seus pais paguem todas as suas saideiras?

— Não venha mudar de assunto, você não é do tipo que fica falando esses tipos de coisa. Tá agindo estranho só porque falei o nome proibido. — deu um sorrisinho de lado enquanto se colocava de pé, pousando a sua mão no ombro do amigo ocasionando no recebimento do seu olhar.

— Eu realmente ia estudar esse fim de semana, Sehun, não estou arrumando desculpinha ou fugindo de qualquer coisa, você sabe que gosto de ir nas festas, mas não tô no clima, sacas? — deu de ombros, se colocando a caminhar para ver se conseguia fazer o seu melhor amigo desistir daquela ideia, mas lá no fundo, ele sabia que nada tiraria a vontade de Sehun.

— Você disse muito bem, você vai estudar no fim de semana, e como todos sabem, sexta não é fim de semana, é um dia letivo onde todos trabalham e estudam. — comentou dando uns passos corridos para acompanhar o amigo que soltava um suspiro completamente irritado com o outro — Vamos Baek, vai ser apenas uma festinha, eu juro para você que não vou beber tanto.

Baekhyun suspirou profundamente. As vezes ele se amaldiçoava demais por ter mimado o maior em níveis ridículos, porque agora o moreno simplesmente não aceitava o “não” como resposta. Todas as cenas que ele fazia quando recebia uma resposta negativa, mais de três vezes, era no mínimo cômico, imaginem só, um garoto de dezoito anos aparentando ter apenas cinco de tanta manha que fazia. Estão ligados naquelas crianças que vão nos supermercados com os pais e fazem a maior birra do mundo por um doce? Esse era Oh Sehun quando o Baekhyun falava que não faria algo.

— Tudo bem, você venceu, mas saiba que semana que vem eu tenho um cronograma de estudo e começa na sexta que vem, então nada de me chamar para festinhas, ouviu? — avisou olhando pela primeira vez desde que sairiam da sala para o amigo, vendo este sorrir igual uma criança, acabando por abraçar os seus ombros e deixar um beijinho bobo na sua bochecha.

— Sim senhor! Você é um amigo top demais Baek, você vai ver como essa festa vai ser divertida. — disse num tom cantado de tão alegre que estava, arrancando uma risada curta do menor.

Entretanto, apesar de ficar alegre com a reação do maior, algo no fundo de sua pessoa se mostrava inquieto. Ele estava com um mau pressentimento quanto a festa daquela noite, porém, tentou ignorar aquilo.

Seria apenas uma festa, correto?

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Se passava das 21hrs da noite e o menor já estava na casa que estava rolando a social organizada pelos quatro terceirões daquele ano. Quando o menor colocou os pés no quintal da grande casa, ele já podia ouvir o som da música alta, as batidas faziam com que até mesmo o chão tremesse de tão intenso que era. Baekhyun apostava consigo mesmo que não daria nem três horas para polícia bater ali por reclamação dos vizinhos. Ainda mais por se localizar em uma vizinhança considerada riquinha, normalmente as resenhas eram elaboradas por alguém que tivesse uma casa espaçosa e completamente livre para a folia rolar, mas dentre todas a que ele foi, essa era a mais gigantesca de todas, digna de uma mansão.

Ao entrar na casa a primeira coisa que ele pode ver era que o hall estava servindo de pista de dança onde estava recheada de pessoas. Mais para o fundo havia duas escadas largas nas duas laterais daquele cômodo que no fim se encontravam no segundo andar; no meio destas ficava ali um dj cuidando das músicas daquela noite. O centro poderia muito bem ser confundido com um salão de festa por ser espaçoso o suficiente para abrigar tantas pessoas dançando loucamente com um copo de bebida em mãos. Baekhyun nunca tinha visto um hall tão grande.

Sentindo-se um pouco tonto pela barulheira e as luzes fortes e coloridas que estava rolando ali, ele sorria para alguns conhecidos que paravam ao seu lado completamente alterados pela bebida alcoólica, tentando de todas as maneiras levá-lo para a pista de dança. Era tão ruim ter que se aproximar das pessoas para poder conversar, talvez o pior de tudo, era ter que gritar para que uma única palavra seja entendida. Ah, como ele queria estar em sua casa naquela noite, mas nããão, ele tinha que vir para acompanhar seu amigo, aquele que estava sumido da festa, mas no fundo o menor tinha quase certeza de onde ele estava.

Negando em pensamento, este se esquivou um pouco das companhias que estavam o cercando dando uma desculpa qualquer e simplesmente caminhou pela pista até o outro lado da área, onde provavelmente se localizava o “bar” pré montado. Baekhyun desejava mais do que tudo em sua mísera vidinha que estivesse enganado, afinal, Sehun tinha prometido que iria se comportar e não iria beber naquela noite. A última coisa que o castanho queria era terminar a noite com fortes dores de cabeça.

Passando seu olhar por aquela bancada rodeada de banquinhos por toda a sua extensão, uns ocupados outros não, ele conheceu uma cabeleira escura muito similar, e se avaliasse o quanto aquele garoto estava com a coluna reta ao estar sentado, ele tinha achado o seu alvo. Sem pensar duas vezes ele caminhou quebrando totalmente a distância que ainda existia entre eles, percebendo que Sehun estava se inclinando brevemente para frente.

Oh não, Sehun estava dando em cima do barman.

— O que uma lindeza dessas está fazendo numa festinha boba, ainda mais, por trás desse balcão chato, deveria estar se divertindo aqui. — disse o moreno dando um sorriso ladino enquanto avaliava o jovem que estava envergonhado pela cantada desajeitada ouvida — Eu não me incomodaria nenhum pouco em te mostrar o quanto seria bom se divertir comigo.

Diante a um sorriso carregado de luxúria, este pode ver o barman abaixar cabeça enquanto sorria, talvez, desacreditado com que estava ouvindo.

O homem aparentava ter seus vinte dois anos, tinha um cabelo escuro muito bem penteado para trás e era dono de uma pele bem clarinha. Mesmo que as luzes estejam apagadas e tenha apenas uns feixes de luzes coloridas dançando pelo cômodo, Sehun podia muito bem ver quão lindo o outro era, desde seus olhos escuros e caidinhos, até em seu sorriso belo. Era praticamente impossível não reparar em seu corpo, – ou talvez, meio corpo – aquela blusa social dobrada nos braços expondo parte dos músculos marcadinhos e as veias brevemente demarcadas na pele faziam o moreno quase babar. Aquela com toda a certeza era uma raridade enorme, Oh tinha encontrado um semideus em uma festa mixuruca daquelas, ele só podia estar com sorte e não perderia uma chance dessas.

— Eu estou trabalhando, sabe?… — respondeu dando um sorrisinho sem jeito enquanto escrevia alguma coisa em um papel, no mesmo segundo o maior deu um sorrisinho sapeca para o outro mediante a tamanha beleza — Mas se quiser, você pode ter o meu número para me mostrar quão divertido seria estar com você, em um outro momento.

Baekhyun que observava aquilo tudo, rolou os olhos. Por mais que não pudesse ouvir quase nada, ele era muito bom em ler os lábios dos outros, e conhecendo o mais novo do jeito que era, era quase que certo que ele estava descolando uma ficadinha para animar a sua noite louca. Fazer o que, Oh Sehun nunca sossegava aquele rabinho lindo que ele tinha.

Em meio a seus pensamentos, ele desviou o seu olhar daquela direção e acabou por focar em um canto qualquer onde tinha percebido por puro reflexo uma movimentação; ali ele pode ver uma figura alta sentada no chão jogando em um playstation Vita. Byun no mesmo segundo deu uma pequena risadinha desacreditado, ele tinha enlouquecido de vez? Negando com a cabeça, ele fechou os olhos e a os abriu no mínimo duas vezes para só então espremer seus olhinhos um pouco para enxergar melhor, e diante disso, o baixinho pode ter a confirmação de suas dúvidas loucas. Naquele mesmo segundo o coração do menor disparou por completo e o seu rostinho ganhou um tom avermelhado. Mas que raios ele estava fazendo ali?

Em um momento de euforia ele correu até o Sehun e agarrou o seu braço sem pensar nas consequências, pouco ligando se eles estavam quase se comendo com os olhos. Sehun teria a vida toda para dar ou comer a bundinha daquele barman.

— Desculpa atrapalhar aí os flertes de vocês, mas eu preciso roubar ele um tantinho de você. — foi a única coisa que o menor disse antes de trazer consigo o mais novo para longe dali e empurrar o amigo para um canto contrário que estava aquela pessoa.

— Porra, Baekhyun, eu estava quase conseguindo um beijinho dele, tá ligado? Você é um baita de um empata foda! — reclamou no mesmo segundo que eles pararam de caminhar, Byun podia muito bem ver a sua expressão de chateação, mas quem disse que ele ligava? Era questão de vida ou morte.

— Sehun, o Chan–

Baekhyun poderia muito bem ter dito a sua informação completa e com euforia expressando o real sentimento do seu coração bobo naquele momento, porém, digamos que um best resolveu pistolar mais um pouco.

— Ah, faça-me o favor, Baek, eu não tenho culpa se você não fica com ninguém desde essa sua paixonite pelo Chanyeol, então não empata minha foda, caralho. — resmungou enquanto dava um pequeno empurrão no mais baixo, logo cruzando seus braços como se mostrasse ao mundo quão irritado estava com ele. Mas novamente, quem disse que o Baekhyun ligava para aquele drama todo?

Puta vida, garoto, você não está entendendo! O chanyeol está aqui! — disse como se não tivesse sido chamado de empatador de foda umas duas vezes, que não tenha recebido uma insinuação que ele era trouxa o suficiente para não ficar com ninguém, aguardando apenas o Park cair sentado no seu colo como um presente de deus — E antes que diga alguma coisa, eu não estou louco, quer ver, olha discretamente para o lado esquerdo do salão, bem no cantinho perto de uma poltrona e de um vasinho de flor.

Sehun como era um grande filho da puta, ele além de ter virado super bruscamente na direção dita, o maior fez a imensa questão de esticar seu braço e apontar para o local indicado, dando um sorriso de lado. — Aquele que está ali?

Byun sabia muito bem que ele estava fazendo isso apenas porque ele impediu que a varetinha dele gozasse naquela noite, então, ele apenas respirou fundo e deu o sorriso mais cínico de todo o mundo e concordou com a cabeça. Com louco não se pode contrariar, mas sim concordar, era isso que o menor pensava.

— É estranho ele estar aqui… — disse por fim deixando toda a sua postura de provocação ao ver que o amigo estava pouco se fodendo para que ele havia feito — Mas eaí, o que você vai fazer? Ou vai me dizer que vai perder mais uma oportunidade dessas de falar com ele?

Naquele segundo, Baekhyun, pode sentir seu interior revirar-se por inteiro. Era verdade que ele sempre evitava de fato o “encontro” deles, como se fugisse de Chanyeol igualzinho como o diabo foge da cruz. O castanho não era do tipo tímido, nunca foi, mas lembram quando foi dito que o baixinho mudava por completo quando se tratava do grandão? Pois aí está o x da equação. Já houve tantas situações que o Byun poderia ter dito o seu primeiro “oi” para o outro, mas como ele era um covarde, sempre deixou para depois.

Parecia até irônico, Byun Baekhyun com vergonha de falar com alguém. Logo ele que conversava com meio mundo tranquilamente, arrumava assuntos até mesmo através de ver uma pequena pena cair no chão.

Todavia, aquela vez seria diferente, o castanho estava prometendo para si mesmo que seria e ninguém teria a audácia de impedir ele de cair de cara na bostinha de suas ações. Talvez ele esteja cansado de estar esperando o universo empurrar Park para si, ou simplesmente, estava cansado de ter sua boca criando teias de aranha enquanto aguardava o príncipe encantado notar a sua existência.

— Eu tenho um plano. — confessou dando um sorrisinho pequeno, desviando a sua visão de Sehun para o seu crush, podendo sentir seu coração vacilar as batidas, mostrando quão idiota apaixonado que ele era — E eu preciso da sua ajuda, para isso, ajuda do meu amigão cara-de-pau.

Sorrindo de lado, este pode representar quão travesso era seu plano. O moreno ao analisar a expressão do mais baixo, acabou por se deixar sorri também. Ele faria qualquer coisa para não precisar ouvir mais Baekhyun chorando nos seus ouvidos por não conseguir beijar a boquinha de Chanyeol.

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Mediante com o seu plano articuloso sendo espalhado para a mente maligna da dupla, Sehun não conseguiu evitar de rir alto só em pensar na hipótese de seu amigo, aquele que era certo na maior parte do tempo, estar pedindo para executar uma coisa dessas. Tudo aquilo era no mínimo muito interessante. Sorrindo perante a esse pensamento, ele se colocou a ponderar por alguns segundos, aquilo valia mesmo a pena? Bem, o moreno teve suas dúvidas sanadas quando teve que presenciar o menor fazer uma enorme atuação, onde imitava os olhinhos do “gato de botas”, ao invés de estar um chapéu em mãos, o Byun forçou a criatividade e estava a usar o seu próprio moletom, levantando um pouco ele enquanto acabava por amassá-lo. Mas no fim, o seu amigo estava tentando fazer ele ficar com pena ou lhe seduzir?

— Eu acho que isso vai dar alguma merda no final, mas eu topo, porque no fim quem vai se foder vai ser você e não eu. — sorrindo de maneira pequena ele dava uma sequência de tapinhas no ombro do amigo vendo-o fazer uma expressão completamente ofendida — E veja só, pode ser nos dois sentidos da coisa, temos que torcer para ser o positivo, porque você está mesmo precisando dar o brio–

— Beleza cara, eu entendi, tudo é culpa do meu tesão acumulado, sei. Falou o cara que estava quase com o pau duro só de conversar com o Barman. — rolou os olhos em puro desprezo, vendo a cena do amigo se repetir pela décima quinta vez naquele dia, ele iniciaria mais um drama longo, mas por algum motivo ele respirou fundo e negou com a cabeça.

— Olha aqui, Baek, eu tenho mais o que fazer, sabe? Não tenho tempo de ouvir você falando essas merdas aí. — deu de ombros se aproximando do menor até que estivesse próximo o suficiente para sussurrar a seguinte frase no pé de seu ouvido: — Recomendo que você vá falar com o seu amorzinho platônico, sabe, Bae, você não é o único que percebeu a presença dele.

Sem mais nem menos, ele se afastou demonstrando um sorriso lateral antes de caminhar em direção da multidão e desaparecer na festa. Maldito Sehun. Baekhyun sabia muito bem que o maior era bonito, bonito pra caralho, mas nas aulas ele se mostrava totalmente apagado, ninguém prestava atenção nele, o único que parecia notar a sua presença no local era o menor. Todavia, agora numa festa, ele estava tão fofinho, tão lindo, com toda certeza outras pessoas estavam achando a mesma coisa dele e isso incomodava e muito o castanho. Suspirando profundamente ele acabou por olhar em direção do grandão, vendo assim que ele ainda estava sozinho, mas talvez fosse questão de minutos para deixar de estar. Vamos Baekhyun, você é um homem ou uma amoeba?

O estudante podia dizer facilmente que era até mesmo uma mísera bateria, mas mesmo sendo uma massinha da play-doh, o garoto juntou a pouca coragem que ainda existia dentro do seu ser e começou a caminhar em direção ao garoto que ainda estava sentado no chão totalmente focado no seu joguinho. Naquele segundo tudo parecia ocorrer em slow motion, fazendo parecer que eles estavam a mais de quilômetros de distância, sendo que, ele estava mais perto do que imaginava.

Enquanto ele fazia a sua rota ao encontro do seu namorado, – é aquele caso onde um namora e o outro ainda não sabe – o Byun tentava fazer diversos mapas mentais relacionado ao que falaria para o grandão, frases bobas, como: “Puts, Playstation é um videogame tão bom né?”, “O que um gamer está fazendo numa festa tão barulhenta?”. Várias e várias probabilidades invadiam a sua mente, desde um simples “oi”, até mesmo um convite para ir dançar consigo.

E no meio de tantos pensamentos, ele sequer percebeu que já tinha chegado no seu destino e o garoto alto tinha pausado o jogo e estava o encarando com aquele olhinhos tão belos. Baekhyun abriu e fechou a boca diversas vezes ponderando no que falar, sendo que na verdade, sua mente estava no total branco, ele não conseguia mais raciocinar direito. Pela primeira vez ele estava perto de Park Chanyeol e este estava lhe encarando.

Com o garoto de fios ondulados percebendo que o adolescente a sua frente estava estranho, ele tombou a cabeça para o lado demonstrando uma confusão em seu olhar. Aquilo tinha atingido e muito o pobre coração de Baekhyun que simplesmente soltou a primeira coisa que veio a sua mente.

— Meu namorado é tão lindo… — soltou de uma maneira despreocupado, sem sentir o peso das tuas palavras, na verdade, ele pensou que tudo tinha ocorrido em sua mente. Mas ao ver a expressão confusa do outro garoto piorar, ele viu a cagada que fez.

— O que disse? — perguntou num tom um pouco alto para que este o ouvisse. E Baekhyun ouviu, ôh, se ouviu. Ouviu tanto que sentiu as suas pernas fraquejarem, quase como se estivesse desistindo de pagar aquele papelão junto consigo.

— Eu disse que o seu Playstation Vita é legal. — mentiu na maior cara de pau. O estudante estava se sentindo a pessoa mais estúpida do mundo, ele não conseguia ficar perto do Park sem deixar que escapasse umas atiradinhas bobas dessas, porque no fim, ele era completamente apaixonado pelo outro.

E agora ele tinha simplesmente estragado tudo ou pelo menos era isso que ele acreditava, pois, quem seria idiota em acreditar que ele realmente tinha dito aquela coisa? As duas frases nem se pareciam tanto em duração quanto na fonética, só um tapado aceitaria isso numa boa acreditando fielmente nas suas palavras.

Por isso eu digo, abram alas para essa pessoa, Park Chanyeol.

O grandão sorriu de maneira pequena enquanto levantava um pouquinho o seu Playstation Vita, parecendo estar se escondendo em meio a sua franjinha ondulada e os óculos redondinhos. Qualquer um que visse aquela cena poderia pensar que o Baekhyun estava fissurado no console portátil, afinal, o maior estava destacando o videogame, mas na verdade, ele estava completamente derretido com a ceninha que o seu amado estava fazendo exclusivamente para sua pessoa.

— Quem diria que, Byun Baekhyun, gostaria de jogar videogame. — soltou em meio a um risinho tímido, se ajeitando naquele piso gelado, retornando a se encolher e depositar o olhar na telinha do console.

Chanyeol não era o tipo de garoto que era totalmente tímido, mas sim aquele que tinha uma porcentagem de vergonha que era mais do que suficiente para fazê-lo ficar vermelho e sem graça por poucas coisas. Por isso ele nunca foi muito bom em manter conversas com estranhos, muito menos quando eles se mostravam mais elétricos que sua pessoa, já que dava a entender que ele não conseguia acompanhar a sintonia do resto dos adolescentes e isso deixava Park chateado. Por isso ele se sentia muito bem sozinho em qualquer canto, quietinho apenas jogando ou lendo alguma coisa do seu interesse. A verdade era que Chanyeol vivia em seu mundinho.

Por mais que ele tenha essa pequena barreira, – que seu amigo, Kim Jongin conseguiu quebrar – ele não era um total antissocial, e não se sentia péssimo na companhia de outras pessoas, no mínimo ele ficava tímido e sem saber o que falar. Como agora, ele não estava incomodado com Baekhyun, na verdade, ele estava é curioso para saber o que aquele garoto estava fazendo ali, sendo que com toda certeza ele era a coisa mais desinteressante daquela festa.

— Você me conhece? — perguntou o baixinho dando um pequeno sorriso, tentando esconder o friozinho que invadiu seu estômago, ou até mesmo, como as suas mãos começaram a tremer de tamanha euforia que seu corpo se encontrava.

— Claro que eu conheço, afinal, quem não conhece o famoso e adorável, Byun Baekhyun. — soltou num timbre calmo sem olhar para o castanho, dando um sorrisinho sem mostrar os seus dentes, fazendo com que suas covinhas se mostrasse nos cantinhos de suas bochechas. Mal sabia ele que estava perdendo a ceninha de Baekhyun sorrindo feito um bobo apaixonado enquanto olhava para sua pessoa.

Soltando um suspiro completamente apaixonado o castanho tentou reprimir todo o misto de sensações que estava sentindo, afinal, por mais que o grandão tenha aceitado aquela desculpa bobinha antes, ele não seria desatento ao ponto de deixar de perceber quão apaixonado ele era por sua pessoa. Mediante a isso ele tratou de reprimir seu sorrisinho bobo e sentou-se no chão ao lado deste, mantendo uma distância segura e confortável.

— Eu também te conheço, Park Chanyeol. — disse dando um pequeno sorrisinho ao ver o garoto alto virar o rosto em sua direção, parecendo estar surpreso com aquela fala — O que foi? Parece que viu um fantasma, eu estou tão feio assim hoje? — tentou brincar com a situação. Será que ele não deveria ter dito que sabia o nome do maior?

— Como você sabe o meu nome? — perguntou esperando alguma resposta, na sua cabeça nada fazia sentido. Byun nunca tinha dirigido uma palavra a sua pessoa, muito pelo contrário, ele estava sempre ignorando a sua existência, parecendo que o menor o odiava mais do que nunca. Mas no fim das contas, o que o seu colega de classe queria consigo?

— Somos… Colegas de turma, não lembra? — deu um sorriso amarelo se amaldiçoando por quase ter dito que eram amantes. Baekhyun simplesmente odiava ter essa vontade súbita de jogar todos os seus sentimentos em cima do Park, por mais que soubesse que era errado.

— Lembro, claro que me lembro. — falou como se estivesse dizendo mais para si mesmo do que para o outro que estava ao seu lado — É só um pouco estranho tudo isso. Você estar aqui repentinamente… É estranho.

O silêncio se instalou entre os dois jovens. Era possível apenas ouvir o som estrondoso da música eletrônica que estava sendo tocada como trilha sonora no momento. Baekhyun tentou pensar que não estragou tudo por estar ali com o maior, talvez forçando ele a estar do seu lado, ou sei lá, esteja incomodando ele de alguma forma. A última coisa que o castanho desejava no momento era causar algum mal para o garoto pelo qual era apaixonado.

No segundo que ele desviou o olhar de Chanyeol para observar a movimentação das pessoas naquela festa, o míope observou-lhe pelo canto dos olhos. Por mais que o garoto de fios enroladinhos não fosse nenhum gênio em ler as pessoas, ele conseguiu sentir algum tipo de energia vindo do menor e era diferente do que as pessoas falavam dele. Por que Byun não parecia tão feliz e falante como era dito nos corredores? Era sua culpa por ele estar agindo dessa forma?

Park não sabia dizer, mas já estava se sentindo incrivelmente afetado por isso, não gostava da sensação que estava sentindo no momento. Por isso, arranhando a sua garganta com a finalidade de chamar a atenção do castanho que em questão de segundos o encarou prontamente. Pela primeira vez naquela noite eles estavam se encarando de fato, sem ter alguma coisa que os fizesse desviar o olhar.

— Você gosta de jogos ou apenas chutou o modelo do meu console portátil? — perguntou deixando a sua expressão suavizar em um sorriso curto que foi capaz de amolecer completamente o Byun que acabou por sorrir junto.

— Isso chega a ser um insulto pra mim, sabia Park? — deu uma pequena risadinha ao ver que este sorriu de volta. De fato, o menor não esperava que um ambiente tão tranquilo se estabelecesse entre eles em meio de toda aquela euforia da festa. Para falar a verdade, Byun estava pouco ligando para a social — Eu sou completamente viciado em games, eu sempre quis um desses, mas me contento com meu Switch.

— Você tem um Switch e está de olho no meu Vitinha? Sério isso? — negou com a cabeça virando-se um pouco em frente do menor, antes de cruzar os braços e expor um bico involuntário que o castanho teve a imensa vontade de beijar — Só queria jogar um Mario topzinho.

Baekhyun não conseguiu evitar de rir alto da maneira que o grandão estava falando. O estudante desde o começo sempre quis ter um mísero momentinho desses com o grandão, mas sempre pareceu ser impossível, já que ele não criava nenhum tipo de coragem para chegar no garoto alto, então estar vivenciando algo daquele tipo aquecia e muito o seu pobre coração que estava a cada segundo se apaixonando mais e mais pela pessoa que Park se mostrava ser.

Antes mesmo que o estudante de fios lisos falasse qualquer coisa para o outro ao seu lado, uma terceira voz alta se fez presente assustando o Byun que deu um pulinho de onde estava sentado.

— Que bonito, eu saio por um tempinho e já sou trocado, é isso mesmo Chanyeol? — o garoto de pele morena disse colocando as mãos na cintura. Aquele era nada mais nada menos que o melhor amigo do maior e por mais que o baixinho soubesse disso, ele se sentia um pouco invejoso por eles serem tão próximos.

— Eu sou inocente! — levantou as duas mãos dando um sorriso divertido ao Kim — Estava jogando meu amado Rayman sem querer guerra com ninguém, aí o Byun apareceu aqui para… — ele fez uma pequena pausa olhando para o castanho que sorriu amarelo — O que você veio fazer aqui mesmo?

— Eu estava sem fazer nada e te vi aqui sozinho… Sabe como é, fazer companhia é minha vocação! — tentou enrolar o máximo que pode, vendo o grandão concordar com a cabeça aceitando super a sua desculpa horrível, mas ao olhar Jongin, digamos que ele viu seu navio afundar lentamente.

Ele se sentia um completo imbecil, como ele podia acreditar que o Jongin fosse tão tapadinho como o seu melhor amigo? O raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar, e a sorte de Byun nunca durava por muito tempo. Uma hora ou outra o nosso amado protagonista iria “sentar na graxa”, mesmo que quisesse muito estar sentando em outro lugar.

— Certo… — afirmou de maneira desconfiada enquanto olhava para os lados, como se estivesse a procura de alguma pessoa — O Sehun estava chamando nós três para um quarto no segundo andar, ele disse que vamos jogar alguns joguinhos já que hoje ele não vai beber.

Ah, Sehun seu danado. Pensou o baixinho dando um sorrisinho pequeno, olhando discretamente para o jovem de óculos, vendo que este não mostrava nenhum sinal de que aceitaria ou negaria aquele tipo de coisa. Era tão estranho para si não conseguir ler o que se passava na cabeça das pessoas a sua volta, com o seu melhor amigo era tão fácil, mas quando se tratava de Park, nada era fácil.

— E Chanyeol, acho bom você vir, lembra que prometeu para mim que iria se divertir? — disse enquanto arqueava uma de suas sobrancelhas esticando a palma de sua mão oferecendo-se para ajudá-lo a se pôr de pé — E não adianta fazer cara feia, já disse que cara feia pra mim é fome.

Baekhyun deixou que um risinho escapasse dos seus lábios perante aquilo. Ele não sabia se achava graça da expressão emburrada que Chanyeol estava fazendo ou da maneira que os dois agiam quando estavam juntos. Era completamente visível o quanto de intimidade que eles tinha, Byun percebeu isso, pois, assim que o Park colocou os olhos no amigo, ele se mostrou mais leve e nada hesitante. Era muito diferente se comparar a forma que o castanho estava agindo consigo segundos atrás. Ah, como o baixinho sentia inveja daquilo.

— Eu já falei que eu te odeio, Jongin? — resmungou achando que o outro não iria entender por conta da música alta, mas ao ver que este mostrou a língua para si, ele teve a certeza que o moreno tinha conseguido entender — Eu só vou, porque sou um homem de palavra.

Mediante a isto, o mais alto dentre eles segurou a mão do amigo e foi puxado para cima ficando de pé por fim. Baekhyun sem muita escolha, – na verdade ele tinha várias, mas escolheu essa – ficou encarando o maior ajeitar as suas roupas, reparando que ele estava com um suéter soltinho, amarelinho com umas listrinhas azuis, tão grande que chegava no meio das suas coxas. Chanyeol estava tão fofo. Dando um pequeno sorrisinho bobo, ele também acabou por levantar e seguir a dupla inseparável que não parecia ligar muito para sua presença e continuavam as discussões “bate-bola”.

Kim Jongin foi a primeira pessoa que Chanyeol conseguia sentir-se em sintonia, como se não precisasse se vedar mediante as suas falas ou ações, ele podia ser “ele” mesmo que o moreno iria continuar ao seu lado o apoiando como sempre fez. Por mais que o mais novo vivesse lhe dando sermão sobre várias coisas, a maior verdade de todas era que Park não saberia como seria a sua vida sem o seu melhor amigo puxando suas orelhas e lhe dando o carinho que sempre precisava. E de certa forma, ele sentia que o mesmo ocorria com o garoto de pele bronzeada.

Em meio de algumas farpas, ou até mesmo, ameaças vindas de Jongin quando viu que o seu melhor amigo estava escapando na maior cara dura, eles subiram as escadas ignorando as pessoas que pareciam estar praticamente se comendo no corrimão deste. Chanyeol não podia negar que ver aquele tipo de cena o deixava muito envergonhado, quer dizer, as pessoas estavam se beijando sem pudor algum, era quase como se estivesse tornando aquilo um showzinho particular para quem desejasse assistir.

Era tão vergonhoso. Engolindo a seco, este olhou para o Byun que estava com a cabeça inclinada para baixo evitando olhar aquele tipo de coisa também, naquele segundo ele chegou a se questionar se o castanho também estava envergonhado com aquilo, mas logo lembrou-se, aquele era Byun Baekhyun, o garoto que era amigo de todos e que sempre ia nas festas, onde provavelmente beijava todos que cruzavam seu caminho.

Mal sabia o grandão que as coisas não funcionam desta forma.

Ao caminhar por um corredor que não estava muito diferente da escadaria, Kim os guiou até uma porta que levaria ao quarto onde eles iriam se reunir para jogar alguns jogos com o grupo que Sehun teria supostamente juntado. Assim que puderam adentrar o ambiente, era possível perceber que naquela área já havia quatro pessoas, somando com os três que chegaram, ao total seriam sete pessoas para jogar jogos distintos.

Sehun podendo ver o seu amigo praticamente babando nos cachinhos de Chanyeol, este rolou os olhos e levantou-se do chão que estava sentado e caminhou até o menor segurando os seus ombros e retirando-o de trás do seu crush supremo. Baekhyun não sabia se ficava puto ou agradecia por isso, afinal, não era todo o dia que dava para ver a nuca bonitinha que o outro possuía, correto?

— Que bom que chegaram, eu estava pensando em começar sem vocês. — constatou dando uns tapinhas nos ombros do amigo enquanto continuava guiando-o até o local onde eles ficariam — A única coisa que me impediu de fazer isso, foi a Seulgi que ficou me ameaçando, mas fora isso, eu juro que ia.

Baekhyun revirou os olhos no mesmo segundo. As vezes ele não sabia como conseguia aturar os dramas do seu melhor amigo, talvez ele tivesse muita paciência, porque nem amor ajudava naquela causa. Oh Sehun com toda certeza era uma peça rara, mas também era chato pra um caralho.

Sentando-se no chão formando uma rodinha enquanto Kim e Chanyeol continuaram de pé, – afinal, o moreno parecia estar tentando convencer o seu amigo tímido a sentar-se – e com Byun tentando fugir do olhar do maior, ele por fim se colocou a olhar para cada uma das outras três pessoas que estavam ali. Uma delas era Kang Seulgi, essa garota estudava com eles desde a quinta série, sempre estava a um pé de guerra com Sehun, já que o garoto era metido a sabichão e a morena simplesmente odiava isso. Fora seu temperamento ser um pouco elevado quando se trata do seu melhor amigo, a garota era muito gente boa e gentil consigo. A outra garota que estava ao lado dela, o Byun não conhecia, para falar a verdade, ele tinha a impressão de que já tinha visto ela em algum lugar, mas não se recordava do nome.

Como ele não era muito de se prender em pensamentos sobre uma pessoa que não seja Park Chanyeol, ele apenas percorreu os olhos pela outra pessoa, vendo que se tratava de Kim Jongdae. Um jovem de fios loiros que eles conheceram pelos corredores da escola por volta do nono ano do ensino fundamental. O garoto era super gente fina, – palavras de Byun Baekhyun – sempre se mostrou ser contra as ideias malucas que Sehun colocava na mesa. Talvez, dentre os vários conhecidos e amigos que o castanho tinha, o loiro seria o anjinho de todos.

— Se você continuar olhando assim para nós, vai parecer que há muito ódio nesse coração. — disse a morena dando um risinho, causando o despertar dos devaneios do castanho que apenas negou com a cabeça sentindo-se envergonhado — É estranho ver Byun Baekhyun no mundo da lua, será que o fim do mundo está próximo?

— É pior que isso, Kang, o Baekhyun está na verdade com a cabeça em outra coisa. — sorriu de lado dando uma pequena olhada discreta para o amigo, este que rolou os olhos. “O que eu fiz para merecer isso, @deus” perguntava-se Byun — Mas aposto um beijo que logo que ele sai dessa.

— Que nojo, quem iria querer beijar um idiota como você? — soltou a garota de maneira ácida, fazendo o Byun soltar um risinho, por esse, e vários motivos que ele tinha um carinho imenso por Seulgi — Aposto que sua boca deve ser a própria patente de tanta merda que sai dela.

Obviamente Sehun não deixaria aquilo barato, ora, oras, quem em sã consciência iria insultar sua linda boquinha e o seu bafinho de hortelã? Façam-lhe o favor né, Sehun sabia que era um puto gostoso e queria ser exaltado por isso custe o que custar. E digamos que ele ficava deveras puto quando não tinha esse reconhecimento vindo da menina Kang.

Antes mesmo que ele pensasse em falar alguma coisa, ele teve o seu corpo empurrado pelo o seu amigo, que por mais que desejasse ver o circo pegar fogo, o que ele ansiava mesmo era ter o seu plano sendo posto em execução, e o fato de Kim Jongin recém ter sentado ao seu lado junto ao Park, fez com que sua ficha caísse e no mesmo recordasse do motivo de estarem ali.

— O que vamos jogar? — perguntou o loiro que antes estava com o celular na mão, provavelmente respondendo a namorada — Vai ser mesmo verdade ou desafio? Se for, saibam que eu prefiro pagar prenda ao invés de beijar ou fazer qualquer coisa que me tornará traidor da minha amada namoradinha.

— Espera, vamos jogar esse jogo? Somos o que? Crianças do sexto ano? — questionou o moreno que recolhia o vitinha do maior, já que este murmurou um “eu não quero participar disso”, não haveria nenhum tipo de negação enquanto estivesse ao lado do moreno sensação.

— Parem de reclamar, vai ser divertido, okay? — dessa vez foi sehun que disse, chamando a atenção dos seis enquanto colocava a garrafa de Soju no centro deles, fazendo sinal com a mão para que todos se afastasse um pouco mais naquele círculo humano — E não se preocupa Jongdae, ninguém vai te comprometer, mas não digo o mesmo do restante que está solteiro. — sorriu por fim.

Baekhyun podia sentir seu coração estremecer ao ver o seu melhor amigo rodar a garrafa. Por mais que ele desejasse estar cem por cento preparado para o que estivesse por vir, ele não conseguia preparar o seu corpinho que se mostrava reagir por qualquer coisa que tinha nome Chanyeol no meio. Ele não podia mentir ao falar que sentia-se um idiota por estar tão mexido por alguém que sequer tinha trocado um mísero oi, mas o que ele podia fazer? Seu coração era um trouxa mesmo, Byun nem fazia questão de negar isso.

Com a garrafa parando com o fundo para Jongdae e a boca em Chanyeol, o garoto míope engoliu totalmente a seco, ele receberia uma pergunta. Park podia ser bom em diversos jogos, desde os digitais até os de tabuleiro, mas coisas como aquele negocio que tem salada mista no meio, verdade ou desafio, e policia e ladrão, não eram nenhum pouco a sua praia. O garoto de fios cacheados era um pouco diferente nesse quesito, ele não gostava muito do que os jovens gostavam atualmente.

— Verdade ou desafio, Chanyeol? — perguntou o Kim loiro, recebendo o olhar de todos, menos da garota desconhecida sentada ao seu lado. Baekhyun que estava a uma pessoa de distância do garoto que gostava, podia ver este demonstrando um certo nervosismo.

— Verdade. — respondeu com firmeza. Era muito óbvio que ele escolheria isso, chanyeol era um frangote, segundo vozes da mente de Oh Sehun.

— Cara, antes de fazer a pergunta, vamos estabelecer mais uma regra. vocês só podem escolher verdade só duas vezes seguidas, na terceira é obrigado a falar desafio. — avisou o moreno dando um sorrisinho presunçoso para o Park. O maior sempre foi paz e amor, não tinha nada contra ninguém, mas ali nasceu uma pequena raiz de raiva pelo melhor amigo de Byun.

— Tranquilo. — respondeu Jongdae ao ver que ninguém iria movimentar um único dedo para responder, e como ele era filho de deus, ele não conseguiria aguentar ver um ser humano ser destratado dessa forma levando um vácuo em conjunto — Deixe-me ver… — ficou alguns segundo em silêncio pensando no que tipo de pergunta poderia fazer para Chanyeol, já que ninguém ali sabia coisas dele, Chanyeol era um grande mistério, afinal, ele parecia mais um personagem secundário em uma história, mas que o próprio Kim loiro — É verdade que você já foi pego assistindo pornô na sala de aula?

Ah, aquele boato. Chanyeol se lembrava como se fosse ontem. Pobre garoto que só queria ler a sua revistinha da marvel bem raiz, mas no fim, a professora recolheu o seu hq e olhou para a capa jurando que era mais do que um hentai, mas sim uma orgia, pois além de ter várias mulheres com roupas justas e curtas na capa, também havia homens um pouco peculiares. Por mais que ela não tivesse mostrado isso para ninguém, – o que fez mais esse boato aumentar – ele teve de explicar para os seus pais que ele não era esse tipo de garoto. E convenhamos quem em sã consciência poderia fazer uma confusão dessas? Tudo bem que a professora Matilde era meio velhinha, e era no mínimo aceitável para que ela cometesse esse erro, então isso ajudou bastante para que ela confundisse aquele hq com algo pornográfico.

— Claro que não, aquela professora confundiu meu hq da Marvel com um hentai, sei lá, eu só queria ler sem fazer mal pra ninguém, mas pelo jeito, queriam fazer mal à mim. — deu de ombros desviando o seu olhar brevemente. Era tão vergonhoso falar num tom estável para que todos que estavam o olhando pudessem ouvir sua grande defesa.

Baekhyun não pode deixar de sorrir com aquilo, pois no fim das contas, ele estava na aula quando tudo aquilo aconteceu. Por mais que Sehun fosse aquele que colocasse a lenha na fogueira falando: “alá, você ama um taradinho”, o Byun acreditava que lá no fundo o Chanyeol era um menino de ouro, um menino de ouro que ignorava a aula de história, mas não deixava de ser de ouro.

Mediante a isso, a garrafa foi girada novamente, diferente desta vez, mais escolhas com o “desafio” sendo selecionado surgiram. Todos ali estavam com um espírito bom de jogadores, pois, ao invés de apelarem para o lado sexual da coisa, eles faziam com que aquele que fora selecionado pela boca da garrafa fosse ao inferno e voltasse são. Desde o pedido de comer uma colherada ótima de pimenta, até mesmo, fazer um trote para mãe de Kim Jongin. Naquela altura do jogo estavam se divertindo e rindo como nunca, tudo estava incrivelmente legal, como estivessem verdadeiramente entre amigos de longa data.

Baekhyun não conseguia evitar de sorrir enquanto olhava de relance para o jovem de óculos que também sorria de maneira alegre, embora esteja um pouco tímido. Park estava se soltando aos poucos e o menor estava percebendo isso.

— Verdade ou Desafio, Baek? — ouviu a voz da garota que até o momento não sabia o nome ainda, vendo está sorrir de maneira doce para sua pessoa, sentindo um breve dejavu. Ele parecia que realmente conhecia ela de algum lugar, em algum momento de sua vida.

— Verdade. — falou calmamente, afinal, já tinha feito muitos desafios e por conta disso estava com a sua mão além de estar tomada por uma coloração avermelhada, também estava congelando e já a sua língua, esta parecia estar pegando fogo.

— Você gosta de alguém, Baekhyun?

A pergunta foi basicamente como um soco no seu coração. Agora ele se lembrava quem era aquela garota, o motivo dela estar sempre olhando para sua pessoa, sorrindo de maneira boba, quase como se quisesse estar ali sentada ao seu lado. Aquela era Kim Yerim, prima da Kang. A garota de fios castanhos, – que atualmente estava loira – era apaixonada por sua pessoa no ensino fundamental, mas como sempre, Baekhyun não era muito de estar ficando com as pessoas, muito menos desejava ter um rolinho naquela idade. Tudo que ele queria era chegar em sua casa para passar todas as fases do Mario no seu Nintendo 64. Namorar estava fora de cogitação.

Por conta disso a rejeição era certa. E por mais que o menor fosse um moleque na época, ele tentou ser o mais cauteloso ao falar que não estava muito afim daquele tipo de coisa, mas que desejava ser amigo dela. Yeri pareceu aceitar bem aquela situação, mas às vezes sentia que ela não tinha superado aquele tipo de resposta, já que ele sempre pegava está olhando para si durante as aulas. Bem, pelo menos até irem para salas diferentes onde a nova saga de Byun começou.

Ele podia muito bem ouvir a pergunta dela de anos atrás: “Você gosta de alguém, Baezinho?”. Ah, como aquilo foi vergonhoso.

— Quem sabe... — deu de ombros como se aquilo fosse a coisa mais insignificante do mundo. Por mais que soubesse que aquilo não era uma resposta, ele apenas o disse, não queria deixar as coisas tão claras assim.

— Você está. — ela afirmou no mesmo segundo fazendo com que o castanho arqueasse suas sobrancelhas em puro questionamento. Onde Yerim desejava chegar? — É alguém da sua sala? — ela continuou o questionamento. Talvez, só talvez, a menina loira tenha percebido os seus olhares para Park, talvez ela desejasse saber se o menor queria ficar com o grandão que estava mais preocupado em se esconder dentre aquela franjinha enroladinha que ele tinha.

— Não sou obrigado a responder duas perguntas. — deu uma pequena risada sem graça girando a garrafa sem mais e nem menos, sem dar continuidade aquela conversa.

Todos que eram atentos o suficiente perceberam aquilo. Baekhyun não era o tipo de pessoa que fugia do que estava sendo proposto para sua pessoa, só em casos muitos específicos, mas em perguntas como esta, nunca aconteceu. Seulgi, Jongin e Jongdae perceberam isso, mas nada comentaram, já que Sehun, o melhor amigo do baixinho, se mantinha super neutro e sem nenhum indício de que faria aquele parquinho pegar fogo, obrigando-o a dar uma resposta. Parecia que o moreno sabia da resposta.

Com os olhinhos atentos, o menor pode muito bem ver a garrafa ir parando, apontando a boca para sua pessoa e o fundinho para Sehun. Naquele segundo seus olhos se tornaram um pouquinho grandes. Ele não estava nenhum pouco preparado. Sim, Baekhyun desejava desistir do seu próprio plano, queria pedir um arrego; aclamava ao universo para que Sehun tivesse esquecido da tal proposta que havia feito. No mesmo segundo o baixinho encarou o amigo que sorriu lateralmente de maneira sapeca. Ele não tinha esquecido, não tinha como esquecer.

“— Desembucha, que eu penso no seu caso se vou te ajudar ou não. — disse dando um pequeno sorriso enquanto cruzava os braços esperando por seu amigo dar continuidade nas coisas que rolavam na sua cabeça, e assim o castanho fez sem rodeio algum.

— Seguinte bro, você vai arrumar algumas pessoas para fazermos um joguinho nessa festa, mas não é qualquer joguinho, mas sim a verdade e desafio. — contou-lhe de maneira animada dando um sorriso travessinho nos lábios. Obviamente o moreno não estava sabendo ao certo onde o mais velho estava querendo chegar, porém, antes mesmo que o questionasse sobre isso, o menor pareceu ler sua mente e se colocou a responder: — E eu quero que você me desafie a beijar o Chanyeol.

Naquele mesmo segundo o moreno piscou diversas vezes estando desacreditado com que tinha ouvido. Como assim Byun Baekhyun estava querendo fazer uma coisa dessas? Ele sempre foi no mínimo comportado, nada do tipo tinha surgido em meio a tantos anos de amizade. Como já dizia, o cachorro do pica-pau: “em todos esses anos nesta indústria vital, é a primeira vez que isso me acontece.”

— Nunca pensei que você se rebaixaria a isso, só para dar uma bitoquinha no Chanyeol. O mundo está perdido mesmo. — soltou a frase num tom dramático, mas acabou por rir ao ver que Byun rolava os olhos mediante a sua fala — Tá, mas vamos ao que interessa, o que eu vou ganhar com isso?

— Eu te dou a minha mesada deste mês. — propôs mais do que rápido, vendo o amigo piscar algumas vezes novamente na tentativa de assimilar o que o outro disse, pois, o Baekhyun sempre foi um mão de vaca. Cruzando os braços ele se colocou a pensar em uma resposta, deixando o seu brother deveras nervoso — Vamos, Hunnie, por favor, nunca te pedi nada.

Sorrindo lateralmente este negou com a cabeça brevemente. Era simplesmente incrível ver o poder que Park Chanyeol tinha sobre o seu amigo apaixonadinho.

— Tudo bem. — concordou dando de ombros”

Baekhyun estava mais do que nervoso, ele estava duvidando da própria existência, se questionava se realmente fosse um ser humano o suficiente para passar por uma situação como aquela. Ver o seu brother sorrir feito alguém que estaria pronto para foder a sua vida não ajudava, não cooperava nenhum pouco com os borbulhos que invadiam o seu pobre estômago.

— Verdade ou desafio, Bae? — perguntou enquanto cantarolava. O moreno jogou o corpo para trás usando as duas mãos como apoio, quase como se estivesse se preparando para ver um grande e maravilhoso espetáculo. Byun estava tão fodido.

Respirando profundamente o castanho olhou de canto para Chanyeol, chocando-se com o fato do outro estar o encarando. Se antes as coisas estavam difíceis para o estudante de estatura baixa, agora só piorou. É aquela coisa, a sua vida pode ser uma montanha-russa, mas no fim das contas você só vai viver às quedas livres.

— Desafio. — ele tremeu, Sehun sentiu de longe, e cá entre nós, ele estava amando ver o desespero nos olhos do seu best amigo. Dizem que os vampiros se alimentam do horror das suas vítimas, não é mesmo?

— Eu desafio… — fez uma pequena pausa dramática como se estivesse brincando com a sua deliciosa caça, vendo quão apavorado o coelhinho a sua frente se mostrava. Podiam chamar Sehun de sádico, mas ele estava amando aquilo — Você a beijar o Chanyeol.

Seu mundo caiu. Por mais que tivesse pedido para fazer aquilo, agora ele tinha um arrependimento do tamanho… Bem, era tão grande que sequer dava para colocar em proporções palpáveis ou não. Seus olhinhos burros, em busca de uma sofrência, acabou olhando para o maior pelo cantinho dos seus olhos. Park Chanyeol estava vermelho igual a um tomatinho, fazendo o estudante apaixonado explodir por dentro.

Park nunca pensou que seria colocado numa situação como aquela, afinal, quem iria querer por um esquisitão como ele num tipo desafio desses? Era muita humilhação para sua pobre carcaça geek. Na verdade estava sendo uma grande humilhação estar ali, mediante a uns desafios que eram difíceis demais e algumas perguntas que o deixavam com uma pequena vergonha. E veja só agora, o auge da sua vida seria: ser rejeitado pelo cara mais popular do colégio, Byun Baekhyun.

E por mais que aqueles pensamentos fossem um tanto quanto melancólicos, eles só ficavam mais concretos com o silêncio do baixinho. Ele levaria um não tão bonito que seria capaz de colocar ele no seu mural de vergonhas alheias. O que seria mais um vexame para sua coleção? Como já dizia aquele ditado: aquilo que está ruim, pode e ficará pior.

— Sério isso, Sehun? — deu uma risada um pouco alta, mas relevem, foi de puro nervosismo da criança. Oh percebeu isso, mas no fim, o que poderia fazer? O seu amigo tinha cavado a própria cova, agora ele que lute para lidar com as consequências de suas ações — Voltamos para a quinta série, haha, ai ai esse Sehun.

— O que foi? Vai negar? — perguntou o amigo dando um sorriso sacana a este. O moreno sabia mais do que ninguém cutucar a oncinha com vara curta.

Mesmo perante a tudo isso, os outros cinco adolescentes que estavam ali apenas assistindo a desgraça acontecer, não se mostravam muito interessados, já que era óbvio o que aconteceria a seguir. Como sempre Baekhyun fugiria de beijar alguém, era sempre isso que acontecia e nada mudaria no fim das contas. Correto?

Errado.

Fora um grande choque para todos que estavam ali, quando Baekhyun simplesmente empurrou Kim Jongin para trás dando abertura para ele inclinar o seu corpo e segurar suavemente o queixinho que sempre sonhara tocar, trazendo-o em sua direção. Por mais que o seu coração estivesse saindo pela boca, suas mãos provavelmente estavam suando frio mediante a atual situação, o baixinho se manteve firme, encarando com os olhos semi abertos o rostinho da sua paixonite, tendo o prazer de ver este ficar com as maçãs do rosto coradinhas.

Com um único murmuro como um pedido de desculpas, ele acabou com a distância que os separavam juntando os seus lábios com aqueles, – que eram tão fartos e vermelhinhos – num simples selinho, aquele que de simples não tinha nada. Baekhyun sentia muito bem seu corpo entrar em combustão, seu coração parecia inflar a cada segundo que estava ali próximo do outro, beijando-o calmamente e de modo que não o assustasse. Byun estava sendo tão cuidadoso que foi praticamente impossível que Chanyeol não notasse esse pequeno fato.

Park não esperava que receberia o beijo daquele garoto de fios castanhos, talvez seja por isso que tenha ficado tão nervoso, ou talvez seja pelo fato de ter percebido o tanto que ele estava sendo carinhoso consigo. Baekhyun agia dessa forma com todas as pessoas com que ficava? Pois, se fosse o caso, o grandão não veria problema nenhum em beijar aquela boquinha outras vezes. Por mais que não fosse um profissional no quesito beijos, Chanyeol sabia que selinho era coisa que até mesmo as crianças do prezinho faziam, porém, de alguma forma ele sentia algo diferente naquele simples juntar de lábios.

No fim das contas, era super normal sentir coisas estranhas ao beijar outra pessoa, correto?

Os segundos que eles ficaram naquela posição, talvez um pouco desajeitada, foi mais do que suficiente para Baekhyun ir do inferno ao céu. Em momentos como esse ele agradecia aos céus por ter nascido no mesmo universo e tempo que Park Chanyeol, só para poder se aventurar naquele pedaço de bom caminho que o grandão era. Lentamente, conforme sentia seus lábios formigarem, ele se afastou um pouquinho apenas para depositar uma pequena série de selinhos no outro, antes de se afastar olhando de maneira tímida para o outro.

Pois é meus caros, se vocês acham que a coisa está ruim para vocês, imagina para Kim Jongin que estava no meio disso tudo. A tocha Olímpica está meio diferente, né?

Baekhyun desejando fazer-se de egípcia, sentou no seu lugarzinho olhando para qualquer lugar que não seja seu amigo e Park Chanyeol. Embora tivesse visto de relance o rosto todo envergonhado do seu crush. Quem diria, se um vidente o abordasse falando que beijaria o amor da sua vida ainda naquele ano, o menor iria rir da cara desse ser humano e ainda debochar, falando que seria impossível. E no fim, o garoto de fios enroladinhos estava tímido por sua causa.

Embora tudo tenha sido muito lindo, havia aqueles naquele cômodo que estavam com a pulga atrás da orelha. Primeiro houve a breve afirmação de que o menor estava apaixonado, depois, ele fugindo da pergunta de que a pessoa amada seria da sua sala, e agora, ele beijou alguém. Baekhyun nunca tinha beijado alguém em festas ou brincadeiras como estas. O que havia mudado no fim das contas?

Com aquele silêncio amedrontador, Seulgi arranhou a garganta, chamando atenção de todos que estavam no mundo da lua e acabou por girar a garrafa, já que nenhum dos bonitos se prontificou a fazer esse simples ato. E parecendo a obra do destino, a boca da garrafa caiu em Chanyeol e o fundo na própria. Talvez, ela estivesse entendendo as coisas que estava acontecendo ali, desde os sorrisinhos do Sehun, até as ações estranhas de Byun. O que custava dar uma mãozinha, né?

— Verdade ou desafio, Chanyeol? — disse está dando um sorriso simples a este que parecia nublado pelos diversos sentimentos que estavam cercando ele.

Park queria e muito falar “verdade”, mas ele já tinha esgotado a sua cota, então seria obrigado a falar a palavra que provavelmente o levaria para o inferno, ou não, vai saber.

— Desafio… — murmurou abaixando a cabeça para esconder a coloração de suas bochechas, apenas no aguardo do mandato que receberia da garota.

— Eu desafio você ficar de mãos dadas com o Baekhyun até o final do jogo. — jogando a bomba para cima do maior, esta manteve o seu sorriso radiante vendo os olhinhos de Baekhyun entrarem em desespero. Naquele segundo ela se questionou o motivo do baixinho não fazer nem questão de esconder um caso desses.

Jongin que estava no meio dos dois, antes que pudesse ser feito qualquer coisa, ele se colocou de pé e empurrou o seu melhor amigo contra o menor. Dando aquela famosa mãozinha, já que o grandão não tinha nem coragem de olhar para o outro naquele momento. Por conta disso, o jovem de pele bronzeada ainda deu aquele apoio moral falando: “vamos lá, aproveita o momento”. Até porque, ele também estava estranhando e muito tudo aquilo, então só entregaria as coisas na sua intuição e apoiaria o amigo virjão.

Deixando o Vitinha do Chanyeol no bolso do moletom de Baekhyun, este por fim se colocou a sentar. Todos estavam na grande expectativa de ver os dois dando as mãozinhas, mas nenhum dos dois estudantes tomava coragem, pareciam duas crianças apaixonadas, sendo que meio fato era verdade, já que se tratava de uma paixão platônica.

— Pelo amor de Deus, meus ovos estão até doendo ao ver tanto cu doce. — reclamou Sehun, pegando a mão do seu melhor amigo e depois pegou a de Chanyeol, juntando as duas no mesmo segundo, tendo a audácia de fazê-las entrelaçar ainda.

Baekhyun estava no mundo da lua, não tinha ouvido o de fato até dado momento, mas o fato da Kang estar lhe lançando um olhar assombroso daqueles fez com que o castanho tivesse uma pane. Tudo só foi piorando gradualmente à medida que as coisas iam andando até que acabasse com a mão grande de Chanyeol segurando a sua, igualzinho como namorados faziam. Ah, depois daquele dia o menor podia morrer feliz, nada mais poderia tirar aquele dia da sua mente.

E por mais que Park não estivesse apaixonado, ele não podia negar que estava sentindo coisas estranhas. Estar ao lado do menor, encostando brevemente as pernas, as duas mãos juntinhas, ter recebido um beijo tão carinhoso, bem, tudo aquilo deixou o grandão no mínimo um pouco abalado emocionalmente. Até porque, ele era o cara que pensava que levaria um belo de um não na cara. Então stonks amigos.

O jogo podia muito bem seguir, o pessoal que estava ali poderia muito bem tentar acabar com a bolha que o casalzinho estava vivendo. Porém Jongdae estava muito ocupado respondendo a sua namorada, Yerim estava pensando em suas desilusões amorosas, Seulgi estava contemplando o amor juvenil, Jongin estava apenas vendo como o seu amigão estava crescendo, não só em tamanho, mas sim em coração. E Sehun, ah, Sehun, ele estava apenas pensando em várias formas de foder de maneira positiva a vida do seu melhor amigo.

Porém, coisas aconteciam e o primeiro sinal disso foi a música alta parar em questão de segundos. Eles estranharam esse acontecimento, mas ninguém foi capaz de falar nada, já que foi suposto que houve uma troca de dj. Quem dera que fosse isso. Em alguns minutos entra um estudante desconhecido, ele estava pálido e com a respiração alterada assustando todos no recinto.

— Caras, fodeu, os tiras estão enquadrando todo mundo lá em baixo. — o garoto falou quase servindo como o pombo correio da nova década. E por mais que não fosse nada de novo nesses tipos de festa, Baekhyun e Sehun se mantiveram calmos já que estavam acostumados com aquilo, mas já o restante… — Eu sugiro se vocês não quiserem encrenca busquem sair pelo quintal, sabe como é, se ficar o bicho come.

Baekhyun em outros momentos poderia apenas dar de ombros e sair caminhando tranquilamente por aqueles corredores, ele nunca estava alcoolizado e nem com aquelas famosas balas. Porém, vida nova, experiências novas amigos, Park estava ao seu lado no momento, e digamos que ele estava mais branco que o papel. Baekhyun podia imaginar que era a primeira vez dele em festas e culpava demais Kim Jongin por ter trazido ele para uma festa como esta.

Respirando fundo, tentando jogar toda a sua vergonha e os sentimentos relacionado a sua paixonite para o escanteio, ele apertou a mão de Chanyeol, atraindo a sua atenção no mesmo segundo.

— Fica tranquilo, nada de ruim vai acontecer. — sorriu numa pequena tentativa de acalmar o coração do outro, afinal, o maior parecia que tinha visto um fantasma, um zumbi, sei lá, ele só estava muito em choque — Eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com você.

Podia soar bastante heroico o que Baekhyun estava fazendo, mas ele não podia fazer nada, era o que o coração estava mandando no momento. Ele queria cuidar daquele medo que estava afligindo seu amado futuro namorado. E também, imaginem só, ter que namorar alguém que já foi para cana? Não que tivesse preconceito, nada disso, o menor até acharia Chanyeol sexy com um macacão laranja, mas não seria nada bom para o coração molenga que o outro jurava que Park tinha.

Sem esperar uma reação do mais alto, o castanho se colocou de pé e puxou o corpo alheio em puro impulso. Estava na hora de morfar. Sim, Baekhyun estava se sentindo um dos integrantes do power rangers diante de tamanha coragem nesse coração tão amável. Mas cá entre nós, que tipo de super herói se preocupa em salvar apenas uma pessoa e deixar que o restante se virasse nos trinta? Com toda certeza a marvel estava perdendo um super herói bem peculiar.

Chanyeol estava com o botão do automático ligado desde que ouviu a sequência de palavras: “tiras e enquadrando”. Ele era muito novo para morrer, ele pensava isso, pois, se por uma eventualidade da vida fosse preso, ele teria que se esconder muito bem para não morrer nas mãos dos seus pais que provavelmente lhe dariam uma boa e velha cossa de cinta. Maldito Kim Jongin que teve a ideia de lhe trazer numa festa para deixar os seus amados joguinhos de lado. Se ele estivesse em casa nada disso teria acontecido. Bem, se parar para pensar, nem tudo foi ruim.

As palavras de Byun foram muito reconfortantes para sua pessoa, mas não tirava o fato de que a polícia estava ali em baixo, seria apenas questão de tempo para eles serem pegos, correto? Bem, não quando era o menor que estava o guiando pelos corredores, estreitamente por vários lados até conseguir descer para o primeiro andar. Chanyeol quase se sentia tonto em tantos lugares que eles estavam passando, era tudo muito rápido, já que se fossem pegos, tudo iria para o beleléu.

O caminho inteiro o maior tratou de segurar firmemente a mão do castanho, provocando as famosas borboletas no estômago. O baixinho estava carregando um imenso fardo, mas estava feliz com isso, estava contente por sentir a energia de confiança que o míope estava passando para a sua pessoa através do simples e singelo aperto nas duas mãos entrelaçadas.

Quando eles conseguiram chegar no quintal, o menor suspirou brevemente em puro alívio, porém, ele sabia que a aventura deles estava apenas começando, já que no finalzinho do grande gramado, tinha um muro mediano onde dava na rua de trás. Ou seja, eles teriam que dar um pequeno salto. Tratando de dar mais uma corridinha, ele foi acalmando os seus passos até que estivesse em frente ao muro e em contra gosto, separou as duas mãos e fez o famoso apoio de pezinho.

Naquele segundo o maior o olhou estranho.

— O que foi? — perguntou Park tombando a cabeça para o lado. O garoto parecia estar no mundo da lua e o menor não entendia ao certo o motivo daquilo, já que ele que tinha que estar dessa forma, correto?

— Chanyeol, eu tô te dando apoio para poder subir o muro. — explicou dando um pequeno risinho — Não está na cara que temos que pular esse muro para escapar?

Ah, em vários momentos de sua vida, o garoto de fios enroladinhos sempre teve a vontade de se socar, porém, agora ultrapassou limites sobre-humanos. Como ele poderia pagar um papelão desses logo na frente do menino que estava o ajudando e muito naquela noite?

Murmurando um “desculpa”, ele usou o apoio que estava sendo oferecido e conseguiu com muita força de vontade, sentar-se no muro, trazendo a confusão para o castanho que o olhou completamente sem entender. Até que lembrou-se de uma conversa paralela que tinha escutado pelos corredores. Chanyeol tinha medo de altura.

Reprimindo o seu sorrisinho por achar uma graça um garoto daquele tamanho ter medo de altura, ele por fim, tratou de subir aquele murinho sozinho, recebendo apenas uma puxada de mão do Park, mas foi muito hesitante, já que o mais novo parecia ter medo de cair de fizesse muita força. Sem esperar muito, ele pulou e caiu de pé do outro lado do muro, virando-se para Chanyeol, lançando-lhe um sorriso que, pela primeira vez, tirou o ar deste.

— Pode pular, eu vou te segurar. — garantiu com aquele sorriso que era possível ver mesmo que tenha pouca iluminação dos postes. No fim das contas, o baixinho era bonito, tinha um sorriso tão bonito, e por que estava o ajudando? Por que aceitou beijá-lo?

Mordendo brevemente o lábio inferior, ele pulou sentindo as mãos do outro agarrar firmemente a sua cintura, travando-o ao chegar no chão, evitando que nem ele e muito menos Chanyeol caísse contra aquela calçada suja. O jovem de estatura alta não sabia dizer se a noite que estava bela, ou se era o castanho que estava transformando-a desta forma.

— Pronto, está são e salvo. — constatou se afastando por fim. Baekhyun podia sentir o seu coração querer sair pela boca, mas se manteve na posse de pleno do jeito que era, tratando logo de entregar o Playstation Vita para o seu legítimo dono, porém, roubando um pouco o celular do outro do seu bolso e logo o desbloqueando, embora tenha se assustado por não ter uma mísera senha ele não comentou nada — Bem, como você é um bebezão, eu quero ter a certeza que você chegou bem em casa, então me envia uma mensagem quando chegar. — disse enquanto teclava a tela, até que terminou e bloqueou a tela entregando ao dono — Certo?

— Hum… Tudo bem, eu acho… — murmurou ainda estando um pouco tonto perante tudo que aconteceu, afinal, não era todo o dia que tinha um garoto enfiando a mão no bolso da sua calça apenas para pegar o seu celular — Obrigado por tudo, Baekhyun.

Baekhyun queria simplesmente explodir. Nunca em toda a sua mísera vida ele podia imaginar que teria momentos como estes com o garoto que estava apaixonado a três anos, e que, de certa forma, pudesse amar ainda mais ele.

— Não precisa agradecer, Park. — sorriu de maneira pequena, escondendo a alegria que parecia inflamar dentro do seu peito — Boa noite, vou estar esperando a sua mensagem, ouviu? Toma cuidado.

Ouvindo apenas um “pode deixar”, ele viu o grandão dar as costas para sua pessoa e sair caminhando pela rua. Baekhyun simplesmente continuou olhando-o partir por vários minutos, contemplando a imagem de sua silhueta perante o céu estrelado daquela noite. Aquela cena e cada momento vivido naquela noite ficariam estampados e gravados em sua mente por muito tempo. Sorrindo de maneira boba, ele virou-se também e foi a rumo para casa.

Naquela noite, quando chegou em sua residência, estando exausto, ele tomou um banho quente e relaxante, e antes de aconchegar-se em seus lençóis, ele pegou o seu celular que apitou uma única vez. E ao desbloquear o aparelho eletrônico, o seu sorriso se mostrou brilhante.

[01:34] Número Desconhecido: Boa noite, meu herói, só queria dizer que cheguei bem em casa. Boa noite ;)

Com um sorriso largo, Baekhyun jogou-se na cama suspirando feito o garoto apaixonado que era, sentindo-se completamente bobo por Park ter lhe chamado da forma que teria salvo o seu próprio contato. Quem diria que no fim das contas, aquela não seria apenas uma festa, mas sim o início da mudança da sua vida.

24 de Abril de 2020 a las 23:53 0 Reporte Insertar Seguir historia
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