saaimee Ana Carolina

Anthony quer ajudar Jamey com seus problemas de memória e acaba fazendo seu plano ajudar o trio inteiro em uma tarde comum. ------------------------------------------------------------------- Todos os personagens aqui pertencem a mim e TsukiAkii. Portanto postar/reproduzir esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências. → Capa tirada do site: pixabay. ✼ Postar esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido.


Cuento Todo público. © Todos os personagens aqui pertencem a mim e TsukiAkii.

#amizade #amigos #oc #original #personagem-originais #anthony #jyrki #jamey
Cuento corto
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Capítulo Único

— O que é tudo isso?

— Cartas?

— Eu sei o que são cartas, eu quero saber o que isso faz aqui.

Com os braços cruzados ao lado da mesa no laboratório, Jyrki questionou ao ver Anthony colocando as peças separadamente sobre a mesa onde eles deveriam estar observando uma das novas espécies da semana.

O alado olhou para ele e logo em seguida se virou para os papéis. Se apoiando na mesa, encarou os desenhos coloridos no verso pensando em como deveria responder.

— Você sabe que o Jamey sofre com alguns lapsos de memórias – Com calma, falou ainda separando as cartas restantes em sua mão. — E você também reparou que ele se esforça bastante para se lembrar das coisas que a gente comenta, certo?

— Tenho visto – Respondeu levantando o queixo enquanto olhava as plantas nas prateleiras. — Notei que algumas vezes ele tenta repetir o que já foi dito... Ou pergunta sobre algo que trabalhamos no dia anterior para tentar se lembrar.

— É... – sorrindo Anthony concordou. Estava feliz ao se lembrar de como o jovem se esforçava todos os dias e ainda mais feliz por saber que Jyrki se importava com o avanço deles. — Então eu pensei que a gente deveria fazer algo pra estimular isso nele.

— Separando cartas?

— Não, Jyrki! – Jogando os últimos papéis na mesa, ele se virou fitando o olhar sério e julgador do mais velho. — Jogo da memória.

A resposta fez o homem olhar para as cartas por alguns instantes, as contemplando, e logo em seguida para o alado como se esperasse que ele continuasse a falar.

— Você... sabe como funciona, né?

— Não.

A resposta foi rápida e tão séria como as anteriores, porém ouvir isso fez o mais jovem arregalar os olhos e escancarar a boca. A reação só fez o mais velho erguer a sobrancelha questionando sua reação exagerada.

— Você não... Espera! Então tem algo que eu sei e você não sabe?! – Rindo Anthony perguntou, fazendo Jyrki revirar os olhos. — Eu não tô me gabando é só que... Nossa.

— É algo que eu deveria conhecer?

— Não... Não faz diferença saber ou não sobre isso.

— Isso explica.

— Mas! – Retrucou apontando o dedo para cima e fazendo Jyrki o encarar exausto. — Agora vai ser importante. Você fica aqui e não mexe em nada! Eu vou buscar o Jamey.

— Eu jogava isso antes, mas não sei se vou conseguir agora... – Sentado em um dos bancos ao redor da mesa, Jamey comentou inseguro.

— Claro que vai! – Anthony afirmou, sentado no banco a frente enquanto ajeitava as cartas desnecessariamente. Depois se virou, vendo Jyrki no banco ao lado olhando para seu rosto. — A gente vai devagar porque o Jyrki não sabe como funciona.

— Verdade?

— Sim – O mais velho respondeu, mostrando um ligeiro interesse nas cartas.

— Eu vou explicar como funciona – Se apoiando na mesa, Anthony começou a falar se aproximando das cartas. — Vamos supor que sou eu quem começa, ok? Então eu vou pegar uma carta — Pegou mostrando para os outros o desenho de um pássaro no verso. — Agora eu tenho que descobrir onde está a outro que faz par com essa.

— Mas... Não dá para saber – Jyrki esclareceu o óbvio, fitando os papéis iguais na mesa.

— É, a gente tem que adivinhar. Se você acertar, você continua, se errar, o próximo continua – Colocando a carta de volta na mesa, finalizou orgulhoso. — Entendeu?

— Possivelmente vou entender melhor vendo acontecer.

— Como sempre...

— Quem começa? – Jamey perguntou sorridente.

— Pode ser você, depois o Jyrki e eu.

— Ok!

Com cuidado o jovem esticou a mão pegando o primeiro papel que estava próximo dele. Com um sorriso mostrou aos outros a imagem de uma garça. Em seguida tentou procurar pelo par, encontrando o desenho de um rato.

A diferença o fez rir antes de abaixar as cartas nos lugares anteriores.

Jyrki seguiu com o jogo tentando as cartas mais distantes, porém recebendo o mesmo resultado diferente. Anthony continuou e assim passaram os próximos minutos virando e desvirando cartas.

Depois de algum tempo o alado e Jamey já tinham conseguido fazer alguns pares enquanto Jyrki tinha a maioria deles ao lado. Não era de se surpreender que a memória dele fosse a melhor do grupo. Porém o que deixava o alado impressionado era que em todas as vezes que o mais velho acertava um par, podia ver em seu rosto um brilho de satisfação incomum. Jyrki possivelmente nem notava isso, mas parecia contente consigo mesmo.

Jamey também chamava a atenção de Anthony. Era lento e muitas vezes tirou a mesma carta por ter se esquecido. Outros momentos, encontrou o par, mas não conseguia se lembrar onde estava o outro. Entretanto nem Anthony e nem Jyrki perderam a paciência. Foi difícil para o alado segurar a língua, mas precisava fazer isso por ele.

O jogo que normalmente leva 30 minutos para terminar, acabou se estendendo por 2 horas, mas ninguém reclamou, ninguém discutiu e ninguém se afastou.

Cada minuto gasto valeu a pena para ver aqueles olhos que dificilmente conseguiam ver quando estavam ocupados lendo papéis ou injetando líquidos em cobaias. Aquelas duas horas valeram mais do que Anthony esperava que fosse.

— Eu perdi, né? – Jamey comentou ao ver seu baralho com três pares.

Anthony olhou o seu vendo ter dois pares a mais e nem perdeu tempo de ver de Jyrki que obviamente tinha vencido.

— Na verdade, – Jyrki retrucou chamando os olhares — eu acho que você venceu hoje.

Os dois olharam em sua direção sem entender, fazendo o mais velho suspirar sem precisar.

— Você encontrou as cartas. Conseguiu jogar quando você disse que não ia conseguir.

— Ah.

— Não tá errado – Anthony adicionou vendo Jamey olhar para as cartas mais contente do que antes e depois se virou para Jyrki que os olhava com a mesma expressão de sempre. Acabou sorrindo. — A gente tem que fazer isso de novo.

— Eu quero!

— Jyrki?

— Não vejo porque não.

— Ótimo! No próximo eu vou trazer um baralho diferente. A gente pode até tentar fazer de outra forma.

— Como?

— Ah... Não sei. A gente vê na hora!

— Por mim tudo bem.

— Por mim também.

3 de Marzo de 2020 a las 18:09 1 Reporte Insertar Seguir historia
3
Fin

Conoce al autor

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

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Lucca de Felice Lucca de Felice
Olá! Faço parte do Sistema de Verificação e venho te parabenizar pela Verificação da sua história. Em primeiro lugar, parabéns pelo texto! Você soube transformar muito bem uma situação cotidiana em assunto para um conto, que escreveu de forma muito leve, bastante agradável de ler. Temas cotidianos podem se tornar textos muito bacanas, com leveza mesclada a alguma mensagem positiva e foi o que vi em seu texto, do qual extraí uma suave lição sobre amizade e o valor de ajudar ao outro. A meu ver, no entanto, mesmo se tratando de um conto, você poderia ter situado um pouquinho mais detalhadamente os personagens na história (por exemplo, explicar o que exatamente eles fazem no laboratório ou mostrar algum elemento pregresso da vida deles). Além disso, gostaria de observar que não ficou claro para mim que eram quatro personagens desde o início. Na parte inicial do conto, quando você se refere ao "alado", passou a mim uma impressão clara de que se referia a Jyrki, no entanto o alado era um quarto personagem, o que só fui perceber no meio do texto (somente no parágrafo iniciado em "Depois de algum tempo..." e no seguinte isso ficou realmente claro para mim), então sugiro que revisite também esse aspecto do texto para, de repente, tornar mais delineada a existência do alado enquanto personagem. Do ponto de vista ortográfico/gramatical, o seu texto é, no geral, muito bom! Gostaria só de chamar a atenção para duas situações recorrentes que podem ser melhoradas: a primeira é o uso de pronomes pessoais oblíquos no início de frases ("se apoiando", "as contemplando", etc), o que não está de acordo com a norma culta (sempre que uma construção assim estiver logo depois de um sinal de pontuação ou no início de um parágrafo, opte pela ênclise, ou seja, "apoiando-se", "contemplando-as"). A segunda observação é para, eventualmente, repassar o uso das vírgulas, pois achei que faltam algumas delas em lugares estratégicos (exemplo: "o jovem esticou a mão pegando o primeiro papel" poderia ser "o jovem esticou a mão, pegando o primeiro papel"). No mais, parabéns de novo: você sabe trabalhar de forma muito bacana um tema cotidiano e mostrou que é possível inserir ensinamentos sutis de forma simples. Siga escrevendo. Um abraço!
August 19, 2020, 19:19
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