dragoneye Fernanda Jéssica

A Guerra sempre esteve lá. Ela pode se esconder por um tempo, mas sempre esteve à espreita, esperando o melhor momento para se revelar. Ela é o resultado do mal que habita em todas as raças, sejam humanos, elfos, orcs ou anões: A sede de poder. Para alguns, o poder está na quantidade de ouro que se pode ter, outros na quantidade de terras que seu reino possui, mas o pior vilão sempre vai se aquele que acredita que o poder está ligado à quanta destruição ele pode causar.


Fantasía Épico Todo público.
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Prólogo

Tudo estava quieto aquela manhã. Era como se até os pássaros e os animais da floresta soubessem o que estava prestes acontecer ali. O próprio vento havia parado de soprar fazia alguns minutos. Lucien tinha impressão de que era o barulho de sua respiração que atormentava a quietude do local.

Ele observava o centro da clareira como se esperasse que algo fosse magicamente aparecer por ali. Olhou para cima em direção ao sol forte e percebeu que faltavam poucos minutos para o meio dia, quando a luz do sol foi interrompida por uma enorme sombra acompanhada do som inconfundível de asas batendo. O jovem sorriu. Ela nunca se atrasava.

Um enorme dragão pousou majestosamente no meio da clareira levantando nuvens de poeira e fazendo o chão estremecer. Apesar do que estava prestes a fazer, nunca deixou de admirar as belas escamas douradas de reluziam à luz do sol sobre os enormes músculos do animal.

O dragão alfa sempre recebera mimos de sua irmã. Era por isso que suas garras e muito bem limpas e polidas. Seus enormes olhos cor de âmbar se fecharam ao abaixar a cabeça para Alyss descer graciosamente. Era uma jovem de cabelos ondulados e negros que não passavam de seus ombros. Seu rosto era fino e seu olhar era feroz como de um felino. Vestia uma roupa de couro macio e apenas uma adaga pousava em sua cintura.

— Majestade! — Lucien fez uma reverência. — Seja bem-vinda a Hendriz!

— Poupe-me de formalidades, Lucien. Você é meu irmão!

— Minhas desculpas, milady! — Respondeu com outra reverência. Fazendo com que a rainha revirasse os olhos e se adiantasse para abraçá-lo.

— Como está o clima aqui? Alguém tem alguma desconfiança de sua missão? — A mulher indagou fixando seus olhos castanhos nos de Lucien.

Era impossível não dizer que eram irmãos. Suas fisionomias eram praticamente idênticas, porém, Lucien era mais alto e magro enquanto sua irmã gozava de belos e definidos músculos.

— Não, ninguém desconfia! Na verdade, o Rei Sirus já convocou todos os exércitos de Hendriz. Partiram há três dias para Hellgriz, o caminho está livre.

Ela soltou um leve suspiro enquanto sentavam na pedra mais próxima. O chão estremeceu mais uma vez quando o dragão alfa se sentou também.

— Estou orgulhosa de você! Fez melhor do que eu jamais teria feito.

— Não me agradeça ainda, isso ainda não acabou! — Ele retrucou esfregando a testa inclinando-se para frente e apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Mas está perto irmãozinho — disse afagando suas costas.

Lucien ficou de pé em um salto e Alyss viu que seus olhos estavam de outra cor.

— Eu não entendo, como assim? Passou para você? — Perguntou ficando de pé também e apontando para os olhos de seu irmão.

— Eu explico outra hora. Tem mais alguém aqui! — Respondeu olhando para o nada. Sterkere, o dragão, ficou em alerta no mesmo instante soltando um pequeno rugido enquanto as enormes asas se erguiam. Era possível ver os poderosos músculos tencionados por debaixo das escamas.

Lucien ouviu assovio da flecha cruzando a clareira e atingindo Alyss bem peito. Ele gritou por seu nome a pegando em seus braços antes que atingisse o chão

— Fica comigo! Me desculpe eu devia ter conseguido sentir a presença antes, mas eu não consegui... — falou com a voz tremendo e os olhos cheios de lágrimas. Por sua visão periférica viu Sterkere lançar uma poderosa labareda em direção à origem da flecha. Imediatamente, o incêndio começou na floresta e foi possível ouvir os gritos do atirador.

O dragão encostou o focinho na Rainha, que agora estava inerte no colo do irmão, soltando um suspiro que quase derrubou o jovem. Logo depois, rugiu dolorosamente em direção ao céu.

Era óbvio que Sterkere amava Alyss. E sua morte poderia fazer o animal sair do controle e devastar cidades. Mas em vez disso, ficou todo o tempo ali com a mulher.

E era exatamente o que Lucien esperava.

Delicadamente colocou o corpo de sua irmã no chão e com algumas palavras mágicas conjurou um arco de flores em volta de seu corpo. Ele achou que seria uma bela cena, se não fosse o fato de ter acabado de ordenar a morte de sua irmã.

Sterkere, em sua dor, aninhou-se ao redor do cadáver de Alyss. Lucien sabia que aquele era o momento certo para agir, pois o dragão estava vulnerável.

Ele fechou os olhos e se concentrou, fazendo alguns movimentos com os braços e as mãos e então uma luz alaranjada surgiu das palmas de suas mãos e foram tomando a forma de serpentes, que moviam-se silenciosa e rapidamente até o Dragão. Quando chegaram perto dos olhos do animal, as víboras picaram-no entorpecendo-o e, em seguida, se transformaram em enormes mãos que num piscar de olhos arrancaram os globos oculares do grande réptil.

Entorpecido, Sterkere nem se moveu. À medida que as mãos mágicas se aproximavam de Lucien, elas diminuíam e com elas os olhos do Dragão. Tinha dado certo!

Seu corpo inteiro formigava e suas pernas estavam fracas. A magia usada tinha exigido de mais de suas forças. Ele caiu de joelhos respirando ofegante enquanto suor escorria por sua testa. O alfa soltou um rugido doloroso levantando a cabeça em sua direção parecendo confuso, sem saber o que acontecera.

—Sterkere, eu preciso que você me ajude. — Gritou para o dragão — precisamos vinga-la.

Eu não vou abandoná-la — A voz escoou por toda a clareira — Eu vou ficar aqui!

— Você não pode ficar aqui para sempre! Vai precisar seguir em frente uma hora — insistiu ficando de pé e caminhando até o dragão.

Sim, eu posso! — Lucien trincou os dentes irritado com o alfa. Precisavam voltar para colocar o restante do seu plano em prática. Enquanto estava pensando em outra coisa que poderia falar para convencer o dragão a segui-lo, percebeu que que Sterkere estava perdendo o seu brilho dourado e adquirindo uma coloração acinzentada.

2 de Febrero de 2020 a las 21:39 0 Reporte Insertar Seguir historia
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