claudio-silva1579206089 Claudio Silva

Muitos acreditam que Elfos, Anões, Magos, Entes e muitas outras criaturas mágicas são originários de nosso mundo, e fazem parte de nossas lendas, nos rondam nos cercam povoando nossa imaginação desde criança. Mas alguns poucos discordam e asseguram que eles são de outro lugar... De um ambiente muito, mas muito distante... De um mundo muito além da nossa concepção. De uma época afastada no tempo. Onde a força do aço e a magia peregrinam lado a lado. Onde a honra, dignidade e lealdade eram símbolos reais. Dizem que tudo isso ocorreu á muito, muito tempo atrás.


Aventura Todo público.

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prologo

PROLOGO

A noite toma os céus desfilando seu véu negro sobre o reino gelado de Anshuri, que se ergue como se quisesse chegar ao topo do mundo, com suas gigantescas montanhas de neve, e seus abismos sem fim para o centro da terra. Anshuri era temida por todos os viajantes, devido suas constantes e devastadoras nevascas, que arrasam qualquer tipo de estalagem. Por muito tempo se acreditou não existir vida numa terra tão inóspita. Mas se descobriu após as guerras Santas de Ozanir, que lá existiam os guerreiros chamados de lordes do gelo. Eram criaturas esguias, de pele branca, orelhas pontudas, seus olhos eram brancos e sem pupilas. Mas como surgiram eles também desapareceram, sem deixar quaisquer vestígios de sua existência, e hoje depois de muitas eras estão esquecidos completamente, se tornando apenas lendas. Mas esta não é questão, o importante é saber que realmente eles existiram, podendo sempre estar à espreita.

Tal pensamento sempre permeava a mente de Taurion, desde que chegou a essas terras. Sentia a todo o momento estar sendo vigiado, e isso o incomodava por demais. Por isso seu período de caça era sempre curto. E agora havia um motivo maior. Taurion Falard foi general das hordas das trevas, mas foi iluminado pela mais poderosa das forças, o amor; Tinha ele longos cabelos pretos, olhos verdes extremamente penetrantes, um invejável porte físico, e sua pele continha um tom azulado bem leve, características dos lendários guerreiros Umandes, os quais dominavam uma incrivel habilidade com o sabre em combate. Estava trajado de peles grossas retirada dos lobos Vandarianos para aplacar o frio intenso das montanhas; Taurion decidiu em nome desse sentimento, desertar do exercito negro, e somente este sentimento seria capaz de aplacar um coração impregnado pelo mal. Só esta força fora capaz de romper os grilhões de obediência cega ao seu mestre. Na verdade, nunca até então houve um caso em que após provar do mal do sangue, um guerreiro conseguisse quebrar o elo de submissão ao seu senhor e mestre. Mas Taurion se tornou esta exceção.

Há muito tempo eles viviam fugindo das hordas negras, pois ao perceber que o maléfico Imperador Lumadar, senhor das trevas, destruiria tudo que reaprendeu amar, Taurion para ter certeza que o mal não se propagaria, roubou a chave de Orakan, uma peça importante de um complexo quebra-cabeça qual mantem preso o imperador Lumadar no seu cárcere de escuridão. Lumadar foi aprisionado há muitas eras na mitológica Guerra de Sangue, onde os reis de cada reino da terra de Meridian aliaram seus exércitos e derrotaram os numerosos guerreiros negros de Lumadar, com a corajosa e determinante ajuda dos guerreiros da luz; seres esses que eram iluminados, detentores de poderes excepcionais, e que tem como missão cultivar a paz entre todos os reinos de Meridian. O imperador negro, conhecido também como o mal antigo, foi enviado para esta dimensão da perdição, e a porta foi trancada e selada. O selo por sua vez foi desmontado em treze partes, quais foram distribuídas aos mais fortes reis da terra de Meridian, e um dentre eles recebeu a segunda chave, a chave de Halani, que unida e girada ao mesmo tempo com a chave de Orakan unifica e rompe o lacre da prisão de Lumadar, os famosos portões do limbo.

Taurion agora vivia um longo período de paz. Havia encontrado o esconderijo perfeito. E através de um encantamento de magia poderoso, criara uma barreira, para coibir os fortes ventos gelados de Anshuri. Tal encantamento aprendeu em sua época de lorde das hordas negras com o influente mago negro Onamur, e assim ergueu uma modesta casa, e nela já vivia quatro anos, e nesse ultimo ano Isabor, sua amada esposa completou a sua felicidade, engravidou. Falta poucas semanas para ela poder dar a luz. Sabendo disso Taurion saiu para caçar e prover mantimentos por um longo período de tempo, para não ter que se afastar de sua mulher depois do nascimento de seu filho. Tudo isso estava vivo na sua mente. Sabia que os guerreiros da horda negra jamais os deixariam em paz. Eles sempre estariam em seu encalço. A chave era muito importante. Um forte pressentimento sempre o preocupou mesmo estando de posse da chave Orakan, que o exército de Lumadar estava se reorganizando. Não sabia como, mas ele podia sentir, talvez por ter pertencido ao lado da escuridão, talvez ainda houvesse um elo. No entanto enquanto estivesse com a chave Orakan e longe de tudo e de todos. Sua família estaria a salvo. Tudo isso viaja pele mente de Taurion enquanto alimenta a fogueira a sua frente. A caverna onde Taurion se encontra era um ponto que sempre usava para se abrigar durante suas caçadas. Ao seu lado esta uma de bolsa feita da mesma pele de suas vestimentas qual guarda a carne caçada no dia anterior.

Já havia se passado dois longo dias longe dos braços quentes de Isabor. Seu sorriso finalmente aparecia em seu rosto, apesar de saber que teria que esperar mais três dias para descer as montanhas e retornar ao seu amor. Ali sozinho ele aguarda ansioso, a tempestade findar, aprendera a examinar os períodos de nevascas. , quando começavam e quando terminavam, até mesmo sua intensidade dependendo de onde vinha à força do vento. No entanto o velho sentimento sempre o atormenta. Suas cicatrizes de guerra continuamente o faziam lembrar-se de seu periodo negro, quando era consumido pelo ódio, quando era um temível general e lorde das hordas das trevas. Recorda-se de todas as almas que trucidou em nome desta mesma fúria doentia. Quando sua vontade não sobrepujava as ordens de seu mestre negro. Foram anos terríveis, dolorosos de repassar, pois sua consciência o corroia a todo instante. Tudo vinha à tona, como rajadas dolorosas e muito poderosas em sua mente, parecia sentir seu coração se dilacerar. As imagens de vilarejos em chamas, mulheres tomadas à força, povoados destruídos, vidas ceifadas no fio de sua espada, e sem motivo nenhum, fluíam na sua cabeça. Tudo ainda era muito recente. Por isso e por muitas vezes não se julga merecedor de tamanha benção de Lorum. Pondera consigo mesmo que não era justo ter tanta felicidade, depois de tudo que fizera. Afinal os últimos quatro anos tinham sido os mais felizes de toda a sua vida. Essa idéia o fortalecia, e pensando assim tenta limpar sua mente. O rosto de Isabor configura a sua frente, o sorriso lhe volta à face e seu coração se abranda. Ele se ergue e vai até a entrada da caverna, e fica a olhar a nevasca que domina as perigosas montanhas de Anshuri. Mas um som no interior da caverna lhe faz entrar em guarda, recolhendo sua espada perto da fogueira. Seus olhos circundam toda a extensão do abrigo, na busca da origem do som. Ele percebe que uma das rochas começa a se mover, revelando um túnel. De dentro dele surgi um Lorde do gelo. Taurion perplexo abaixa sua espada por alguns segundos, mas logo a levanta novamente, impulsionando-a para frente e preparando-se para atacar. Ele então lembra das lendas envolvendo os lordes do gelo, e do perfil que tais contos haviam traçado; hostis e impiedosos. No entanto o lorde do gelo ergue suas mãos mostrando que está desarmado e traduzindo paz no seu olhar.

─A muito observamos você Taurion. Vossa felicidade encontrada aqui nas montanhas geladas de Anshuri tal como a chegada de vosso filho, nos deixaram muito contente. Por esse motivo o conselho de Laurin, decidiu sair do seu anonimato e avisá-lo. ─ Disse o Lorde do gelo pausadamente enquanto se aproxima um pouco mais de Taurion.

─ Avisar-me? Mas do quê?!─ indagou preocupado Taurion abaixando sua espada, e esquecendo as centenas de perguntas que deseja fazer.

─ Entes negros se aproximam perigosamente de sua morada. Estão ha um dia em caminhada acelerada, vindo do oeste. Sua mulher Isabor e seu filho ainda não nascido correm um enorme perigo. Precisa retornar o quanto antes, ou será tarde demais. ─ disse o lorde do gelo pegando um frasco e uma esfera luminosa da sacola que trazia consigo atravessada ao corpo, e entregando nas mãos de Taurion. ─ Infelizmente não devemos interferir. Isso já foi decidido há muito tempo por meu povo que busca ascensão do espírito. Mas foi decidido pelo alto conselho lhe dar estes aparatos, no intuito de lhe ajudar em sua jornada de volta para casa. O frasco contém a magia de Suncur, seu liquido lhe manterá aquecido. Beba-o de duas em duas horas. A luz de Lirion, luz que nunca se apaga, o guiara. Diga aonde deseja ir e ela lhe mostrará como chegar ao seu destino. Que seu retorno seja seguro Taurion filho de Solur.

O lorde do gelo da meia volta e entra no túnel sob o olhar atônito de Taurion que vê a rocha se mover e lacrar a passagem. Seu estado estupefato é interrompido pela voz do lorde gelo que entoa em toda caverna: “Corra Taurion! Você não tem muito tempo!” Ele então se recompõe e rapidamente pega seus pertences, deixando a caça e todos os apetrechos desnecessários para traz. Pega o frasco com sua mão direita e toma rapidamente um gole do liquido mágico, e podia sentir seu corpo se aquecer de imediato, então olha para esfera e solicita que a mesma o guia para sua casa. A esfera então brilha densamente em sua mão, e no seu interior aparecia o rosto de Isabor, uma mulher linda, de longos cabelos ruivos, e olhos verdes, como o rio Tavar, que cortava as montanhas Aritra e as terras dos Okunes. Isabor era filha de uma bruxa elfa das terras de Maudens, com um guerreiro das terras dos Maracurtes, seres de peles avermelhadas e de longos cabelos negros. O Tom de sua pele tinha um tom avermelhado qual herdara de seu pai, já o cabelo ruivo havia herdado de sua mãe. Taurion esboça um sorriso e com a esfera brilhando cada vez mais forte adentra a tempestade, saindo da proteção da caverna. A rocha se movia novamente abrindo a passagem, e o lorde que o visitara reaparecia com mais dois de sua raça.

─ Talvez ele consiga. ─ disse um dos lordes do gelo olhando para abertura da caverna.

─ Seu destino ira se cumprir. Um novo guerreiro nascera e o destino de Meridian estará em suas mãos. ─ responde o lorde que havia visitado o guerreiro Taurion. ─ A criança possuirá os dons dos pais e terá um forte coração. Tornara-se um guerreiro completo, o maior dos guerreiros da luz que já existiu.

─ Se ele sobreviver. ─ completa o outro lorde do gelo demonstrando certo pessimismo.

Algumas horas haviam passado. No meio da nevasca Taurion toma outro gole do frasco. A esfera iluminada indica o caminho puxando sua mão para a direção correta. Tenta caminhar o mais rápido que podia. Sentia um temor que invadia seu corpo, não configura em sua cabeça perder o amor de sua vida, a mulher responsável por toda a elevação de seu espírito. Isso para ele era inadmissível. E jurava a todo instante para si mesmo que não deixaria isso acontecer. Este pensamento o impulsiona a seguir em frente suportando a dor de se movimentar no meio de tanta neve.

O sol começava aparecer, e por milagre, a nevasca havia cessado o que não era normal para estas épocas. Mas para Taurion isso não lhe interessa, era uma chance de chegar mais rápido em sua casa. Esse era o seu único pensamento, que se concretiza ao vencer uma pequena elevação, e do seu ponto mais alto ele avista sua casa. Uma leve fumaça saia da chaminé, revelando que Isabor esta cozinhando. Ao contemplar aquela situação, Taurion não podia mais conter sua felicidade, e o alivio que isso o trazia. Entretanto lembra-se do que o lorde havia dito, e olha para oeste, e não muito distante, um destacamento se aproxima perigosamente em marcha acelerada, acompanhados pelos temíveis guerreiros das trevas, montados em seus vigorosos cavalos negros. Taurion fica apreensivo e somente uma pequena elevação o separa da visão de sua casa. Apavorado ele se desfazia de tudo que não era essencial, e retira suas duas espadas da bainha, correndo e descendo a pequena elevação, gritando o nome de Isabor. Espera que lhe atenda mesmo naquela distancia antes que se confrontasse com o destacamento, que chega ao topo do obstáculo que os separa do seu alvo. Mas de repente Taurion para de correr, e ergue suas espadas cruzando-as a frente do seu rosto, e através do reflexo percebe duas criaturas; que mais pareciam lobisomens, com enormes garras, olhos avermelhados, e dentes que faziam lembrar o poderoso tigre dente de sabre, eram conhecidos como entes negros, e serviam sem questionamentos os guerreiros das trevas; tais criaturas saltam sobre ele, apenas para sentir o gosto do aço ceifando suas vidas, cortandos de fora a fora. Taurion ergue sua cabeça e pode vê os guerreiros da horda negra, envolto em seus longos mantos negro, atingir também o topo da elevação, enquanto o destacamento perfila lateralmente. Ele podia contar em sua mente que havia aproximadamente cinqüenta homens e dois entes negros que pairavam próximo ao cavalo do seu temível rival dentro da ordem negra o general das trevas Urukan, que por sua vez acariciaa a cabeça do ente sorrindo sadicamente. Isabor aparecia na porta e grita o nome de Taurion, que se vira para olhá-la. Os sentimentos de medo e sobrevivência se misturam no olhar que os dois cruzam. O amor também esta presente quando as lagrimas rolam lentamente no lindo rosto de Isabor. Não havia o que dizer somente o que fazer. Tudo já tinha sido resolvido anteriormente. O filho deveria nascer e ter a oportunidade de viver, nem que isso custasse suas vidas. As lamentações eram deixadas para traz, somente o momento de felicidade que passaram juntos fica no olhar de ambos em forma de despedida. Este sentimento jamais poderia ser arrancado de seus corações. Essa era a certeza que Taurion precisa para virar-se e encarar o destacamento que começa a se mover na sua direção sobre os gritos frenéticos de seu comandante Urukan, que esta no topo da elevação. Certo misto de terror e prazer invade os olhos do general Urukan, que olha para sua espada sedenta do sangue daquele que por muito tempo foi seu rival e este solta uma gargalhada que se propaga por todo vale.

Taurion por sua vez cerra um olhar fulminante na direção de Urukan e fica em posição de combate entre sua morada e a horda negra, ele então segura firmemente o cabo de suas espadas; que eram de cor negra, com a cabeça de um dragão talhada em tom prata; e solta um berro que ecoa por toda Anshuria. Era o grito de um guerreiro disposto a lutar até o ultimo fio de sua vida. Ele corre na direção da horda negra e com a habilidade peculiar de seu povo vai derrubando e ceifando a vida dos guerreiros da horda negra, que atônitos com a ferocidade de Taurion hesitam diante das espadas mortais do guerreiro, que rodopia ao som do tilintar das espadas tendo em mente como destino final a cabeça de Urukan. Enquanto isso Isabor fecha a porta e segura fortemente o cordão que trazia no pescoço. Suas recordações emanam tomando conta de seus pensamentos, retratando alguns meses atrás, quando comemoravam a chegada de uma nova vida, que era uma benção que precisavam para solidificar a união dos dois. Seu pensamento viajava ao dia em que o sol nascia pálido, tinha sido uma noite fria e a neve que tocava na janela anunciava que o frio intenso continuaria. Ela sabia que uma nevasca se aproximava, por isso havia acordado cedo, e preparava um chá quente com ervas elficas, para amenizar o forte frio que viria. Esperava o fogo esquentar a água, enquanto alisava sua barriga, que não apresentava nenhuma protuberância, indicando que estivesse grávida, estava bem no inicio da gestação. Sua forma física era esguia, com curvas bem definidas, nas costas trazia uma tatuagem com escritas élficas outras das muitas heranças de sua mãe bruxa. De alguma forma sentia o espírito de seu filho se formar em sua barriga, qual buscava se harmonizar com elas e as coisas a sua volta. Neste momento Taurion por trás dela depositava um cordão em seu pescoço, seu pingente era uma chave dourada que reluzia ao ser tocado pela luz do sol que penetrava pela janela, tinha ainda pequenas pedras verdes, que mais pareciam esmeraldas, cravadas por toda sua extensão. Isabor levava as mãos até o pingente e virava-se com um largo sorriso, e abraçava carinhosamente seu amado, que a tomava nos braços e a beijava intensamente.

─ Não haverá dia mais feliz do que este. Um novo sol nasce no horizonte, marcado pela nova vida que você meu amor trás no seu ventre. Se existe alguém mais feliz do que eu, você precisara me apresentar. ─ terminava Taurion sorrindo e a beijando a todo o momento.

─ Por certo que há. Esta pessoa sou eu. Na verdade meu amor nós já o amamos com toda a força de nossos corações. E ele pode sentir isso.

No entanto suas lembranças são interrompidas, por uma lança que atravessa a janela, e só para ao atingir a parede, ficando esta cravada nela ainda tremulando após o impacto. Isabor então abre o alçapão, após retirar uma grossa pele de urso do chão, e adentra sumindo em meio à escuridão.

16 de Enero de 2020 a las 22:34 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Claudio Silva Claudio Silva
Venha viver essa aventura sobre o fio da espada do jovem Halacran!!!
January 16, 2020, 22:33
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