saaimee Ana Carolina

Acenando positivamente com a cabeça ela o viu se afastar seguindo em direção a escada. Era estranho saber que ambos estavam animados para passar o resto do dia deitados no sofá assistindo TV, ao mesmo tempo que também era o encontro perfeito para uma semana natalina. 「Inquisidora!Humana × Cullen」 ------------------------------------------------------------- → Capa com imagem do pixabay.com. ✼ Postar esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido.


Fanfiction Juegos Todo público. © Os personagens desta estória pertencem a Dragon Age: Inquisition! Todos os direitos sobre eles são reservados a © BioWare.

#cullen #cullen-rutherford #dai #dragon-age #f-m #fluff #natal #inquisidora
Cuento corto
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Capítulo Único

Em suas botas de salto baixo a mulher atravessava as ruas parcialmente cobertas de neve enquanto carregava em ambas mãos sacolas de compras feitas de última hora. Apesar do inverno ter chegado a cidade de forma calma, o dia estava estranhamente frio fazendo a jovem se perguntar quantos graus a temperatura ainda poderia cair nos dias seguintes enquanto observava as crianças da vizinhança correndo nos jardins.

Levou somente mais alguns minutos para finalmente chegar a entrada de sua casa. Fechando o pequeno portão de ferro atrás de si, ela observou as luzes dos pisca piscas brilhando pelas paredes acompanhando a decoração natalina que se estendia por todos os cantos.

Um sorriso contente surgiu em seu rosto quando se lembrou do quão animado Cullen estava alguns dias atrás quando decidiram enfeitar a casa. Ele parecia uma criança tirando os enfeites das caixas e colocando do melhor jeito que podia em todo lugar que passava. Levou o dia todo para conseguirem deixar do jeito que queriam, e, olhando agora, ela tinha certeza que tinha valido a pena.

Pegando a chave em seu bolso, seguiu em direção as escadas onde subiu abrindo a porta e entrando rapidamente deixando o frio do lado de fora.

A primeira coisa que fez assim que sentiu o ambiente quente a envolver foi colocar as sacolas no chão e a chave na estante. Tomando um longo suspiro, olhou em volta ouvindo o som de música tocando pela casa sem encontrar sinal de vida por ali. Com as sobrancelhas erguidas ela retirou o cachecol colocando no cabide ao lado e esticando seu pescoço de um lado ao outro buscou pelo namorado na escada para andar de cima. Nada. A única pista que tinha era o som alegre natalino que a convidava a ficar ali.

Curiosa, pegou as sacolas mais uma vez seguindo o caminho que a música indicava. Foi quando chegou na sala que notou a música aumentar e o som da voz do homem surgir. Um novo sorriso cruzou seu rosto assim que imaginou o loiro no cômodo ao lado cantando alegremente.

Com cuidado, deixou as compras no sofá e caminhando na ponta dos pés se aproximou da entrada da cozinha tomando todo o cuidado possível para não ser vista. Com a cabeça inclinada para o lado ela encontrou no meio do local uma visão que não esperava ver.

Dali, quase escondida, viu Cullen dançando de um lado a outro enquanto cantarolava alegremente para o cachorro pulando ao seu redor participando da pequena festa com ele.

A jovem precisou levar uma das mãos aos lábios para evitar que um riso tão contente quanto apaixonado lhe escapasse. Seus olhos acompanharam os braços dele se movendo no ar como um maestro guiando o animal, ouviu a risada alta dele preencher a melodia da música e sentiu em seu peito o coração disparar desajeitado querendo gritar todo seu amor por ele.

Ela o viu se abaixar pegando as patas dianteiras do cachorro com cuidado o levantando para ficar de pé junto dele enquanto o animal latia contente balançando a cauda.

— Este nosso- Oh! – Cantando, ele dançou como se estivesse em uma valsa, porém assim que se virou e encontrou o rosto dela, seu sorriso se desfez em uma boca escancarada e olhos arregalados de susto. — Oh...

Sem jeito e com o rosto tão vermelho quanto o suéter que vestia, ele se interrompeu fazendo o cachorro notar a presença da dona e correr em sua direção latindo feliz. Ela nem teve tempo de dizer nada ao homem quando o animal se jogou sobre ela chamando sua atenção.

— Eu- Eu não te ouvi chegando... – Coçando a nuca, tentou se explicar disfarçando a vergonha dominado sua mente. — É… Oi.

— Oi. – Sorrindo respondeu, ainda recebendo lambidas do animal. — Desculpa, não era pra te assustar.

— Não... – O riso envergonhado escapou enquanto desviava o olhar pensando em que tipo de reação ele tinha feito na hora que a viu.

— Mas eu também não quis te interromper.

Sua voz suave e gentil chamou o olhar acanhado dele e o sorriso em seus olhos acalmou seu coração. Já não importava se tinha feito papel de bobo com sua dancinha ridícula, estava feliz de tê-la ali.

— Então o que você fizeram aqui? – Se levantando perguntou tentando manter o foco dos planos antes que se perdessem em beijos e abraços.

— Ah, é. Eu terminei de temperar aquelas carnes que você tinha pedido.

— Ótimo.

— E... – se virando o rapaz deu espaço para que ela pudesse ver as tigelas coloridas no balcão. — O glacê pra decoração tá pronto.

— Lindo! – Sorriu o vendo assentir orgulhoso de si mesmo. — Ah, eu comprei a manteiga. – Correndo para a sala, a jovem pegou as sacolas e voltando rapidamente as colocou em cima da mesa. Cullen se aproximou curioso a vendo retirar os ingredientes. — E o chocolate.

— A gente não tinha chocolate?

— Não. – Respondeu vendo a surpresa em seu rosto a fazendo rir. — A gente comeu tudo no sábado.

— Ah... – Olhando para a parede se lembrou da bagunça que tinham causado tentando fazer um doce depois de assistir um vídeo na internet. — Certo... Bom, podemos começar?

— Sim! – Pegando o pote de manteiga nas mãos respondeu determinada.


O primeiro passo foi mudar de roupa, tirando o sobretudo úmido de neve e as botas apertadas que a jovem já não aguentava mais usar trocando por meias vermelhas e uma camisa de manga comprida que estava acostumada a vestir em casa.

Depois foi a hora de separar os ingredientes. Cullen estava com as mangas arregaçadas no cotovelo e a tigela em sua frente enquanto a mulher encostada no balcão atrás dele lia a receita em seu celular o deixando encarregado de tudo na mesa.

— Primeiro vem a manteiga e o açúcar. – Explicou, o vendo assentir pegando os itens. — Pode misturar os dois e depois é só colocar o resto e bater até chegar no ponto.

— Ok.

Com calma fez o que foi dito. Segurando a espátula de silicone, ele delicadamente amassou a manteiga misturando sua cor com o branco do açúcar. Seus movimentos eram suaves, sem força, enquanto seus olhos concentrados tentavam não se desviar do trabalho. Tanto que nem notou quando a mulher se aproximou parando ao seu lado.

Sem tirar os olhos dele, colocou o celular no canto, o observou trabalhar. Viu seu rosto sério parecer sereno acompanhando a respiração calma que a fazia suspirar.

Foi esse olhar insistente dela que o fez se virar incerto a encontrando próxima dele. Seus movimentos nos braços pararam quando viu os olhos azuis encarando os seus com ternura. Não sabia o porquê estava parada ali e nem o motivo de seu coração ter pulado mais alto quando a viu.

— O que? – Perguntou baixo e confuso.

— Nada. – Respondeu em um tom que transbordava carinho. — Eu só... Amo ficar te olhando.

As palavras trouxeram uma reação automática as bochechas dele que levemente coraram sem conseguir dizer nada além de sons envergonhados disfarçados por risos desajeitados.

Sorrindo ela decidiu se afastar procurando algo para fazer e o deixar em paz para continuar o serviço.


Tinha terminado de guardar toda a bagunça que tinham feito quando notou Cullen limpando a mesa enquanto murmurava acompanhando o som da música. Parada ao lado da pia, ela observou a cabeça dele balançar suavemente como se tivesse vergonha de se exaltar. Era tão fofo vê-lo se divertindo.

— Eu não sabia que você gostava tanto de músicas natalinas.

O comentário o fez virar a cabeça em sua direção e assim que notou o que estava fazendo riu, retomando o serviço.

— Só pra constar, esse não é meu estilo favorito. – Respondeu entre sorrisos. — Mas, sim, gosto de ouvi-las. Acho que são responsáveis pelo espirito de Natal. – Se virando para ela acrescentou pensativo a vendo assentir. — Toda vez que escuto qualquer uma delas eu sinto esse calor natalino. – Explicou olhando para o chão. A jovem em silêncio o observou suspirar, levantando os ombros levemente antes de olhar para ela novamente. — É bobo, né?

— Não. Na verdade, é bonito ter algo para se sentir assim. – Se aproximando falou e com carinho acariciou seu rosto o fazendo olhar por baixo envergonhado. — Mas eu acho que tá na hora de começar a cantar.

— O que-

— Na próxima música que tocar! A gente canta junto. – Falou alto e contente sem dar tempo para que ele rejeitasse seu pedido. Ele não conseguia ir contra quando via os olhos cheios de energia dela.

Calados, os dois aguardaram esperando a música que ainda tocava acabar.

Ela ainda estava com as mãos nos ombros dele olhando em seu rosto e sentindo o interesse tomar conta deles.

O silêncio dominou a casa por curtos instantes e então o toque conhecido surgiu fazendo os dois soltarem um “ah” quando reconhecem ser um dos hinos de natal.

Apesar da felicidade estampada em seus rostos, Cullen não começou a cantar logo de início. Ela percebeu sua inesperada insegurança e, por isso, resolveu avançar cantando alto, dando um passo para trás enquanto se mexia de um lado ao outro improvisando uma dança qualquer.

Por um tempo, ele somente observou surpreso e encantado pelo jeito gracioso como cantava a música, mas depois, contagiado, resolveu ariscar a letra cantando baixo junto a ela.

E foi só chegar no refrão que os dois se soltaram, cantando alto e fazendo da cozinha seu palco de performance principal da noite de natal.

A música estava prestes a acabar quando Cullen se aproximou, ainda cantando, tomando a mão dela na sua. A jovem o olhou sorrindo e permitiu que continuasse o que quer que estivesse planejando.

All I want for Christmas… – acompanhando a música o loiro cantou a girando com cuidado, aproximando seus corpos em um abraço. — Is you!

O movimento perfeito a fez rir e os olhos dele se enxerem de alegria e vergonha. Os dois se olharam deixando a música terminar sozinha no fundo. O riso escapou de seus lábios exibindo a felicidade que não cabia dentro deles. Suas testas se tocaram gentilmente apaixonados por sua própria bobagem terminando seu espetáculo ali.



— Os biscoitos? – O loiro perguntou parado na entrada da cozinha vendo a mulher levantar o prato para mostrar o trabalho de decoração terminado.

— Prontos. E o chocolate?

— Na mesa.

— Maravilha!

— Vou pegar o cobertor.

Acenando positivamente com a cabeça ela o viu se afastar seguindo em direção a escada. Era estranho saber que ambos estavam animados para passar o resto do dia deitados no sofá assistindo TV, ao mesmo tempo que também era o encontro perfeito para uma semana natalina.

Com cuidado, pegou o prato levando até a sala onde o cachorro já estava deitado no tapete em frente ao sofá e a janela fechada permitia ver os tímidos flocos de neve caindo do lado de fora.

O som dos passos rápidos na escada a fez deixar o prato na mesa de centro ao lado das duas canecas de chocolate quente antes de se virar para vê-lo. Com um sorriso bobo no rosto, Cullen ergueu as mãos mostrando a coberta, a fazendo sorrir.

Rapidamente os dois se ajeitaram no sofá dividindo o cobertor e abraços enquanto procuravam o canal certo para passar aquele final de tarde vendo.

— Olha… – A mulher chamou, vendo a lista da programação. — Vai passar aquele filme de natal de novo.

— Todo ano tem isso.

— É. – Respondeu rindo antes de se virar para ver seu rosto acima dela. — Você vai chorar assistindo de novo?

Seu comentário o fez olhar em sua direção vendo seus olhos travessos. Por instantes ficou em silêncio, mas logo virou o rosto disfarçando a derrota em sua expressão.

— Talvez...

— Heh… Tá tudo bem, eu pego os lenços pra você. – Brincou, o fazendo rir sem jeito.

Ouvindo o riso baixo da jovem ele voltou seus olhos para baixo vendo suas bochechas rosadas e os olhos contentes observando a TV. Estavam livres a semana toda até o dia de natal e ao invés de planejarem festas e viagens, estavam ali, deitados no sofá onde passaram o ano todo juntos.

Foi nesse momento que sua ficha caiu. E em um impulso repentino ele a abraçou, apoiando seu queixo no ombro dela.

— Hey.

— Hm?

— Eu te amo.

— Que- – A confissão a fez se virar sem entender a razão tão aleatória que aquelas palavras tomaram no silêncio. Seu coração se agitou enquanto fitava os olhos gentis que a olhava. — Por que isso?

— Eu só... Quis te falar. – Suspirando respondeu antes de desviar o olhar observando o cachorro dormindo. Queria expressar todo seu carinho por ela, mas não sabia como. Devagar voltou-se em sua direção mostrando um sorriso tímido. — Faltam dois dias para o natal, o ano está quase acabando e eu acabei de perceber que a gente passou todos esses dias juntos... – Um riso escapou de seus lábios a fazendo erguer as sobrancelhas notando o tempo passando. — Eu tô muito feliz. Muito, muito, muito feliz! – A abraçando mais forte falou aumentando sua voz a cada palavra. — Você é tudo pra mim. Obrigado por acreditar em mim e... – Em um tom baixo aproximou seu rosto dando um beijo em sua bochecha. — Por estar aqui.

— Meu Deus... – Rindo com as bochechas vermelhas e os olhos brilhando com lágrimas, sussurrou. — Você tá tentando me fazer chorar também?

— Desculpa...

— Nossa, Cullen... – Se virando ainda em seus braços ela segurou seu rosto, balançando a cabeça sem acreditar no quanto seu coração conseguia ama-lo. — Você é muito fofo. Eu tô feliz também... Te amo.

Devagar, se aproximou selando seus lábios em um beijo carinhoso. Se afastando olhou em seus olhos que semicerrados acompanhavam um sorriso antes de dar-lhe mais um beijo, um pouco mais longo.

O som da TV chamou a atenção fazendo ambos se virarem vendo o filme começando.

— Ah… Vai começar.

— Hm. – A abraçando, ele se ajeitou no sofá sorridente. — Lá vamos nós.

23 de Diciembre de 2019 a las 15:29 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

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