chrissykellerink Chrissy Keller

A história se trata não só de um amor puro e interminável de um homem para com uma mulher, mas também sobre um amor paterno e seu desenvolvimento, embora tão prematuro. Também é uma história que retrata uma incansável jornada por algo ainda mais precioso do que qualquer jóia para um homem que nunca esqueceu uma das maiores razões de sua vida. - Logo mais editarei e revisarei a sinopse e algumas coisas relacionadas a história. - Todos os capítulos sairão aos domingos, algumas vezes de manhã, outras à tarde. Espero que gostem (e, se puderem, me ajudem com a sinopse e com a escolha da capa da história, pois não consegui encontrar nada ao nível do que quero; para dizer a verdade, nem mesmo sei se realmente terá este título).


Romance No para niños menores de 13.

#romance #drama #jornada #aventura #amor #saudade #destino #ficção #literatura-romântica
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Capítulo 1

Daniel verificou a temperatura da água no tonel de madeira que mais lembrava um ofurô.


Ele não tinha problema algum com água fria num tempo como aquele, mas Johnata tinha apenas cinco anos de idade, portanto, era mais sensível. A água estava ótima, não muito quente nem muito fria.


Ele sacudiu a mão espirrando água pelos lados e se levantou.


- Johnata, venha tomar banho.


O menino parou o que estava fazendo e correu na direção do banheiro onde o pai estava.


Daniel achou graça.


Eles não tinham televisão e quase nada tecnológico, apenas os atributos do campo e da vida simples. Mesmo assim, Johnata, um menino de cinco anos de idade, se contentava com os poucos brinquedos que tinha e era feliz. Mas o que mais marcava o menino era o sorriso. O mesmo sorriso da mãe.


- Oi - disse o menino alegre e saltitante.


- Oi - Daniel respondeu o cumprimento e sorriu. - Venha tomar banho. Sua água já está pronta.


- Está bem - disse o menino tentando tirar a camisa.


Daniel agachou-se na frente do filho.


- Venha, deixe que eu tiro para você.


Daniel terminou de tirar as roupas do menino e mergulhou seu corpo na água quente.


- Papai - chamou o menino.


- Diga - Daniel falou pegando o sabonete de pedra.


- Posso faltar a escola amanhã?


Daniel fez uma expressão interrogativa e ensaboou um dos bracinhos do filho.


- E por que você faltaria a aula?


- É porque quero aprender andar a cavalo - o menino respondeu para o pai que continuava com a mesma expressão no rosto. - Você prometeu.


- Sim, eu prometi - concordou Daniel ao ensaboar o outro braço do menino. - Mas não no dia em que você tem aula.


- Mas eu não faço nada demais - insistiu a criança. - As professoras só ficam colocando a gente para brincar ou fazer desenho.


- Independente do que coloquem você para fazer, ainda é uma aula e você não pode faltar. Você não acha?


Johnata mexeu a cabeça discordando.

- Prefiro andar a cavalo.


Daniel sorriu achando graça da insistência do filho.


- Tudo bem, eu te ensino andar a cavalo. Mas não em um dia em que você tem aula.


O menino tentou não fazer uma expressão emburrada, mas falhou miseravelmente.


O sorriso de Daniel se ampliou.


- Vamos, não faça esta cara - disse ao filho. - Posso te ensinar no final de semana.


Johnata olhou para o pai.


- Por que a gente não tenta depois de eu voltar da escola? - perguntou o menino.


- Eu já te falei antes. À tarde os cavalos ficam cansados - disse Daniel ao filho. - Ou você se esqueceu?


- Eu me esqueci - respondeu o menino. - É por causa do sol?


- Sim, também - respondeu Daniel. - De tarde eles só querem descansar, capinar. Eles não são serelepes como você.


- O que é serelepe? - indagou o menino curioso.


- Serelepe significa pessoa travessa, inquieta - respondeu. - Pessoas que têm muita energia.


- Ah, sim - O menino assentiu. - Mamãe era serelepe?


Daniel parou de ensaboar o corpo do filho por um momento, mas logo voltou à sua tarefa.


- Não, não era - respondeu vagamente. - A sua mãe era mais calma, mais tranquila.


- Então eu puxei a você?


Daniel sorriu.


- Você tem muitas características minhas. Mas esse seu jeito inquieto e brincalhão é normal. Todas as crianças são assim.


- Não, não - o menino discordou. - Tem muita criança na minha sala que é bem quieta.


- Sim, algumas são diferentes. - Daniel parou de ensaboar e encheu uma vasilha, jogando água no corpo do menino. - Nem todas as crianças são iguais.


- Mas você acabou de dizer que todas as crianças são serelepes - disse o menino em pé na banheira, passando a mão molhada no rosto.


- É um modo de falar - disse Daniel e jogou mais água no corpo do filho. - Pronto, banho tomado.


- Papai, a mamãe sabia andar a cavalo? - Johnata perguntou quando Daniel pegou do gancho a pequena toalha azul-claro.


O semblante de Daniel mostrava tristeza, mas ele fez questão de se recompor por causa do filho.


- Sim, sabia. Eu ensinei a ela - ele respondeu.


Seu rosto parecia impassível, mas sua voz revelava o que ele tentou esconder.


- Ela sentia medo? - o menino perguntou enquanto o pai o secava.


Daniel deu um sorriso afetado.


- De início, sim - respondeu. - Mas depois ela começou a pegar o jeito.


- Eu queria ter visto a mamãe com medo. Devia ser muito engraçado.


Daniel soltou uma risada.


- Você riria da sua mãe com medo?


O menino sorriu travesso.


Daniel balançou a cabeça, sorrindo, e passou a toalha em volta do corpo do filho, o pegando no colo.


- Meu menino serelepe - disse e beijou a cabeça do filho, o levando para o sofá onde estava a cueca e o conjunto de pijama do menino.


Ele apoiou Johnata no sofá e vestiu-lhe a cueca.


- Você riu, papai?


Daniel olhou para o filho sem entender.


- Da mamãe tentando andar a cavalo - o menino explicou.


- Acho que em algum momento, sim - respondeu Daniel pondo a calça no menino. - Mas ela não tinha muito medo e o cavalo também era paciente.

- Ele deixou a mamãe montar nele?


- Sim, deixou. Ele era bondoso com sua mãe e ela também era bondosa com ele. - Daniel parou por um breve momento de abotoar a camisa do menino, mas depois voltou ao que estava fazendo. - Na verdade, ela era bondosa com tudo e com todos.


Ele não pôde evitar a nostalgia e a emoção na voz.


- Como um anjo? - perguntou o menino sorridente.


Daniel sorriu.


- Mais que um anjo - respondeu e pegou o filho no colo, o colocando no chão. - Agora vá dormir.


- Boa noite, papai - falou o menino estendendo os pezinhos para beijar o rosto do pai.


Daniel se agachou e beijou o filho.


- Boa noite, meu filho. Durma com Deus.


- Você também - disse o menino e correu saltitante para a cama pequena no quarto que dividia com o pai.


Daniel sorriu ao ver o filho deitar e seu coração encheu-se de amor por aquele menino. Ele era sua vida e sua única família agora.


O sorriso de Daniel esmoreceu e ele desabou sobre o sofá.


Cinco anos que Aline havia ido embora. Cinco anos desde o nascimento do fruto do amor deles.


Daniel tentou afastar as lágrimas que surgiram em seu olhar triste.


Se ao menos pudesse ter evitado sua partida...

22 de Diciembre de 2019 a las 19:11 0 Reporte Insertar Seguir historia
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