Tudo estava incômodo.
Inquieto; Ian olhava as redes sociais várias vezes a procura de algo. Entrava no jogo, mas sem vontade de jogar, em outras redes sociais mais nada prendia a atenção. Bisbilhotava várias vezes para ver se Travor já tinha visualizado sua mensagem que havia enviado há dias. O ruivo entendia que aquele mistos de sentimentos era saudade.
Fazia alguns dias que eles não se viam e aquilo estava o destruindo. Se fosse em circunstâncias normais ele até que não estaria nesse estado emocional, porém depois daquela briga talvez eles nunca mais voltassem a se falar novamente. Ciúmes é uma doença que aos poucos devora o ser humano até não restar mais nenhum tipo de sentimento bom. Ian sentia muito, de verdade.
Era por isso que tudo estava vazio, chato e sem graça, pois faltava o homem que ele julgava ser sua alma gêmea. E apesar de todo o mal que já sofrera na vida através de seu ex namorado; o Gallagher o amava incondicionalmente. Entender que talvez eles nunca mais fossem reatar o namoro não seria uma tarefa fácil. De modo algum.
Decidir amar alguém é saber que o choro também se faz presente em muitas ocasiões. E apesar de se considerar um homem forte, Ian chorou durante todos esses dias. Angústia e tristeza desarmam qualquer um, isso é um fato. Em sua mente ele repetia uma frase que havia escutado de um amigo “nunca se arrependa de algo que um dia tenha feito você sorrir”, no entanto estava difícil, pois se ele soubesse que ia doer tanto assim, jamais teria decidido amar.
De qualquer modo o que aconteceu já não pode ser mais alterado. E com muita dificuldade o jovem Gallagher adentrou o banheiro para relaxar tomando um banho gelado. Ele precisava sair de casa hoje ou enlouqueceria.
...
“Sr. Gallagher, podemos conversar por um instante?” Mandy falou assim que visualizou o seu patrão no escritório.
Frances colocou o livro que lia sobre a mesa e fez sinal com a mão que ela podia sentar-se em uma das cadeiras. Mandy um pouco apreensiva sentou-se e ajeitou seu uniforme padrão dos funcionários da casa.
“Eu nem sei como começar” ela riu sem graça.
“Do início, Amanda” ele brincou para fazer com que a moça se sentisse mais confortável.
“Bem... como o senhor sabe minha família é um pouco caótica e desestruturada” sua tonalidade de voz era leve e baixa. “Meu pai está preso e meus irmãos mais velhos sumiram, mas eu tenho um irmão que eu tenho bastante apreço, pois ele que cuidou de mim mesmo quando a situação não estava favorável... na verdade nunca estiveram”.
O patriarca da residência ouvia atentamente tudo que era dito pela jovem para lhe dar mais confiança ao falar.
“Ele saiu ontem do reformatório e por seu bom comportamento não foi levado direto para o presídio. Ele já é maior de idade e uma das condições exigidas pela juíza responsável foi que ele arrumasse um emprego ...”
“Diga a ele que venha falar comigo. Estarei livre da sexta pela tarde” Frances a interrompeu antes dela concluir a história. “Confio em você, Amanda”.
“Sério?” O sorriso esboçado pela jovem carregava muita sinceridade e alegria. “Eu prometo que ele vai se comportar... muito obrigado, senhor”.
“Agora preciso terminar meu livro, Amanda” ele nem esperou que ela saísse para recolher o livro e voltar a lê-lo.
...
Quando finalmente Ian estava pronto, ele pegou seu celular e digitou para sua melhor amiga uma mensagem dizendo que já estava pronto e que logo passaria em sua casa para busca-la. Mandy se tornou sua amiga mais próxima desde quando começou a trabalhar em sua casa e nos momentos mais complicados em questões psicológicas ela estava ao seu lado. Ela era divertida, engraçada, fiel e, no seu ponto de vista, muito bonita.
Não demorou muito tempo até que o ruivo estacionasse de frente da humilde casa de Amanda. E depois de uma ligação avisando que havia chegado a jovem surgiu na porta e segundo depois a figura de um rapaz apareceu também. Ian não o conhecia, mas deduziu que seria o irmão mais velho da amiga. Ambos adentraram o carro.
“Demorou dessa vez” Mandy comentou pondo o sinto de segurança.
“Meus pensamentos suicidas não estavam me deixando sair” ambos riram.
“Esse é meu irmão Mikhailo.”
“Pode me chamar de Mickey. É menos complicado”
“Ian...”
“Então, o que estamos esperando?” Mickey perguntou um pouco animado.
Fazia muito tempo que o jovem não se divertia, pois havia passado muito tempo no reformatório. Ele necessitava sair, beber e se divertir muito. Como alguns diriam “tirar o atraso”.
“Ian é muito chato em vários aspectos” ela olhou para trás e manteve um sorriso debochando enquanto falava. “Ele só dá a partida no carro quando todos estão de cinto”.
“Que rapaz certinho” Mick falou enquanto colocava o cinto. “Pronto”.
“A segurança de todos em primeiro lugar” falou e logo deu a partida no carro.
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