igor-morais-costa Igor Morais

Talvez a morte seja o caminho mais fácil ou talvez não, mas isso não é certo, pelo menos não agora, afinal aqueles malditos ainda estão por ai com ela, por isso eu ainda não posso morrer, então...pai! mãe! Me deem a força para destruir, devorar, e transformar todas as sombras na minha frente! Essas serão meu poder, minha gloria, minha vitoria, minha alma, minha carna, meu fim e o começo de um novo ser!


Acción Sólo para mayores de 18.
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Tudo tem um começo...

A lua pairava pelo céu, já era por volta da meia noite, os vagalumes pairavam pelo céu e os ventos uivantes passavam como ondas pelo imenso planalto, isso fazia com que as chamas da fogueira dançassem de um jeito bem animado e meigo, ao redor dessa fogueira haviam cinco pessoas, duas mulheres, dois homens e uma garotinha, além deles ainda tinham os animais, que por sinal estavam em três. Essas pessoas estavam em uma viagem para o sul, mas por causa do cansaço acabaram parando para descansar, eles estavam no planalto de Prio, o estado capital do reino de Innicya, esse lugar era pacifico e belo, sendo assim era um bom lugar para descansar, então todos estavam bem confortáveis com a atmosfera, ainda mais a garotinha, ela já estava dormindo junto de Martie a Fênix do capitão, por falar nele, esse estava bem sereno e calado, ele olhava para as estrelas enquanto repensava no passado, ele se lembrava do dia que havia chegado a esse mundo e de todos os dias sucessivos a esse, mas essa história não era boa, pelo contrário, ela em seu começo foi sofrida e triste, mas para contar dessas partes e de tudo o que veio após elas, devo começar do início.

Era por volta de sete de dezembro de 2039, todos estavam em uma viagem da faculdade, os alunos e a professora haviam ganhado o direito a uma excursão, por conta disso o local escolhido foi Berlim, eles estavam animados e não viam a hora entrarem no avião, cada um deles queriam partir logo para a Europa, ainda mais depois de um dos alunos falar coisas incríveis sobre a incrível capital da Alemanha, todos ficaram ainda mais animados com isso, pelo menos até Shun Wolfert chegar, esse era o neto do diretor, ele era o típico valentão rico que atormenta todos na escola, ele era um saco, mas ninguém ousava desafia-lo ou dar uma lição nele, afinal isso seria um problema, já que sua família era poderosa e muito influente, sendo assim ele achava que podia tudo, por conta disso ele desfez e caçoou de tudo e todos no caminho para o aeroporto, afinal todos estavam animados e felizes afinal muitos deles nunca haviam saído da américa, por conta disso Shun decidiu dar uma lição em todos e demonstrar o quão caipiras e pobres eles eram, bom no fim deu certo e todos começaram a se sentir desconfortáveis, pois ele apenas não caçoou deles, o aluno fez a questão que de demonstrar o quão rico ele era, falando que já havia ido muitas vezes para a capital da Alemanha, além de viajar pelo mundo e mostrando a supremacia branca, além de tratar todas as meninas como um pedaço de lixo, essa pessoa era a escória da humanidade, no fim todos ficaram quietos apenas ouvindo as asneiras daquele maldito loiro. Após isso um tempo se passou, estava quase chegando a hora de todos entrarem no avião, a turminha Shun estava sentada longe dos outros, eles conversando sobre como as estrangeiras tinham um belo corpo e coisas assim, já os outros estavam mais próximos da professora Marilian, essa era uma jovem professora, que havia se formado aos vinte e cinco anos, ela era uma pessoa de bom coração e que se importava com todos, inclusive com Shun, sim havia alguém que se importava de verdade com ele nessa viagem, e o motivo era algo simples, a professora queria que ele melhorasse como pessoa e por isso sempre tentava fazer ele se tornar melhor, mas sempre dava errado, afinal esse estudante já não tinha mais volta, Shun já estava totalmente corrompido pelos ideais falhos de sua família, mas mesmo assim ela jurou que não pararia de tentar corrigi-lo.

Algum tempo se passa e é chegada a hora, todos se levantam e começam a se juntar, tudo parecia correr bem, os ânimos pareciam ter voltado ao normal, todos estavam animados, a Marilian estava conferindo se todos estavam ali, após conferir corretamente a mulher dá o sinal para todos a seguirem, mas é então que algo acontece, ao primeiro passo de todos tudo fica escuro, eles repentinamente param de respirara e ninguém conseguia se mexer, a visão de todos começa se enegrecer e rapidamente pode-se ouvir sons de pessoas caído, um a um todos caíram inconscientes. Após algum tempo a primeira pessoa finalmente abre os olhos, essa pessoa era Enri Jio, esse garoto era o clássico nerd da sala, ele usava óculos e tinha cabelos negros, ele era magro e como sempre estava com medo, ainda mais agora, afinal ele foi o primeiro a acordar, além de que foi o primeiro descobrir que não estava mais no aeroporto, mas sim em um grande salão feito de mármore, com várias pilastras que seguravam o teto de pedras brilhantes e vidros, além disso haviam grandes janelas, essas eram feitas de vidro de várias cores, junto das janelas estavam as cortinas, essas eram feitas de um pano vermelho bem macio e sedoso, mas o que mais chamava atenção era o que estava no meio da sala, e essa coisa era uma grande cama com vários lenções, cobertas feitas de panos caros e também haviam cobertores, esses eram feitos com as peles de vários animais, que por sinal Enri não sabia qual era, mas isso não era muito importante, bem continuando, deitado nessa cama chique havia uma pessoa, essa era uma garota que usava panos finos para cobrir seu corpo, esses panos eram roxos e estavam localizados ao redor de sua cintura, sobre seus peitos e sobre sua cara.

Vendo essa garota a sua frente, o garoto acaba se sentindo um pouco envergonhado, afinal essa garota mesmo tentando esconder suas partes, havia falhado, pois mesmo com aqueles panos ainda podia-se ver um pouco de tudo, mas bem agora não era hora para aquilo, Enri vai em direção da garota e ao chegar perto ele pergunta:

-O-Ola por acaso você sabe onde eu estou? –Enri-

Ao perguntar isso a garota que estava lendo um livro para e então o olha, ela o verifica da cabeça até os pés, ao perceber que ela o estava avaliando Enri acaba ficando imóvel por instinto, mas esse instinto o disse que não precisava temer essa garota, na verdade o pouco medo que aquele garoto sentia já havia sumido, e em seu lugar algo como uma atração havia surgido, mas no fim nada aconteceu, essa garota apenas sorriu e falou:

-É melhor esperar os outros, ok? –Menina estranha-

Enri não entendeu muito bem essa fala, afinal seus colegas estavam atrás dele, sendo assim ele se virou para mostrar que todos estavam ali, mas para sua surpresa ele era o único no local, o garoto se sentiu confuso, pois ele tinha certeza que estava junto dos outros, mas mesmo percebendo que não havia ninguém e que ele estava sozinho com uma estranha, Henri não se sentiu com medo, ele estava na verdade bem confortável junto da garota, coisa que era bem rara, afinal ele tinha algo chamado ginofobia ou como é conhecido popularmente, medo de mulheres, mas ele não tinha medo dessa, sendo assim apenas acenou com sua cabeça e se sentou em uma cadeira que estava ao lado da cama. Após um tempo o chão brilha, partículas amareladas e esverdeadas começam a subir pelo chão branco de mármore, esse brilho que havia começado um tanto quanto fraco, em poucos minutos se intensificou ao ponto de Enri não conseguir enxergar nada, mas após essa incrível luz parar, o garoto novamente recupera sua visão e o que ele vê era algo surpreendente, quatro pessoas apareceram repentinamente ali, essas quatro eram pessoas de sua classe, a primeira pessoa reconhecida por Enri foi a professora, a segunda pessoa era a ex-namorada de Shun, Amélia, a terceira pessoa era seu melhor amigo Jon e a quarta era uma pessoa que Enri quase não conhecia, seu nome era Edgar. Após a aparição repentina desses, o garoto que antes havia chegado rapidamente vai até sua professora, que por sinal não estava entendendo nada e ao velo o encheu de perguntas e questionamentos, mas ainda bem que foi por pouco tempo, pois a garota que estava deitada na cama, repentinamente se levanta e vai ao encontro dos cinco, ela com um leve salto flutua pela sala branca e então para diante deles e fala com uma leve voz:

-Eu os esperava bravos Heróis! –Menina estranha-

Ao ouvirem isso, todos acabam sentindo um intenso calor em seus corações, era como se uma coberta de luz os estivesse os cobrindo e os aquecendo, percebendo isso logo os cinco percebem que aquela menina de cabelos roxos, era alguém muito importante e poderosa, sendo assim todos a trataram com devido respeito e após um tempo todos acabaram descobrindo o porquê daquela situação:

-Por favor pode repetir o que você falou?! –Marilian-

-Claro...bem, meu nome é Silvia ou como o povo de meu mundo me chama, a Rainha da Luz e vocês foram convocados aqui por um único motivo, eu quero que vocês se tornem meus Heróis ou seja, quero que vocês salvem o mundo que eu construí. –Silvia--

-Ai meu Deus, você quer mesmo que a gente acredite nessa baboseira? –Amélia-

-Garota sinto muito em dizer isso, mas isso não é uma baboseira e cuidado com o que fala, posso te transformar em uma porca e dala aos fazendeiros, tenho certeza que você vai ser uma incrível substituída das mulheres deles. –Silvia-

-O que disse?! –Amélia-

A garota iria avançar para cima de Silvia, mas antes disso Jon a impede e Marilian reassume a conversa:

-Sinto muito pelo comportamento dela, mas isso é difícil de acreditar, afinal no nosso mundo não existe invocações ou magias, hahaha. –Marilian-

-Não se preocupe, no mundo que eu criei, também não existe muita magia, e quem as usa raramente se mostram, além disso meu mundo é tecnologicamente mais avançado do que o seu e isso é perfeito para encobrir o mundo magico, pelo menos por agora está sendo o suficiente, mas acredito que logo isso irá mudar e o mundo se tronara um lugar cheio de fantasia. –Silvia-

-Como assim “mudar”? –Enri-

-Bom, garoto podemos dizer que em pouco tempo toda a magia do mundo ira aparecer e o mundo irá mudar por causa disso, por isso vocês terão de enfrentar muitas ameaças. –Silvia-

-Que tipo de ameaças? –Jon-

-Demônios, vampiros, trols e outros. –Silvia-

-Está bom, se tudo o que disse for mesmo verdade e você é a Senhora da Luz, por que você mesmo não salva seu mundo? -Jon

-HaHa, boa pergunta, mas o porquê é apenas uma promessa, eu prometi nunca interferir diretamente na vida dessas pessoas, eu jurei apenas dar minhas bênçãos e trazer a esse mundo as pessoas que iriam torna-lo melhor, por isso eu não interfiro nele. -

-Humm, já que é assim não é mais fácil chamar os próprios habitantes desse mundo? –Erin-

-Sim seria mais fácil, mas essas pessoas sempre se corromperam com o poder, sendo assim eu tentei achar pessoas que pudessem ser pelo menos boas com o poder em suas mãos, além de serem boas em controlar pessoas que estão abaixo delas, ou até mesmo serem grandes estrategista, há e não podemos esquecer aqueles que conseguem jogar os jogos da política e por fim alguém que pode ser um grande líder, bom foi por isso que eu procurei vocês, cada um tem essa qualidade, diferentes dessas pessoas, que só sabem pensar em poder. –Silvia-

Após dizer isso toda pensão sobre isso, eles de certa forma estavam receosos, mas havia um que já tinha se decidido, esse era Edgar, ele foi o primeiro a dizer sim e após ele concordar, o garoto logo teve o privilégio de escolher uma família para renascer, sim todos iriam deixar esses corpos e reencarnarem em outros, mas bem voltando para a história, Edgar não demorou muito e escolheu uma família de caçadores, esses eram os Irontips, uma família prestigiada por seus grandes arqueiros e caçadores, mas bem, com essa família já escolhida Edgar rapidamente começou a se transformar em luz e então desapareceu, vendo isso todos ficaram preocupados, mas repentinamente como um passe de mágica imagens vieram a cabeça dos outros quatro, essas eram imagens do nascimento de uma criança, que havia recebido o nome de Rubred e essa criança era a reencarnação de Edgar, vendo isso todos olham para Silvia que estava à espera de todos, que rapidamente se olharam e então foram até ela, todos escolheram famílias diferentes e então assim Edgar os quatro sumiram. Após todos desaparecem em forma de partículas de luz, o chão brilha e então mais dez pessoas aparecem, essas eram assim como os outros membros da excursão, esses dez estavam mais confusos do que os cinco primeiros, mas após explicar a situação e convence-los, esse dez colaboraram facilmente, então assim como os cinco, esses escolheram famílias para reencarnar, mas essas eram menos prestigiosas e menos ricas, afinal o intuito desses eram apenas serem os comandantes das tropas dos Heróis, sendo assim cada um dos dez reencarnou em uma família que servia as casas reais, das quais cada um dos Heróis reencarnados e assim novamente os dez desapareceram em forma de partículas de luz.

Vendo essas dez pessoas desaparecendo, Silvia pensou que tudo já havia acabado e que ela teria um certo descanso, afinal não é todo dia que ela tem que gastar tanta mana assim, mas infelizmente ela estava completamente errada, pois é então que novamente o chão brilha e Shun aparece, ele estava confuso e estava procurando por todos, mas o que ele acabou encontrando foi Silvia que ao velo dá um grande suspiro. Após ver a garota Shun logo vai ao seu encontro, ele estava de certa forma preocupado, afinal não sabia onde estava, então logo que chegou perto da garota perguntou:

-Oi garotinha, pode me dizer onde eu estou? –Shun-

Ela com certo desinteresse fala:

-No meu palácio. –Silvia-

-Há..., mas onde seria seu palácio? –Shun-

-No reino astral. –Silvia-

-Sim, sim, mas agora falando sério, onde eu estou? –Shun-

-Você é retardado né? –Silvia-

Ouvindo isso ele fica surpreso, afinal ninguém nunca havia falado com ele assim, sendo assim ele de certa forma ficou um pouco bravo e falou:

-Olha aqui, você sabe quem eu sou?!

Silvia o olha e então fala:

-Um viadinho. –Silvia-

-Um o que?! Você deveria aprender a ter educação, sabia?! –Shun-

Ao acabar de pronunciar essas palavras, Shun já estava caído no chão, o jovem não sentia nada abaixo de sua cintura, sendo assim ele rapidamente vira sua cabeça para traz e o que Shun vê é aterrorizante, tão aterrorizante que ele ficou sem palavras, nem mesmo gritar ele conseguia e a dor que ele supostamente deveria sentir havia sido encoberta por um frio que subia sobre sua espinha, neste momento inconscientemente o jovem se vira para a garota a sua frente, ela estava sorrindo e não parecia se importar com aquela cena, vendo isso Shun finalmente percebeu que estava à frente de uma pessoa muito poderosa, que em segundos o havia cortado ao meio e o deixado estirado ali no chão, com seus órgãos, vísceras e ossos a mostra, todos transbordando sangue e misturados como uma sopa de frango e carne. Após cortar o jovem, Silvia estava mais feliz e parecia ter gostado disso, mas havia algo faltando e o que era ela não lembrava, pelo menos até ele lançar seu olhar sobre ela, aquele olhar de piedade e arrependimento, nessa hora ela lembrou o que era, ela estava sentindo faltas dos gritos de dor e percebendo que ele não estava gritando, ela apenas perguntou:

-Será que, o choque de ser cortado ao meio foi tanto, que seu cérebro ainda não processou a dor? –Silvia-

Ele não responde nada apenas balança sua cabeça em uma tentativa de dizer não, mas Silvia com um sorriso sarcástico e maníaco, fala com uma voz fofa:

-Mentiroso –Silvia-

Após dizer isso, ela com certo cuidado encosta um de seus dedos na testa de Shun, ao fazer isso em poucos segundo o jovem arregala seus olhos, ele lentamente começa a tremer e a se debater, ao mesmo tempo que isso acontecia lentamente sua voz que antes havia desaparecido volta e então segundos depois finalmente Silvia consegue o que tanto queria, Shun aquele que antes era intocável e que nunca havia se quer visto a própria cor de seu sangue, agora estava mergulhado nele, se debatendo, agonizando, gritando, pedindo desculpas e implorando para que essa dor parasse. A garota vendo isso talvez até tivesse ficado com um pouco de tesão, ela estava encantada com aquele olhar e não queria dá-lo para mais ninguém, mas pena que pessoas normais não podiam ficar no plano astral, sendo assim a garota com um olhar sádico fala:

-Bom, eu quero ver mais desse seu olhar de dor, sofrimento e de raiva, por isso você deve saber de algo, o lugar para onde você vai não é seu mundo, esse é um lugar bem diferente dele, então eu vou te avisar, tenha cuidado e tente sobreviver o máximo que conseguir, afinal você deve aprender muito com essa nova vida....,há e se você não percebeu eu sou alguém de um plano superior ao seu e você vai ser reencarnado assim como seus colegas, mas eu irei fazer diferente com você, eu não irei manda-lo para o mesmo tempo que seus colegas, você irá para um tempo onde só havia dor e sofrimento, por isso te dou boa sorte...há e você estará por contra própria, não espere nenhuma ajuda minha, hihi. –Silvia-

Após isso a garota faz um sinal com suas mãos e então assim como os outros, Shun desaparece em partículas de luz. Enquanto desaparecia o jovem ainda gritava de dor e isso deixaria Silvia feliz, vendo isso, Shun que ainda estava consciente a amaldiçoava, seu olhar era de raiva e ódio, a única coisa que ele pensava era na humilhação que havia sofrido hoje, sim ele considerou isso uma humilhação, afinal seu pensamento era o de um neandertal, e sendo seu pensamento assim, perder para uma garotinha era humilhante, sendo assim ele a amaldiçoou e desejou sua morte, mas mesmo fazendo essas coisas o que ele poderia fazer contra ela? Bom, a resposta era nada, afinal ele era fraco e estava sendo mandado para uma reencarnação, percebendo isso ele logo acaba ouvindo um eco em sua mente, esse eco continha as palavras de Silvia, ouvindo o ecoar delas, Shun acaba ficando com medo, afinal ele já havia sido alertado de que esse não era seu mundo, com isso em mente e as palavras da garota, Shun percebeu que o lugar para onde estava indo, com toda certeza era um local diferente do que costumava viver, ele estava apreensivo e com medo de não ter mais os benefícios e a vida que antes tinha, pois o jovem não sabia em que tipo de lugar iria renascer, pois haviam várias possibilidades, com vários tipos de pessoas e lugares, ele poderia nascer pobre e morando em uma favela ou rico morando em um castelo, ele gostava muito das duas ultimas opções, mas o jovem tinha certeza que estava sendo mandado para o pior lugar do mundo, o lugar mais miserável, mais sujo e perverso desse novo mundo, sendo assim ele ao mesmo tempo que queria amaldiçoar Silvia, ele queria chorar e pedir perdão para ela, sendo assim, antes de falar qualquer coisa, Shun já estava em um redemoinho branco e nele, o jovem pensou nas pessoas de sua sala, ele pensava em que tipo de vida eles estavam, Shun se perguntava se havia algum deles que também haviam caído na mesma situação, mas depois de uma análise rápida era bem improvável, sendo assim ele apenas aceitou tudo o que havia ocorrido e então enquanto girava naquele redemoinho, Shun finalmente viu o final, esse emitia uma luz que o fez fechar os olhos e apagar, essa luz transmitia um grande sentimento paz e aconchego, por isso Shun não conseguiu controlar sua mente e acabou dormindo.

....

....

.....

Sons de passos ecoavam na escuridão, vozes baixas podiam ser ouvidas e os sons de metal também podiam ser escutados, por conta disso uma pequena garota acorda, essa se chamava Martielse Fartione, ela ainda sonolenta olha para os lados e percebe algo, na cama de sua irmã faltava uma pessoa, esse alguém era seu irmão, percebendo isso mesmo que ainda cambaleando, a pequenina vai em direção a porta do quarto, ela estava descalço então os frios pisos de madeira a fazia andar na pontas dos pés, junto dela estava seu ursinho, esse estava sendo arrastado pela perna e seu nome era apenas Ursinho, nome dado por esse seu irmão que deveria estar dormindo, bom agora voltando, já diante da porta a pequena lentamente a abre e então acaba levando um susto, o motivo foi sua mãe, essa estava com o cabelo bagunçado e com uma grande camisola branca, por conta disso se parecia com um fantasma e Martielse sendo medrosa como sempre, acabou tropeçando e caindo de cara no chão, ela quase soltou um grande choro, mas antes que isso acontecesse ela logo foi pega por sua mãe, essa que mesmo ainda estando com sono logo levantou a pequena e a pegou no colo. Após ser consolada pela figura ainda sonolenta, a garota logo olha para a porta de casa, lá estavam seu pai e seu irmão mais velho, os dois estavam se preparando para sair e ao ver ela, eles logo ficam surpresos, eles não sabiam o que dizer, pelo menos até a pequenina perguntar:

-Mamãe...onde o papai e o irmãozão tao indo? –Martielse-

Percebendo a pergunta logo o pai se vira e sai, já a mãe fala:

-Não se preocupe (Bocejo) minha querida, eles apenas iram sair um pouquinho, mas já estão voltando. –Mãe-

Enquanto falava isso, seus longos e lisos cabelos castanhos, caiam sobre Martielse que por sua vez, olhava para o rosto de sua mãe com certa dúvida, ela se perguntava se seu irmão iria novamente para a floresta caçar, mas mesmo se perguntasse ela sabia que ninguém a responderia, afinal ela provavelmente faria birra para Ray não ir. Enquanto isso ocorria, Ray que estava diante da porta vai até as duas, ele rapidamente chega a onde as duas estavam e então com certa delicadeza, pega a garotinha no colo e a coloca no chão, o garoto de mais ou menos dez anos rapidamente encosta a sua testa na de sua pequena irmã e então fala:

-Não se preocupa Marti! Eu vou voltar! –Ray-

Ouvindo isso e vendo o sorriso no sorriso de seu irmão, a garota levanta um bico e fala:

-Ok... –Martielse-

Já ouvindo isso e vendo que a pequena havia entendido a situação, o garoto rapidamente pega uma fina linha de seu bolso, após pegá-la ele se vira e então pega a parte de trás de seus longos cabelos negros, ele rapidamente dá duas voltas com a linha e amarra fazendo assim um rabo de cavalo, mas esse era diferente de um tradicional, afinal ele apenas amarrava a parte de trás de seus cabelos e deixava a parte da frente solta dando a ele um ar único a cara do garoto e deixando a vista seus lindos olhos amarelos. Após isso o garoto se dirige a mesa e pega um casaco feito de pele de raposa vermelha, esse por sua vez tinha um tom amarronzado e avermelhado, ele era bem bonito e combinava com a pele branca de Ray, que por sua vez o adorava. Após acabar essa conversa com sua irmã, antes de sair para fora, ele se vira e fala com um grande sorriso no roto:

-Até o almoço raposinha. –Ray-

Com tudo a resolvido ele então abre a porta de casa e então sai para fora. Já do lado de fora, Ray que estava de certa forma feliz, acaba se deparando com seu pai, esse estava debruçado numa solida parede de pedra que ali havia, essa era feita para a segurança dos cidadãos da cidade de Pinhesco, cidade essa que era localizada na parede de um penhasco de um grande rio, que por sua vez cortava a nação de Ycetria ou como era conhecida “A nação do norte”, bom voltando a cidade, ela era bem grande, afinal seguia o rio por cerca de duas horas, além disso ela contava com cerca de três andares, sendo o primeiro o mais acima e mais distante da agua, além de ser o local onde os ricos moravam, já o segundo vinha logo abaixo, esse era um andar que havia sido escavado para a busca de minérios, por isso acabou se criando uma grande local, por isso logo acabou se tornado um local para a moradia, as casas nesse andar são de classe media e de classe baixa, sendo as de classe média as que tinham telhados de telhas, paredes de pedras, chão de madeira, dois quartos uma cozinha embutida com uma sala de jantar e por fim um banheiro, já as de classe baixa eram as que tinham um telhado de palha, paredes de pedras, chão sem piso, tendo dois quartos, um banheiro e apenas a cozinha sem uma sala de jantar, por ser no segundo andar as casas desse andar se localizam em um local de media distancia da agua, além disso por ser um lugar que antes havia sido escavado, esse tem um distância de dois metros da beira do andar, que eram protegidas por um pequeno muro de pedra, por fim vinha o terceiro, esse era localizado bem perto da agua, sendo um local de comercio e de trabalho, neste andar as lojas e as fabricas se localizavam tanto sobre a agua quanto dentro da parede do penhasco, tendo como meio de locomoção do andar taboas e pontes, que se ligavam entre si, diferenciando as lojas mais ricas das mais pobres.

Após essa breve explicação voltamos ao nosso momento atual, vendo seu pai debruçado sobre o pequeno muro, Ray se perguntava o que ele estava vendo, o garoto então com certa curiosidade vai até o homem que parecia estar apreciando a paisagem, ele lentamente passa pela pequena rua que mais parecia uma ladeira, esta como antes havia dito era feita de paralelepípedos de pedra, que por sua vez foram esculpidos a mão por encomenda do governador da cidade, após passar a rua e já estar perto de seu pai, o garoto assim como ele se debruça no muro, o jovem rapidamente olha para seu pai e nota um leve sorriso em seu rosto, coisa que era rara, afinal para ele era difícil sorrir, pois as cicatrizes que detinha em seu rosto ainda doíam a cada expressão, por conta disso ele nunca expressava seus sentimentos ou nada do tipo, mas hoje era diferente, afinal o inverno havia acabado e isso significava que mais uma vez eles haviam sobrevivido ao longo inferno gélido. Após um tempo olhando seu pai algo quente começa a tocar seu rosto, percebendo isso logo Ray olha para onde seu pai atirava seu olhar, e o que ele vê é algo belo, o garoto via o nascer do sol, que com toda sua beleza e exuberância, subia ao seu lançando seus raios escarlates e purpura por todos os lados, isso era belo que fazia o coraçãozinho de Ray quase pular para fora, mas o que mais fez o garoto feliz foram as palavras de seu pai que vieram logo depois:

-Meu filho, você sabe que dia é hoje?

Ray com certo olhar de estranheza fala:

-Sim, hoje é meu aniversário de onze anos...

-Sim é isso mesmo e sabe o porquê de eu perguntar isso?

O garoto com certa indecisão balança sua cabeça em um sinal de negatividade.

Bom se não sabe, saberás agora...eu lhe perguntei isso pois esse dia, é o começo de uma longa jornada para você! Hoje se inicia sua cerimônia de maioridade e isso quer dizer que, em algum momento desses próximos anos, você despertara sua benção divina!

O pequeno estava prestando muita atenção nas palavras de seu pai, mas quando ouviu aquilo seu coração e cérebro congelaram, eles ficaram em branco, assim como sua boca que acabou ficando da cor de sua pele. Seu pai percebendo isso apenas falou:

Não se preocupe meu precioso filho, mesmo que não consigas uma boa benção, nós não nos importaremos e se no pior dos casos você não conseguir nenhuma, assim como eu, você ainda terá muitas escolhas pela frente e muitos caminhos a se seguir, mas deixando isso de lado, meus parabéns por você ter finalmente completado seus onze anos, eu lhe desejo toda a saúde e o bem para você! –Apollo-

Essas palavras eram tão calorosas, que faziam o coração do pequeno garoto querer pular para fora e assim como a leve brisa gélida que passava sobre eles, levantando o manto verde de seu pai, fazendo seus cabelos flutuarem e os dando um leve friozinho, essas palavras se tornaram breves, mas elas nunca jamais seriam esquecidas, pelo menos não por Ray, afinal mesmo que o garoto não conseguisse uma benção, coisa que ele já sabia que não aconteceria, ele ainda seria amado, mas você deve se perguntar como ele sabia disso, não é? Bom a reposta é obvio, esse garoto era a reencarnação de Shun e nesses dez anos de sua vida, esse garoto que detinha a alma de alguém de outro mundo, experimentou algo que jamais havia experimentado antes, mesmo em sua vida passada onde tinha dinheiro e riqueza, mas ele nunca teve amor ou afeto, só que nesse pouco tempo de sua nova vida, Shun, que agora era Ray Fartione experimentou mesmo que um pouco, o amor de uma família e isso ele valorizava como nunca tinha valorizado nada antes, mas ele até esse momento tinha medo, pois nesse lugar, nesse mundo, todos são valorizados por suas bênçãos e isso deixava ele com medo, afinal ele não poderia deixar essas pessoa que agora ele considerava família irem embora, sendo assim essas palavras de seu pai o despiu de preocupações. Após essa breve conversa, os dois ficam ali apreciando o nascer do sol, após isso eles pegam suas coisas que por sinal estavam no chão e sobem a íngreme subida, indo em direção a floresta.

19 de Diciembre de 2019 a las 22:28 2 Reporte Insertar Seguir historia
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Valentina Gabrielly Valentina Gabrielly
ótima história
November 02, 2020, 17:16
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