asheviere Marianna Ramalho

[HIGH SCHOOL AU] Desafio de clichê: Nerd e Popular. O time de futebol tinha uma tradição: sempre comemoravam as vitórias em conjunto ao final do jogo. Após vencerem a última e mais importante partida do ano, todos os jogadores aproveitavam uma festa das maiores, exceto a estrela do time, John Watson, que preferia estar com seu amigo Sherlock Holmes.


Fanfiction Series/Doramas/Novelas No para niños menores de 13.

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Cuento corto
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Único

John Watson era uma estrela. Os gritos da arquibancada confirmavam isso. Ele nem sabia se tinha feito bons lances, mas, a julgar pela torcida, deviam ter vencido o jogo. John tentava se concentrar durante os jogos, mas grande parte dos seus movimentos acabavam sendo instintivos. É isso que significa talento, dissera seu pai, tempos atrás. John não tinha tanta certeza, mas gostava de lembrar dessas palavras quando se sentia nervoso antes de um jogo. Não deveria ficar tão nervoso. Sua performance nos jogos haviam garantido uma vaga naquela escola cara, que seus pais jamais conseguiriam pagar. É, não havia motivo para ficar nervoso.

Seus colegas de time correram ao seu encontro quando a partida foi encerrada, em uma euforia que só confirmava a vitória presumida. Muitos o cumprimentaram com apertos de mão e tapas nas costas, com sorrisos animados, a caminho do vestiário. John estava muito feliz com o resultado e ouvia atentamente as ideias de como o time comemoraria a vitória. Um colega sugeriu saírem da escola direto para o cinema, outro queria que o time fosse para sua casa, que tinha uma bela piscina no quintal. John concordava com qualquer opção, ele só precisava falar com alguém antes. Tomou um banho e se vestiu depressa, colocando orgulhosamente a jaqueta do time. Despediu-se dos outros, dizendo que os encontraria depois, e saiu, reprimindo a empolgação que o fazia querer correr pelos corredores da escola em direção à biblioteca.

— Sherlock! – chamou, ao atravessar as portas. Sherlock e mais uma dezena de estudantes ergueram os olhos de seus livros, encarando-o com um semblante fechado. Nenhum desses atletas respeita bibliotecas, pareciam pensar. John se desculpou silenciosamente e se sentou à mesa em que Sherlock estudava sozinho. – Nós ganhamos! Vencemos o jogo!

— Eu sei – respondeu ele, passando a página do livro tranquilamente, sem olhar para John. – Deu para ouvir os gritos daqui. Ou vocês tinham vencido ou um derramamento de sangue estava acontecendo.

— Você sabe que vencemos por causa da torcida? É mesmo só por isso?

John lembrava-se de quando chegou naquela escola, no início do ano. Estava receoso, pois há muito não era o novato em algum lugar. Mas seus colegas de time foram muito receptivos, e todos na escola eram bastante amigáveis. Mas o alertaram contra um esquisito inoportuno e metido a sabichão, que andava sempre sozinho porque só sabia incomodar os outros com suas observações invasivas e tiradas sarcásticas. Quando soube que o tal esquisito era Sherlock Holmes, sentiu vontade de rir da coincidência! Conheciam-se desde a infância, pois a família Holmes ocupava o casarão ao lado da casa onde os Watson passavam as férias. Tanto John quanto Sherlock detestavam o campo, pois não tinham muito como se ocupar, mas perceberam que as férias ficavam menos entendiantes na companhia um do outro.

— Sim, só porque ouvi a torcida – respondeu, por fim. – Você está atrapalhando minha leitura.

John tomou o livro das mãos de Sherlock e o fechou, atraindo finalmente a atenção dele, olhando-o firme.

— Eu vi você saindo da arquibancada no final. Você assistiu ao jogo.

— Por que eu perderia meu tempo? – perguntou, tentando recuperar o livro, em vão, pois John o afastou ainda mais.

— Talvez por saber que é um evento importante para o seu único amigo? – Sherlock não evitou o sorriso desdenhoso.

— É, eu assisti. Mas a razão disso ainda é um mistério para mim?

— Do fato de ser um evento importante para mim? Porque se for do fato de você ainda ter algum amigo, então é um mistério para nós dois. – Sherlock pareceu contrariado, enquanto John abriu um sorriso provocador.

— Não faço questão de ter essas pessoas como amigas, são um bando de mentes preguiçosas achando-se os maiorais por terem muitos seguidores no Instagram. – Na mesa ao lado, uma garota deu um olhar nada agradável para Sherlock, e John achou que seria melhor conversarem em outro lugar.

— Ah, eu sei que você não faz questão de ter outros amigos. – Desde o começo do ano, John tentava integrar Sherlock com outros alunos. No começo, porque gostaria que seu melhor amigo e seus colegas de time se dessem bem. Depois, simplesmente porque achou que outras amizades fariam bem a Sherlock. Mas ele sempre estragava tudo com aqueles comentários sobre quem estava traindo quem, as vezes até entre os professores! Não era possível que fosse sem querer, John começou a desconfiar que ele mantinha aquela fama de pessoa desagradável de propósito. – Vamos, você sabe que essa sua personalidade não funciona comigo!

— Vamos aonde? – Sherlock perguntou, quando John se levantou.

— Não consegue adivinhar, esperto? Vamos comemorar a vitória de hoje.

— Eu não quero ser arrastado para outra festa dos…

— Sherlock, fique quieto por um minuto e venha comigo! Só vamos conversar em um lugar com menos gente propensa a atirar um manual de física na sua cabeça.

Eles saíram da biblioteca e seguiram para fora do prédio da escola. Já estava anoitecendo e a maioria dos alunos que assistiam ao jogo já haviam voltado para casa ou seguido para alguma festa. John se sentou na grama sob a arquibancada, de frente para o prédio da escola. Sherlock levantou uma sobrancelha, descrente. Com tantos lugares, conversariam ali? Mas segurou a língua dessa vez. Assim como as férias no campo, conversar deitados na grama, sob as arquibancadas que lançavam sombras sobre eles no anoitecer, não parecia algo tão ruim com John como companhia.

John ainda tinha um sorriso satisfeito no rosto, e, mais uma vez, Sherlock se perguntou por que aquilo era tão importante para ele? Para eles? Por que achavam tão divertido e gratificante correr atrás de uma bola? Bom, não precisava compreender para saber o que dizer.

— Você jogou bem, John. – O amigo riu. Sherlock não saberia dizer quem estava jogando bem ou mal! Ele, no máximo, sabia que era essencial evitar que o outro time pontuasse. Mesmo assim, John agradeceu.

— Obrigado! Esse jogo foi complicado. O outro time estava muito preparado, não acha?

— Aí você já espera muito de mim – Sherlock encerrou o assunto do esporte.

Passaram alguns minutos em silêncio, apenas deitados na grama, olhando o nada. Havia muitos desses momentos entre ambos, eles não precisavam falar o tempo todo, o que agradava muito a Sherlock. Mesmo assim, foi ele quem quebrou a paz do silêncio.

— Você não deveria estar comemorando o jogo com o resto da equipe? – John lançou-lhe um olhar divertido, levantando o corpo para se sentar.

— Eu estou comemorando o jogo agora. – Ouvir isso deixou Sherlock estranhamente satisfeito. – Eu virei o placar, posso escolher como comemorar.

— E como você quer comemorar?

John hesitou por apenas um segundo. Mas Sherlock perguntara, e ele nunca perguntava nada do interesse das outras pessoas, então talvez ele tivesse percebido com suas suposições inteligentes. John inclinou-se devagar, dando a Sherlock tempo de perceber seu movimento. Sherlock não fez menção de recuar, então John percebeu que estava tudo bem e continuou até unir seus lábios aos de Sherlock em um beijo delicado, quase tímido. Afastou-se, e viu que Sherlock estava sorrindo, mas pela falta de iluminação, não percebeu o rubor em seu rosto.

— Quando é o próximo jogo mesmo? – Sherlock perguntou, entre risos. – Ninguém na arquibancada torcerá tanto quanto eu.

— Você não precisa esperar tanto – argumentou, beijando-o novamente.

Do outro lado da cidade, o time de futebol aproveitava uma festa. Mas, sob as arquibancadas da escola, John se sentia mais eufórico do que sentiria em qualquer outro lugar. Tudo mais parecia se apagar, o mundo era apenas eles dois e o que estava ao alcance deles. O que estavam comemorando mesmo? Ah, não faz diferença. Com certeza não era mais importante para John do que o que estava acontecendo agora.

FIM

3 de Noviembre de 2019 a las 13:39 4 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Marianna Ramalho Também posto no Nyah, no Spirit e no Wattpad sob o nome de Jupiter L. Se houver interesse pela minha escrita de forma "integral", sugiro acompanhar pelo Nyah ou Inkspired. Nem todas as histórias são postadas no Spirit e no Wattpad.

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HunterPri Rosen HunterPri Rosen
Amei e não foi pouco 😍
November 11, 2019, 00:03

  • Marianna Ramalho Marianna Ramalho
    Mas é um anjo mesmo, ainda comentou em duas plataformas! <3 <3 Muito obrigada por ler, fico feliz que tenha gostado :3 November 11, 2019, 18:45
  • HunterPri Rosen HunterPri Rosen
    Own <3 Uma história fofucha dessas, comentaria em mais sites se tivesse kkkkk Beijos e Johnlock é vida <3 November 12, 2019, 14:45
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