Quilombo... favela... favela... quilombo
O quilombo? A favela!
O quilombo é a favela?
A favela é o quilombo?
O tempo passou... nada mudou
Ou será que piorou?
Vá em frente escravo!
Esconda-se do chicote do capitão-do-mato
Vá em frente operário!
Esconda-se do revolver do soldado
Na senzala escravo estão te servindo angu
No barraco operário sirva-se de osso cru
A abolição escravo será que é a solução?
O aumento do salário operário será que diminui a inflação?
E, será que ter poder de consumo é a tal solução?
Por que escravo te chamam de mulato?
Por que operário te compram tão barato?
Escravo, escravo... vamos!
Fuja para o quilombo e encontre proteção
Operário, operário... olhe!
A saída da favela é a sua ambição
Operário... escravo!
Soldados... capitães-do-mato!
O que mudou... nada mudou!
Ou será que piorou?
O operário simplesmente não passa de um escravo, do passado que não passa, de um presente que se fixa. Socialmente alienados, acomodados e estagnados pelos burgueses... pelos soldados... pelos feitores da política. Nessa Casa Grande e Senzala... capitalista.
Gracias por leer!
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