A vida pode ser um mar de rosas, mas na verdade, mais cedo ou mais tarde os espinhos nos ferem de forma que sai tudo, menos sangue.
Sento na grama do jardim, olhando para a pequena fonte que decora o mesmo, assim como todas as plantas em sua volta e tento controlar o meu choro compulsivo.
Ontem foi um verdadeiro desastre para a minha vida, o tão esperado jantar de noivado da minha prima Keerthi, foi literalmente por água a baixo graças a mais um dos meus desastres, dessa vez foi o pior de todos e sei que o meu tio Jaya ira arrancar, literalmente a minha pele, só de embrar-me da vergonha de ontem, eu choro ainda mais.
Maldito vestido tinha que se descostura literalmente, mas que culpa tenho se meus vestidos são mais velhos que eu mesma?!
- Chore mesmo, porque lá dentro você não terá nem se quer tempo de derramar uma lagrima. - Assusto-me com as palavras de minha tia Amistabh. - Entre, seu tio esta te esperando, você terá o corretivo que merece sua slut*. - Fala carregada de ódio em suas palavras.
Entro sendo empurrada por minha tia que nutria tanto rancor por mim e eu nem ao menos tinha culpa de ter sido deixada naquela casa. Assim que entro em meu minúsculo quarto, sou recebida com um tapa em meu rosto, deferido por o meu tio e assim mais uma sessão de surra se iniciou, foram muros e mais muros, tapas, chupes e pisoes.
Não entendo como Alla pode me deixar aqui? Como ele permite que eu possa viver em um inferno cotidiano como esse? Porque ele tirou meus pais de mim? Tantas perguntas sem resposta e assim, sou engolida por a mera escuridão, que não se importa com meus pensamentos, que não grita para que esse homem pare de me bater, mas o que posso fazer? Ninguém nem ao menos sabe da minha existência.
- Vamos, levante-se e vá prepara o nosso café da manhã. - Amistabh grita após despejar sobre meu corpo um balde de água gelada.
Mesmo com dificuldade, levanto-me e vou para o banheiro tomar um banho rápido, seco-me e visto uma calça folgada, uma blusa ainda mais folgada e cubro meus cabelos com o hijab, saindo do quarto e indo direto para a cozinha, preparo todo o café da manha e sirvo a mesa.
- Você não comera durante dois dias e trate de limpar a casa, esta uma verdadeira sujeira. - Jaya olha para mim, passando mais um de seus castigos.
- Sim senhor. - Respondo apenas isso sentido meus olhos arderem, por as lagrimas que insistiram em cair.
Vou para a cozinha e começo a limpar tudo, nunca entendi de onde vem tanto dinheiro para que meu tio tenha uma casa como essa, toda a casa é forrada por gesso, não só os andares de baixo, que no caso é a cozinha enorme, duas salas, sendo uma de jantar e uma de estar, escritório o qual eu nunca entro, quarto de emprega, sala de jogos e banheiros, no piso, porcelanato e na parede alguns detalhes em ouro e tudo pintado de branco, no andar de cima, são cinco quartos no total e todos eles com banheiros enormes, limpo tudo com cuidado e tentando não fazer barulho por conta das dores em meu corpo, quando termino de lavar a ultima peça de roupa da 'família', me sinto esgotada e volto para meu pequeno quarto, que na verdade, se resume a um canto do porão, tomo banho e me deito no colchão gasto, permitindo-me dormi, lembrando do Sheik que logo se tornara noivo da minha prima.
Como pode um homem como aquele se interessa por uma cobra como ela?
O dia mal havia se iniciado, quando me assustei com alguém me sacudindo forte, abro meus olhos assustada e vejo meu tio me olhar com raiva.
- Levante-se, o Sheik ira te castigar agora mesmo. - Jaya sorrir diabolicamente. - Vista-se ou será um desrespeito ainda maior aparece sem ao meus o hijab. - Fala me tirando da cama e jogando sobre mim o vestido de ontem.
Visto por cima da camisola mesmo e coloco meu hijab cobrindo meu rosto, deixando apenas meus olhos de fora, apesar de saber que o Sheik irar arranca-lo de mim e deixar ainda mais marcas espalhadas pelo meu corpo.
- Aqui esta a desastrada. - Meu tio fala me empurrando para o Sheik.
- Me desculpe, eu não fiz por mal. - Digo antes de sentir o impacto de uma bofetada, mas nada acontece, olho para o homem a minha frente e me surpreendo pelo azul tão lindo dos seus olhos, ele me encara.
- Jamais machucaria uma mulher. - Disse firme em suas palavras, me surpreendendo ainda mais.
Eu havia literalmente acabado com o jantar de noivado deste homem e ele não me castigaria? Que espece de homem é esse?
Alla realmente me protegeu, porque um tapa e eu cairia desacordada de tão fraca que me sinto.
Raj Youssef
Não fui criado para ser um idiota e sim um homem de negócios, devo admitir que o trabalho dos meus pais valeram a pena, não é atua que tudo que eu toco vira ouro.
Apesar de toda a minha fortuna, de ser um dos cinco homens mais ricos e modéstia parte, o primeiro da lista dos homens mais ricos do Emirados Árabes, eu nem sempre fui um homem de personalidade própria.
No inicio da minha carreira como sucessor do Sheik Youssef, me sentia como um cavalo arisco, ainda mais quando as pessoas decidiam por mim, sempre senti que podia fazer diferente, que não vim ao mundo para fazer apenas o que os outros querem, mas agora, me vejo como um cavalo domado, graças a um maldito contrato assinado a anos atrás, muito antes da morte de meu pai.
Sinto que estou indo direto para a cova de leões, não quero me casa, não pretendia me casar, ainda mais para honra com a droga de um contrato que eu não tinha conhecimento, depois de viajar para quase todos os lugares do mundo, depois de conhecer tantas culturas diferentes e de me deitar com melas mulheres, agora terei de me prender a uma só mulher que pelo visto não me agradara em nada.
A mais ou menos trinta minutos, estou sentado em uma maldita mesa de jantar com a família Rai, procurando diversos meios de fugir desse compromisso, até que uma bela moça de olhos verdes, a mesma que nos servia, acaba que ficando só de camisola em minha frente e por breves momentos a admirei, até vê-la sair correndo envergonhada por seus trapos velhos se rasgarem.
Agradeço mentalmente por esse desastre, só assim para não precisar pedir a mão de Keerthi em casamento, a mesma é bela, jovem, mas seu sorriso me transmite algo tão ruim que meu estomago chega a embrulhar.
Depois do jantar desastroso de ontem, chego a casa de da família Rai louco para ver a bela mulher de olhos verdes que me encantaram e me atormentaram a noite inteira, mas ao vê-la, sentir uma leve pontada em meu coração, ela estava machucada e com medo de ser castigada, certamente Jaya já deveria ter espancado a pobre mulher por horas e ao me ver negar em castiga-la, vejo em seus olhos o quanto ela ficou grata e o quanto Jaya se enfureceu por não vê-la sofrer.
Saio da casa o mais rápido que posso, não quero topar com a mulher que agora deveria esta noiva de me, entro em meu carro com um certo desespero no coração, por deixar aquela moça que eu nem ao menos sei o nome, peço ao motorista que me leve até a minha empresa e ao chegar subo direto para a minha sala pedindo para não ser incomodado.
Quem é aquela garota?
Porque me desperta tanto interesse?
Porque aqueles olhos transmitem tanta tristeza?
Alla me ajude ou irei ficar louco por uma mulher que conheci ontem.
- Nossa se eu soubesse que encontraria uma guerra aqui, teria ouvido sua secretaria e ficado lá fora. - Faruk, meu melhor amigo, invade a minha sala, me atraindo para a realidade.
- Faruk, eu estou em guerra comigo mesmo. - Digo o obvio, caminhando de um lado pra o outro. - Estou gostando dessa vida de homem desejado, mas ai, descubro que tenho eu me casa e no dia do jantar de noivado, conheço uma mulher perfeita que com certeza me casaria sem sombra de duvidas, mas não, não é com ela que tenho que me casa, só que a maldita não sai de meus pensamentos. - Digo tudo em um folego só.
- Muita informação para uma cabeça só. - Faruk responde se sentando.
Conto como foi o jantar desastroso na casa dos Rai e da moça que me prendeu com seus belos olhos verde e como passe de magica meu amigo tem a brilhante ideia de investigar sobre a garota, pelo menos não levanta suspeita de de que sou eu quem está interessado na moça.
Gracias por leer!
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