david-leonardo1560561337 David Leonardo

Iwaizumi não curtia muito eventos festivos, principalmente os que precisavam usar quimono, no entanto ele não conseguia negar qualquer pedido vindo do Oikawa. Os dois passam bastante tempo juntos, compartilham experiências e, por vezes, não percebem o momento em que a amizade virou amor. Mas é compreensível que isso aconteça com duas pessoas que se entendem tão bem. [IwaOi]


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#Iwaizumi-Hajime #oikawa-tooru #haikyuu #yaoi
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Iwaizumi não curtia muito eventos festivos, em especial os que precisavam usar quimonos.

O Festival de Solstício de Inverno era o preferido do Oikawa e só por esse motivo o Iwa usava aquele traje cultural do seu país. As bordas do quimono eram roxas com detalhes lilás e brancas por toda sua extensão, o obi em volta de sua cintura era preto fazendo uma sincronia perfeita com os detalhes do quimono e sua pele branca.

O jovem rapaz esperava sentando por seu companheiro de time calmamente, não era surpresa para ninguém que o Oikawa sempre se atrasava em qualquer ocasião, então por esse motivo Iwaizumi não se chateou ou algo do tipo. Na verdade ele aproveitou esse momento para observar as pessoas que chegavam naquele espaço reservado apenas para o evento.

O combinado era de eles se encontrarem as 18h00, no entanto quando o rapaz de cabelos castanhos chegou já havia passado quarenta minutos de atraso. O moreno vasculhou todos os detalhes do quimono do seu amigo, que aliás estava deslumbrante naquela noite. Tooru usava um todo verde com detalhes brancos, o obi em volta de sua cintura era branco com listras pretas finas, o tecido era de lá para proteger do frio, assim como o dele.

No momento que seus olhos fizeram contatos os dois rapazes tiveram reações expressivas diferentes, Oikawa sentiu seu rosto ruborizar e instintivamente desviou o olhar em seguida, por outro lado o Iwaizumi permanecia olhando-o sem expressar nem um pingo de raiva pelo atraso.

“Então... vamos.”

“Não vai pedir desculpas pelo atraso?” Ele ainda o fitava sem expressar nada.

“Ah... sim. Desculpas pelo atraso Iwa-chan” Só então ele voltou a olhar para seu amigo demonstrando sinceridade.

Hajime levou sua mão direita até o rosto e balançou a cabeça em sinal de negação. Após um suspiro pesado ele apenas começou a andar em direção as barraquinhas e fora acompanhado pelo outro que ficou em silêncio apenas por alguns minutos antes de começar a falar sem parar por um segundo sequer.

“Vai me dizer o motivo do seu atraso?” Iwaizumi questionou embora realmente não se importasse.

“Ora, Iwa-chan! Um homem precisa de tempo para estar belo!” Oikawa respondeu animado. “Além do mais você sabe o que estava passando na tv hoje?”

“Não” Iwaizumi nem precisava indagar demais para se ter uma ideia do que poderia ser.

“Star Wars! Era uma maratona, sabe? Aí…”

Iwaizumi por outro lado não dava ouvido a nada que o outro falava desde que começaram a andar pelo recorte espacial que aquele evento se encontrava. E mesmo demonstrando total tédio, o rapaz estava se divertindo com a felicidade de Tooru, afinal se não estivesse gostando daquele passeio já teria ido para casa. Oikawa continuava comentando sobre a barraca de tiros, onde seu companheiro havia ganhado um chaveiro e o dado de presente.

“Iwa-chan, você é muito bom de mira!” Oikawa não lhe poupava elogios.

Aquelas pequenas atitudes deixava o levantador extremamente feliz, pois sempre fora apaixonado por Iwa. Oikawa enfrentava qualquer barreira ou obstáculo para conseguir o que almejava, nunca desistiu de lutar pelos seus sonhos, no entanto a única coisa que o deixava amedrontado era de ter seus sentimentos rejeitados e de brinde perder seu melhor amigo. Então, para ele, não falar nada e guardar tudo pra si se tornava mais fácil, afinal é melhor tê-lo como amigo a perdê-lo por completo.

O vice-capitão sentia-se perdido no meio da multidão sorridente, e apenas ele com aquele olhar sério e frio.

Eles andaram mais um pouco um ao lado do outro, sem trocar uma palavra, porém o ace percebeu que seu companheiro já estava ficando entediado e apesar de sempre reprimir seus sentimentos ele detestava vê-lo daquele jeito, e mais, mesmo ele não expressando nada ele também adorava ouvir a voz do Oikawa. Se bateu mentalmente antes de perguntar se o rapaz queria algum sorvete ou algo do tipo, Tooru sorriu e assentiu com a cabeça. Então Hajime saiu para compra algo para eles comerem, deixando o outro em um banco a sua espera.

O ace do time parou na fila onde vendia peixe assado. Paciente começou a observar as pessoas ao seu redor, e ficou um pouco triste a ver um casal de jovens se beijando e trocando carinho. Isso trazia a tona seus sentimentos pelo levantador, por que tudo que ele queria era ter coragem de falar sobre o que sentia, mas sua masculinidade frágil não o permitia. Balançou a cabeça para afastar esses pensamentos e continuou esperando na fila até chega sua vez. Pediu apenas um espetinho de peixe e dois refrigerantes de lata, em seguida voltou para onde se encontrava sua companhia daquela noite.

“Hm... aqui está, sei que você gosta de peixe” Disse entregando o espetinho a Oikawa e em seguida o refrigerante.

Tooru agradeceu e se pôs a comer.Hajime apenas dava um ou dois goles de sua bebida, já que não estava a fim de comer nada.

“Acha que fiquei legal de quimono?” Perguntou inseguro de si. Iwaizume engoliu a seco antes de responder, pois para ele aquele quimono verde ficava perfeito naquele corpo.

Ele limpou a garganta e disse:

“Claro, achei que ficou ótimo” Um sorriso se formou no rosto de Oikawa e mais uma vez ele ficou ruborizado desviando o olhar posteriormente.

Ele jogou o palitinho do espeto no lixo e voltou a sentar ao lado do outro.

“Você ficou bonito de quimono, te deixa mais adulto, Iwa-chan” Comentou bebendo um gole de seu refrigerante e sorriu em seguida.

“Era do meu pai, serviu muito bem mesmo” Então, depois de muito tempo, ele sorriu.

“Olha, finalmente um sorriso vindo de você. Já posso ir para casa com o sentimento de trabalho feito” Brincou e em troca recebeu um olhar matador que fazia qualquer um correr de medo.

“Cala a boca!” Era possível ver uma veia em sua testa pulsando freneticamente.

“O que? Eu só falei a verdade, você está sempre emburrado e arrogante” E mais uma vez ele o fuzilou com seus olhos e escutou o outro rir abertamente.

“Você adora me provocar, não é mesmo?” Comentou e no mesmo instante ele já estava calmo. Conviver todos esses anos com o levantador o vez criar uma resistência maior a suas provocações.

“Sim, mas só porque gosto de ter ver assim. Fica mais bonito” No impulso acabou elogiando.

“Sério? Então quer dizer que você me acha bonito?” Seu sorriso mostrava uma ironia assustadora.

“Sim... quer dizer não sei. Eu nem presto atenção em você” Ele cruzou fazendo um bico. “Você me acha bonito?” Antes ele só tinha ficado ruborizado, mas nesse exato momento ele estava fervendo como magma no núcleo da terra.

Depois de tossir algumas vezes Iwa, um pouco nervoso, respondeu:

“Acho, lógico! Mas não tanto quanto o Tobio” Ele riu, mas quando notou que Oikawa já havia levantado e saído foi que ele pensou sobre a merda que acabara de falar.

Que droga, eu só tentei brincar um pouco, pensou observando seu amado se misturar na multidão.

Se tinha uma coisa que o Iwaizumi não conseguia era ser engraçado, por mais que o garoto tentasse. No momento que o Tooru perguntou ele pensou em dizer o quão o achava perfeito, porém por impulso por conta do nervosismo acabou tentando parecer mais descontraído no que acabou gerando todo esse mal entendido. Para falar a verdade, o jogador da Aoba Johsai nunca pensou isso sobre o Tobio, ele só tinha olhos para o levantador do seu time, no entanto parece que ele havia estragado tudo.

Após respirar fundo levantou-se para procura Oikawa, todavia antes passou em uma barraca de tiro mais uma vez para ganhar outra lembrancinha em forma de desculpas, pois sabia que seu orgulho não o deixaria fazer um pedido mais elaborado, e outra ele também não conseguia, sua construção social sempre dizia que homens não podiam expor seus sentimentos assim.

O vice-capitão o procurou pelo lugar e não o encontrou, pensou que talvez ele já estivesse ido para casa, porém quando chegou ao estacionamento o viu encostado no seu carro. Aproximou receoso e estendeu o bicinho de pelúcia para seu levantador preferido, que no inicio estranhou o ato do rapaz e até pensou que era uma brincadeira de mau gosto, mas após vê-lo dar aquele sorriso de lado, soube que ele estava se desculpando, da maneira dele.

“Ta bom, eu te desculpo, mas só porque gosto de ursinhos, principalmente com esses olhos grandes” Sorriu abertamente. Iwaizumi não sabia o que falar, apenas indicou que ele entrasse no carro, para assim voltarem para casa.

De fato Oikawa pensou em ir para casa, porém estava tarde demais para ir sozinho a pé. Ele até ligou algumas vezes para seu pai que não atendeu nenhuma das chamadas, pensou que a essa hora seu pai já estava dormindo. Então passando pelo estacionamento ele viu o carro do Iwa-chan, que conhecia muito bem, e sem escolha preferiu passar por cima de seu orgulho a se arriscar a ser assaltado.

...

“Obrigado por ter me acompanhado hoje, Iwaizumi” Ao ouvir seu nome sendo pronunciado por completo ele percebeu que Oikawa ainda estava guardando algum sentimento rancoroso.

“Não me chame assim, por favor,”

“Ah... achei que esse fosse seu nome” Que sínico. “Obrigado pelos presentinhos também” Quando o capitão do time abriu a porta do carro ele sentiu uma mão grande o segurando pelo braço.

“Espera...” Hajime coçou as pálpebras com os dedos e continuou a falar: “desculpas por hoje. Eu só tentei brincar porque não sabia o que responder. Você me pegou de surpresa, poxa! Então não quero que você guarde nenhum rancor ou sentimento ruim de mim, certo?” Foi difícil para ele falar tudo isso e Tooru percebeu.

“Iwa-chan, eu só estava brincando” Mentiu.

Ele realmente ficou um pouco chateado, de todas as coisas que ele mais odiava, ficar atrás do Tobio se tornou a principal. Então quando o Iwa disse que o Kageyama era mais bonito que ele fora duas facadas ao mesmo tempo.

“Certo, obrigado por aceitar minhas desculpas” O tempo todo ele parecia sério. Quando o assunto se tratava do Oikawa ele nunca brincava, seu maior medo era que o outro o odiasse.

Mas o rapaz de cabelos claros parecia não levar tão a sério assim, já que caiu numa gargalhada escandalosa quando viu que o ace estava realmente preocupado.

“Do que está rindo?”

“De você, não é óbvio?”

“Saia do meu carro agora, seu mértila!” Notar que Oikawa não estava o levando a sério como merecia o fez ficar com raiva instantaneamente. Ele mordeu os lábios com força para não gritar.

“Agora não quero mais sair!” Ele continuava rindo e a cada segundo Iwaizumi acumulava mais raiva em seu corpo. Oikawa sabia exatamente como tirar a paciência do moço ao seu lado.

Por instinto o vice-capitão começou a bater no babaca ao seu lado, lógico que a força que ele usava era mínima, em nenhum momento ele pensou em machucá-lo de verdade, e mesmo quando queria não conseguia. Em segundos dentro daquele carro virou uma bagunça total, já que Oikawa começou a revidar os tapas e empurrões do outro.

Passaram-se minutos até eles parar com essa briga sem sentido. Oikawa fitava Iwaizumi e vice versa, naquele momento, como um lapso eles sentiram que se não falassem sobre seus sentimentos talvez se tornasse algo realmente platônico para ambos. O medo de rejeição perpassava pelos dois corpos presente naquele carro, Tooru suava nas mãos enquanto Hajime na têmpora.

“Quero te falar algo” Falaram ao mesmo tempo e continuaram assim por um tempo.

“Fala você primeiro. Você! Você!”

Houve um breve silêncio, até que o jovem de cabelos castanhos claro tivesse a coragem de falar.

“Eu gosto de você, Iwa-chan.” Seu rosto ficou tão vermelho quanto um pimentão. Seus olhos inconscientemente se dirigiram para outro lugar, até por que naquele momento ele não conseguiria encarar o moço ao seu lado, não depois de ter dito aquelas palavras cheias de sentimentos que vinha reprimindo dentro de seu coração há muito tempo.

O coração do outro parecia que ia explodir, ele sentia-o tão quente que podia ser comparado com magma fervente, se brincasse, talvez chegasse a até mesmo próxima a temperatura do sol. Ele estava nervoso, pois sempre achou que diria aquelas palavras primeiro que o seu amado, isso realmente o pegou totalmente de surpresa. Sua felicidade estava no ápice, e ver pela expressão do outro que não fora meras palavras ditas da boca para fora o deixou em um estado de perfeição naquele momento.

Hajime tocou o rosto do seu capitão com ternura e o virou para que os dois pudessem apreciar o olhar um do outro. Com um sorriso acarretado pela felicidade extrema que sentia, o jovem ace do time Aoba Johsai disse:

“Eu também gosto de você, Oikawa!” E antes que toda essa coragem acarretada pela adrenalina do momento sumisse, ele se aproximou cada vez mais e sem hesitar juntou seus lábios.

Em uma fração de segundos, o céu e tudo a sua volta começou a rodar. Os olhos de Iwaizumi permaneciam fechados saboreando aqueles lábios macios, no entanto sabia que o rosto do outro estava cheio de sensualidade e desejo. Por um período de tempo, o carro balançou um pouco durante a pegação. O som de respiração pesada e arquejos penetraram o espaço interior.

Após eles romperem aquele contato ambos ficaram se encarando por um tempo. Os lábios de Oikawa se moviam, mas não disse nada.

O sentimento escondido nos olhos afiados de Hajime não era de paz ou tranquilidade. Ao invés disso, seu inteiro ser estava transbordando com ansiedade. Sua estatura fazia ele parecer resistente e robusto, mas seu coração estava acometido de dor e confusão. Quanto mais profundo seus sentimentos são, mais seu coração tem medo de perder. Ele não pode perder Tooru. Até ao ponto que ele nunca se atreveria a pensar em algo assim.

“Eu não sei o que o futuro me reserva, mas meu coração diz que isso que fizemos agora foi certo. Sei que sou de poucas palavras e nunca falei sobre meus sentimentos para você. Mas sob controle dessa adrenalina misturado com ansiedade me fez tomar coragem para te beijar” ele limpou a garganta e Oikawa notou quando seu pomo-de-adão subiu e desceu. “Talvez eu esteja sendo precipitado, mas quero lhe pedir algo: seja meu, Oikawa, por favor.”

O capitão tentou evitar aqueles olhos perfurantes.Mas sua visão foi, mais uma vez, puxada de volta para Iwa. Nunca sentira tão nervoso quanto naquele momento, mas sabia que seus sentimentos também eram recíprocos. Então confiante de sua decisão ele falou:

“Serei seu tanto quanto você será meu!”

26 de Julio de 2019 a las 17:51 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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