kyungbear Manu Almeida

Se pudesse voltar atrás no tempo, claro que não escolheria ficar paraplégico mas mesmo assim Jongin era grato pelas coisas novas que aprendeu e que de alguma forma o fortaleceu ainda mais.


Fanfiction No para niños menores de 13.

#kaisoo #sookai #yaoi #bl #exo #fluffy
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"Você nunca mais vai poder andar."


Foi assim que Jongin recebeu a notícia que mudou toda sua vida.


Quando ele ouviu o que o senhor de jaleco dissera, aquilo ficou se repetindo em um looping infinito em sua cabeça por horas, e mesmo depois de dias, não podia dizer que estava totalmente certo do que aquilo representava.


Foi só meses depois, quando depois de inúmeras sessões de fisioterapia, o moreno já tinha perdido todas as esperanças de que por um milagre o diagnóstico do médico estivesse minimamente errado. Tudo tinha acontecido tão depressa.


Naquele mesmo dia, acabara de sair de uma apresentação da peça da qual estava apresentando a dois meses, era sua primeira vez fazendo um papel tão importante e não poderia estar mais feliz. Podia até mesmo dizer que estava nas nuvens de tão feliz em como as coisas finalmente estavam tomando um rumo na sua vida.


Em breve iria finalmente comprar, junto ao seu amado Kyungsoo, um lugar pequeno onde pudessem viver juntos e começar a própria família. Os dois namoravam desde os tempos de escolas então já era de se esperar que depois de oito anos eles fossem dar mais esse passo juntos.


Naquela fatídica noite, quando estava deveras animado ao ponto de não prestar atenção no carro prata que veio desgovernado em sua, o bailarino cheio de sonhos e com uma promissora carreira pela frente, teve que aceitar que agora estava condenado a uma mera condição de paraplégico.


O hospital nunca pareceu tão frio antes, quando Kyungsoo chegou às pressas lá, antes mesmo da mãe do namorado, o pai tinha morrido a quase dois anos. Disseram-lhe que o motorista do carro estava embriagado e provavelmente dormiu no volante, o que o fez perder o controle e bater com tudo no moreno. Quando o senhor com uma prancheta na mão veio em sua direção, encheu a boca de ar e se preparou para falar, Kyungsoo soube: Algo de muito ruim tinha acontecido!


A medúlade Jongin tinha sido afetada, bem acima da bacia. Quando células nervosas são seccionadas, elas não se recuperam. Como as Jongin, elas perderam a função. Nunca mais poderia andar. Claro que na hora essa história de células o parecia uma tremenda perca de tempo, só queria mesmo era saber se Jongin estava vivo, bem e vivo. Só mais tarde, lembrando de cada palavrinha, foi que Kyungsoo conseguiu assimilar o acontecido.


Jongin ficaria devastado. Dançar era sua paixão, sua forma de viver.

Os dias que sucederam à saída do hospital foram horríveis. Kyungsoo instalou-se na casa da mãe do namorado junto com o mesmo, e graças a isso tinham roupas limpas, casa limpa e comida feita. A Sr.Kim voltou ao emprego mas fazia de tudo para passar o tempo livre com os dois já que Kyung não desgrudava de Jongin, mesmo assim o menor via que ela estava sempre chorando pelos cantos.


Kyungsoo também chorava no banho, ou as vezes quando cozinhava. Doía demais ver o namorado tão amoroso e alegre agora deitado numa cama, sempre de cara fechada e o dando respostas curtas quando tentava um diálogo. O ambiente em casa estava horrível. Foram rios de dinheiro com tratamentos constantes, fisioterapias e psicólogos. A negativa de Jongin a cadeira de rodas não ajudava em nada também.


A senhora Kim estava fazendo horas extras e Kyung até mesmo cogitou deixar um de seus dois trabalhos de meio período, só para passar mais tempo com o namorado. E depois que flagrou o Kim chorando copiosamente numa manhã de terça-feira, teve a certeza que precisava. O namorado tinha se mantido na defensiva até então mas vê-lo naquele estado o fez acordar para um detalhe que tinha passado despercebido durante aqueles seis meses: nunca mais um amigo de Jongin tinha ido visitá-lo. No início, alguns apareceram, mas como o maior nunca estava disposto a colaborar, o assunto logo moria. Talvez Jongin estivesse se sentisse tremendamente sozinho.


E foi assim que aquela cumplicidade entre os dois, desgatada com as adversidades da vida, voltou à tona da mais bela forma. Eles passavam todas as manhãs juntos e logo após o almoço o menor saia para o trabalho no escritório de contabilidade do bairro, enquanto isso Jongin ocupava-se com a leitura, um prazer que até então o Kim desconhecia. A noite os dois voltavam a se encontrar e Kyung sempre fazia questão de ouvir sobre as histórias que o maior lera no dia.


Durante todo seus longos vinte e seis anos, Kyungsoo sempre ouviu que se deve agir o mais natural possível com paraplégicose com qualquer pessoa que tenha algum tipo de deficiência.


Convivendo com Jongin, ele concordava que essas pessoas eram sim capazes de ter uma vida e de se sobressair. Mas ele definitivamente era contra quem diz que não se deve julgar que é um problema. É um problema, sim, e, se as pessoas considerassem a questão com toda a gravidade, talvez não existissem tantas entradas de metrô sem rampa de acesso para cadeiras de rodas, tantos teatros, tantos cinemas cercados por escadarias.


Quando se percebeu, mais de um ano tinha se passado e a rotina deles tinha mudado totalmente. A chegada da cadeira de rodas comprada fora do país, foi o ponto principal da partida. Já tinha voltado a estudar e agora se dedicava a faculdade. Jongin pegou muito gosto pela literatura e já que seu primeiro sonho não tinha dado certo, dedicava-se ao máximo a esse novo. Claro que seu querido Kyungsoo tinha bastante crédito nisso. Como sempre, ele estava lá quando as coisas ficaram difíceis e o moreno só pensava em desistir. A senhora Kim também fora uma grande incentivadora, e sem dúvidas a mãe mais amáveis que poderia desejar.


A menos de cinco semanas atrás tinha reencontrado um antigo colega de escola, seu nome era Park Chanyeol. O rapaz tinha voltado da China a pouco tempo e estava na luta por um emprego de paisagista na grande Seul. Por coincidência tinham se esbarrados — ou melhor, ele esbarrou em sua cadeira na saída do supermercado — e tinham parado para colocar os papos em dia. Chanyeol o visitava sempre que podia e Jongin jurava que não se lembrava dele ser tão atrapalhado e divertido assim. Ele até tinha trago uns outros dois amigos que assim como o Park, eram pessoas legais. Em outra oportunidade, quando Kyung estava em casa, Jongin apresentou-o a eles e o baixinho ficou muito feliz com os novos ânimos que aqueles rapazes traziam.


Tudo estava tão bem que quem não conhecesse a história dificilmente diria que o Kim já tinha passado por altos e baixos - alguns mais baixos que altos porém, o principal é que a vida continuava seguindo seu percurso natural, não do jeito que sonhou um dia mas, continuava. Se pudesse voltar atrás no tempo, claro que não escolheria ficar paraplégico mas mesmo assim Jongin era grato pelas coisas novas que aprendeu e que de alguma forma o fortaleceu ainda mais. Tendo descoberto tanta coisa bonita que o ensinou a ganhar.


Kyungsoo era uma dessas coisas bonitas que tinha - a mais linda delas - e mesmo que a insegurança às vezes batessem a sua porta, sempre lembrava da frase que o garoto baixinho e adorável o disse:


— Jongin-ah, eu não estou com você por obrigação. Eu te amo demais e acho que já te dei provas o suficiente disso, uh? — omenor pegara em sua mão, os olhos estavam presos no seu como se para demonstrar a veracidade das palavras. Não que duvidasse claro. —Jongin-ah eu sou livre porque eu estou com você.


E pela primeira vez depois do acidente, Jongin senti-se leve, muito leve!

9 de Marzo de 2019 a las 20:18 0 Reporte Insertar Seguir historia
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