xixisss Isis Souza

: "Atração forte e inexplicável exercida por uma pessoa sobre outra, que emanaria de alguém ou de algo; fascínio"; ou aquilo que, mesmo com as diferenças na maneira de enxergar a vida e agir frente às emoções, Kim Seokjin não pode evitar sentir em relação à Kim Taehyung. →← kth ♡ ksj →← oneshot →← universo real →← +18


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18. © BTS é um grupo de 7 pessoas incríveis que merecem todo o amor e esta é uma obra de ficção sem nenhum compromisso com a realidade ou intenção de dano a qualquer dos meninos.

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Oi, TaeJin é lindo e eu não podia deixar toda essa provocação de "so what" passar em branco.

Dêem amor ao BTS!

Taehyung falou pra vc clicar no
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Sentir o macio da cama aconchegante sempre é como um bálsamo depois do cansaço de um show. Considerando que teriam outra apresentação e que com certeza dormiria mais tarde por causa do aniversário de Hoseok no dia seguinte, o descanso era, além de merecido, muito necessário.

Apesar de camas de hotel serem impessoais demais, Seokjin já estava acostumado — além do que, seu hábito de carregar seu travesseiro e alguma pelúcia sempre consigo ajudavam a trazer um clima mais familiar e confortável na hora de dormir.

Apenas o abajur e a tela do celular iluminavam o ambiente enquanto Jin deixava o corpo relaxar, a tensão dos ombros e costas se desfazendo. Seu joelho estava um pouco dolorido da pancada ocorrida quando os dois mais jovens do grupo o soltaram cedo demais no seu já característico momento de gritar o nome da cidade na qual estavam no dia, talvez ficasse um pouco roxo em algumas horas, mas não era nada demais. Jin respondeu à algumas mensagens de sua família, mesmo que já tivesse falado com sua mãe ao fim do show, como sempre, e logo resolveu que, mesmo que não fosse assim tão tarde, era melhor deixar o celular de lado, estava cansado e não queria ficar tempo demais olhando a internet. Resistiu à vontade de abrir seu atual jogo favorito e bloqueou o aparelho, mas assim que o colocou na mesa de cabeceira a vibração de nova notificação se fez presente.

Seokjin grunhiu, fez um bico e resmungou sozinho, ponderando se deveria verificar ou não. Não queria entrar em uma conversa longa com ninguém, mas poderia ser um dos gerentes dando alguma instrução de última hora ou algo assim. Decidiu que era melhor verificar, pegando o celular e abrindo diretamente a conversa. Acabou praguejando baixo quando viu que a mensagem era de Taehyung.

Apenas um chamado, “hyung...” e nada mais.

Droga, a mensagem já tinha sido marcada como visualizada.

Jin suspirou e a cama pareceu bem menos confortável de repente. Taehyung e seu poder de deixar Seokjin inquieto, cativante demais para o bem do seu juízo.

A singularidade de Taehyung sempre exerceu um fascínio sobre Seokjin, cuja mente funcionava de maneira mais simples comparada à do mais novo, tão peculiar.

Talvez por conta disso Jin tenha demorado a ter a epifania de estar inegavelmente atraído por Taehyung e seu sorriso único, seu jeito inusitado de pensar, suas tiradas muitas vezes inocentes, mas que vinham acompanhadas da voz profunda, das feições cada vez mais maduras, das expressões de tirar o fôlego em certos momentos.

Para Jin, era impossível tirar os olhos dele.

No último ano, em especial, parecia ainda mais hipnotizante. Era como se ele enfim tivesse cruzado alguma linha, deixando a aura adolescente para trás e se tornando um homem ainda mais lindo. O rosto marcante, as mãos grandes, o pescoço e...

Os belos lábios que pareciam até desenhados por algum artista inspirado e que assumiam o formato quadrado quando ele sorria. A parte favorita de Jin.

Provocações não eram nada de extraordinário na rotina de todos os sete e Seokjin costumava passar imune à elas, até os momentos em que Taehyung colocava toda sua ingenuidade de lado e resolvia entrar no jogo. De início tudo não passava de brincadeira, claro. Seokjin era mesmo o tipo de hyung disposto a deixar esse papel de lado em vários momentos se fosse para deixar os outros mais à vontade. Isso tinha funcionado muito bem com Jungkook e os dois tinham construído uma relação de muito companheirismo, Jin se sentia mesmo como um irmão mais velho coruja e orgulhoso do maknae.

Mas com Taehyung as coisas foram para um rumo… diferente.

Demorou, mas em certo momento Jin passou a ter consciência de que reagia a ele de maneira muito mais afetada do que aos demais. Não estava esperando por isso, mas não era como se estivesse se esforçando muito para evitar, também. Percebia os olhares mais demorados, os sorrisos mal disfarçados em sua direção quando surgia algum assunto mais ousado ou piada de duplo sentido… E se via, à sua maneira, correspondendo.

Pois ainda que tivessem jeitos diferentes de lidar com as emoções que afloravam um no outro, Seokjin muitas vezes recuando quando o outro parecia disposto a seguir em frente, o magnetismo que Taehyung exercia sobre si estava cada vez mais forte e inevitável.

Tanto que chegou ao ponto de ir parar até mesmo no palco. Foi de maneira natural que começaram as interações mais próximas na hora de “So what” na turnê em que já estavam há vários meses. Mas Jin não sabia o quão complicado o momento se tornaria. Na empolgação e se deixando levar pela força da atração, ia até Taehyung para brincarem… e só quando chegava verdadeiramente perto é que se dava conta da enrascada em que tinha se metido.

No palco, V era sempre muito intenso. Era como se a exposição fosse o melhor disfarce. Os olhares e gestos foram evoluindo e de repente não era mais só dançarem juntos, mas sim uma provocação pouco a pouco mais descarada. Jin não conseguia evitar que suas orelhas ficassem queimando, num misto de vergonha e excitação.

E no show desse dia, tinha sido especialmente desconcertante. Depois do dia em que V tinha praticamente pedido por um beijo no meio da apresentação, Seokjin imaginava que o “pior” já havia passado… Mas a primeira noite em Fukuoka veio para provar que estava errado. Bendita hora que resolveu que seria boa ideia colar a testa com a de Taehyung. Não que estivesse pensando com muita clareza naquele momento. Jin tinha certeza que o olhar que Tae o direcionava naquele instante seria capaz de estremecer qualquer um, quem dirá a si mesmo, já tão alerta à tudo que o mais novo faz.

Quando viu que V sorria de um jeito provocante, Jin soube que estava ferrado. Quando sentiu a mão dele em seu queixo teve que tirar forças sabe-se lá de onde para não falhar na música. E quando percebeu que, se não tivesse automaticamente começado a forçar a testa para manter o restante do rosto afastado, Taehyung teria mesmo avançado em sua direção ali, na frente de milhares de pessoas e possíveis câmeras, Jin quase entrou em combustão espontânea.

Céus, o que esse garoto estaria planejando? Matar Seokjin e um monte de ARMY de uma vez?

Ao fim do show, Jin se apressou o quanto pôde, evitando até olhar na direção de Tae. Chegava a ser ridículo. Era o mais velho, deveria estar mais no controle, mas Taehyung lhe tirava um pouco (um bocado) dos eixos. Quem diria que aquele menino deslumbrado que Jin tinha que gentilmente controlar em vários momentos no início do Bangtan, o teria em suas mãos não tanto tempo depois? E o fato de, mesmo tendo resolvido ignorar a mensagem, Seokjin estar rolando na cama com tudo isso em mente, era apenas mais uma prova disso.

Fechar os olhos para tentar dormir não estava adiantando nada. O celular ainda tinha vibrado mais três vezes e Jin sequer precisou olhar para saber de quem se tratava. Mas o que ele poderia estar dizendo? Seokjin estava quase sucumbindo à curiosidade e abrindo a conversa no aparelho novamente quando se sobressaltou com batidas na porta. Prendeu a respiração como se fosse uma criança pega tentando passar da hora de dormir. Os segundos foram se arrastando e Seokjin não sabia quantos já tinham se passado quando as batidas voltaram a ser ouvidas, logo acompanhadas da voz grave:

— Jin-hyung, sei que não está dormindo, abre pra mim.

E lá estava ele de novo, o magnetismo, junto com a predisposição de Seokjin em fazer as vontades dele. Porque Jin sequer hesitou em se levantar e ir em direção à porta para deixar Taehyung entrar. Mas, ainda na defensiva, abriu a porta apenas o suficiente para que o mais novo entrasse e ficou ali, parado ao lado dela, sem fazer menção de se mover para adentrar mais no quarto.

Não que isso fosse servir de qualquer coisa, porque Taehyung não era de fazer cerimônia e não esperou pela iniciativa nem pelo convite de Jin e foi ele mesmo em direção à cama do mais velho.

— Tae, ‘tá tarde, aconteceu alguma coisa?

— Não ‘tá tão tarde assim.

— Mas a gente precisa descansar. O que aconteceu? — Jin repetiu a pergunta, em parte torcendo para que houvesse algum motivo concreto e de preferência profissional para Taehyung ter ido ali. Mas apenas em parte.

— Aconteceu. Eu percebi que faz um tempão que não durmo com o hyung.

Seokjin suspirou e poderia jurar que um sorriso ameaçou aparecer no rosto de Taehyung com tal ato. Claro. Fazia tempo mesmo. Provavelmente desde que Jin tinha notado o quanto Taehyung estava ficando ainda mais atraente para si. Não era a primeira vez que o mais novo, que gosta muito de ter companhia para dormir, reclamava sobre isso. Jin se lembrava bem de uma vez ter sido obrigado a responder que evitava deixar Taehyung ir até seu quarto porque o mais novo pregava peças que não o deixavam dormir.

Bem, não era mentira. Mas as peças que Taehyung pregava em Seokjin não eram exatamente intencionais (ou seriam?), muito menos infantis.

Mas como dizer não pra ele, uma vez que já estava ali, de pijama largo, descalço, sentado na beira da cama e o olhando com expectativa? Jin podia ouvir uma vozinha no fundo da sua mente gritando que essa não era uma boa ideia, mas a ignorou.

— Ok. Vamos dormir então. — falou, enfatizando bem o verbo e sustentando um olhar sério em direção ao mais novo, que abriu seu sorriso peculiar no mesmo instante.

Taehyung se arrastou pela cama e se aconchegou no travesseiro do hotel, virado para o espaço vazio na cama, que seria ocupado por Jin em poucos segundos. Antes que Jin pudesse evitar, Tae pegou a pelúcia do RJ que estava no meio da cama e, sorrindo travesso, se agarrou a ela.

— Tae… meu RJ.

— Mas o hyung sabe que preciso dormir agarrado em alguma coisa.

— Bom, eu também.

— Então tá.

Taehyung entregou a pelúcia para Seokjin que se ajeitou com ela, virando de costas para o outro, pronto para tentar relaxar, mas ficando dez vezes mais tenso quando sentiu o braço pesado de Taehyung em sua cintura e a movimentação dele se aproximando mais do seu corpo.

— O hyung agarra o RJ e eu agarro o hyung.

Num impulso, Jin se virou de barriga pra cima, fazendo Taehyung tirar o braço por um momento, mas sem se afastar de fato. O mais velho disse, exasperado:

— Taehyung, o que…

— Seokjin-hyung.

O jeito como Tae o chamou não tinha mais a entonação de provocação divertida que ele usava até então. Estava mais sério e talvez um pouco hesitante. Jin percebeu isso e seu estômago se revirou em nervosismo. Respondeu apenas com um “hum?”, sem se mexer mais.

— Olha pra mim hyung, por favor.

Mais um suspiro escapou pelos lábio de Jin antes dele virar apenas o rosto na direção de Taehyung, que estava bem perto. Muito perto.

— Por que está tentando me evitar?

— Não estou.

— Claro que está. Eu fiz alguma coisa que te chateou? Sabe que pode me falar… a gente combinou isso muito tempo atrás, lembra? Sempre falar com o outro se tivesse algum problema.

Jin lembrava, claro. Mas como explicar que estava se afastando justamente porque queria estar mais perto? Continuou em silêncio, apenas olhando para o rosto decidido de Taehyung, que com a ausência de resposta, voltou a falar.

— Se é por causa do fanservice, se eu ultrapassei algum limite, desculpa, eu… — Tae fez uma careta de desagrado, como se não gostasse do que estava dizendo, mas continuou. — Eu prometo tentar me controlar melhor.

Dessa vez Seokjin é que estava sério quando retrucou.

— Eu não faço fanservice, Taehyung, você sabe disso.

Os dois se encaravam de maneira intensa, meros centímetros os separando e a realização advinda das palavras não ditas se abatendo sobre eles. Taehyung passou a língua nos lábios, os umedecendo levemente, e Jin se viu preso no movimento, mesmo quando o mais novo começou a falar novamente.

— Talvez eu esteja cruzando alguma linha, hyung, mas… acho que é porque quero cruzar.

Tae moveu seu braço de volta até o corpo de Jin, pousando a palma da mão sobre o peitoral do mais velho. E, pela primeira vez, Jin não recuou.

— Você anda provocando demais, Taehyung-ah. — a voz saiu quase sussurrada, como se tivesse medo de que fossem ouvidos, mesmo que estivessem só os dois naquele quarto. — Não pensa nas consequências?

— Não quero pensar nas consequências.

— Quer pensar em que, então?

O olhar de Jin continuava preso na boca de Taehyung enquanto os do mais novo passeavam por todo o rosto perfeito do seu hyung. Quando Tae demorou demais para responder, Jin mirou seus olhos e foi nesse momento que soube que não tinha mais volta. Porque Taehyung chegou ainda mais perto e Seokjin se viu puxado como se fosse um ímã.

— Não quero pensar.

Para sua própria surpresa, foi Jin quem pôs um fim nos milímetros que ainda existiam entre os dois. Segurou o pulso de Taehyung como se precisasse de uma âncora e deixou que seus próprios lábios enfim encostassem de verdade nos outros que tanto admirava. O beijo rápido em “Embarrassed”, quando não existia um décimo da tensão e das sensações que se faziam presentes no momento, não chegava nem perto do que acontecia naquele momento.

Como Jin suspeitava, Taehyung era intenso. Jin encaixou o lábio inferior de Taehyung entre os seus de maneira suave, muito mais calma do que suas emoções se encontravam no momento. Mas Tae não aceitaria a calmaria e logo estava puxando Jin mais para perto, abrindo a boca para receber mais da dele, abraçando o corpo do outro de um jeito desajeitado e forte.

Mas devagar. Torturantemente devagar. Porque a intensidade não trazia velocidade e nenhum dos dois parecia querer apressar as coisas.

Jin virou o corpo em direção ao de Taehyung e levou sua mão até o rosto dele, enquanto Tae encontrava apoio em seu ombro. Separaram os lábios e abriram os olhos por um momento, se encarando na penumbra do quarto. Jin sentia que seu rosto e orelhas estavam quentes e mesmo na luz fraca notou que Tae não estava diferente. Antes que pudessem pensar demais ou dizer qualquer coisa, se entregaram novamente ao beijo, curiosos, experimentando, enfim se deixando levar, dando vazão à tudo que as provocações acumularam em ambos.

O ritmo ainda era lento, mas as ações ganhavam mais calor.

Quando Jin deixou que a própria língua explorasse a boca de Taehyung, este respondeu aproximando mais os corpos. Quando Taehyung mordeu suavemente a carne farta do lábio inferior de seu hyung, Jin respirou fundo e avançou com sede. Apenas as bocas não bastavam e as mãos de ambos passaram a buscar mais um do outro, nos rostos, cabelos, braços e costas, deixando rastros quentes por onde passavam. Já estavam colados, com Tae praticamente debruçado sobre o corpo de Jin e foi quando o mais novo deixou escapar um gemido rouco no meio do beijo que a mente de Seokjin clareou um pouco e ele percebeu a situação em que estavam.

Mesmo sem querer se afastar, finalizou o beijo e puxou Taehyung para um abraço, fazendo-o deitar em seu ombro e inspirando o cheiro dos cabelos coloridos, enfim se deixando aproveitar o que ele o fazia sentir. Porque a inquietude não tinha passado, ao contrário, mas agora era bem-vinda.

A bagunça que Taehyung causava podia ser confortável para Seokjin, afinal.

Alguns minutos se passaram sem que nenhum dos dois dissesse palavra e, quando Tae jogou uma de suas pernas entre as de Seokjin, o mais velho achou que ele tinha caído no sono. Mas percebeu estar errado quando Taehyung começou a passear com a ponta dos dedos pelo abdômen coberto de Seokjin, enquanto a perna se mexia lentamente, o pé acariciando a panturrilha alheia. Era um toque suave e quase inocente, porém íntimo demais para a situação.

— Tae…

O tom era de aviso, mas o resposta num “Hum?” displicente e os toques ininterruptos, com a mão agora se infiltrando sob a blusa de Seokjin, tocando diretamente na pele, e o corpo de Taehyung se colando à lateral do de Jin, deixavam claro que o mais novo estava bem ciente do que fazia e pretendia continuar.

Por alguns momentos Seokjin deixou que ele prosseguisse. Taehyung continuou com os carinhos no tronco de Jin, ainda suave, mas ganhando mais confiança quando percebeu que o hyung não o afastaria. Levantou mais a camiseta e deixou a mão subir pela barriga lisa; se afastou o suficiente para, ainda sem olhar para o mais velho, deixar um beijo úmido no ombro dele. Ainda com a boca colada ao local, Taehyung disse:

— Sabe que adoro seus ombros?

— Sei…

— Qual a parte favorita do hyung em mim?

Taehyung continuou com os beijos pela clavícula de Seokjin, até chegar na junção com o pescoço, onde fez questão de abrir um pouco mais a boca ao beijar.

— Você sabe qual é.

— Minha boca, né?

Jin pôde sentir o sorriso de Taehyung sobre sua pele e respondeu apenas com um “uhum”. Tae subiu ainda mais: a mão, agora pousada sobre o peito nu de Jin; a boca, próxima à orelha — certamente vermelha — dele. Uma vez ali, num sussurro covarde, Taehyung perguntou:

— Gosta do que ela está fazendo agora?

Ok, era isso, esse era o limite de Seokjin. Num movimento rápido tirou Taehyung de cima de si e o fez deitar de costas na cama espaçosa. Tae não teve tempo de achar ruim ou ficar confuso porque no instante seguinte Seokjin estava pairando sobre o corpo do mais novo, os braços apoiados ao lado dele no colchão, as pernas empurrando as de Taehyung para se abrirem e darem espaço e o rosto perto o suficiente para sentirem a respiração um do outro.

E a maneira como Seokjin olhava para Taehyung naquele momento poderia causar um incêndio.

Tae quase vacilou, a intensidade do olhar do seu hyung o fazendo sentir exposto e vulnerável mesmo que estivesse completamente vestido e seguro. Mesmo que tenha sido breve, Jin notou o olhar um pouco arregalado e seus lábios formaram um sorriso de canto.

— O que você quer de mim, Taehyung?

A pergunta veio num tom firme e exigente. Taehyung quase fechou os olhos por conta da sensação que percorreu seu corpo. Mas conseguiu resistir ao impulso e, sussurrando da mesma maneira que tinha feito ao ouvido de Jin, questionou de volta.

— Vou precisar dizer com todas as letras?

Jin não sabia em que momento aquilo tinha virado uma competição, mas era o que parecia. Taehyung estava de novo com o brilho provocador nos olhos e a expressão travessa e o próprio Jin sorriu um pouco mais e balançou a cabeça lentamente em falsa descrença quando o viu lamber os lábios. “Esse garoto vai me matar”, era o que se passava em sua mente. Nada tinha mudado na posição em que estavam, mas Jin percebia Taehyung se remexendo sob si, a parte interna das coxas do mais novo roçando na lateral dos seus joelhos apoiados na cama — a dor no que tinha levado a pancada mais cedo esquecida.

— Não me provoca…

— Mas o hyung gosta…

— Você não tem limites.

— Eu tenho. Eu disse que pararia se o hyung quisesse. Mas, pelo que estou vendo, não é isso que quer.

— Parece que não. — Jin respondeu, ainda sem ousar se aproximar mais ou mesmo olhar para qualquer outra parte de Taehyung que não fosse seu rosto e suas linhas marcantes. — Mas o que isso significa?

Tae não vacilou, dando de ombros mesmo deitado.

— Precisa significar algo além do óbvio?

O óbvio era que se desejavam. Que as provocações poderiam até ser disfarçadas de atuação, mas só existiam porque ambos realmente queriam aquele contato. Que além de admiração, cuidado, carinho e companheirismo, algo a mais pairava entre os dois. O óbvio era que não adiantava tentar resistir, a força de atração que Taehyung exercia sobre Seokjin e vice-versa era poderosa demais.

Precisava significar algo além disso?

No momento, não.

Sem perder mais tempo ou tentar analisar mais nada, Jin mais uma vez avançou para beijar Taehyung. A curiosidade ainda estava ali, a intensidade então, nem se fala, mas a lentidão que pairava sobre os dois minutos antes não existia mais. Nesse momento, Jin já iniciou o beijo de modo faminto, já deixando seu corpo descer sobre o do mais novo, mesmo que ainda apoiado nos braços. As mãos de Taehyung, antes obedientemente pousadas ao seu lado, subiram direto para os ombros de Jin num aperto necessitado.

E, dessa vez, quando Taehyung deixou um som rouco escapar, Seokjin não parou.

Ao contrário, Jin levou uma das mãos que ainda se apoiavam no colchão macio até a coxa de Tae e movimentou os dois corpos até estarem com as pélvis coladas.

Taehyung quebrou o beijo ao jogar a cabeça para trás, mordendo os lábios. Jin abriu os olhos a tempo de capturar a expressão que o mais novo fazia e acabou espelhando o ato dele em sua própria boca. Aquela era uma visão sublime, digna de ser exposta num dos museus que o mais novo amava frequentar, mas Seokjin era o único com o privilégio de contemplá-la no momento. Se já era assim apenas no início, imagina quando…

Seu corpo reagiu imediatamente e Jin se sentiu endurecer mais rápido, e Tae pôde notar também. Quando ele abriu os olhos foi para encarar Seokjin com uma aura extremamente sensual e o mais velho verbalizou o que vinha pensando há tempos:

— Você vai me enlouquecer, Taehyung.

Tae teve a audácia de rir, mas não era uma risada divertida e sim tentadora.

— Ótimo!

Tae arrastou as mãos para chegar até a barra da camiseta larga que o outro usava, sinalizando que queria o pano fora do caminho. Jin a tirou num movimento rápido e viu Taehyung levantar o tronco para fazer o mesmo com a camisa de seu pijama. Nenhum dos dois tinha o físico esculpido que outros membros do Bangtan ostentavam, mas a exposição não deixava de causar reações um no outro.

A novidade não era a ausência de roupas, não seria nem a primeira, nem a segunda, nem a milésima vez que se veriam sem elas — embora ver a nudez total não acontecesse com tanta frequência assim. A novidade era a situação. Uma coisa era ver o corpo de Taehyung nos momentos de correria para trocarem o figurino entre uma música e outra numa apresentação, ou mesmo num momento rápido de distração dentro de casa. Outra bem diferente era tê-lo despido sob si, em seus braços, à sua mercê e também estar à mercê dele.

Um arrepio que não tinha nada a ver com a temperatura do quarto percorreu a pele de Seokjin quando Tae o tocou no fim das costas e na nuca ao mesmo tempo, exigindo sua aproximação, o arrastando para seu campo de força novamente.

Mas o mais novo não avançou para sua boca e sim para o ombro esquerdo de Jin, deixando uma mordida fraca mas instigante, ao mesmo tempo em que girava os quadris.

— Não pensa, hyung.

— Não ‘tô.

Jin se concentrou na sensação dos lábios de Taehyung em seu pescoço enquanto deixava o corpo se movimentar de encontro ao dele. Estava encaixado bem na bunda farta do mais novo e a fricção causada pelo movimento que faziam era ao mesmo tempo um alívio e uma tortura. Tae continuou com os beijos, descendo para o peitoral suave de Jin e suas mãos desceram até as nádegas do seu hyung, apertando ali pra causar mais pressão entre os dois. Foi nesse momento que Seokjin enfim soltou um gemido baixo, que fez Taehyung sorrir de satisfação e o apertar ainda mais.

— Puta merda, Taehyung-ah.

— Oh! É tão raro ouvir o hyung falar palavrão, está sempre dando bronca no Yoongi-hyung.

Seokjin estalou a língua na boca e se afastou um pouco do corpo do outro antes de responder:

— Tem momento pra tudo.

Taehyung continuava com o sorriso atrevido nos lábios e agora sim Jin se permitiu passar o olhar por todo o corpo dele, inevitavelmente se concentrando no volume que aparecia sob a calça larga do mais novo.

Ok, estava muito mais do que claro o caminho que estavam trilhando ali e que não iriam querer parar. Mas como fariam? Apesar de se relacionar mais com mulheres e, portanto, não estar frequentemente na posição de passivo, Jin não tinha grande objeção à isso. Mas já fazia bastante tempo, eles tinham outro show para fazer em menos de 24 horas e já sabia antes e tinha acabado de confirmar que Taehyung era, digamos, abençoado demais para que Jin passasse imune pela experiência.

Taehyung, sem ter ideia do que se passava na cabeça de Jin, apenas interpretou o espaço dado e o olhar devorador do outro sobre seu corpo como a deixa para se livrar da peça de roupa que ainda o cobria. Se arrastou um pouco e levantou o quadril para tirar a calça, ciente de que Jin o observava.

Jin sempre o observava e Taehyung amava estar na mira do olhar dele.

Se Tae ainda tinha timidez em si, ela estava bem escondida nesse momento, pois uma vez nu não demorou a levar a própria mão à sua intimidade, se tocando devagar e sem deixar de olhar para Seokjin.

— Seokjin-hyung, deixa eu te ver também.

Jin saiu de seu devaneio e se levantou da cama, tirando rapidamente a própria calça, ainda olhando para Taehyung porque era impossível desviar a atenção dele. Era como se estivesse completamente hipnotizado.

— Me diz que o hyung tem lubrificante aqui.

Jin acenou em concordância e foi rapidamente até o banheiro da suíte, onde estava sua bolsa de itens pessoais na qual ele sempre carregava o lubrificante e algumas camisinhas. No minuto em que não teve Taehyung em seu campo de visão, desanuviou a mente o suficiente para decidir perguntar diretamente como ele preferia fazer e, a depender da resposta, convencê-lo de que não seria prudente irem até o fim dessa vez.

Afinal, ainda que mal tivessem começado, Jin já sentia que, em se tratando de ter Taehyung, nunca seria o bastante.

Percebeu que não precisava ter se preocupado quando, ao voltar para o quarto mal iluminado, viu Taehyung já com as pernas bem afastadas e dobradas e uma das mãos entre elas, bem embaixo, um dedo já sondando a entrada. O pênis de Seokjin teve um pequeno espasmo com a visão e outro palavrão escapou da sua boca.

— Porra!

— Hyung, demorou…

— Eu levei literalmente um minuto. — Seokjin contradisse, se aproximando de Taehyung, agora sem nem um pingo de hesitação, já abrindo o sachê de lubrificante para sujar seus dedos e substituir o mais novo na tarefa de prepará-lo.

— Eu esperei muito por isso, não aguento nem mais um segundo, quem dirá um minuto inteiro.

A frase foi dita pausadamente enquanto Taehyung suspirava ao ter seu hyung finalmente o tocando com tanta intimidade e firmeza. Jin primeiro apenas acariciou o vão entre as nádegas de Tae, sua outra mão correndo pela perna do mais novo e seus olhos gravando a imagem dele tão exposto.

— Caralho, você é tão lindo.

— Eu ‘tô adorando ouvir hyung com essa boca suja, me sinto privilegiado.

Jin acabou rindo com vontade, sem parar o que fazia, e piscou para Taehyung no momento em que começou a enfim inserir o primeiro dedo nele.

— Nosso segredo.

A resposta de Taehyung foi um gemido longo e sua mão grande apertando o pulso de Jin, não para que parasse mas para incentivar.

— Põe logo outro hyung, eu já tinha me preparado um pouco mais cedo…

Jin fez como ele pediu, como sempre, mas não deixou de perguntar, fingindo espanto:

— Você veio aqui já de caso pensado?

— É claro!

— E nem nega! E se eu tivesse dito não?

Taehyung impulsionou o quadril contra a mão de Seokjin, fazendo os dedos dele irem mais fundo, e se apoiou nos cotovelos a fim de chegar perto o suficiente para lamber os lábios carnudos do mais velho antes de dizer:

— Nós dois sabemos que você não diz não pra mim.

Jin se sentou na cama e agarrou a cintura de Taehyung com sua mão livre, o puxando para seu colo, ainda metendo os dedos em seu interior. Tae imediatamente deitou o rosto no ombro de Jin, mordendo com um pouco mais de força dessa vez, e se movimentando para os lados, ajudando Jin a prepará-lo mais rápido.

Não demorou para que Tae afirmasse que já estava bom, Jin não era assim tão grande e o mais novo já estava ficando impaciente. Não saiu do colo do seu hyung enquanto ele vestia a camisinha e assim que estava pronto, tratou de buscar se encaixar. Pela posição, não tinha jeito de ir aos poucos. Poucos instantes depois de começar a penetrá-lo, Jin já estava todo dentro e Taehyung mantinha o corpo um pouco mais rígido. Podia não ser tão grande, mas Jin era um bocado grosso, certamente muito mais do que seus dedos que estavam no mesmo lugar antes.

Jin segurou nos cabelos da nuca de Taehyung e o puxou para um beijo envolvente, deixando mordidas gostosas nos lábios e chupadas obscenas na língua do mais novo enquanto com a outra mão acariciava o pênis de Taehyung numa punheta lenta e quase sem pressão. Foi quando Taehyung passou a se mover mais, querendo estocar dentro da mão de Seokjin e rebolando no pau do mais velho no processo que Jin movimentou seu quadril.

Tae ia para frente e para trás enquanto Jin elevava o quadril o pouco que conseguia, metendo devagar, mas muito fundo. Separaram o beijo quando Jin tirou a mão dos cabelos do outro para apoiá-la no colchão, tendo mais apoio para se mover e foder mais forte. Os gemidos de Taehyung eram obscenos demais e estavam sendo despejados diretamente no ouvido de Seokjin, ao mesmo tempo em que os ombros largos sofriam com arranhões ardidos. No momento em que Jin deu atenção à glande melada que tinha na ponta dos dedos, Tae girou a pélvis de uma maneira diferente e Seokjin sentiu seu pau ser mais comprimido pelas paredes do mais novo.

— Hyung! Aí!

Abraçando a cintura de Taehyung para mantê-lo consigo, Jin deitou o corpo na cama e deixou o outro por cima enquanto aumentava o ritmo. E naquele momento, com Tae sobre si de olhos fechados, um sorriso de prazer estampado em seu rosto, a pele cor de caramelo reluzindo com o suor na pouca luz, os músculos do abdômen e das coxas evidentes pelo esforço e o pênis lindo e imponente indo para cima e para baixo no ritmo das estocadas cada vez mais firmes, Seokjin teve certeza de que Kim Taehyung era uma obra de arte.

Quando sentiu seu ápice chegar, Seokjin segurou Taehyung no lugar e apertou a carne do quadril enquanto gozava. Tae continuou se movendo como podia e quando os segundos do prazer intenso passaram e a sensibilidade começou a ficar demais, Jin levou a mão até a intimidade de Taehyung novamente, masturbando de maneira rápida e precisa, levando Taehyung ao orgasmo que veio com um gemido arrastado e grave.

Sem se importar com o líquido pegajoso que escorria na barriga de Jin, Taehyung deixou o corpo pesar para frente e abraçou o mais velho, mais uma vez levando os lábios até os ombros dele. Ficaram nessa posição apenas até os batimentos cardíacos se acalmarem e logo Jin deu dois tapinhas na bunda do Tae, o incentivando a se levantar.

— Vamos. Se você ainda quer dormir comigo, temos que tomar um banho.


→←


Quem visse Seokjin e Taehyung no dia seguinte jamais imaginaria tudo o que tinha acontecido entre eles apenas algumas horas antes. As roupas cobriam as poucas evidências físicas da noite e os dois agiam aparentemente como sempre.

Apenas eles sabiam o que um ou outro sorriso em especial significava e, naquela noite, nem mesmo o seu momento na apresentação de “So what” foi tão intenso — em parte, porque a transa tinha diminuído um pouco aquela tensão que parecia um elástico prestes a arrebentar entre os dois, em parte porque nesse show estavam filmando para um projeto e Jin não gostava que achassem que a maneira que interagiam um com o outro era para as câmeras.

Também não conversaram muito ao fim do show, Taehyung estava bastante concentrado em perguntar a Hoseok o que ele faria na live de seu aniversário, fingindo que os outros não tinham combinado de aparecer no quarto do aniversariante para comemorarem juntos. Jin que tinha escolhido o bolo junto com Jimin, inclusive, seu jeito de compensar o fato de que tinha dado o parabéns no dia errado.

Quando Jungkook resolveu que era uma boa ideia apagar as luzes no meio da live, o olhar de Jin automaticamente procurou o de Taehyung, que estava na cama embolado com Jimin. No momento em que as luzes foram acesas novamente, percebeu que o mais novo também olhava para si, o sorriso quadrado dando lugar a um lamber de lábios em milésimos de segundos.

Jin ainda não sabia o que os acontecimentos da noite anterior poderiam significar e, ao que parecia, Taehyung não estava preocupado com isso.

Mas quando, ao saírem do quarto de Hoseok, Taehyung perguntou “”Jin-hyung, o que quer comer?”, num tom de voz casual para quem ouvisse, mas com uma expressão provocadora que o hyung entendia muito bem, Seokjin soube que ainda estava preso no campo magnético do mais novo e talvez ali permanecesse por mais tempo do que um dia teria imaginado.

8 de Marzo de 2019 a las 22:34 5 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Isis Souza Sentimentos viram palavras. E, já dizia Dumbledore, as palavras são nossa fonte inesgotável de magia.

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Milady_kim 🍷 Milady_kim 🍷
Escrita maravilhosa com o melhor shipp de todos os tempos. Obrigada por trazer esta obra de arte. Existe continuação? Abraço, espero que esteja bem e com saúde.
June 05, 2022, 04:13
Brenda Machado Brenda Machado
Eu amei essa história de verdade, Taejin é lindo de se ver e ler, meus parabéns sua escrita é excelente e essa fic é uma das melhores Taejin que já li
February 15, 2021, 16:25
Tata C Tata C
menina, eu tô é secaaa! escrita maravilhosa e o desenvolvimento nem se fala! gostei de tudo!! escreve mais taejin, vamos encher as taejinas de amor hahah beijos
April 08, 2019, 01:30
Rita Gomez Rita Gomez
Que TaeJin maravilhosa!!! Amei! Fiquei com gostinho de quero muito mais 😍
March 09, 2019, 19:39

  • Isis Souza Isis Souza
    Obrigada!! Eu tbm to sempre querendo mais deles <3 March 22, 2019, 21:58
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