Bem vindo onde quer que esteja
Esta é sua vida, você conseguiu até aqui
Bem vindo, você tem que acreditar
Que aqui e agora
É onde exatamente você deveria estar
(Bon Jovi – Welcome To Wherever You Are)
Era quase final da manhã quando ele acordou. Os olhos caíram sobre o relógio digital em cima da cômoda e indicaram que tinha passado poucos minutos das onze horas. Ele se espreguiçou sem pressa e se sentou no colchão ainda se sentindo meio letárgico, tinha dormido pouco mais de seis horas, mas tinha a sensação de não ter dormido nem por um minuto sequer.
O sono até então o envolvia quando buscou o óculos, e só então pareceu se situar um pouco melhor, mesmo que não fosse trabalhar ainda se sentia mais confortável com o aparato. A mão pousou sobre o lado vazio da cama de casal e os lençóis bagunçados fizeram um pequeno sorriso surgir em seu rosto, trazendo à mente um vislumbre de algum dos momentos que faziam sua vida valer a pena.
Aquele seria outro dia de plantão e Itachi só estaria de volta depois das onze horas da noite, então Sasuke passaria aquelas próximas doze horas sozinho, o que lhe dava tempo – e certa tranquilidade – de sobra para resolver o que estivesse pendente sobre o apartamento, como compras e limpeza. Ele sabia que o irmão faria as tarefas que fossem necessárias, mas agora que seu livro estava adiantado – depois de alguns dias de bloqueio -, Sasuke tinha tempo para fazer outras coisas.
Ele gostava de estar entre suas palavras silenciosas, mas às vezes precisava de distância antes que acabasse sendo sugado por elas para dentro de alguns de seus livros e não conseguisse mais sair para fazer outras coisas, como viver, por exemplo. Quando Itachi estava ali era mais fácil não se perder em seu próprio mundo, mas Sasuke não podia dizer nada sobre quando o irmão estava ausente.
Por isso mesmo quando saiu do quarto – depois de deixar a cama organizada -, passou reto pela porta que dava acesso ao escritório e seguiu o corredor que levava até à sala. Não era como se todo o apartamento estivesse sujo, ou parecesse abandonado, mas certamente faltavam algumas coisas básicas na cozinha que Sasuke precisaria comprar.
Ele passou um café rápido e deixou armazenado numa pequena garrafa térmica, além de aquecer o pão numa frigideira antes de comer, mas tudo de forma rápida e sem grandes cerimônias, já que estava sozinho em casa e sem perspectiva de receber algum tipo de visita.
Estava fuçando qualquer coisa no celular enquanto comia e depois de deixar tudo arrumado pela cozinha ele voltou ao quarto e tratou de trocar de roupa. Vestia calças largas e uma camiseta que caberia mais uma pessoa dentro, mas não se incomodava com aquilo quando estava em casa escrevendo, não era de receber visitas com frequência e seu editor era mais um amigo da família do que uma visita em si, além de que quando Itachi estava por ali eles mais ficavam sem roupas do que em contato com elas.
Para sair, no entanto, a situação era um tanto diferente. Ele tomou um banho rápido e vestiu uma calça jeans escura e camiseta branca com alguns desenhos abstratos na cor ônix, suficiente para lidar com a primavera quente da capital japonesa. Penteou os cabelos negros e passou um perfume antes de seguir até a entrada do apartamento, onde deixou as pantufas brancas no espaço próprio e pegou o tênis de cor preta.
Tinha um pequeno banco ali onde ele se sentou para conseguir arrumar o calçado, e estava prestes a abrir a porta quando o soar da campainha o assustou. Ele sobressaltou no lugar e encarou o olho mágico antes de um sorriso miúdo surgir em seus lábios.
- Ia fugir de mim?
Sasuke riu e abraçou o tio, dando-lhe espaço para entrar, o que o outro acabou negando e causando estranhamento no sobrinho.
- Não quer entrar?
- Vim te chamar para almoçar, mas vi que vai sair.
- Vou fazer compras, faz algum tempo que esse lugar não vê comida nova.
Madara colocou a cabeça para dentro do apartamento, mas dali só conseguia ver o pequeno corredor que ligava a entrada com a sala.
- Você exagera um pouco sobre as coisas, isso aqui está completamente limpo.
- Mas a cozinha parece fazer eco de tão vazia e o Itachi não estava tão bem ontem, então eu disse que faria as compras hoje.
Madara colocou o braço na frente, impedindo o sobrinho de passar.
- Trabalho?
Sasuke anuiu. – O paciente morreu na hora da cirurgia. Ele não quis falar muito, disse só que ainda era difícil lidar com esse tipo de situação.
- Vocês poderiam ter me ligado. Sabem melhor do que ninguém que eu sou a pessoa mais próxima que lida com a morte diariamente.
Sasuke sabia, mas eles não gostavam de ligar para o tio toda vez que alguma coisa parecia não dar certo, o que por outro lado deixava Madara tão irritado quanto. Ele estava vestido com os trajes comuns a um detetive do departamento de homicídios de Tóquio, uma roupa social, a arma escondida na cintura e o distintivo de sua profissão.
O homem era alto e forte, com um olhar pesado e intenso que aparentemente era comum a todos as pessoas que carregavam o sobrenome Uchiha e os cabelos longos – que outrora geraram confusão em seu começo de carreira – estavam bem alinhados, dando a ele um ar de seriedade com um toque de curiosidade sobre quem poderia ser o homem de social com extensos cabelos negros.
- Sei disso e o Itachi também, mas não podemos te usar como muleta. Eu já faço isso por uma multidão.
Madara revirou os olhos em profundo desacordo. – Não seja dramático, Vossa Alteza. As pessoas precisam de ajuda, Sasuke, mesmo que não admitam ou pareçam fortes demais para isso. Eu não ia me importar de estar aqui.
Sasuke murmurou alguma coisa ininteligível. Ele odiava o apelido que Madara lhe dera. – Mas também precisamos aprender a lidar com esse tipo de situação sem correr de medo para os seus braços. Isso cansa depois de ser repetido por tantas vezes.
Madara não continuou a conversa por esse lado, apenas por conveniência. Ele entendia os sobrinhos, mas não se importava, de qualquer forma.
- Não vou discutir sobre isso. Quer companhia para as compras?
Sasuke o fitou pelo canto dos olhos enquanto chamava o elevador. – Pode ir? Eu queria te oferecer alguma coisa, mas só tem embalagem de macarrão instantâneo e eu não vou te servir isso de almoço.
- Eu aviso para o Jiraiya que vou me atrasar. Ele não se importa quando sabe que vou passar algum tempo com você e o Itachi.
Sasuke conhecia o chefe de Madara, pois tivera contato com ele em outras ocasiões, mas não sabia muito mais do que seu nome. Entretanto, o tio era uma das poucas pessoas que Sasuke não contestava, então ele apenas ficou em silêncio enquanto Madara o acompanhava pelo elevador até o estacionamento.
- Além do problema do Itachi tá tudo bem no resto?
- Me sinto melhor agora que o livro continuou. O Kakashi não disse nada, mas eu sei que é um problema quando um escritor não respeita os tempos estipulados para entregar os capítulos.
- Quanto tempo perdeu do prazo para conseguir entregar aquela parte?
- Cinco dias. – Madara reclamou de alguma coisa que Sasuke não entendeu. – O que foi?
Sasuke ia destrancar o carro quando Madara o impediu.
- Antes que eu diga que você não atrasou muito não prefere ir no meu carro? Já tá lá fora mesmo.
Sasuke concordou com um gesto suave. Eles seguiram por uma pequena escada até o térreo e caminharam até a área onde os carros dos visitantes costumavam estacionar. Madara estava quase sempre por ali, então tinha praticamente uma vaga garantida.
- Não atrasei muito, mas você também odeia perder prazos, ou o que quer que seja.
Sasuke adentrou o veículo que cheirava a couro.
- Mas o meu trabalho às vezes é objetivo, não tem tantas reviravoltas. O seu sempre envolve detalhes demais que precisam de muito mais atenção.
Sasuke reclamou de alguma coisa quando eles saíram do prédio e viram a fila de carros que se formava até o semáforo mais perto. Madara tentou não copiar seu gesto, mesmo sentindo a mesma coisa que o sobrinho.
- Você é um policial, todas as pistas que precisa juntar demandam trabalho.
- É, mas quando o desgraçado tá com uma arma na mão ameaçando alguém, muitas vezes só existe uma saída para resolver a situação.
Sasuke sentiu os poucos pelos de sua arrepiar. Ele ainda se lembrava de quando pegou detalhes do trabalho de Madara para poder trabalhar em cima de seu livro, e isso envolvia tantas coisas, segredos que o tio lhe contou, que às vezes ele ainda se assombrava com alguns relatos.
- Tem alguma coisa em especial que quer almoçar?
Madara o fitou pelo canto dos olhos. – O que fizer está bom pra mim. O Itachi volta tarde hoje?
- Só depois das onze, isso se conseguir sair no horário certo. – Sasuke encarou alguma coisa no celular. – Se eu não fosse cozinhar você ia me levar para almoçar o que?
Madara quase deu graças quando a fila de veículos começou a andar.
- Ia deixar você escolher. Se depender de mim eu como lámen todo dia.
Sasuke ia reclamar sobre o tio não cuidar da própria saúde, mas sabia que aquele tipo de conversa giraria como um redemoinho e não teria um fim certo, então apenas ignorou e o caminho até o mercado foi preenchido por qualquer outro tipo de conversa que envolvia mais sobre o trabalho de Itachi e Sasuke, principalmente o do sobrinho mais novo.
- Já que você não decide o que quer almoçar eu vou fazer somen e usuyaki.
- Eu que não vou contestar as suas decisões.
Entretanto, Sasuke precisaria de mais coisas do que apenas os ingredientes para fazer aqueles dois pratos e quando Madara percebeu estava ajudando o sobrinho a fazer as compras do mês. Para um apartamento onde apenas duas pessoas residiam não eram necessárias tantas coisas, mas Sasuke comprou mais do que os ingredientes para um rápido almoço.
Eles levaram cerca de uma hora durante as compras e parte do caminho de volta para casa, e quando ainda estava no caixa Sasuke reparou que o tio se afastara em algum momento, o que depois se revelou como sendo uma ligação de Madara para seu chefe.
- Tem certeza de que ele não liga? É quase uma da tarde e você chegou em casa depois das onze e meia.
- Você sabe que não. Você e o Itachi são os únicos motivos que fazem o Jiraiya não se importar com a minha ausência e isso não é de hoje.
E com o assunto temporariamente resolvido eles voltaram para casa. O horário era tranquilo para tal e por sorte não pegaram nenhum trânsito, o que ajudou há ganharem algum tempo para o serviço mais chato que era descarregar as compras morando em um prédio. Eles conseguiram fazer tudo de uma vez – o que poupou muito tempo -, e depois de todas as sacolas estarem organizadas na cozinha Sasuke se voltou para o tio.
- Vai assistir televisão enquanto eu faço as coisas por aqui.
- Não.
Sasuke murmurou um ‘eu não sei por que ainda insisto’ enquanto Madara se livrou do distintivo, da arma, do paletó e das outras coisas que não precisaria no momento, prendeu os cabelos e pegou uma das sacolas do chão.
- Eu também não sei por que ainda insiste. Vou te ajudar a guardar as coisas enquanto você prepara a comida.
A cozinha era um cômodo médio, acessada por uma porta que fazia ligação com a sala. O espaço tinha uma mesa quadrada para quatro lugares num dos cantos da parede próximo à porta de entrada, e os móveis eram planejados e devidamente encaixados nos espaços disponíveis, em um tom de marrom claro.
O balcão da pia era feito de granito branco e logo abaixo tinha um armário de duas portas onde ficavam alguns produtos de limpeza, enquanto que do lado ficavam três gavetas que guardavam talheres e outros utensílios.
A parede onde ficava a pia tinha um espelho que pegava toda a extensão do balcão, e logo acima dele ficavam os outros armários, sendo que havia um pequeno nicho onde Sasuke colocara três pequenos vasos com plantas. Além disso, na parte de baixo desses armários tinham pequenos pontos com lâmpadas que iluminavam o balcão da pia se fosse necessário.
O micro-ondas ficava no nicho ao lado dos vasos de plantas e acima deles ficavam dois armários.
Na parede oposta a pia ficavam os armários maiores e a geladeira, além de outro nicho feito em madeira mdf onde ficavam algumas coisas mais delicadas como xícaras, e os utensílios como liquidificador e a cafeteira.
Na parede oposta à entrada da cozinha ficava outra porta que dava acesso à área de serviço. Madara guardou algumas coisas no armário que tinha ali antes de voltar para o mesmo ambiente que Sasuke.
- Esse apartamento parecia um deserto. Você e o Itachi resolveram fazer greve de mercado?
- Preguiça mesmo. E ele foi chamado durante a folga, então depois que chegou não quis sair e eu não conseguia fazer outra coisa que não tentar escrever.
- Deu certo depois de algum tempo?
- Depois de muita frustração e de tentar ajudar o Itachi a esquecer do incidente com a cirurgia, sim. – Sasuke se virou para Madara. – Quer que eu faça um chá?
- Eu queria uma cerveja. – Sasuke riu do tio. – É a primeira vez que o Itachi parece tão abalado com alguma coisa. Vocês tem certeza de que não tem nada acontecendo?
Sasuke pegou duas panelas, e bateu rapidamente a omelete antes de levar ao fogo, enquanto que na outra colocou água para cozinhar o macarrão.
- Ele sempre fica preocupado comigo quando dou essas travadas, mas dessa vez eu exagerei. – Ele encarou Madara que já esperava a continuação. – Eu me tranquei no escritório e não quis mais sair.
- Vossa Alteza e suas manhas. – Madara revirou os olhos. – Já sei. Daí deixou o Itachi preocupado, ele ficou tentando fazer você sair do escritório, só deu certo porque você também ficou preocupado com ele e virou essa confusão cheia de frescura que só vocês dois entendem.
Sasuke conteve os ímpetos de xingar o tio por conta daquele apelido odioso, mas acabou esboçando um pequeno sorriso que ele não viu, feliz por saber que existia alguém que os entendia tão bem e estava ali por eles.
- Mas ficou tudo bem. O Itachi entende os meus momentos de desespero quando não consigo escrever, mas isso acabou afetando ele um pouco mais do que qualquer um de nós poderia ter imaginado, já que ele tinha esse problema com a cirurgia que deu errado.
- Eu também entendo vocês dois, mas você não é tão agitado assim ao ponto de se isolar. Não de nós.
A frase acusativa acabou deixando Sasuke em silêncio. Ele fritou as omeletes e colocou cada uma em um prato, para em seguida cozinhar o macarrão, que não levava tanto tempo para tal. O cheiro bom foi se instalando na cozinha e Madara aproveitou do silêncio do sobrinho para ajudar novamente, arrumando a mesa.
Ele colocou duas tigelinhas de porcelana branca sobre a mesa, além dos pares de hashis. Quando Sasuke colocou a tigela maior com o macarrão e os molhos sobre a mesa eles se sentaram, serviram, agradeceram e começaram a comer.
Madara ainda agradeceu pelo trabalho do sobrinho, e só depois disso Sasuke voltou a falar.
- Não precisa me agradecer. Sabe que pode vir almoçar aqui quando quiser, até porque departamento nem é tão longe.
- Não me deixe mal-acostumado. Além disso, nem sempre eu consigo almoçar no horário certo.
- Mas pode vir aqui. As reuniões com o Kakashi sempre são em casa e nunca duram muito tempo.
- Porque você é um ótimo escritor, mas às vezes parece que não vê isso. – Madara apontou os hashis para o sobrinho. – E agora me diz logo porque travou tanto que precisou se prender no escritório.
Sasuke respirou audivelmente antes de encarar o tio.
- Porque o momento atual da estória tem muitos conflitos entre os familiares por causa do sequestro. Um jogando a culpa no outro, nenhuma resposta concreta, e no fim parecia que a responsabilidade do sequestro tinha sido da vítima que nem estava ali no momento da discussão.
Sasuke olhava outro ponto qualquer enquanto conversava com Madara, sua mente viajava por pensamentos similares e antigos, coisas de cinco, seis, sete, onze anos atrás.
- Eu já entendi. – A voz do tio era baixa e séria. – O Itachi disse alguma coisa?
Sasuke negou com suavidade. – Ele nunca se mete no meu trabalho porque sabe que faz parte do conjunto. Eu que deveria ser menos sensível.
Madara ergueu os olhos da pequena tigela em suas mãos para encarar o sobrinho.
- Não diga isso. Eu odeio quando se culpa e não admito que fale de si mesmo desse jeito.
Sasuke pousou a tigela na mesa e cruzou os dedos. - Não me leve à mal, tio. Eu não consigo lidar com algumas coisas mesmo depois de tanto tempo.
- Mas você melhor do que ninguém sabe o motivo.
- Sim, mas ainda não me sinto preparado para enfrentar isso. Eu sei que é uma droga e isso acaba atrapalhando você e o Itachi, mas eu preciso viver algumas coisas em fases, e a de enfrentar o passado ainda não chegou.
Madara repetiu o gesto de Sasuke, mas ao invés de cruzar os dedos esticou o braço para que o sobrinho unisse suas mãos. Esses pequenos detalhes faziam Sasuke sorrir de maneira envergonhada, mas sincera, pois gostava da forma carinhosa com que Madara os tratava.
- Nós não queremos e não vamos acelerar o seu processo particular de luta. O que a gente quer é que você saiba que não está sozinho.
- Eu sei disso tio. Se eu não tivesse você e o Itachi já teria ficado louco há muito tempo.
- Então não surte desse jeito. Eu sei que tem seus prazos, mas antes de cumprir eles precisa estar bem consigo mesmo e isso envolve qualquer coisa que possa estar te afetando.
O motivo sempre seria o mesmo, mas Sasuke já não esperava que fosse diferente. Nenhum deles esperava, não depois de tanto tempo. Entretanto, uma conversa com alguém que o conhecia era sempre bem-vinda, e ter tido a companhia de Madara por mais de três horas foi um alívio para a mente cansada de Sasuke.
Ele se despediu do tio e lhe desejou boa sorte mesmo que soubesse que o chefe dele não iria realmente reclamar sobre aquele tempo longe do departamento. Arrumou a louça e ficou pensando no que poderia fazer para Itachi jantar enquanto ia até a sala.
O cômodo tinha dois sofás retráteis de dois lugares numa cor branca e uma poltrona preta que circundavam uma mesa de centro onde no momento tinha um dos livros que Sasuke escrevera, e algumas revistas de medicina que faziam parte da literatura de Itachi. Tudo estava por cima de um tapete felpudo fofo e o escritor pisou ali descalço, agraciado pela maciez do tecido.
As paredes eram em um tom bege bem claro e atrás de um dos sofás ficava a porta de correr de vidro que dava para a sacada, mas que no momento estava oculta pela cortina de um marrom claro que a cobria. Havia ainda um rack em mogno e uma televisão presa à parede logo acima do móvel.
Sasuke ajeitou o sofá para que conseguisse se deitar, mas quando se acomodou ali precisou de alguns segundos para conseguir achar, no controle remoto, o botão que precisaria para ligar o aparelho. A visão dupla fora embora assim que ele fechou os olhos por um momento e tornou a abri-los tempos depois.
A sensação que o tomou fora de completo cansaço, e depois daquilo ele deu razão às palavras do tio, talvez precisasse mesmo de algum tipo de repouso após uma noite turbulenta de escrita. Ele tinha terminado os capítulos em atraso, mas precisara de mais algumas horas para conseguir se sentir seguro com o que tinha feito.
Essas horas ultrapassaram a madrugada anterior, mas Sasuke estava mais confortável com o andamento de seu trabalho, e diante do cansaço que lhe tomara no momento ele se sentiu grato por Itachi ter batido à porta do escritório às cinco da manhã pedindo que fosse se deitar.
Diante da fadiga ele agradecia por ter um momento de repouso digno depois de tantos dias desgastantes.
Gracias por leer!
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