bielcastelli Biel Castelli

O que dizer da amizade quando se é pura e simplesmente cheia de amor como um canto de Rouxinol. Há promessas que levamos para o resto de nossas vidas, Naruto e Sakura provam que nem a pior das complicações pode quebrar um verdadeiro laço quando se tem fé e esperança.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

#naruto #sakura #itanaru #inosaku #sakuino #drama #amizade
Cuento corto
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Can you be my nightingale?

Vai chover eu aparecendo mais uma vez aqui, hoje eu quero arrancar lágrimas de vocês. Essa One belíssima é sobre a amizade desses dois que eu amo pra um caralho (tanto como amizade e shipp :v) a história foi inspirada na música Nightingale da Demi Lovato que sempre dedica essa música para um amigo dela que não está mais aqui. Apesar de ter as tag dos casais a história vai ser mais focada em Naruto e Sakura. Espero que vocês gostem e Boa Leitura.




Aos seis anos: A promessa ...

  

Era um domingo ensolarado, quando a menina de cabelos loiros com mechas rosas entrou correndo na casa do seu amiguinho fingindo não escutar os pais chamarem a sua atenção para não correr. Passou pela tia dos cabelos ruivos, como a mesma chamava lançando um beijinho no ar e partiu em direção ao jardim nos fundos da casa onde encontrava seu amigo brincando com os carrinhos.

 

– Naru, baka - gritou acenando as mãozinhas.

 

– Já falei pra não me chamar assim – inflou as bochechas gordinha fazendo a rosada rir.

  

– Naru, vamos fazer uma promessa? – perguntou vendo o garoto olhar para ela confuso.

  

– O que é uma promessa Saky?

  

– Minha mamãe disse que uma promessa é algo importante, tipo uma ligação que não pode ser rompida e serve para uma vida toda – sorriu.

  

– E que tipo de promessa seria essa? – perguntou o loirinho voltando a brincar.

  

– Que a gente nunca vai se separar, vamos ser amigos para sempre. Que tal? – estendeu o dedo mindinho para o garoto.

  

– Se é assim tudo bem – enlaçou seu mindinho com o da amiga.

  

– Amigos para sempre – falaram em uníssono caindo na gargalhada.


Nove anos depois: Poc e Caminhoneira…

  

– Sakura eu tenho uma coisa pra te contar – deitei ao seu lado em minha cama.

  

– Eu também tenho algo pra te contar, mas tô com medo da sua reação – se sentou e olhou para mim.

  

– Então vamos falar ao mesmo tempo, certo? – falei sentando encarando seus olhos.  

  

– Eu sou lésbica!

  

– Eu sou gay!

  

Olhei para a expressão da garota a minha frente que agora estava com quinze anos e tinha o cabelo todo pintado de rosa, tendo a certeza que eu continha a mesma expressão que ela no rosto. Ambos os olhos arregalados e boca aberta.

  

– Poc – começou a gargalhar.

  

– Caminhoneira – me joguei em cima dela fazendo cócegas.

  

– Para, por favor – implorava em meio às risadas.

  

– Como descobriu? – perguntei me deitando de novo ao seu lado.

  

– Nunca me senti atraída por meninos, a delicadeza das meninas e algo a mais sempre me chamou atenção.

  

– Eu te entendo, comigo é a mesma coisa. Se lembra que ontem fui fazer trabalho na casa de Neji? – me virei para ela, a vendo balançar a cabeça em sinal de sim.

  

– Foi ontem que eu tive a certeza que eu sou Gay, a gente se beijou e depois... – senti meu rosto esquentar.

  

– Ai meu deus – colocou a mão na boca tentando conter a risada – Você perdeu a virgindade de tudo ontem? – riu – Foi bom para você?

  

– Foi ótimo Saky, Neji foi tão carinhoso e cuidadoso comigo – confessei – Depois de uns minutos eu já estava gemendo igual uma vadia e pedindo por mais  – falei escutando sua risada aumentar.

  

– Agora deixa eu contar como eu tive certeza mesmo, semana passada eu fiquei até um pouco mais tarde na biblioteca como você sabe e a Hinata estava lá. A gente começou a conversar, trocar uns olhares e nossa quando eu me dei conta estávamos nos beijando ali mesmo.

  

– Sua louca e ninguém viu?  

  

– Não, eu acho – respondeu voltando a gargalhar alto.  

  

– Agora eu estou com medo dos meus pais, será que eles vão me aceitar Saky?

  

– Eu acho que devemos contar quando estivermos prontos para nós assumirmos – pegou em minha mão.

  

– Obrigado por sempre estar do meu lado, tive tanto medo de você virar as costas para mim.

  

– Acredite, eu compartilhava do mesmo medo e obrigada também.

  

  Nos abraçamos e choramos emocionados.


Cinco anos depois: Rouxinol…

  

– Ei sapatão, ouviu o álbum novo da Demi? – perguntei ao ver a rosada se sentar ao meu lado no refeitório da faculdade.

  

– Não, mas vindo para cá eu passei em uma loja e comprei isso aqui pra gente – falava enquanto mexia em sua bolsa.

  

– Mentira! – falei sorrindo ao ver que ela tinha comprado duas cópias físicas do álbum ‘DEMI’.

  

– Um é meu e o outro é seu –  falou me entregando o cd.

 

– Meu Deus, obrigado – abracei ela esmagando em meus braços.

  

– De nada, senhor futuro personal trainer .

  

– Agora vamos ouvir o álbum aqui no Spotify, enquanto não começa a aula futura médica - ri entregando o fone para ela. A cada música era um “Que hino” que a gente soltava até que chegou Nightingale.

  

– Eu amei essa música, sabe qual a tradução do nome? – Sakura perguntou intrigada.

  

– Eu acho que é Rouxinol.

  

– Então essa música é a nossa música e você é o meu Rouxinol - me abraçou de lado bagunçando meu cabelo enquanto o sino tocava.

  

– Vamos –  me levantei guardando as coisas, notando que ela estava mais lenta que o normal.

  

– Eu ultimamente ando tão cansada e com um peso no corpo.

  

– Deve ser gripe – abracei seu braço enquanto caminhávamos para a sala.

  

– Deve ser.


Um mês depois: A Descoberta…

  

Fazia quatro dias que Sakura não ia para a faculdade, também não aparecia em minha casa e apenas tudo que recebi foi uma mensagem falando que estava tudo bem. Eu já estava farto de não receber notícias, tinha certeza que algo não estava certo.

  

Decidi ir até a casa de Sakura após mais um dia exaustivo de faculdade, entrei pelo portão da casa pintada de um rosa claro e com um enorme jardim cheio de rosas. Bati na porta que não demorou muito para ser aberta

  

– Naruto? – disse tia Mebuki ao abrir a porta com uma expressão assustada em seu rosto.

  

– Oi tia, Sakura tá em casa? – perguntei, vendo a mulher olhar para o chão.

  

– Não – respondeu sem me encarar.

  

– Se tem uma coisa que Sakura e a senhora são parecidas é na hora de mentir. Me dá licença, porque eu preciso ver minha amiga – passei por debaixo dos braços da mulher e corri escada acima em direção ao quarto da rosada.

  

– Pode ir me contando o porque desapareceu? – entrei assustando Sakura que estava deitada na cama, tão pálida.

  

– Desculpa – sorriu fraco.

  

– O que você tem? – perguntei rindo ao ver ela desviar o olhar de mim.

  

– Gripe.

  

– Fala a verdade Sakura Caminhoneira Haruno – sorri ao me sentar em sua cama pegando em sua mão.

  

– Eu tenho leucemia – começou a chorar – Eu vou morrer Naruto.

  

Eu estava tão em choque que nem percebi que a puxei para o meu abraço, onde nós dois choramos.

  

– Você não vai morrer – a apertei em meus braços.


Dois mês depois: A Batalha…

  

Fazia dois meses que Sakura decidiu se mudar para o hospital, dois meses de inúmeras transfusões de sangue e também de glóbulos brancos. Cheguei no hospital em mais um dia de visita, estava exausto por causa do estágio que consegui em uma academia.

  

Minha vida amorosa tinha ido por água abaixo hoje, há um mês eu tinha conhecido Itachi Uchiha em um jantar de amigos e eu não acreditava em amor à primeira vista até ver ele. Começamos a sair, nada de beijo e nem sexo, estávamos apenas nos conhecendo. Porém tudo se esvaiu das minhas mãos quando ele chegou no fim do meu expediente, alegando que não conseguiria evoluir um relacionamento com uma pessoa que tinha o pensamento 24 horas em um hospital e que não se importava nem consigo próprio mais.

  

Chorei ao caminho do hospital, talvez não era pra acontecer mesmo.

  

– Boa noite tia Mebuki – tentei sorrir ao cumprimentar ela.

  

– Boa noite meu filho, Sakura não está bem hoje – suspirou – Pode entrar.

  

– Vou conversar com ela – falei antes de abrir a porta.

  

– Oi meu bem – entrei vendo o porque dela não está bem. Sakura teve o cabelo raspado, ela amava aqueles fios rosas e respirei fundo para não chorar porque sabia que tinha que ser forte por ela.

  

– Olha como eu tô feia, ninguém vai gostar de mim – zombou triste.

  

– Se eu fosse mulher eu topava uma tesoura contigo – tentei fazer uma piada, mas suspirei ao ver Sakura chorar.

  

– Chega Sakura –  gritei a assustando.

  

Entrei dentro do banheiro que tinha no quarto vendo que a máquina de cortar cabelo ainda estava ali, coloquei na tomada e comecei a raspar meu cabelo escutando Sakura me mandando parar. Olhei para minha imagem refletida no espelho, olhos vermelhos de tanto chorar e careca.

  

– Eu não acredito que você fez isso – gritou alto ao me ver.

  

– Vamos ser feio juntos pelo menos – dei de ombros me sentando na poltrona.

  

– Eu te odeio por ser tão bom.

  

– Eu também.

  

– O que aconteceu? – esticou a mão para mim. Peguei em sua mão dando um beijo suave e comecei a falar.

  

– Itachi acabou com o que a gente nem tinha começado, talvez não era para acontecer – sorri.

  

– Um maldito mesmo – revirou os olhos – Pode colocar a nossa música?  

  

– Claro – peguei o celular colocando em Nightingale.


Acordei notando que adormeci ali na poltrona, olhei para o relógio do celular constando que era três da manhã. Sai do quarto nas ponta dos pés e arregalei meus olhos ao ver mamãe e papai ali, fazia dois meses que eles estavam viajando em uma segunda lua-de-mel.

  

– O meu filho – senti os braços de minha mãe me envolver em abraço de urso – A gente chegou agora e estranhamos você não estar em casa.

  

– Então ligamos para a dona Haruno e ela nos contou tudo - disse meu pai me abraçando – Por que não nos contou?

  

– Desculpa papai, não queria estragar a viagem de vocês.

  

– Vamos para casa, você precisa descansar e eu vou fazer uma sopa bem reforçada para gente.

  

– E sem faculdade mais tarde, capaz de desmaiar de cansaço ainda – disse meu pai.

  

– Dona Mebuki, mais tarde eu passo aqui – falei vendo a mulher assenti.


Duas semanas depois: A Esperança...

  

Depois que mamãe chegou de viagem eu fui obrigado a desacelerar meu dia a dia e isso estava me fazendo tão bem. Entrei no hospital vendo tia Mebuki chorar, corri até ela pensando no pior.

  

– Tia Mebuki o que aconteceu?

  

– Os médicos disseram que há possibilidades de Sakura ser salva através de uma doação de medula óssea, mas eu e Kizashi não somos compatíveis.

  

– Onde está o médico? Quero fazer esses exames.

  

– Eu não sei

  

– Eu vou procurar, por favor ligue para os meus pais virem para cá.

  

Sai correndo atrás do médico pelo hospital e depois disso tudo passou tão rápido. Assim que meus exames deram positivos, fui levado para me preparar para a retirada da medula e depois apaguei graças a anestesia. Acordei ainda meio grogue, olhei para o lado encontrando mamãe e papai dormindo sentados no sofá e me surpreendi ao ver Itachi dormindo na poltrona.

  

– Mamãe? – chamei vendo a mulher esfregar os olhos com a palma da mão.

  

– Oi meu bebê – sorriu – Você acordou, está se sentindo bem?

  

– Sim, estou com muito sono.

  

– Volte a dormir – ela disse acariciando meu rosto.

  

– E a Sakura mãe?

  

Vi minha mãe olhar para mim com os olhos já enchendo de água, não querendo acreditar que aquilo tinha acontecido.


5 anos depois: Recomeçando…


Querido Naruto


Eu sempre quis começar uma carta assim, o que eu tenho para falar é que eu te amo tanto minha raposinha louca. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Obrigada por ter ficado ficado comigo em todos os momentos, ter suportado minhas crises de choro quando eu estava bêbada e eu vou te levar sempre comigo Naruto Poc Uzumaki.


Eu já sabia que você era meu melhor amigo mas quando você raspou seu precioso cabelo por mim, eu me apaixonei mais ainda pela pessoa linda e cheia de luz que você.


Desculpa se essa carta está horrível quem é bom em demonstrar sentimentos é você.  


E se você estiver lendo essa carta eu sinto muito por ter ido embora. Mas até qualquer dia meu bem.


Sakura Caminhoneira Haruno.

  

Dobrei a carta ao sentir meu rosto molhado.

  

– Por que guardou isso ?

  

– Eu não sei, escrevi no dia que recebi sua médula – me abraçou pelo braço encostando sua cabeça em meu ombro – Tive medo de morrer e não me despedir de você – beijei seu rosto, pois sabia que era verdade.

  

– Eu quero que você seja madrinha do meu casamento.

  

– Vai mesmo casar com o Itachi? – riu – Então é óbvio que eu vou ser sua madrinha, mesmo achando loucura você se casar com 25 anos.

  

– Ah falou a mulher que está pretendendo pedir a doutora Ino Yamanaka em casamento – ri bagunçando o agora longos cabelos rosas.

  

– Ela é a mulher da minha vida – sorriu.

  

– O Itachi também é o homem da minha vida.

  

– Vamos casar no mesmo dia? – perguntou me abraçando fortemente.

  

– Claro, até porque nossa promessa de ser amigos para sempre vai além de apenas não se separar.

  

– Precisamos fazer tudo juntos, meu Rouxinol.

  

– Nós vamos, Saky. Nossa amizade é muito maior que tudo.


Sorrimos um para o outro e voltamos para nosso abraço apertado. Minha melhor amiga me fez fazer uma promessa a vinte e um anos atrás, desde então estamos a cumprindo e ela é a melhor parte de mim.




AAAAAAAA e aí, choraram? Faz tempo que eu tô com essa história pronta, mas quem disse que eu tinha coragem de postar. Eu particularmente amo a parte que um conta para o outro que são gays haha


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=pkqsqWcdih4


História betada por @MarcelaJackson

7 de Febrero de 2019 a las 14:09 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Biel Castelli "Escrever é uma maneira de viver outra vida. Muitas outras vidas." - Etgar Keret / all these bitches is my sons 🍼

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