krishoflowers Krisho Flowers

Zínia (Zinnia elegans): A zínia é também conhecida como canela-de-velho, capitão, e moça-e-velha, e seu significado varia de acordo com a cor. A magenta representa afeto; a mista simboliza pensamentos de um amigo ausente [...] por @imayoshi


Fanfiction Bandas/Cantantes Sólo para mayores de 18.

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Cuento corto
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Capítulo Único

Zínia (Zinnia elegans): A zínia é também conhecida como canela-de-velho, capitão, e moça-e-velha, e seu significado varia de acordo com a cor. A magenta representa afeto; a mista simboliza pensamentos de um amigo ausente [...]

       

       — Para de chorar, Junmyeon!

 O filho mais velho da família Kim até tinha chegado a acreditar ter vencido o irmão pelo cansaço, mas sentiu-se iludido ao tê-lo batendo na porta às suas costas pela quadragésima vez naquela noite. Chamaria aquela de A noite da ilusão. Eram quase nove da noite, conferiu no celular ao seu lado, e Jongdae definitivamente já deveria estar no salão da escola, esbanjando toda sua beleza e fazendo inveja em todos com seu namorado não-colegial.

— Cai fora daqui Jongdae! Me deixa em paz! Eu estou cansado de ser um perdedor em companhia de pessoas não perdedoras, eu quero ser um perdedor na companhia de móveis não perdedores, se é que me permite o luxo — gritou, a voz mais esganiçada do que realmente desejava, antes de enfiar o rosto entre os joelhos novamente.

— Você não é um perdedor. Ela é. Você não.

— Ela é uma perdedora aproveitando a festa com o namorado e eu sou um perdedor sem namorado chorando no quarto enquanto grita com o irmão mais novo. Realmente não parece que eu perdi a briga de perdedores desse ano, Dae. Tente novamente na próxima.

Por alguns momentos, Jongdae não o respondeu, fazendo-o imaginar mais uma vez que ele tivesse ido embora, mas, infelizmente para si, Jongdae era muito mais insistente do que gostava.

— Abre, me deixa pelo menos tentar te convencer — Myeon abriu a boca para responder, mas do lado de fora o irmão já tinha rido, certo daquilo que viria em seguida — Não abra a boca para falar que você não vai, porque eu sempre consigo o que eu quero e você sabe muito bem disso.

Não era um argumento realmente muito convincente — principalmente considerando que Jongdae era caçula e tinha um namorado muito babão, mas Junmyeon talvez quisesse ser paparicado e talvez, só talvez, convencido de algo. Se desencostou da porta, arrastando-se como um saco de batata, tendo de se esticar para girar a chave na fechadura alguns bons centímetros acima de si para que Jongdae pudesse entrar em seu quarto.

— De jeito algum que você vai passar a noite chorando por aquela garota! — exclamou no tom que Junmyeon classificaria como o bom padrão Jongdae: alto, estridentemente e ascendendo as luzes, claro. — Você vai nesse baile comigo. Agora.

— Que deprimente — olhou o loiro com tédio, as lágrimas ainda presentes embaçando sua visão. — Ir ao baile com o próprio irmão! Tudo que eu estava precisando para superar a Momo e não ser chacota depois do ensino médio, muito obrigado Dae, mas vou recusar a oferta.

— Como você é pateta — na verdade das verdades, era proposital que Junmyeon não entendesse. Por favor, adorava fazer um suspense. — Olha pra mim — pediu ao se sentar no piso, de frente para o irmão. Esperava mesmo que Junmyeon não o tivesse feito pagar pelo aluguel de ambos os ternos com todas as suas economias para simplesmente ficarem em casa chorando as pitangas ou, no máximo, saírem para comer num podrão — Baekhyun trouxe um amigo da faculdade e ele quer te levar ao baile — contou, finalmente ganhando toda a atenção do irmão, que apoiou o queixo em mãos, encarando o caçula com aqueles olhões inchados. Era aquele o sinal que você sempre deveria esperar antes de falar algo importante para Junmyeon. — Ele é extremamente bonito e simpático. Ele é alto, loiro, está na faculdade de cinema e audiovisual, te trouxe uma flor bonita e está usando aquele terno azul que o pai nunca emprestou pra ninguém. Você quer realmente perder um cara desse tipo agora pra ficar no quarto chorando pela Momo quando você deveria ir lá esfregar na cara dela que você na verdade não precisa de um casinho adolescente e tem um cara muito mais bonito que o namorado dela?

— Ele é inteligente?

— Porra, Junmyeon, eu não sei! Não foi minha maior preocupação quando ele apareceu belíssimo naquele terno, por favor né.

Junmyeon tinha frequentes crises de paixonite aguda por Hirai Momo desde o final do fundamental, mas apenas faltando um mês para sua formatura do ensino médio ele conseguiu encontrar alguma chance de tentar entrar no jogo e aparecer em seu campo de vista. Jongdae e Dahyun, do segundo ano assim como ela, o avisaram que era a maior furada de todo seu histórico de estudante do ensino médio, mas ele cismou que o término da garota seria o suficiente para que ela aceitasse o acompanhar em sua formatura. E até foi; tirando o fato de que no horário combinado para a festa, ao chegar na casa dela, Junmyeon descobriu que a mesma já havia sido buscada por Minseok e que eles tinham reatado muito bem, obrigado.

— Por favor, vamos. É a sua formatura, Jun. Você vai se arrepender disso amanhã e eu realmente não quero te ouvir chorando dois dias seguidos — Myeon negou novamente, vendo o caçula suspirar cansado e semicerrar os olhos — Não acredito que está me fazendo usar isso… — respirou fundo como se desse ao irmão mais uma chance e então utilizou sua arma secreta — ele é chinês e morou no Canadá nos últimos anos — arqueou uma sobrancelha e mais uma vez soube ter ganhado.

Como sempre.

— Me disseram que eu teria que ser um príncipe essa noite, mas ninguém falou que eu iria dar de cara com um — como Junmyeon amava sotaques, pelos céus, ainda mais em homens altos, loiros, muito belos, principalmente quando estes vestiam ternos. — Wu Yifan! Prazer em conhecê-lo, Junmyeon — ele sorriu bonito ao pé da escada, esperando Myeon com uma flor colorida que definitivamente não conhecia, pronto para entrega-la diretamente em suas mãos.

— O prazer é meu — sorriu de volta de forma sincera, as bochechas vermelhas combinando com os olhos da mesma cor mesmo depois de serem lavados. — Desculpa a demora toda.

— Sem problemas, eu gosto de pausas dramáticas; caem bem antes de entradas triunfantes — piscou, oferecendo o braço para o moreno e se vendo ignorado quando ele se encolheu demais junto com seu rosto vermelho escarlate, passando reto ao seu lado, indo direto para a porta, apenas acenando para seus pais. — …  e antes de ser ignorado também —murmurou para si mesmo antes de segui-lo, recebendo palavras doces de boa sorte por parte dos Kim que bateram em suas costas como consolo.

Precisava de muito mais que aquilo para superar uma esnobada daquela, mas ainda tinha a noite toda para não desistir.

 

 

Junmyeon e Yifan haviam se conhecido naquela que Junmyeon achava que seria a pior noite de sua vida e, de fato, até certo ponto ela foi — principalmente para a pobre caixa de chocolates que fora parar no rio em um momento de surto —, mas de alguma forma ver a cara de taxo de Hirai quando Yifan lhe puxou para que dançassem agarradinhos umas três musicas lentas — seguidas — fez sua noite valer a pena.

Não tinha nada a ver com o perfume bom que ele exalava, as mãos quentes em sua cintura ou como o sorriso dele era bonito quando visto de perto, Junmyeon sequer tinha reparado aquilo, longe dele, ele só queria saber de não sair do colegial como um completo fracassado e nada além disso.

— Sabe, Jongdae disse para eu chamar Dahyun para vir ao baile comigo. Ela é uma amiga nossa, tão bonita, inteligente, engraçada e ainda por cima gosta de mim, mas então eu pensei que tinha uma chance com a Momo e… estraguei tudo — Junmyeon suspirou ao confessar, fazendo careta ao beber mais um gole da cerveja que estava em sua mão. Odiava o gosto daquilo: deixava sua boca amarga e seu estômago queria jogar tudo para fora, mas o convite para fugir do ambiente com música muito alta era tentador, além de Yifan ter jurado que o ventinho do lado de fora estava ótimo.

Principalmente em cima do capô precioso e amado de Byun.

— Não fique se martirizando por algo que já aconteceu — Fan se ajeitou sobre o carro, tirando os olhos do céu estrelado para pregá-los nos de Junmyeon que o encarava interessado — Se posso dar um lado positivo, acho que tudo isso aconteceu para que pudéssemos nos conhecer hoje. Se tudo tivesse ocorrido conforme os planos, Momo e o namorado esquisito dela estariam ainda solteiros, eu estaria vomitando bêbado no banheiro e você provavelmente iludido — sorriu como se fosse reconfortante, mas foi respondido com uma careta desgostosa — Talvez o destino tenha nos colocado aqui essa noite, Junmyeon! Olha, não sei se reparou, mas toda a festa foi decorada com zínias multicoloridas, exatamente o tipo de flor que eu te dei, elas signific…

— Você acredita em significado de flores e destino? — Kim tombou a cabeça para o lado antes mesmo da resposta, apertando os olhos escuros em um sorriso grande — Isso é tão fofinho!

A frase fez todo o sangue de Yifan se encontrar em suas bochechas. Detestava ser o cara fofinho. Ninguém nunca gostava do cara fofinho realmente, ele só estava lá para consolar protagonistas tristes, o que nem de longe fazia seu tipo.

— Não. Eu só estava brincando.

Junmyeon não disfarçou ter percebido a mudança na voz de Yifan que passou de extremamente empolgada para completamente constrangida, gargalhando ao pensar que mesmo um cara tão grandão poderia ser o cúmulo de tudo aquilo que achava extremamente adorável. Não que você deva falar para um possível paquera — cento e um por cento atraente — que ele é fofinho, mas Junmyeon pagaria a prenda que fosse apenas para ver aquela cena de novo e, por mais que tivesse demorado, acabou acontecendo.

 

 

— O que você quer?

Baekhyun nunca havia achado o cunhado uma pessoa realmente doce e equilibrada, mas se tornar universitário transformou Junmyeon numa fera sempre sedenta para decepar cabeças de engraçadinhos como ele. Spoiler: ele passou a adora-lo muito mais após isso. Adorava brincar com o perigo.

— Eu te vi conversando com o menino do caixa. Você é amigo dele, né? — perguntou em tom baixo, se inclinando sobre a mesa enquanto os dois amigos que o acompanhavam fingiam não ver a cena. Junmyeon lhe franziu o cenho com desconfiança, olhando o cara alto atrás do caixa apenas para ter certeza de que estavam falando da mesma pessoa.

— Infelizmente sim, por quê?

Baekhyun apontou com o queixo para o cara que dividia o sofá vermelho da lanchonete com Junmyeon que por um momento se sentiu um monstro ao não ter dado o devido “bom dia” aos acompanhantes de Baekhyun, já que o próprio fazia questão de não merecer; se sentindo então na obrigação de direcionar um sorriso a Yifan e então ao outro cara de olhos arregalados e parte do rosto escondida por um copo de café.

— Eu te arrumo um doce mais tarde se você desenrolar o número do cara pro Soo, Junmy. Por favorzinho, pelo cunhadinho do seu coração — Junmyeon encarou o moreno ao seu lado por mais alguns segundos antes de se levantar, assentindo veementemente, deixando seu material ali para se direcionar ao caixa do pequeno estabelecimento e entrando na fila do local, apenas porque a ideia do doce realmente havia lhe convencido.

Ele tinha ótimas justificativas, sempre tinha: sua vontade diária de chutar Baekhyun no traseiro aumentava a cada vez que o olhava, mas sua mãe era confeiteira e não podia perder oportunidades tão boas, certo?

— Veio pra faculdade e ficou um nojo, não é mesmo? — quando Yifan parou ao seu lado, carregando seu material em mãos, um sorriso de canto e olheiras tão profundas quanto as suas, não pode deixar de sorrir de volta para ele, concordando meio sem jeito e totalmente sem saber o que falar — Como está indo com tudo? Está cursando física, certo?

— Sim — assentiu com um suspiro, encarando por um momento os lanches da vitrine, se perguntando se não deveria fazer mais um antes de partir — Bom, a dica do dia é: se você quer continuar tendo uma vida saudável e minimamente normal, não curse exatas.

— E é por isso que eu sou um protótipo de cineasta — Yifan deu de ombros, vendo nos olhos do mais baixo a inveja que tinha feito, rindo de como Junmyeon parecia bonito emburrado. E de forma alguma ele havia pensado nisso por conta de ele estar sempre emburrado, longe dele — Essa é a segunda vez que nos vemos, não é? — o loiro teve de esperar Junmyeon sussurrar algo com o tal garoto do caixa quando sua vez chegou, parecendo bem apressado ao gesticular loucamente, com as mãos para o alto, jogando os braços de um lado para o outro como numa coreografia de música infantil, porém, apesar do escândalo todo, aquele com quem falava apenas riu e não demorou até que ele voltasse com um papel que deixou na mão de Yifan em troca de seu material, coçando o queixo ao olhar para ele novamente.

E então ele riu alto e fechando os olhos, como Fan ouvia de Jongdae ser atípico dele fazer, mas que se lembrava bem de ter visto quando o encontrou pela última vez, manchando a lataria do carro de Baekhyun com solas de sapato e cerveja quente.

— Bom, você sabe o que acontece no terceiro, certo?

Junmyeon teve de se segurar para não soltar um belo e audível “adorável” antes de sair da lanchonete, largando para trás um Yifan sem palavras diante da sentença inesperada. Um lado de si — aquele que adorava assistir novelas com sua mãe e ler romances eróticos — visualizava se encontrar com Fan numa casa de campo onde se amariam loucamente por toda a noite com a luz do luar sobre eles, porém seu outro lado — que consistia em todo o resto de si e vivia no mundo real — torcia para nunca mais dar de cara com Yifan em toda sua vida, afinal, era do tipo que atiçava e corria, afinal. Era um arregão de primeira classe e nunca que  seria um chinês falsificado parcialmente canadense que iria conseguir muda-lo.

Infelizmente.

 

 

“Eu não acredito nisso” As palavras de Jongdae foram gritadas em sua mente como em um flashback bem vívido, fazendo-o se lembrar de cada mísero detalhe daquele dia infeliz, como se já não fizessem quase um mês desde que aquilo havia acontecido. “Kim Junmyeon, meu irmão Kim Junmyeon fez uma cantada de duplo sentido para alguém em quem ele realmente tem interesse? Não posso acreditar.”.

Quando esteve cara-a-cara com Yifan pela terceira já pôde descartar sua opção de nunca mais o ver e, infelizmente, não estavam transando em uma casa de campo. Sua vida era muito difícil. E então se viu envergonhado pela primeira vez por simplesmente não poder ter perdido um “oportunidades tão boa”.

Não fazia nem duas semanas desde que tinha sido contratado para trabalhar numa floricultura apertada da cidade. Ficava bem no centro, perto de tudo, mas ainda sim estava numa rua mais escondida, sem todo o barulho do universo em seus ouvidos para o deixar louco. Por um momento chegou a acreditar que o destino, fiel parceiro de Fan, tinha dado uma mãozinha para o ajudar com seu interesse em dar umas bitocas no chinês, colocando os dois no mesmo lugar numa manhã de quarta-feira chuvosa, mas as roupas encharcadas do homem loiro e seu aparente desinteresse em pegar qualquer flor, semente, muda ou buquê fazia com que toda situação se assemelhasse muito mais a Baekhyun dando uma mãozinha.

Ou ele realmente gostava bastante dessa ideia.

Apesar de estarem na mesma faculdade, a diferença de áreas e campus não permitia uma trombada dos dois homens em qualquer corredor da instituição, enquanto nos horários vagos Junmyeon sempre recusava qualquer saída com o irmão e o namorado do mesmo para se enfurnar no quarto decorando imensas fórmulas e assistindo vídeos ainda mais imensos sobre como aplica-las numa conta e também em todo o universo.

Então parecia que a pergunta era, por que não o encontrar no trabalho?

Kim se achou extremamente egocêntrico por considerar que aquele era o motivo da presença de Wu na floricultura, frustrando-se ao vê-lo escolher um buquê gordo de rosas vermelhas, levando-o até onde estava parado como um dois de paus, atrás do caixa branco com verde igual ao seu uniforme, sorrindo maior do que realmente queria.

— Você pode deixar o trabalho alegando que vai cumprir a regra do terceiro encontrou, ou… — talvez fosse a convivência com Baekhyun que o tivesse tornado engraçadinho ou talvez fosse o fato de ser Wu Yifan lhe direcionando a palavra que lhe fez rir, mesmo que de uma piadinha maliciosa em uma hora bem inoportuna.

— Sinto muito, mas não — balançou a cabeça em negação, pegando o buquê das mãos alheias para arrumar o papel decorado que o envolvia, escolhendo uma das fitas sob o balcão para o enrolar, tornando-o ainda mais bonito se fosse possível, trocando-o pelas notas sem troco que Wu lhe entregou — Parece que está saindo com alguém.

— Podia ser com você, mas infelizmente você foge de mim como o diabo foge da cruz.

Junmyeon pousou a canhota no próprio peito, com uma exagerada expressão de choque. Então ele tinha reparado, né? Droga.

— Eu pensei que gostava de zínias — fugiu do assunto com um risinho sem graça, vendo o mais velho lhe arquear uma sobrancelha. Que situação, ein. Que Baekhyun nunca soubesse que seu amigo bonitão fazia as bochechas de Junmyeon esquentarem com tanta facilidade.

— Elas combinam com você. Eu estou levando rosas porquê… ok, ela não combina com rosas, mas o Baekhyun disse que gosta delas, então vou fazer as honras — ele deu de ombros, mexendo nas flores bonitas, sentindo o cheiro bom que elas emanavam — Mas então, — limpou a garganta, antes de encarar o moreno mais uma vez, sorrindo para ele da melhor forma que podia — Quando você vai me dar uma chance pra sair com você?

— Quando você quiser.

— Amanhã à noite?

— Ai, amanhã não posso —mesmo Fan teve de rir, vendo Junmyeon esconder o rosto entre as mãos antes de lhe olhar novamente pelo vão deixado entre seus dedos — desculpa, desculpa, amanhã eu tenho trabalho da faculdade. Podemos sair no sábado? Eu vou estar livre o dia inteiro, podemos almoçar num lugar legal ou algo assim, o que acha?

— Claro! Vai ser ótimo! — o chinês se viu feliz ao responder com uma piscadela, se pondo a sair da loja, parando apenas para pagar pela cantada que tinha ouvido da última vez que Junmyeon havia ido embora como um fugitivo — Se você tiver sorte, talvez eu seja sua sobremesa.

 

 

Peguei seu número com o Baekhyun.

Fan?

Eu mesmo, o chinês mais inoportuno dessa Coreia. Só vim para te desejar boa noite e perguntar qual é sua cor preferida.

Magenta, eu acho… por quê?

Porque a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, pequeno matemático mais lindo da cidade. Beijo!

 

Junmyeon, de uma forma muito esquisita que era propícia dele, adorou o jeito estanho com o qual Yifan mostrou se importar depois que havia decidido parar de se importar. Ele mandava mensagem de bom dia e não lhe incomodava durante todo ele, como se soubesse que detestava com toda a força pessoas grudentas que estavam disponíveis por todo o tempo. Mas então ele voltava à noite, perguntando de seu dia, contando as novidades em caso de haver alguma e trocando algumas cantadinhas bobas antes de dizer boa noite e sumir como se no dia seguinte todo o ciclo não fosse recomeçar.

O Kim mais velho gostava daquilo. A presença de Yifan lhe agradava muito, mas não o ter em seu pé o tempo inteiro agradava mais ainda, saber que não precisavam estar se falando o dia inteiro, podendo ter sua própria vida, o fazia festejar como uma criança. Aquilo fazia com que até mesmo sentisse um pouco de falta, o que não costumava acontecer com ninguém além da mulher que chamava de mãe.

Mas então aqueles três dias passaram arrastados entre as poucas mensagens até que pudesse encontrar com Yifan num restaurante bonito de dois andares no centro da cidade. Apesar da aparência sofisticada por fora, Junmyeon encontrou um ambiente calmo e receptivo em seu interior, decorado em cores claras, exalando um cheirinho de lar por todo o espaço amplo. Da porta, pôde ver Yifan na parte de cima, com uma blusa magenta tão gritante quanto seu irmão e um buquê de zínias — que agora reconhecia com facilidade — da mesma cor, se tornando um ponto colorido bem no meio do restaurante.

— Eu conheço o seu rosto, não precisava chamar tanta atenção assim para eu conseguir te encontrar, Fan — o chinês riu debochado da frase engraçadinha, mas abraçou Junmyeon meio sem jeito e lhe entregou as flores bonitas que havia comprado, deixando um silêncio tímido recair sobre os dois, que mesmo quando trocaram as primeiras palavras, ainda que fossem sobre aquilo que pediriam para comer, riram envergonhados um para o outro como duas crianças.

— Jun? — Wu chamou poucos minutos após o garçom se retirar e eles continuarem a olhar os menus em suas mãos — Por que nós estamos tão quietos? Nós devíamos, sei lá, estar nos beijando e nos conhecendo melhor porque eu não sei você, mas essa é a única coisa que consigo pensar em fazer enquanto você parece tão concentrado encarando esse cardápio fingindo que está lendo alguma coisa.

— Você podia estar me beijando, mas está aí muito ocupado reclamando que não estamos nos beijando — Myeon não levantou os olhos para encarar ao mais velho, mas mesmo assim Fan podia vê-lo arquear as sobrancelhas.

E apesar de ser totalmente resistência, Yifan não resistia àquele baixinho alvorotado nem por muito dinheiro, voando em segundos para se sentar na cadeira ao lado da do moreno, se empertigando todo ao se aproximar, esticando um braço para o passar sobre os ombros de Junmyeon, lhe sorrindo de lado, da forma mais galanteadora possível, finalmente conseguindo atrair um mísero olhar constrangido por parte do coreano.

— Zínias em magenta significam o afeto — ele sussurrou em um sorriso pequeno, vendo Junmyeon finalmente fechar o pequeno livro a sua frente para lhe dirigir toda a atenção ao apoiar o rosto em uma das mãos, com bochechas coradas e a destra suada quando ousou tocá-la, sentindo seu estômago virar de cabeça para baixo ao perceber que talvez pudesse causar em Junmyeon o mesmo efeito que ele causava em si — Como o afeto que tenho por você, Myeon.

— Você está muito perto.

— Normalmente você ainda tem que chegar um pouco mais perto para beijar alguém, Jun — ele teve de rir, vendo os olhos alheios se abaixarem até onde suas mãos se tocavam, deixando então que seus dedos se entrelaçassem aos dele, vendo-o sorrir parecendo ainda mais bonito, principalmente daquele ângulo — Me deixa beijar você, Junmyeon?

Yifan teve de se derreter quando Junmyeon assentiu ao olhar em seus olhos antes de simplesmente fechar os próprios, esperando pela aproximação do loiro, que não demorou a acontecer, fazendo com que seus lábios se encostassem de forma singela e cuidadosa atento para cada sinal que o corpo de Junmyeon, inclusive a forma como ele se aproximou até que suas cadeiras estivessem coladas e não houvesse mais muito espaço separando o pequeno selar que eles dividiam e que não demorou a ser aprofundado por ele próprio, que dividiu com Fan o saborzinho da bala de mel que poucos minutos antes havia terminado de derreter em sua boca.

— Você vai se assustar se eu disser que estou esperando por isso desde a noite da sua formatura? — de testas coladas, Kim abriu os olhos novamente, grato por poder apreciar um homão daqueles em visão vip, literalmente cara-a-cara — O Baekhyun sempre me falou tão bem de você e então eu pude te conhecer te levando a um baile e… quando eu te vi descendo aquelas escadas todo quieto e envergonhado eu sabia que ia ter uma noite difícil.

— Difícil?

— Mas é claro. Eu sempre desenvolvo interesse em uma pessoa em um de três níveis. O primeiro deles é quando eu estou determinado a conquistar alguém, ter sexo e então torcer para nunca mais encontrar ele ou ela de novo. O segundo nível eu decido que eu quero muito ter algo com aquela pessoa, mas acontecendo o que acontecer, no dia seguinte quero ser amigo dela. Mas você foi um dos raros “nível três” da minha vida: É como o nível dois, só que com uma pessoa que de cara me encanta por muito mais que só uma noite e muito além da amizade. Além de tudo, você não me deu qualquer moral, fugiu de todas as minhas investidas enquanto na minha mente eu só conseguia repetir “eu preciso conquistar esse cara antes que ele me conquiste”.

— E eu acho que deu certo, não? — uma versão risonha demais de Junmyeon lhe respondeu com voz doce, tendo um beijo roubado por parte do mais velho que apenas negou com a cabeça.

— Mas é claro que não. No fim daquela noite eu já estava de quatro por você e você nem tcham pra mim, mas foco no resultado e olha onde estamos agora, não é mesmo? Eu finalmente posso realmente ficar de… — Ele parou antes que a ameaça indiscreta dos olhos brigões de Junmyeon se concretizasse, se afastando enquanto ria, com as mãos para o alto como se estivesse se rendendo por um crime — Eu não ia falar o que você tá pensando… ok, talvez eu fosse, mas é com a melhor das intenções, eu juro.

— Você não tem vergonha na cara mesmo, não é Yifan? Meu Deus — Ele escondeu o rosto entre as mãos, feliz demais para deixar que o outro visse o brilho digno de panela inox da Tramontina que seus olhos carregavam naquele momento — Não sei nem como eu gosto tanto disso.

E realmente gostava mais do que a encomenda pedia, porque só Deus sabe a propina em forma jornais entregues na porta, pães fresquinhos e flores multicoloridas que teve que pagar para que senhora Jung não espalhasse para o bairro todo sobre os amassos quentes que o viu dando com Yifan no início daquela noite na esquina da rua de sua casa. Não era nem por conta de Fan ou porque não queria que os vizinhos farofeiros soubessem que estava se enrolando com alguém; se tratava apenas de uma questão de honra: Jongdae era o filho dos Kim sobre o qual todos sempre se empenhavam em fofocar, era o que fazia arte na escola, trocava as correspondências das casas da rua e beijava gente diferente todo dia — um sempre mais esquisito que o outro, até que nada pôde superar Baekhyun —, então quando as fofocas começassem a ser sobre Junmyeon, perderia uma aposta milenar de que um dia pagaria pela língua que tanto usava para caçoar do caçula que se orgulhava das besteiras cometidas.

Depois que começou a levar Fan realmente a sério, de alguma forma isso aconteceu com Baekhyun e Jongdae também. Eles lhe aconselhavam sobre relacionamentos e pela primeira vez na vida ele ficou feliz de escutar, assim como também começou a participar das saídas em grupo e aceitava as propostas de encontros duplos para os quais sempre paravam em lugares melosos demais para que pudesse evitar não passar todo o tempo possível caçoando-os junto de Yifan. 

Suas notas na faculdade não caíram como pensou que iria acontecer e Yifan não quis de repente invadir seu espaço pessoal como todos os — poucos — caras antes dele tinham feito. Estavam indo com calma, assistiam star wars na casa dele, iam a palestras sobre política e astrofísica apenas para tentar aprender o algo novo de cada dia, então jogavam Monopoly para acabar com Baekhyun e Jongdae, sem saber como no final de tudo acabavam parando em um canto escuro para se beijarem loucamente como se não houvesse amanhã. A mãe de Baekhyun gostou de levá-los para cozinhar e Yifan adorava ajudar Junmyeon na floricultura quase tanto quanto ele adorava estar presente nas gravações dos curtas do chinês antes que fossem descobrir mais um restaurante bizarro que nunca tinham visto na cidade. Eles começaram a ir ao teatro com mais frequência e Junmyeon até aprendeu a beber depois de algumas festas para as quais tinha sido carregado com a promessa do “vai ser legal” e que real e impressionantemente eram. Myeon aprendeu a gostar dos amigos estranhos de Yifan e até mesmo decidiu dar aquele empurrãozinho para Kyungsoo continuar investindo em Jongin que ainda trabalhava no caixa da lanchonete e havia se tornado inspiração dos poemas que o garoto escrevia com frequência, enquanto depois de alguns anos afastado da sua, Yifan aprendia a lidar com a ideia de ter uma família, com senhor Kim puxando seu saco e senhora Kim sua orelha, o tornando mais filho do que genro.

Dia seguido de dia eles pareciam mais próximos e em todo lugar não era mais só o Kris ou só o Myeon, era Kris e Myeon de um lado para o outro, como se os dois tivessem virado uma única pessoa. Não por conta de andarem juntos a todo o tempo, mas pela facilidade como um sempre aparecia nos assuntos do outro sem que eles mesmos percebessem; eles dividam os mesmos planos e entrelaçavam aqueles que não, com a calma e empatia de um casal com cinquenta anos de matrimônio.

 — Você definitivamente vai transar hoje, Junmyeon — Jongdae avisou de forma sábia e desinteressada quando viu o irmão mais velho entrando em seu quarto às pressas, indo direto ao guarda-roupa em busca de alguma camisa que combinasse mais com o macacão jeans que tinha escolhido, mas que infelizmente não parecia cair bem com nada em seu armário com o total de muito menos roupas que um ser humano precisa para lidar com trinta dias em um mês — Coloque outra cueca, pelo amor de Yifan. A não ser que sua vontade seja de assustar ele, você não vai querer que ele tenha a visão que eu estou tendo em pleno dia de seu aniversário, por favor — Junmyeon olhou para baixo, encarando o próprio corpo. Não era a cueca mais nova do seu arsenal, mas estava ótima, tinha certeza absoluta, adorava aquele material, além de tudo — Eu te dei cuecas novas semana passada, Myeon. Troca isso — o moreno podia sentir no tom de voz de Dae a felicidade em provar que cuecas e meias eram sim ótimos presentes quando não, tinha certeza de que não eram.

Após alguns bons segundos parado de boca aberta em frente ao mais jovem, Junmyeon se pôs a marchar para o lado de fora do quarto, com os pés descalços fazendo barulho e as mãos na cintura de forma emburrada, voltando quando se deu conta de tudo que seu irmão havia falado.

— Por que você acha que vamos fazer sexo?

— Quer na ordem alfabética ou cronológica?

— Cronológica, por favor.

E era exatamente por motivos como aquele que seus pais tiveram outro filho, para salvar as próximas gerações de serem igual àquilo.

— Bom, vamos considerar que vocês não são crianças, estão saindo juntos de forma exclusiva e pública há meio ano e são claramente apaixonados um pelo outro mesmo que digam que não são namorados. Vocês ficam trocando fotos sem roupa o suficiente para ter um book por mês e só deus sabe o que as minhas pobres paredes e meus pobres ouvidos ouvem de você choramingando no telefone com o Jongin sobre como quer foder com o Kris e, já que ainda não vemos razões o suficiente, hoje é aniversário dele, na casa dele, onde ambos vão estar levemente alcoolizados… o que me faz chegar a conclusão de que alguém vai tirar o jubileu da toca.

Junmyeon maneou a cabeça, coçando o queixo antes de assentir e se dar por vencido.

— Ok, eu vou trocar a minha cueca.

— Leve camisinhas também! — avisou quando o irmão já havia sumido de vista, voltando segundos depois para fuçar no guarda-roupa alheio novamente, pegando uma blusa listrada com mangas longas e saindo mais uma vez, antes de voltar novamente, fazendo o mais jovem arquear as sobrancelhas antes de ler o sorriso amarelo que lhe deixou sem saber se fingia um bufar estressado ou se sorria cúmplice de volta — Segunda gaveta da cômoda. Vai me pagar depois.

— Claro!

Que não, é óbvio.

 

 

Apenas quando já se passava da meia-noite, Junmyeon, Jongdae e Baekhyun conseguiram parar em frente ao prédio onde Wu morava. Como não gostava de muvuca e tinha um carro, se dava ao luxo de morar numa zona mais barata da cidade, num cantão longe de barulho e perto o suficiente de tudo que precisava. Do lado de fora era possível ver luzes multicoloridas que escapavam entre as cortinas do apartamento do terceiro andar, mas a música só foi ouvida quando pararam em frente a porta que fora aberta após a terceira ou quarta vez que Baekhyun a socou, vendo um soo suado e sem qualquer coordenação para dançar junto da batida alta os atendendo, com um sorriso alegrinho e cabelos bagunçados.

— Achei que vocês não vinham — ele se arrastou para o lado, apontando para a sala pequena e cheia de gente, em grande maioria conhecidas por eles, quase todas da faculdade onde exceto Jongdae estava — O dono da casa tá na cozinha, vão lá, vão — ele dispensou a companhia alheia facilmente, batendo a porta e voltando para perto de um dos sofás da sala, onde Junmyeon identificou Jongin sentado, trocando olhares sacanas com ele, sabendo que no dia seguinte ganharia horas de histórias sobre como tinha ido parar ali e tudo o que havia acontecido após os cinco segundos que tinha visto.

Quando passou por todas as muitas pessoas em seu caminho até a cozinha, percebeu que tinha perdido Baek e Dae em algum lugar atrás de si, mas não se preocupou realmente em os achar, focado em dar os três passos que precisava para atravessar toda a cozinha  e abraçar o homem alto e loiro que estava de costas para si, apertando contra o peito dele o buque que carregava com cuidado desde que saiu, ouvindo-o rir baixo quando segurou as flores junto de suas mãos.

— Zínias em magenta significam afeto — ele sussurrou e sabia de alguma forma que ele lhe ouvia mesmo com toda a música ao redor — como o meu afeto por você. Feliz aniversário, Fanfan.

Quando Yifan se virou, vestia um sorriso imenso, bochechas coloridas de vermelho após algumas latinhas de cerveja e olhos brilhando pela felicidade de ver Junmyeon. Depois de tanto Kyungsoo lhe zoar, chegou a considerar que Junmyeon não iria aparecer, mas ali estava ele, lindo, cheiroso e com o macacão que havia dado para ele.

Se Deus não existia, como ele estava para diante de seus olhos naquele momento?

— Você sempre foi gostoso assim? — foi tudo que pôde dizer em um risinho cheio de significados antes de puxar o moreno para um beijo com todo o desejo possível envolvido. Estava tão apressado com tudo que tinha que organizar para seu tcc que há quase duas semanas não se viam, não se tocavam e pouco se falavam ao telefone com tantas obrigações. — Eu estava morrendo de saudades.

— Eu também estava, meu bem — Myeon se sentiu esquentando, recebendo do mais velho o copo de uma bebida laranja que ele estava preparando até então, provando e aprovando seu gosto, vendo-o se virar para colocar seu buquê em um pequeno jarro com água para então voltar misturar mais de outras bebidas que provavelmente dariam uma daquela que Kim estava bebendo.

— Eu estou doido para poder te mostrar meu filme novo, Jun. Eu nunca pensei que estaria ansioso para o tcc, mas eu estou, e do melhor jeito possível — eles riram juntos de um jeito baixinho antes de voltarem a um pequeno silêncio reconfortante.

O trabalho de conclusão de curso de Yifan era o primeiro filme que fazia sobre o qual ele não trocava uma palavra com Junmyeon. Tinha recebido uma dica sobre ser um romance contendo um físico bonitão como protagonista, mas não sabia se era verdade ou apenas mais um dos discursinhos dele para ganhar um ou dois mimos a mais.

Por via das dúvidas, gostava de acreditar.

— Bem, eu também estou doido para te mostrar o meu filme — ele viu Wu o encarar confuso, murmurando algo em mandarim que não sabia interpretar, mas que soava bom aos seus ouvidos — O protagonista dele é um físico bonitão, como no seu — quando Fan largou as garrafas de bebida no balcão e se virou de frente para si, a expressão indecifrável e os olhos tempestuosos, soube que atiçar e fugir não seria uma opção daquela vez — mas eu acho que você não precisa se preocupar com plágio. O meu é um romance, mas é um tanto quanto… caliente.

— Do que você está falando, Junmyeon?

— Você não pensou que eu lhe daria apenas flores de presente… pensou?

Talvez no início fossem só as flores, com um vídeo bobo também incluído no atiçar e fugir. Contudo, lembraria ao loiro de agradecer a Jongdae mais tarde por toda a preparação psicológica e as camisinhas.

E, claro, um lubrificante de vidro bonito que preferiu pegar na surdina apenas para prevenir.

— Por um momento pensei que, mas agora estou ainda mais feliz por saber que não — Myeon sorriu ao tirar do bolso do macacão um pen drive junto de uma gravata que, por coincidência, era magenta como o pequeno objeto, entregando ambos nas mãos do chinês que parecia estar segurando a gravata do presidente e o santo graal — Você não está mesmo brincando comigo, Jun?

Pelos céus, ele tinha dado tanto o fora para Yifan ficar realmente tão chocado?

A resposta era sim, óbvio.

— Eu nunca falei tão sério, bebê — ousou se aproximar, passando as mãos pelos ombros largos do mesmo, desabotoando os primeiros botões da camisa florida que ele vestia, tocando sua pele com a ponta dos dedos em um carinho tão sutil que quase não perceber como Fan piscou devagar naquele momento — Me espera no quarto — pediu contra os lábios alheios, porém ele assentiu tão veementemente quanto se fosse uma ordem — Eu vou ter certeza de que nenhum Baekhyun bêbado vai arrombar as portas daqui de novo.

— Gritando eu quero que a princesa Leia me coma? — sussurrou de volta, vendo o mais jovem assentir antes de lhe beijar.

— Me coma enquanto nós dois vestimos um biquíni dourado.

2 de Enero de 2019 a las 21:24 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Krisho Flowers O KrisHo Flowers é o primeiro projeto no Spirit Fanfics e no Inkspired com objetivo de cultivar e fazer florescer novas fanfics KrisHo.

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