saaimee Ana Carolina

Em um mundo onde perigos estão mais pertos do que se consegue ver todos os dias se transformavam em batalhas longas e pequenas que podiam render moedas ou somente ferimentos. Hoje, entretanto, o dia parecia terrivelmente calmo onde um casal conseguiu encontrar a missão simples de explorar uma área atrás de um item magico. Não havia nada demais ali e até mesmo os perigos listados pareciam piada para eles. Não havia qualquer risco e ainda assim ninguém além deles quis pegar a oportunidade. Apesar de estranharem a situação nenhum deles resolveu dar um passo atrás e prontos para matar algum tempo seguiram até o local marcado sem ter a mínima ideia do que realmente os esperava lá. -------------------------- → Capa feita por mim com itens gratuitos. → Fonte utilizada: Brotherhood Script. ✼ Postar esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências.


Aventura Todo público. © Todos os personagens aqui pertencem a mim e TsukiAkii. Portanto postar/reproduzir esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências.

#rpg #boys-love #shounen-ai #feitiço #magia #missao #original
Cuento corto
8
6.6mil VISITAS
Completado
tiempo de lectura
AA Compartir

Capítulo Único

Pássaros cantando, sol brilhando, monstros atacando e criaturas trabalhando em novas missões. Esse era mais um dia comum em Alluk. Um mundo onde o perigo estava em todo canto que se olhava e a felicidade vinha de cada pequena vitória contra eles. Hoje era mais um dia típico onde novos grupos se formavam para iniciar novas aventuras de risco.

Alguns dias atrás durante uma pesquisa de campo soldados encontraram uma atividade de energia anormal no abismo do desconhecido, uma localização abandonado por todos os seres vivos que ficava próximo a cidade dos ventos. E, como de costume, a missão de investigação rapidamente foi anunciada junto a recompensa em todos as cidades das regiões próximas para poder resolver logo o problema.

Diante do painel de madeira em uma dessas cidades grupos de curiosos e convencidos se formaram observando essa e outras missões. Por entre eles um casal experiente na matança diária resolveu aceitar os termos e partir naquele mesmo dia para o destino que ninguém parecia realmente querer seguir.

• • •

Os dois caminhavam calmamente lado a lado pelo seco gramado raso e entre montanhas enormes sem se deixarem abalar pela intimidação da missão. O mais alto deles — um homem de cabelo mediano liso e loiro, olhos azuis, corpo esculpido em músculos e uma joia da mesma cor dos olhos presa em sua testa — carregava uma espada enorme e pesada nas costas como se fosse uma mochila de pano enquanto observava os arredores vazios da área. O outro menor tanto em estatura quanto em músculos segurava um cajado pequeno em mãos enquanto analisava as instruções no papel mal cortado da missão com os olhos azuis atentos e sentia o vento bater bagunçando seu curto cabelo vermelho.

Seus passos eram suaves e deixava claro sua tranquilidade mesmo com os riscos alertados pelo general na base. Sabiam que essa era uma missão como qualquer outra e envolvia esses possíveis perigos, porém estavam acostumados e, pelo que foram informados, não teriam que fazer muito além de explorar a área e procurar itens perdidos.

— Quanto tempo acha que a gente leva? – Perguntou o loiro olhando rapidamente para o rapaz ao lado.

— Não sei... Mexer com itens mágicos pode ser cansativo.

— Ainda assim. A gente não tem que só procurar por esse negócio? Deve tá brilhando em algum canto escondido.

— E é esse escondido que faz parte do cansativo. – Tirando os olhos do papel por um instante completou vendo o rapaz dar de ombros convencido.

— A gente consegue terminar rápido!

— Sei... Por que você acha que aqueles grupos não estavam querendo aceitar a missão? – Sua pergunta fez o maior cruzar os braços olhando para pontos distantes com um ar pensativo.

— Recompensa baixa. – O ruivo concordou sem dizer nada esperando que ele continuasse. — A maioria deles não tinha ninguém que lidasse com magia e... Pelas conversas eram todos iniciantes nisso.

— Você pode ter acertado em alguns pontos, mas iniciantes normalmente aceitam qualquer missão em desespero.

— Iniciantes convencidos!

— Ah... tipo você? – Com um sorriso de canto questionou fazendo o rapaz abaixar as sobrancelhas antes de começar a gritar.

— Eu aceitava todo tipo de missão!

— E toda vez que matava um rato achava que tinha acabado com o dragão mais feroz dos portões Mundanos.

— Mas não negava missão.

O loiro era convencido e não deixava nada abalar sua confiança quando estava certo que tinha conhecimento no assunto e o outro sabia que quando ele estava nesse modo sua atitude era similar à de uma criança e nada poderia convence-lo do contrário. 

Com toda a calma chegaram a caverna que seria a entrada principal e única rota de saída dessa tarefa. Tomaram para si alguns instantes observando o escuro e a brisa fria que circulava o local junto a cheiros doces que fazia o nariz coçar típico de alguns feitiços traiçoeiros.

Com uma troca rápida de olhares deram o primeiro passo, agora determinados, pegando uma das tochas no canto e seguindo direto para o desconhecido.

O ruivo saiu na frente tendo o loiro colado a suas costas com o fogo alto para que pudessem ver o mapa. Estavam em um local fechado de paredes secas com brilhos coloridos que dançavam conforme andavam — um tipo de armadilha para guiar explorados a morte — e solo pegajoso por conta do líquido escuro que derretia do teto lentamente.

A caverna estava coberta por encantos que os faria se perder mesmo com a entrada/saída estando ainda em suas vistas. Entretanto o menor entendia de magia e apesar de não ser especialista em encantos e feitiços sabia desviar das armadilhas. Já o outro não entendia de nenhum desses assuntos, mas era determinado o suficiente para quebrar qualquer parede no punho se fosse preciso para tirar os dois dali.

Ambos possuíam forças que se completavam e um amor imenso que os protegia. Por isso quando aceitaram a missão decidiram ir juntos. Eles não precisavam de um grupo enorme quando tinham um ao outro para confiar.

Depois de minutos que viraram horas de desvios, confusões e alguns gritos irritados pela demora eles finalmente chegaram a passagem que levava a uma sala fechada iluminada por tochas e por itens em todos os cantos.

Sem sentir qualquer força negativa os dois adentraram já na intenção de vasculhar as caixas rapidamente, porém foi no terceiro passo em direção aos itens que uma luz forte saiu de dentro de uma das caixas direto para atingi-los quase como uma flecha ordenada. O ataque só deu tempo de chamarem pelos nomes um do outro e se agarrarem na tentativa de se proteger do que quer que fosse aquilo.

Com os olhos fechados e abraço apertado viram a luz atravessar suas pálpebras com força, contudo não sentiram qualquer calor. Certos de que era só algum aviso programado aguardaram pouco a pouco vendo a luz diminuir até sumir por completo os permitindo respirar de novo.

O mais alto abriu os olhos primeiro olhando ao redor desnorteado procurando por qualquer dano significativo nas paredes como a ocultação dos baús ou ilusões de monstros enquanto o menor se movia em seus braços como se acordassem de um cochilo tentando se afastar um pouco do aperto.

— Não era nada? – O loiro questionou libertando o parceiro ainda olhando as paredes mais confuso do que o normal. — Então pra quê tudo isso?

— Pehleq.

— Hm?

O tom de voz foi baixo, mas a rapidez em dizer seu nome o fez se virar tão veloz quanto. Entretanto o que seus olhos viram não foi um ferimento grave que deixou passar ou alguma criatura despertada determinada a mata-los na porta, porém foi o suficiente para fazer sua expressão preocupada se contorcer em surpresa.

Diante dele o marido estava parado olhando incomodado para o rosto do loiro. No topo da cabeça orelhas felpudas vermelhas estavam levantadas enquanto uma cauda fina da mesma cor balançava rapidamente mostrando estar irritado.

— Soul?

— Você também.

O comentário o fez automaticamente olhar para trás encontrando também uma cauda, porém muito mais peluda e quase curvada. Com os olhos arregalado ele levou as mãos até a cabeça tocando orelhas largas e tão peludas quanto dos lobos da vila onde moravam.

— Um feitiço. – Irritado o ruivo comentou vendo o outro girar em círculos para ver os pelos. — De proteção, acho, e eu diria que talvez fosse por isso que os outros na cidade estavam relutantes em aceitar a missão... mas por que esse resultado?

— A questão é – se virando rapidamente ele encarou o menor seriamente — por que você é um gato?

— É com isso que você está preocupado?

— Não! – Cruzou os braços vendo o olhar o julgando. — Talvez... Mas é importante! E... – Tossindo para afastar a vergonha se aproximou parando em frente a ele.

Seu olhar intenso o encarava mostrando várias coisas, mas dizendo nada com clareza. O silêncio incomodou o menor que arqueou as sobrancelhas mostrando a insatisfação.

— O que?

— Hm... – seriamente colocou a mão no queixo olhando de perto as orelhas em seguida começou a andar ao redor observando a cauda fina como se analisasse um problema impossível de resolver. — Até que não ficou ruim.

— Ah... – cansado suspirou ouvindo a voz de trás dele. — Será que a gente poderia continyah!

Enquanto ele falava o outro curioso tocou sua cauda o assustando e fazendo se interromper com um grito. O som foi tão inesperado que os dois se calaram logo em seguida.

Soul levou uma mão a boca sentindo o rosto queimar inteiro enquanto Pehleq o observava ainda surpreso.

— Você disse nya?

— Não! – Rapidamente se virou agarrando a própria cauda se afastando envergonhado. Como um gato arisco recuou vendo o olhar bobo do marido o encarar. — O... que foi?

— Nada... – engolindo rispidamente começou a andar em sua direção — eu só nunca pensei que fosse achar gatos fofos.

O comentário fez seu coração saltar apesar da face não mostrar alterações claras. Soul sabia que se não fizesse nada para evitar o avanço eles acabariam perdendo a compostura e esquecendo completamente o objetivo ali, porém assim que tentou desviar o olhar viu o outro estar perto demais o impedindo de fugir.

— Sua cauda... tá balançando demais...

Ao aviso Pehleq rapidamente olhou vendo sua animação expostas o fazendo rir antes de virar fechando a pequena distância de vez.

— Eu posso não entender dessas coisas, mas acho que isso, na verdade, é um feitiço de distração. – O comentário veio acompanhado de um sorriso tão sedutor quanto o olhar. — Faz de novo. – Sussurrando pediu assustando o menor com a velocidade inesperadamente acelerada de seus próprios batimentos.

— Não sei do que está falando.

— Oh... Será que se eu tocar aqui de novo você lembra?

Levando a mão até a cauda ele a pegou com as pontas dos dedos, contudo antes de conseguir a agarrar por completo sentiu as garras afiadas passarem raspando por seu rosto o fazendo parar os movimentos quase instantaneamente sem reação.

— A gente tem uma missão para fazer. – Com o rosto ainda vermelho Soul disse seriamente tentando se recompor. — E eu quero terminar logo.

Sem dar tempo para resposta se afastou sendo observado pelo olhar perdido do loiro. Pehleq o assistiu enquanto passava a mão no rosto onde por um tris não foi cortado se perguntando o que tinha acontecido sem nem tentar esconder o sorriso.

— Ele realmente é um gato...

Sem escolhas se colocaram a trabalhar vasculhando as caixas, baús e itens jogados no chão. A variedade de coisas espalhadas era grande, mas nada que encontravam batiam com a descrição na folha de informação.

A demora podia facilmente os irritar fazendo sair dali em busca de outra sala, contudo não havia mais lugares para correr por isso foram obrigados a ficar e teimar o máximo que podiam pacientemente.

O loiro estava sentado no chão tirando os itens da caixa de madeira pesada quando ouviu algo cair. Rapidamente se virou olhando na direção do som vendo o marido apoiado em um baú olhando as coisas no alto com a cauda levantada.

Como não havia nada de incomum ele voltou ao seu trabalho, porém logo ouviu outro e mais outro som de queda.

— Soul! – Seu grito parecia mais incomodado do que irritado quando ecoou no local.

— Quê?

— Se continuar assim daqui a pouco você quebra o que a gente precisa achar. – Se virando novamente falou vendo o olhar sarcástico o encarar. Aquela expressão sempre o fazia cerrar os olhos e querer correr até ele para o agarrar, mas se esforçou para ficar parado pelo menos dessa vez. — Toma cuidado!

A ordem o fez erguer as sobrancelhas seguido de sua mão pegando um novo item o levando para o alto claramente ameaçando a jogar no chão como forma de rebeldia.

— Soul...

Sorrindo ele assistiu a expressão de olhos arregalados e sobrancelhas baixas que não o assustava nem um pouco por alguns instante dando esperança de que não faria nada quando sem avisar arremessou a esfera para fora do local.

Pehleq assistiu incrédulo o objeto desaparecer ouvindo o som da queda ao longe e rapidamente se levantou correndo para fora atrás do item sem nem olhar no rosto do outro. O menor assistiu a cena intrigado. Ele esperava que o marido fosse discutir ou gritar seu nome sem conseguir fazer muita coisa, mas não isso.

Curioso aguardou o vendo voltar irritado com o item na mão entregando para o rapaz como um cachorro. Os dois se encararam por alguns instantes em um misto de olhares confusos e humilhados tentando entender o que havia acontecido.

— Isso não vai se repetir! – Pehleq gritou tentando disfarçar sua derrota fazendo o menor rir.

— Ah, é? – Segurando a esfera da mesma forma que antes o olhou.

— Não se atre-

Sem dar tempo arremessou novamente o desafiando com o olhar a não se mover dali. Pehleq cerrou os dentes e os punhos ao mesmo tempo observando o rosto a frente e cruzando os braços fingiu não ver o que tinha acontecido.

Seu fingimento consistia em ficar encarando a parede com uma expressão fechada enquanto batia o pé sem parar por conta da ansiedade. Soul não disse nada apenas fitou a cena sarcasticamente para ver até onde iria.

No final não durou mais que alguns poucos minutos quando saiu correndo desesperado na escuridão ouvindo os risos do outro sendo deixado para trás.

— Gatinho...

• • •

A esfera nem tinha rolado para tão longe o que facilitou sua busca, mas não evitou seus resmungos irritados no meio do escuro chutando pedregulhos e desviando das cores ardilosas.

Não tinha jeito, o marido sempre gostou de provoca-lo quando encontrava algum ponto fraco e como hoje tinha conseguido irrita-lo tinha todo o direito de sofrer esse castigo.

Sorrindo para si mesmo pegou o objeto dando meia volta em direção ao local anterior. Enquanto caminhava se questionou por quanto tempo esse feitiço duraria e se acabariam sofrendo algum efeito colateral no final do dia.

— Queria mexer mais na cauda dele... – Seu lamento veio seguido de um longo suspiro se aproximando da entrada iluminada.

Ele já tinha se preparado para encarar o olhar irônico do ruivo quando entrasse, porém, ao invés disso, foi surpreendido pela visão do rapaz parado em frente a um baú com a cauda levantada de pelos arrepiados.

— O que foi?

A voz preocupada fez o outro virar levemente a cabeça por cima do ombro mostrando o rosto sério.

— Eu abri esse baú e fez barulho em algum lugar, mas não sei onde. – Enquanto explicava viu o loiro se aproximar entregando a esfera em sua mão olhando desconfiado os cantos estranhamente silenciosos da área.

— O que tem ali?

— Não vi ainda.

No meio da conversa um novo som de estalo disparou laminas de trás deles. Entretanto, experientes como eram, seus corpos agiram por conta do reflexo procurando o som de onde saíram as armadilhas dando tempo suficiente para se jogarem no chão.

Em silêncio Pehleq protegeu o rapaz com seu corpo enquanto aguardaram até o final dos disparos sobre suas cabeças. A velocidade das laminas era tão rápidas que tinham a verdadeira intenção de perfurarem o corpo todo do intruso na área ao ponto de não lhe dar tempo de desviar de todas depois que a primeira o atingisse.

Quando tudo se silenciou eles se sentaram vendo as laminas afiadas presas na parede, caixas de madeira e caídas no chão.

— Acho que você encontrou o item.

Soul concordou e se virando para olhar o outro se assustou ao ver o braço dele sangrando.

— Você-

— Passou de raspão. – O loiro riu como se não fosse nada enquanto fitava o corte. — Não é nada.

— Nada... – resmungou com um olhar incrédulo antes de se aproximar. — Se você não tivesse pulado em cima de mim isso não teria acontecido!

— A culpa é minha?!

— É! – Pehleq até quis retrucar, mas como era verdade se calou desviando o olhar. Soul o viu agir daquela forma como uma criança teimosa faria deixando escapar um suspirou enquanto olhava mais de perto do ferimento.

— Não posso fazer nada. – Comentou calmo ainda sem olhar para o ruivo. — Eu só pensei que não podia deixar você se machucar.

— E aí você se machuca... Como acha que eu fico?

Seu olhar de cão arrependido respondeu à pergunta fazendo Soul balançar a cabeça sem encontrar melhor jeito de lidar com ele. Sabia que o loiro teve a melhor das intenções, mas não podia deixar sua preocupação de lado. Ele até podia ser insensível e despreocupado com os outros, mas era de seu marido que estavam falando e isso era mais que o suficiente para move-lo diferentemente.

Soul tocou o braço com carinho fazendo o rapaz o olhar curioso. Com uma das mãos cobriu o ferimento emanando uma luz esverdeada quente curando lentamente a ferida debaixo do olhar dele.

O brilho iluminou seus olhos que carinhosamente se olhavam dizendo mais do que qualquer palavra podia naquele momento. Estavam próximos e os corações queriam mais do que só aquele toque no momento, porém tinham algo a fazer.

Logo que terminou Soul garantiu que não tinha deixado nem um único risco sobrando sobre a pele dele e depois se levantou indo até o baú enquanto o loiro se ajeitava no chão.

Ali dentro viu um item dourado flutuando com joias ao redor e poeira magica dentro como na descrição da missão tinha informado. Sem medo ou receio o ruivo colocou as mãos no objeto o trazendo para perto do rosto. Era quase como um orbe de ataque, porém tinha uma força magica incomum. Ele o analisou por alguns instantes antes de algo chamar a atenção de seus olhos no fundo do baú.

— Achou?

— Sim. – Respondeu mostrou o artefato sem dar importância. — E isso também.

Pehleq em pé semicerrou os olhos tentando decifrar o que aquilo significava, entretanto não conseguiu e em silêncio olho o papel esperando a explicação.

— Diz que o feitiço de proteção acaba em três horas.

— Oh...

— A gente devia esperar passar. – Falando consigo mesmo ele sugeriu ainda com os olhos no papel quando percebeu uma sombra logo acima dele aparecer.

— O que quer dizer que dá pra aproveitar. – Com um sorriso que dava para sentir nas palavras o loiro comentou atrás dele.

— Quer que eu te arranhe?

— Não vou reclamar se puder ouvir seus nya. – Rindo deu um passo para frente percebendo a saliva descer ríspida na garganta do ruivo.

Soul não se virou apenas tomou um longo suspiro antes de dizer algo.

— Pehleq, senta.

— Quê?

— Agora!

A voz alta o assustou e sem saber o que fazer obedeceu com as orelhas abaixadas. Soul suspirou vendo a cena e lentamente colocou o item no canto junto aos papeis.

— Não precisa ficar bravo... Eu só-

Sem avisar se aproximou sentando no colo do homem que automaticamente se calou.

— Já que você me protegeu desnecessariamente, isso é o máximo que vai ganhar... agora. – Esfregando o corpo e a cabeça no loiro ele se movia como um gato pedindo carinho. — Em casa... A gente continua.

Pehleq estava tão surpreso quanto sua cauda estava feliz. Tentando manter a calma abraçou o menor com um largo sorriso no rosto.

— Acho que gatos não são tão ruins.

24 de Noviembre de 2018 a las 15:42 2 Reporte Insertar Seguir historia
5
Fin

Conoce al autor

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

Comenta algo

Publica!
Eduardo Miranda Eduardo Miranda
Olá Ana Carolina, tudo bem com você? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Uma grata surpresa esta aventura fantástica original e bem redigida. Uma missão, um casal potencial e muita fantasia, ingredientes envolventes que me prenderam do início ao fim. Chegou ao ponto em que torci para que algo de concreto realmente acontecesse entre o casal, porém as coisas foram proteladas provavelmente para o próximo capítulo. A discrepância entre eles, um alto e outro baixo, um loiro e outro ruivo, e ambos com estruturas avantajadas se transformando em lindos gatinhos, foi o ponto alto. Por vezes sorri. Pehleq e Soul são personagens muito bem definidos e muito bem conduzidos inseridos com precisão é como se eles não coubessem em nenhum outro contexto. Um texto muito bem escrito, com alguns pequeninos erros como por exemplo; “Olho ao invés de Olhou”, porém nada afetou meu entendimento. Ana sua história tem muito potencial e espero que siga em frente com outros capítulos, você tem muito talento, parabéns!
October 17, 2020, 18:09

  • Ana Carolina Ana Carolina
    Faz um tempo que não entro aqui então imagina minha surpresa ao ver seu comentário. Eu quase chorei de tão feliz que fiquei. Essa é uma das estórias antigas que escrevi depois de uma ideia simples que surgiu, porém os personagens são muito importantes para mim e dei meu melhor pra passar a imagem certa. E seu comentário só me mostrou que consegui :D Aah, os erros!! Eu acabei dando uma lida por cima depois de ver o que você mencionou e achei mais alguns, hehe. Vou ter que dar uma revisada depois. De coração, muito obrigada por ler e principalmente por deixar essas palavras tão carinhosas aqui. Me fez muito bem <3 December 09, 2020, 22:31
~