kalinebogard Kaline Bogard

Harry e seus amigos possuem uma banda e precisam urgentemente de um vocalista para se inscreverem em um concurso musical. É nessa hora que surge Draco Malfoy e sua voz maravilhosa. O problema é a personalidade do rapaz, algo não tão maravilhoso assim... *** ATENÇÃO: EM ALGUNS SITES ESSA FANFIC ESTÁ POSTADA POR "FELTON BLACKTHORN" QUE É O NOME DO MEU FAKE


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#harry-potter #draco-malfoy #drarry #universo-alternativo #lgbt #yaoi #boys-love
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A ajuda caiu do Céu, mas não é um anjo!

— Droga, Harry. Ela nos deu um bolo. Outra vez! - a voz de Rony Weasley soou completamente nervosa, enquanto o jovem ruivo andava de um lado para o outro.

Harry Potter, da mesma idade de Weasley, permanecia jogado sobre o sofá de estofado vermelho puído, ouvindo pacientemente as queixas de seu amigo de infância.

— Ron tem razão, Harry - o aludido passou a mão pelos rebeldes cabelos negros, bagunçando-os ainda mais. Quando Hermione Granger falava naquele tom... assustava até Ron, namorado da garota.

Suspirando, Harry finalmente abriu os magníficos olhos jade e observou a amiga, que tirava umas notas do contra-baixo um tanto velho.

Os três eram amigos de infância, haviam crescido juntos, estudado juntos. Há muito anos se uniram para criar uma pequena banda e tocar nas festas da escola, na casa de amigos e algumas reuniões informais.

Harry tocava bateria, Hermione ficava no contra-baixo e Ron na guitarra. Até aí tudo bem.

O problema era a vocalista, Cho Chang.

A garota oriental tinha uma voz privilegiada, mas ultimamente não levava os ensaios a sério. Sempre faltava aos treinos e a cada vez tinha uma desculpa mais esfarrapada, que não convencia nem a Rony.

— O prazo para inscrições no concurso termina amanhã. Mas Chang não está nem aí... - lamentou Hermione.

— Seremos desclassificados sem um vocalista. - Rony parecia desesperado com a idéia.

— Relaxem. Eu vou conversar com ela.

Harry tirou o celular do bolso e discou para a chinesa. Ela atendeu ao terceiro toque.

— Chang? Sou eu, Harry... estamos... hã? Ok.

— O que ela disse? Hermione perguntou Foi uma... ‘conversa’ muito rápida, Harry...

O moreno sorriu, voltando a guardar o celular no bolso.

— Ela disse que está chegando. Pediu cinco minutos. Poderemos falar pessoalmente.

Rony voltou a andar de um lado para o outro.

O grupo sempre se reunia na garagem da casa de Sirius Black, padrinho de Harry. Era um lugar um tanto espaçoso, que no momento estava guardando apenas a grande moto descolada de Sirius.

O resto do espaço era ocupado pelos instrumentos musicais da banda, um sofá velho e um armário de madeira meio destruído e vazio.

Hermione voltou a tocar o contra-baixo suavemente. Fora um presente de seus pais e apesar de ser meio velhinho dava boas notas.

Velho, aliás, como a bateria de Harry; herdada de seu pai, e a guitarra de Rony, comprada de segunda mão pelo prestativo senhor Weasley. As únicas coisas novas, revitalizadas e indiscutíveis eram a paixão pela música e o talento dos garotos.

Contagiado pelo som do contra-baixo, Rony agarrou sua guitarra e começou a dedilhá-la, convidando a namorada para tocar uma canção. Harry sorriu ao reconhecer o som.

Nikita. A ‘música tema’ do casal.

O moreno permaneceu esparramado no sofá, balançando a cabeça ao som da melodia, sem coragem de cantá-la, porque simplesmente era um péssimo cantor. Perdendo apenas para o desafinado Rony Weasley.

Nesse momento a porta de acesso a cozinha se abriu, e Cho Chang entrou, acompanhada por Sirius.

— Juízo vocês quatro. Não façam nada do que eu faria... numa situação dessas— caçoou.

O padrinho de Harry acenou para os garotos e voltou para dentro de casa, deixando-os sozinhos antes que o moreno pudesse responder a piadinha infame a altura. Sirius nunca mudaria...

Entretanto a brincadeira perdeu-se no momento em que Harry fixou os olhos verdes em Cho. A oriental não poderia estar mais desconfortável e sem jeito. Os outros três se entreolharam.

— Cho, nós...

Harry... desculpe, eu realmente sinto muito. Não tive coragem de dizer antes, mas... eu recebi uma proposta que não posso recusar. Terei que deixar o grupo.

Harry, Ron e Mione perderam a fala. Chang estava simplesmente pulando do barco! E os deixaria a deriva sem um vocalista!

— Mas Cho! Não pode fazer isso com a gente! Não tão em cima da hora... nunca conseguiremos encontrar outro vocalista a tempo de participar do concurso... - Ron foi o primeiro a explodir.

— Eu já aceitei a proposta, Ronald. Não tem como voltar atrás.

— Você já tinha planejado tudo. - Hermione acusou, mantendo o rosto calmo.

— Por isso tem faltado tanto nos ensaios. - Harry parecia muito decepcionado - E quando pretendia nos contar, Cho? Tão em cima da hora? É uma puta sacanagem.

Cho abaixou a cabeça, parecendo triste e cheia de culpa.

— Já disse que sinto muito. Eu tinha medo de que não desse certo. Agora que consegui acertar minha vida com essa proposta, tenho que seguir em frente.

— Arrumou sua vida e nos deu uma bela rasteira. Estamos fora do concurso.

— Eu vim aqui apenas para anunciar minha saída. Espero que vocês sigam em frente e se dêem bem. Caso consigam entrar no concurso desejo boa sorte!

Aquilo soou de muito mau gosto. A oriental devia saber que era quase impossível conseguir alguém para cantar com eles a tempo. Adeus concurso, adeus oportunidade!

Depois de despedir-se, Cho foi embora deixando três desolados adolescentes para trás.

— Merda! - Ron praguejou chutando o ar - Esse concurso só acontece de cinco em cinco anos! Antes não podíamos participar, porque éramos menores de idade... agora teremos que esperar mais cinco anos!

O ruivo parecia desesperado para socar algo. Sentia-se frustrado e decepcionado. Mesmo Hermione, a mais racional de todas estava abalada. A empolgação de Harry e Ron haviam lhe contagiado e ela aguardava ansiosamente pela chance de entrar no concurso, competir com jovens cantores do mundo todo em busca da aclamada vitória.

Apesar dos aparelhos velhos, os garotos eram bons. Tinham uma chance e sabiam disso.

E agora... o sonho estava destruído.

Desolado, Harry suspirou. As inscrições duravam apenas um dia e eram feitas pela Internet.

Depois de uma semana todos os inscritos se reuniriam em Londres, no estádio e se dariam inicio as competições. Lhes restava o consolo de assistir e torcer.

Como se sentisse o clima down, sirius voltou a garagem.

— O que houve, Harry? Chang foi embora rápido um pouco rápido demais. Vocês não iam ensaiar?

— Cho foi embora, Sirius. Literalmente falando.

— Ela deixou o grupo. - Ron explicou com voz repleta de rancor.

— Estamos fora do concurso, padrinho.

— Quem sabe daqui a cinco anos, não fiquem tristes. - a garota tentou consolar os amigos, principalmente seu namorado. Não pareceu funcionar.

— Que pena. - Sirius disse de modo pensativo - Ela cantava muito bem. Vai ser difícil achar alguém no mesmo nível.

— E não sabemos disso?

— Ânimo, garotos. Se Remus pudesse cantar... tenho certeza que ajudaria vocês. Mas não aceitam cantores profissionais, e na verdade, vocês sabem.

— Tudo bem, Sirius. Não se preocupe.

Harry, Ron e Mione sabiam perfeitamente a que Sirius se referia. Remus Lupin, seu namorado, fora vocalista de uma das bandas mais famosas do passado, juntamente com James e Lílian Potter, pais de Harry e o próprio Sirius.

Os Marotos, como era chamada, explodira em um sucesso atrás do outro. Trilhando uma carreira coroada de êxito por quase cinco anos. Até que um terrível acidente em um show roubara a vida de Lílian e James, deixara Sirius Blakc em coma por anos, e Remus internado por um longo período.

Lupin nunca mais tivera a mesma voz. Um dos ferimentos atingira gravemente sua garganta.

Aliás, Harry, que na época era um bebê, estava presente no show. Sorte que estava num dos camarins e fora salvo pela babá, escapando com uma fina cicatriz em uma engraçada forma de raio em sua testa.

— Será que você pode arrumar entradas pra gente, Sirius? - Ron pediu com um olhar de abandono tão dolorido que dava pena de ver.

— Claro, garotos. Ainda tenho bons contatos por aí. Deixem isso comigo. Agora, que tal se formos até o Caldeirão Furado, encontrar com Lupin? Marcamos de nos encontrar lá.

— Não queremos atrapalhá-los, padrinho.

— E não vão, Harry. Podem se espalhar, beber alguma coisa e se animar. O que tem de fazer é não desistir. Cinco anos passam mais rápido do que imaginam.

— Hoje é sábado. Sempre tem algo bom por lá. acrescentou a garota de cabelos castanhos.

— Sábado passado estava um horror.

— Não seja chato, Ronaldo! Sirius está tentando ajudar.

— Tem razão, Mione.

Harry sorriu. Ainda sentia-se desolado pela atitude desleal da chinesa. Mas ficar corroendo a raiva não adiantava nada. Podia fazer até mal.

— Então vamos, pessoal?

Os três integrantes da banda se entreolharam e acabaram concordando.


HPDM


O Caldeirão Furado era mais um dos inúmeros pubs localizados no subúrbio de Londres. Não era melhor nem pior do que os outros. Apenas mais seleto em permitir a entrada de seus freqüentadores.

Os leões-de-chácara (homens enormes por sinal) não deixavam que qualquer um entrasse. Era necessário boa aparência. Muito boa aparência.

Como Sirius e Remus sempre iam ao pub, seu acesso era mais fácil. Assim como para Harry, Ron e Hermione. Sem problema algum conseguiram entrar, com o padrinho de Harry furando a fila descaradamente.

Sensatamente ignoraram os protestos dos outros que esperavam na fila quilométrica.

— Fiquem por aí. Eu vou ver se encontro Remus, ok?

Sirius saiu sem esperar resposta.

— Vamos sentar em uma mesa? - Hermione questionou.

— Sim. - Rony respondeu - O balcão seria deprimente demais.

Harry sorriu para o amigo e avançou sendo seguido por ambos.

O Caldeirão furado era dividido em três ambientes: o hall de entrada se dividia em três passagens. Uma para o bar, onde era possível conversar e beber calmamente com um som muito baixo de fundo. A segunda dava para a pista de danças, onde um DJ tocava os últimos sucessos do techno, pop e rock. E por último um salão onde geralmente exibiam algum cantor ou banda amadora em um show ao vivo.

Não poucas vezes Harry, Ron, Mione e chang haviam cantado ali.

— Eu vou querer o que eles tiverem de mais forte! - dizia Ron - Harry, vê alguma mesa vazia, cara?

Harry franziu as sobrancelhas por baixo dos óculos de aro redondo. O salão estava estranhamente lotado. Era difícil acontecer um feito desses. Muito difícil por assim dizer.

O moreno não foi capaz de encontrar uma única cadeira vazia.

— Oh! Acho que é por causa dele...

Hermione apontou em direção ao palco redondo.

Um rapaz que parecia ter a idade dos três estava sentado em um banquinho e cantava uma música enquanto dedilhava um violão. Era loiro platinado, e finos fios da franja caiam por seu rosto ligeiramente abaixado, ocultando a cor dos olhos.

Cantava muito bem, como Harry percebeu.

— Nada mal, hein? - Ron expressou a opinião de todos.

— Ele canta muito bem. Quem será?

Hermione perguntou, mirando o palco, adorando ouvir a voz suave que chegava ao seu ouvido.

— Ali naquele canto tem uma mesa vaga! Vamos aproveitar e sentar!

O ruivo segurou no braço de sua namorada e a puxou para a tal mesa vazia. Harry deu uma última olhada em direção ao palco e foi atrás do casal de namorados.

Acomodados, os três continuaram ouvindo a canção, enquanto o garçom aproximava-se e recolhia seus pedidos.

Enquanto a música se aproximava do fim, Ronald começou a se mover inquieto, fazendo Harry e Hermione trocar olhares atravessados. Com certeza o garoto tivera alguma idéia mirabolante.

— Vocês acham que ele aceitaria cantar com a gente?

Idéia mirabolante? Ok, Ron superara todas as expectativas daquela vez.

— Claro que não.

— Ai, Ron. Você tem cada idéia. Porque pensou que um completo estranho toparia fazer parte de um grupo como o nosso?

— O que quer dizer com ‘como o nosso’? Somos bons, Hermione!

Enquanto os namorados prosseguiam nesse debate, Harry se distraiu analisando o jovem loiro. Ele cantava bem. Era afinado e dominava o violão... então porque Harry tinha a impressão de que faltava alguma coisa nele? Faltava algo... o moreno só não sabia exatamente o que...

A melodia era romântica, um tanto impopular, mas nem por isso menos bonita. Funcionava bem com um violão.

Foi apenas aos últimos acordes, quando o loiro ergueu a cabeça, no mesmo instante em que sua voz se perdia no salão, que Harry achou matar a charada.

Faltava paixão. Aquele loiro cantava muito bem, mas não transmitia emoção alguma. Era tão somente uma voz bonita.

Uma pena.

— Harry! Ei Harry! Está me ouvindo?

— Hã?

— Cara, você estava viajando aí.

Harry voltou a olhar para o palco. Os três estavam distantes demais para que pudesse chutar a cor dos olhos do rapaz, mas se fosse pra arriscar um palpite, Harry diria que eram claros. Muito provavelmente azuis.

Sem nem agradecer os inúmeros aplausos, o loiro levantou-se do banquinho e desceu do palco. Em seguida o gerente subiu e anunciou ao microfone que haveria uma pausa de cinco minutos, e logo o show continuaria.

— É a chance de falar com ele! - os olhos de Ron brilhavam de emoção - Vamos lá, Harry. Você tem que convidá-lo.

O moreno ergueu as sobrancelhas, verdadeiramente surpreso.

— Eu? Por que eu?

— Você é o mais diplomático de nós três.

Ron só podia estar brincando! Aquela desculpa era por demais ridícula para ser verdadeira. Vendo a descrença nos olhos verdes do amigo, Ron deu de ombros enquanto terminava de beber o restinho de seu whisky.

— Desculpe, Harry... acho que o concurso vale qualquer coisa.

— Mas...

— Ele foi em direção ao bar. O que custa?

— No máximo vamos ouvir um não. - Hermione ajudou, querendo apoiar o namorado, por mais que a desculpa fosse esfarrapada. Sabia o quanto Rony ansiava por competir naquele concurso.

Harry considerou por alguns segundos. Acabou cedendo.

— Ok. Vamos ver o que ele diz.

Ron vibrou e Hermione sorriu amplamente.

Os três seguiram para o outro ambiente. Caminharam entre as mesinhas do local onde soava um som baixo, ouvindo sem prestar atenção as inúmeras conversas paralelas.

Harry reparou que nem seu padrinho nem Remus estavam por ali... deveriam estar no terceiro ambiente... Sirius adorava dançar. E em algumas raras oportunidades conseguia arrastar o namorado para a pista de danças.

Remus Lupin dançava realmente mal, mas como dizia Sirius, ninguém podia ser perfeito.

Quase sem dificuldade avistaram o loiro sentado ao balcão, bebendo apressadamente alguma coisa, com certeza para voltar logo ao palco e continuar a apresentação.

A essa visão, Harry se paralisou. O que ia dizer ao outro? “Quer entrar pra nossa banda?” começou a soar definitivamente ridículo.

Porém Ron não deu tempo para que ponderasse sobre a questão. Com um empurrão jogou Harry em direção a um lugar vago ao lado do rapaz. Harry teve que se segurar no banquinho para não cair.

O loiro nem pareceu notar sua presença.

Depois de olhar feio para Ron (que lhe fazia gestos de incentivo), criou coragem para falar com o outro.

— Er... com licença... começou sem jeito.

— Não aceito convites. - respondeu o loiro sem se dignar a virar a cabeça para fitar Harry. Sua voz era muito singular, arrastada. Ele parecia pronunciar cada letra demoradamente, de forma irritante.

— Não é convite! É uma proposta.

— Não me caso com estranhos. - aquilo não soou nada como uma piada. Talvez o rapaz estivesse acostumado com pedidos bizarros assim.

Harry avermelhou e engasgou. O outro não facilitava sua vida em nada.

— Não é isso! corando muito, apressou-se a desfazer qualquer mau entendido pelo menos não no sentido que você está pensando.

Finalmente o loiro pareceu se interessar pelo que Harry tinha a dizer. Virou o rosto pontudo, de nariz empinado para o moreno, permitindo que ele visse o tom acinzentado e frio dos olhos. Definitivamente hostil.

Ficou apenas fitando Harry, que engoliu em seco diante daquele olhar. Acabou se embananando todo com as palavras.

— Nósqueríamosconvidarbandaconcursoamanhãfinaldoprazo...

O loiro arregalou os olhos.

— O que?

— Banda...

— Olha, tenho muito mais o que fazer do que...

— Espera! Nós temos uma banda!

— Nós? - o loiro olhou fixamente para Harry. Diante disso o moreno indicou a direção de Rony e Hermione.

— Ah... - fez o loiro sem interesse algum - Bom pra vocês.

— Precisamos de um vocalista! Para o concurso musical... - merda de palavras que fugiam de sua mente!

O loiro ergueu uma sobrancelha e não disse nada. Nem mesmo pareceu mais interessado na proposta. Rony resolveu interferir. Acabara de mudar seu conceito de que Harry era um bom diplomata.

— Meu nome é Ronald Weasley. Ouvimos você cantar e achamos que tem talento.

— Sou Hermione Granger. Queríamos nos inscrever no concurso musical, mas precisamos de um vocalista. - Hermione completou - E você é um dos melhores, dos que ainda não são profissionais.

O loiro avaliou aqueles dois de alto a baixo, analisando-os descaradamente. Ron avermelhou, mas Mione não ligou.

— É. Eu sou mesmo um dos melhores.

Deu as costas aos três e voltou a beber seu drinque.

Harry, Ron e Mione se entreolharam confusos.

— E então? - o moreno questionou.

— Não tenho interesse.

— Porque não? Esse concurso abrirá todas as portas das gravadoras! Sem falar no prêmio em dinheiro!

O rapaz virou-se para Ron e sorriu de lado, de maneira desdenhosa.

— Não preciso de dinheiro - ajeitou a gola da camisa esporte branca, visivelmente cara - E, pro caso de não ter percebido, se eu quisesse me tornar um ídolo, com o meu talento, eu já teria virado um.

A atitude arrogante incomodou os três. Rony acima de todos. Aborrecido, Harry afastou-se um passo e ajeitou o óculos no nariz.

— Deixa, Ron. Um sujeito desses não tem nível para nossa banda.

O loiro arrepiou-se todo encarando Harry com os olhos faiscantes. O moreno fascinou-se ao ver tanta emoção nas íris cor mercúrio. Percebeu que o rapaz podia mudar de humor com uma facilidade inusitada.

— Esse foi o maior absurdo que já ouvi - a voz arrastada e ofendida tirou Harry de seus devaneios - É claro que vocês não estão a minha altura. Nunca o contrário.

Harry empolgou-se com uma súbita inspiração que surgira em sua mente. Ele era o garoto das idéias.

— Que tal um desafio então?

— O que quer dizer? - um brilho de interesse passou pelos olhos grises.

— Vamos improvisar uma música.

— Agora?

— Claro. Você não é o bonzão? - Harry olhou para Rony e Mione. Ambos pegaram o fundamento da idéia e pareceram aprovar - Meu tio pode falar com o gerente e emprestar os aparelhos do Pub. Se nós formos bons o bastante para te acompanhar, você entra para a banda e participa do conjunto. O que diz?

Parecendo considerar a proposta, o rapaz olhou de Harry para Hermione e então para Rony, finalizando em Harry outra vez.

— E se vocês desafinarem ou perderem o tom? O que eu ganho?

— Nosso respeito.

— Nada feito. - perdeu totalmente o interesse.

— O que você quer?

O loiro pensou por um minuto. Como não chegou a conclusão alguma suspirou.

— Vocês não tem nada que valha a pena. Então eu aceito o respeito... se... ele vier seguido de idolatria total, incontestável e absoluta. E me deixarem em paz depois.

Harry sorriu e estendeu a mão, que foi apertada com mais vigor do que o esperado.

— Trato feito! Vou falar com meu padrinho. - o moreno já estava saindo, quando ouviu a característica voz arrastada.

— Qual é o seu nome?

— Harry Potter.

Harry saiu tão apressado, que não chegou a ver o outro franzir as sobrancelhas, parecendo surpreso e estranhamente incomodado.

— Harry Potter? - sussurrou tão baixinho que nem Ron nem Hermione ouviram - O filho de James e Lilian Potter? Quem diria... hum... estou começando a gostar disso...

De forma distraída deu um gole final em seu drinque, bebendo todo o restinho de uma única vez.


HPDM


— Senhoras e senhores! Tenho a felicidade de informar-lhe uma pequena mudança em nossos planos! - a voz do gerente encheu o salão ambiente. Todas as pessoas que esperavam o show recomeçar pararam de conversar e prestaram atenção a ele - Vamos incrementar a apresentação dessa noite.

Desceu do palco deixando um ar de mistério e expectativa no ar. Logo funcionários do Pub começaram a montar a bateria, Harry e seus amigos subiram também. O moreno acompanhou de perto a montagem, enquanto Ron testava uma guitarra e Hermione afinava um contra-baixo.

Quando tudo estava pronto, o loiro subiu ao palco, e estendeu um papel para Harry.

— Espero que consigam levar essa, Potter.

Harry leu o papel e sorriu. Conhecia aquela muito bem.

— Não pense que vai ser fácil assim... er... como é seu nome?

O loiro sorriu de lado, deixando claro que zombava de Harry. Depois deu as costas e aproximou-se do microfone.

— Meu nome é Draco. Draco Malfoy.

Ao ouvir aquilo Harry, que já tinha sentado atrás da bateria, deixou uma das baquetas cair. Hermione parou de afinar o contra-baixo, e Ron errou uma nota.

— Você é o filho de... Lucius Malfoy?

Draco riu baixinho e não respondeu. Aquilo estava ficando mesmo cada vez mais interessante.

 

19 de Noviembre de 2018 a las 10:57 0 Reporte Insertar Seguir historia
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