michelle-finholdt1536026645 Mitty Finholdt

Era irritante. Revoltante. Existia um abismo entre os dois tão óbvio que não precisava nem ser dito, no entanto o estúpido Deku se recusava a aceitar a verdade e insistia em tentar fechar essa distância entre eles a todo custo. Que idiota. #DesafioKatsuDeku1 Fanfic vencedora do primeiro desafio de fanfics do grupo BakuDeku Brasil


Fanfiction Anime/Manga Todo público.

#my-hero-academia #bakudeku #katsudeku #desafiokatsudeku1
Cuento corto
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"Um mundo de diferenças"


O mundo não era um lugar justo.

Esta é uma verdade que Izuku Midoriya aprendeu aos 4 anos e nunca mais esqueceu.

Enquanto crescia, Izuku sempre ouviu os cochichos sobre sua condição de “sem dom”. Como ele era frágil, fraco, indefeso. Jamais poderia ser um herói.

Já Katsuki, sempre ouviu de seus professores, colegas, vizinhos e qualquer outro extra que aparecesse em seu caminho que ele estava destinado para coisas grandiosas.

Havia um abismo entre os mundos de Katsuki e Izuku. Um abismo que Katsuki, como um bom cidadão, seguia e respeitava. Já Izuku...

— Deku, o que você está fazendo aqui, seu idiota?!

— K-Kacchan! — Ele lutava para recuperar o fôlego. — E-eu vi vocês s-subindo o bosque e-e quis ir j-junto!

— Seu idiota! — Vociferou Katsuki, já imponente com seus 7 anos. — Nós vamos brincar de herói com os nossos dons em um lugar perigoso! Se você nem ao menos consegue chegar lá com a gente, como espera brincar também?

— E-eu consigo! — Havia um fogo de determinação nos olhos verdes do menino, um fogo que Katsuki reconheceu bem. Um fogo que o desconcertava.

Os seguidores do menino explosivo estavam em silêncio, apenas observando a discussão entre os dois e esperando algum tipo de instrução sobre o que fazer. Como sempre, aqueles extras nunca pensavam por si mesmos.

— Haah? Então vamos fazer assim, Deku, se você conseguir chegar no centro do bosque sem ajuda, você pode brincar de herói com a gente. — Izuku automaticamente sorriu, exultante. — MAS! Se você não aguentar e precisar de ajuda de um de nós, você vai dizer “eu sou só um deku” e não vai mais poder brincar com a gente. Combinado?

Katsuki sorria, malicioso. Ele sabia que o pequeno Deku não conseguiria fazer o caminho com aquelas perninhas finas sem precisar de ajuda. O bosque tinha muitas trilhas e subidas. Diabos, o próprio Katsuki só foi acostumar a fazer esse caminho agora, já que está treinando pra ser um herói profissional.

Izuku franziu o cenho, incomodado. Ele deve ter percebido a armadilha em que o mais velho o colocou, porém não parecia nem um pouco disposto em recuar, mesmo que sutis lágrimas tenham começado a acumular em seus grandes olhos verdes.

— T-tá bom! Você vai ver, Kacchan!

Izuku respirou fundo, mentalmente se preparando para as dificuldades, e olhou Katsuki diretamente nos olhos, decidido.

O mais velho se remexeu, subitamente desconfortável apenas com a forma que o amigo o olhava. Que idiotice.

— Vamos lá!


                                                        PLUS ULTRA


Katsuki, como sempre, estava certo.

Deku não conseguiria fazer o caminho sem ajuda.

O esverdeado respirava com dificuldade, claramente tremendo. Até mesmo os seus seguidores pareciam cansados, mas isso não desencorajava Izuku, que apenas se forçava cada vez mais ir além. Era loucura. Idiotice. E o mais revoltante de tudo era que Katsuki não estava nem surpreso.

O menino sem dom acabou perdendo o passo e caindo no chão, de joelhos. Katsuki se aproximou, exasperado e estendeu a mão:

— Argh, Deku, admita logo que você não consegue! — Rugiu o loiro, nervoso com o amigo que estava tão vermelho quanto um tomate.

Ele certamente não esperava ter a mão estapeada para longe.

— Haah... Haah... N-não, K-Kacchan! E-eu c-consigo!

Por que esse idiota simplesmente não reconhecia de uma vez o abismo entre eles?! Por que Izuku não aceita logo que havia um mundo de diferenças entre eles, que ele era nada mais que uma pedra na estrada?

Mais importante que isso, por que Izuku não pede ajuda de uma vez para que Katsuki não tenha mais que ver essa cara deplorável no amigo enquanto o carrega nas costas?

— Argh, que seja! — E disparou pelo caminho.


                                                             PLUS ULTRA


Katsuki não conseguia entender bem o que estava sentindo, ao ver o amigo sem dom completamente sem fôlego, exausto, tremendo igual vara verde, mas ainda de pé.

O filho da puta conseguiu chegar no centro do bosque sozinho, sem ajuda.

Claro, Katsuki teve que fazer algumas paradas para esperar o bostinha recuperar o fôlego, mas ele não fez isso pelo amigo! Só tinha dado vontade de observar o cenário algumas... três... ou quatro... talvez cinco vezes. E quer saber? Cala a boca, Katsuki lhe deve nada.

— Bem, meus parabéns então, Deku. — Concedeu a contragosto.

No fundo, Katsuki estava até mesmo orgulhoso pelo amigo, como se ele mesmo tivesse conseguido realizar o feito, contudo ele jamais dirá isso.

— Ah! O-o-obrigado Kacchan!! — Izuku tinha os olhos brilhantes com algumas lágrimas não derramadas, e o seu rosto inteiro reluzia com o suor do esforço.

Não que Katsuki esteja reparando em Deku ou qualquer coisa do tipo.

— Do que vamos brincar, Kacchan? — Perguntou um de seus seguidores, de cara achatada e com dedos que esticam.

— Hmm... Que tal eu ser o herói, você, Cabelo Espetado e o Assas de Dinossauro são os vilões e Deku é o refém que tenho de salvar?

— Por mim tudo bem! — Seus três seguidores concordaram rápido, deixando Katsuki satisfeito.

— H-hey! Por mim não! Eu não quero ser refém, quero ser um herói junto de Kacchan! — Protestou Izuku.

— Haaah?! Tá se colocando no meu nível, Deku?!

— Não! Quero dizer, sim. Espera, não! Kacchan! Eu quero brincar de herói com você!

Ah droga.

“Deku tá falando coisas estranhas de novo.”

Se recusando que as formicações que aparecem em seu estômago tomem conta da situação, Katsuki começou a soltar pequenas explosões em suas mãos, como para se distrair.

— Você não é como eu, Deku! Quantas vezes vou ter que repetir isso?!

— Undeinosa! Eu sei! Todo mundo não para de falar isso! — Agora as lágrimas irritadas caíam livremente no rosto de Izuku. — Eu sei que existe um mundo de diferenças entre nós, mas Kacchan! KACCHAN! Aqui e agora, eu só quero brincar com você, por favor!! E não como um refém, eu quero brincar de verdade! Por favor, só hoje, deixa eu ser um herói contigo.

Ridículo. Deku era ridículo. Essa situação inteira era ridícula. Mas mais ridículo que tudo isso foi o que saiu da boca de Katsuki depois:

— Aff, então tá. Eu vou ser o refém!

Houve um brevíssimo silêncio, onde todos os meninos olhavam chocados para Katsuki, de olhos arregalados e bocas abertas. O menino explosivo sempreera o herói.

— O que estão olhando, malditos?! Andem logo, vamos brincar! Deku! Acho bom você ser um herói bom pra caralho e me salvar com estilo!

— SIM! — Gritou Izuku, tão feliz que tímidas lágrimas ainda caíam em seu rosto sardento.

                                                         

                                                         PLUS ULTRA


Surpreendentemente, a brincadeira foi um sucesso e Izuku foi até que um herói mais ou menos decente. Bem, decente o suficiente para Katsuki se permitir ser salvo. Foi engraçado ver Izuku tentando carregar Katsuki nos braços e falhando miseravelmente, no entanto no minuto que o menino sem dom desistiu e tentou arrastar o mais velho pela grama, Katsuki rapidamente se levantou e declarou em alto e bom som que conseguia andar, valeu aí, seu herói.

No geral, foi um dia até que legal e divertido! Katsuki estava satisfeito e liderava o caminho, como sempre, na volta.

— Nee? Que tal cortar caminho e ir pela ponte ali? — Sugeriu Katsuki em um tom que deixava claro que não era uma escolha.

— Waah! Kacchan, você é tão esperto! — Elogiou Izuku, os olhos grande brilhando de admiração, como sempre desconcertando o mais velho.

— Eu vou na frente! — Declarou rapidamente, não querendo mais olhar para o rosto redondo do amigo.

Porém Katsuki não prestou muita atenção enquanto cantarolava e andava em cima da tora, perdendo o passo e escorregando da ponte, direto para o rio.

— Kacchan!

— Kacchan caiu!

O traseiro doía um pouco e suas mãos estavam um pouco arranhadas pelas pedrinhas do fundo do rio, mas era nada preocupante. Katsuki deu uma risadinha e não perdeu tempo:

— Tô bem! Tá tudo bem.

Mas então...

— Você está bem? Não se machucou?

... Estúpido, idiota, sem dom Deku esqueceu mais uma vez quem ele era.

— Ia ser ruim se você tivesse batido a cabeça!

Não olhe pra mim com esses olhos!

Reconheça o seu lugar!

Eu não preciso da sua ajuda!  Não se deixe levar!

Jamais devia ter deixado você ficar confortável comigo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                              Anos depois:

— Me salve! — Gritou Katsuki, tentando e falhando em não sorrir ao ouvir passos rápidos.

— Watashi ga kita!! — Gritou duas vozes, escancarando a porta da sala.

— Eu, a Rainha das Explosões e meu ajudante Deku estamos aqui! — Completou a menina de cinco anos.

— Viemos salvar Kacchan! — Ajudou Izuku, que pela voz também parecia desesperadamente tentando não cair na risada.

E Katsuki não queria nada diferente.

9 de Noviembre de 2018 a las 00:55 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Mitty Finholdt Eu só me importo com a DC e BNHA, é isso.

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