saaimee Ana Carolina

Um quarto escuro, a chuva batendo na janela e dois corações opostos na cama. 「Ren × Camus」 ✼ Postar esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências.


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13. © Os personagens desta estória pertencem a Uta no Prince-sama. Todos os direitos sobre eles são reservados a © Broccoli. Capa feita por mim. Fonte utilizada: Eras Light ITC.

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Cuento corto
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Capítulo Único

O homem que esbanjava poder com um único olhar glacial estava sentado em sua cama sozinho, mas não parecia se importar com isso. Por entre o lençol amassado e almofadas espalhadas ele estava envolto em uma coberta fina observando pacificamente o céu através da janela no quarto mais alto.

Era uma tarde comum onde a chuva fina e quase sem força caía marcando o vidro, as folhas das árvores e a grama lá embaixo. Podia até ser algo passageiro, mas foi o suficiente para nublar o céu inteiro e transformar aquele momento em algo melancólico.

O quarto estava em uma temperatura agradável mesmo com as sensações em sua mente o confundindo. Ele não tinha nem acendido as luzes e menos ainda se preocupou em desligar a televisão, mas fez questão de silenciar o volume. Estava ocupado demais se perdendo no frio de suas memórias para se importar com coisas triviais ao redor.

Um singelo suspiro fez mais barulho do que a chuva do lado de fora fazia naquele cômodo, mas nem por isso o rapaz mudou sua atenção. Ouviu os cachorros latindo no fundo junto ao vento nas folhas sem conseguir ver nada além da chuva.

No meio desse escuro a porta se abriu revelando a luz fraca do corredor que bateu em seu rosto o fazendo mudar sutilmente seu campo de visão. Encontrou na entrada a figura esguia do ruivo sem camisa secando as pontas do cabelo em uma toalha felpuda.

Não disseram nada apenas trocaram olhares rapidamente antes da luz sumir e os olhos glaciais se voltarem para a janela. O som da porta se fechando não incomodou assim como o som dos passos e o do colchão ao receber o segundo corpo para carregar também não.

O jovem se sentou logo atrás deixando a toalha na cômoda ao lado antes de passar seus longos braços ao redor da cintura do outro. Em silêncio acompanhou o olhar sereno vendo as nuvens se moverem com lentidão mais pesadas e escuras do que deveriam ser naquela estação do ano.

— O que foi, Barão? – A voz estava próxima, mas não era alta nem era uma intrusa no silêncio, mas confortante.

— Nada. – Respondeu sem olhar como se estivesse hipnotizado por algo. O ruivo ergueu as sobrancelhas sem tentar esconder sua surpresa. Ele não tinha sido rude e menos ainda amigável, sua voz na verdade parecia vazia.

— Ah, é? – Se ajeitando questionou tentando ver que tipo de expressão ele fazia diante da luz cinzenta. — Está cansado?

A insistência fez o homem se virar levemente já esperando encarar o olhar sarcástico de sempre, contudo, para sua surpresa, não encontrou aquelas sobrancelhas desafiadoras ou o sorriso de canto irritante. Viu, na verdade, olhos gentis que o fizeram bufar incomodado.

— Parece que não quer conversar. – Uma risada curta ecoou enquanto seus braços relaxaram dando espaço para o outro no abraço.

— Eu não tenho o que conversar. – Retrucou seguindo um suspiro que o contradizia. Assistiu o brilho da televisão sem sinal refletindo nas paredes pensando em algo que não espalhar com palavras. — Só... está frio.

Ren o observou em silêncio vendo o perfil de seu rosto irritado mostrar um pouco de solidão a qual entendia bem. Não sabia o que tinha acontecido, mas se Camus não queria contar ele não iria força-lo.

— Ah... – sorrindo retomou o abraço fechando a distância de antes. — Então – próximo ao pescoço abaixou o tom de voz usando o silêncio ao seu favor para seduzi-lo — eu te faço pegar fogo.

Carinhosamente beijou o espaço entre o ombro e o pescoço antes de ouvir qualquer resposta. O toque rápido pegou o loiro de surpresa não o permitindo absorver nem mesmo a sugestão anterior.

— Gumin! O que- – Enquanto tentava se esquivar falando alto sentiu os lábios subir por seu pescoço lentamente até a parte de trás de sua orelha causando arrepios em suas costas. — fazendo... – com carinho mordeu o lóbulo antes de colocar a língua para tortura-lo.

O coração do homem estava tão acelerado que podia sentir o músculo batendo contra seu tórax na tentativa de abrir espaço para sair. Ele queria discutir, queria manda-lo parar, mas não conseguia controlar a sensação que os toques suaves causavam em seu corpo. Era quase como se conseguisse sentir as ondas de calor superaquecerem sua mente.

— Jinguji... – Por entre suspiros quentes sua voz chamou o nome do outro. Os olhos de Ren abriram se questionando se o homem tinha consciência do quão sensual sua voz soava naquele instante e como isso fazia seu coração saltar.

Ele não desgrudou os lábios da nuca exposta, mas também não se moveu. Queria continuar, mas precisava saber se o outro tinha o mesmo desejo. Camus notou o silencio pensando se somente isso era o suficiente para ele entender o que queria.

— Sim?

A voz estava perto demais e inesperadamente o assustou fazendo engolir a saliva rispidamente. Sua cabeça virou para o lado encontrando o olhar sedutor aguardando por uma resposta. Seu coração disparou ao mesmo instante que suas sobrancelhas se abaixaram furiosas.

Ren queria rir, a expressão séria de sempre não encaixava em nada com aquelas bochechas avermelhadas e a respiração descontrolada, porém se segurou. Sabia que se fizesse isso estaria colocando o resto daquele momento juntos em risco.

Se afastando ele assistiu o homem se virar tomando longos suspiros como se tentasse recuperar todo o ar que havia perdido nesses instantes. Não demorou muito para a postura de ordem voltar se recompondo completamente como esperado de um guarda.

— Por que você é sempre assim? – Sem olhar questionou.

— Heh... Desculpa. – Como um filhote arrependido Ren se aconchegou no abraço juntando mais seus corpos com um sorriso no rosto sentindo a respiração pesada do outro o movimentar. — Está tudo bem ficar assim?

Camus respondeu com um som abafado positivamente sentindo em seguida o rosto do outro se apoiar em seu ombro carinhosamente.

Curioso ele virou a cabeça na direção vendo o ruivo esconder a face atrás mostrando somente os olhos piedosos. O loiro o encarou por alguns instantes antes de soltar um suspiro irritado e, sem sair da posição, levou a mão até o cabelo dele afastando a franja húmida do rosto antes de se aproximar beijando sua testa carinhosamente.

5 de Noviembre de 2018 a las 16:19 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

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