mabillyk Mabilly K.

Era verdade. Um espaço intergaláctico de sentimentos dolorosos. Inconstante, observável. Com uma singularidade. Sentimentos nunca declarados, e paixões perdidas. Vazio, era como Bellamy Blake sentia-se.


Fanfiction Todo público.

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Cuento corto
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Bellamy Blake, então se tornou universo

Era verdade.

O peso da morte de tantas pessoas ao chegarem, enfim, ao planeta Terra, os corroíam. A morte de Terrestres, nada mais se resumiria a mais mera forma de sobrevivência. Não havia mocinhos ou vilões, numa tão fantasiosa história. Eles eram o futuro de doze estações, que antes orbitavam no espaço, no mais vasto Universo em sua mais variada matéria.

Jovens delinquentes — cem, para ser mais preciso —, agora se resumiriam a alguns. Sim, uma baixa tremenda era notória. Não eram mais os irresponsáveis julgados por Marcus Kane, ou Thelonius Jaha... São agora, líderes em diferentes posições. Adultos que perderam familiares; sofreram por perder amizades inesquecíveis e paixões que os torturariam durante muito tempo.

Lá estavam eles, com as mais difíceis responsabilidades.

Em qual momento, haviam crescido tanto?

Em qual momento, eram eles chamados, em lugar de seus pais, ou líderes?

Quando se transformaram em pessoas que dariam suas vidas, por outras dezenas? Centenas? Ou simplesmente, por uma? Quando passaram a se sacrificar?

Haviam saído de esconderijos, para se tornarem guerreiros. Haviam perdido o medo, guardado suas mágoas, engolido seus orgulhos por causas maiores.

Sentimentos que passaram de seus limites, resultaram em mais cicatrizes. Não era segredo, Finn Collins amava intensamente Clarke Griffin. Por mais magoada que estivesse pelo o que Finn havia omitida a si, ela também o amava. Havia declarado isso, quando empunhou a lâmina, e perfurou-o. Jamais deixaria que ele sofresse na mão dos Terrestres, e ele sabia disso. Estava grato, por morrer pelas mãos da princesa.

Clarke Griffin teve seu primeiro estopim ao fim.

Suas mãos ensanguentadas a fariam se lembrar, o que se tornara. Ali, um pedaço do seu coração, se tinha ido.

Jamais pensariam que poderia haver algo pior, do que o centenário apocalipse nuclear. Engano, tentar sobreviver e se preocupar a todo o momento que seu pescoço seja decepado, era sim, algo a ser revisado. A sensação de achar que não conseguiriam passar mais um dia, assim como na Arca, era sufocante. Quase sentiam o oxigênio, por mais abundante que fosse se esvair de seus pulmões.

E era isso, o que Bellamy Blake sentia. Desde criança, por sua mãe, foi ensinado a proteger sua irmã. Poderia dizer que quase surtara ao ver tantas enrascadas que Octavia Blake se metia. Mas admitia, ela sabia tão bem se proteger, quanto ele. Os irmãos haviam perdido a quem os conceberam a vida, sua mãe. E sentiam o peso, aos se lembrarem que a mesma, havia sido injetada para que seus filhos sobrevivessem.

Com isso, aprenderam o que era a verdadeira dor, tão cedo, como jamais outra pessoa deveria.

A dor de perder alguém que amavam.

Anos mais tarde, Octavia Blake sentiu o familiar gosto amargo mais uma vez, ao perder Lincoln. Uma guerreira conhecida não só pelos Skaikrus, mas pelos Grounders. Lincoln a tinha ensinado bem. Sentiu-se grata, soube o que era amar.

E isso apenas a corrompeu, a se perder.

Bellamy tentava não ser só um telespectador, em vão. Quando sua irmã o culpou pela perda de quem também a protegeu, sentiu culpa. Não por inteiro, mas por saber que podia ter tentado algo mais. Ele a amava. Foi por ela, que havia atirado em Thelonius para protegê-la, e tornara-se parte de infratores que tinham o destino: Terra.

Ainda era apenas uma garotinha, escondida no sótão. Ele devia protegê-la.

Era verdade.

Todos tinham perdido uma parte de si.

Clarke Griffin, mais uma vez se viu sem chão. Bellamy Blake, a seguia nisso. Ambos puxaram a alavanca no qual dizimou a vida de muitos, pelo contato da radioatividade em Mount Weather. Jasper Jordan perde seu senso de amor próprio e humanidade, ao presenciar a morte de Maya. Por mais extrovertido que fosse ali estava ele, no mais fundo poço.

Tempos mais tarde, Griffin se viu mais uma vez, sem saber o que fazer. Lexa, por quem nutriu amor, por mais proibido que fosse, havia preenchido a ruptura de Collins ao partir. Nossa Wanheda — Comandante da Morte— tornou-se um símbolo, por mais negativo que fosse. Sua felicidade não durou muito, no momento que a líder dos doze clãs, é atingida. Mais uma vez, a loira teve sangue em mãos, de mais uma pessoa que amou.

Lexa se foi.

Se formando mais uma vez, aquela sensação semelhante ao dia que Collins morrera.

A principio o instinto de proteção somente a irmã, agora incluía, sobretudo, Clarke. Bellamy a todo o momento a protegia, haviam se tornado algo. Integrado uma amizade no qual, se possível, se sacrificariam um ao outro. Fazendo-nos julgar seus verdadeiros sentimentos, quando o alívio tornava em suas expressões ao se encontrarem bem.

Bellamy sofreu demasiadamente, quando Clarke não ficou com ele, ali no acampamento Jaha. Quando sua consciência mais pesava. Não julgamos a Wanheda, a mesma possuía culpa o bastante, porém, seu amigo também. Havia, junto a ela, puxado a maldita alavanca. Partilhavam da dor.

Como forma de abstrair tudo o que passava, acumulou tudo em raiva. Blake sabia no fundo, que as intenções de Pike, eram genocidas. Ainda assim, seguiu rumo à guerra que causavam gradativamente.

Quando Clarke enfim, apareceu para ti, ali naquela sala no acampamento Jaha, sentiu o alívio que nem sabia que tanto ansiava. Era fato, ele ainda assim, se preocupava com ela. Ele mantinha a pose de estar bravo o suficiente com ela, para jogar tudo o que fizera na cara da loira. E Griffin sabia o quão mal se sentia, ao escutar aquilo vindo dele. De quem, por mais que não se dessem bem no começo, esteve consigo sempre a mantendo segura.

Ser tão duro com Clarke, não doía somente nela, mas a ele também.

Era verdade.

Ele estava magoado o bastante, para não ligar o que tanto falava rancorosamente. Magoado, por saber que a dona dos olhos azuis agora tão cansados, havia fugido quando tantas pessoas haviam morrido pelos mísseis disparados. Quando o alvo era ela, deixando-o preocupado, não só com ela, mas também sua irmã que também se encontrava no mesmo lugar.

Julgava-a egoísta, quando o que ela mais queria, era a sobrevivência de todos. A Comandante da Morte era boa o bastante, para nunca pensar nela antes de alguém. Tinha esse senso de proteção a todos. E isso, piorava tudo por sinal.

Ambos os corações batiam amarguradamente.

Era verdade.

Apesar de tudo, devido a inúmeras circunstancias, encontravam-se mais uma vez juntos. Compartilhando do mesmo ideal. Preocupando-se um ao outro.

Bellamy a acompanhou até onde pode. A aconselhou.

Viu-se perdido.

Era verdade.

O moreno a amava silenciosamente. Dolorosamente e profundamente.

Não podia jamais perdê-la. Odiava vê-la tão mal. Sentia em seu peito, a dor de observá-la isolada, sofrendo, e nunca pensando em si mesma.

Sofreu quando a viu chorando silenciosamente, pela perda de Lexa.

Sofreu quando a viu em perigo tantas vezes.

Agora, ansiava por voltar ao dia, em que pudesse dizer tudo o que sentia a ela. Quando pôde abraçá-la.

Soube que a amou, a partir do momento, que pensara que nunca mais a viria. Quando se ofereceu a ir a Mount Weather, cogitando a ideia que ela era louca o bastante de tentar voltar lá.

Não deixaria. Não poderia.

Era verdade.

Viu-se ansiando pela volta de Clarke, enquanto esperava na base, onde o foguete se encontrava. Até o momento que todos precisaram entrar. Ninguém ali queria deixar a amiga para trás. Era possível ver o recuo de Raven Reyes para dar partida, o olhar de John Murphy ou o desviar de Monty Green.

Era necessário.

Clarke Griffin havia deixado avisado que eles deveriam partir, caso ela não chegasse a tempo. Praimfaya estava próxima, era hora.

Ela se arriscaria uma última vez por eles, por Blake. Só deveria suspirar, e por eles, tentar a todo custo sobreviver.

Então, tudo se torna vazio.

Eles estavam de volta ao espaço. E Bellamy Blake, não poderia não sentir uma pitada de ironia.

Não demonstraria, mas sofreria ali, imaginando como sua amiga e tão desejada Clarke, poderia estar. Por um momento, percebeu que deveria ter ficado com ela. Mas sabia que todo esforço, teria sido em vão.

Bellamy Blake então se tornou o Universo.

Um espaço intergaláctico de sentimentos dolorosos. Inconstante, observável. Com uma singularidade.

Uma variedade de matérias, sobretudo, vazio.

24 de Octubre de 2018 a las 00:33 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Mabilly K. Ser em período de transição, chamado: adolescência. Minha lista de leitura é mais variada que meu humor, arriscando dizer ser de veneta. Tendo uma baita queda por temas/gêneros sobrenaturais (vampiros e lobisomens), paranormais e romances. De gêmeos, na casa um do ascendente leão, e na casa quatro lunar de escorpião, ou seja, lá o que isso signifique. Não faço a mínima ideia. Gamada nos mais variados filmes, e nas mais diversas músicas (anos 80 e 90, eu os idolatro).

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