jaemean nana

Um fato óbvio era que Renjun odiava Na Jaemin, mas ninguém sabia o por quê. Talvez nem o Na soubesse, mas já estava na hora de descobrir.


Fanfiction Bandas/Cantantes No para niños menores de 13.

#renmin #nct #nct-dream #renjun #jaemin #lovexhate #comédia
11
5.9mil VISITAS
En progreso - Nuevo capítulo Cada 30 días
tiempo de lectura
AA Compartir

Festa de Halloween

Eu odiava muitas coisas. Odiava quando meu gato cagava em cima da minha cama só porque aquela bola de pelos parecia nutrir uma aversão absurda de mim. Odiava, também, quando meus pais vinham com aqueles assuntos furados de jantares em família em tal restaurante, onde passava toda a minha noite de sexta ouvindo abobrinhas e olhando para as crianças no playground, desejando ser uma apenas para fugir daquela mesa com a desculpa de “quero brincar no videogame”. Mas nada superava meu ódio descomunal por Na Jaemin. Ele me estressa e muito.

Eu não suportava olhar para aquela cara feia dele e tentava controlar a vontade de jogar purê de batata naquele sorrisinho convencido de mimimi todos me amam e eu sou incrível. Grrr, incrível mesmo foi quando Zhong Chenle, do segundo ano, fez uma cesta de três pontos e o time ganhou o campeonato estadual de basquete. O máximo que Jaemin fazia era exibir aquele sorriso e lançar-lhe um “Bom dia” simpático demais que parecia até falso ou forçado. Era impossível alguém sorrir em plenas 8h da matina com a primeira aula sendo de física! E eu só sei disso porque estamos na mesma classe desde, bem… desde o maldito do primeiro ano. E ele me enche o saco desde então.

— Olha ele lá, esbanjando sorriso e beleza, se achando a própria Megan Fox — resmunguei, olhando fixamente para o alvo de todo o meu ódio daquele momento matinal.

— Cara, você acabou de falar que ele é bonito? — Donghyuck questionou, franzindo a testa e julgando-me com o olhar, como se eu fosse um lunático que fugiu do hospício.

Vi Minhyung engasgar uma risada, olhando para mim divertido, como se eu fosse algum tipo de piada com pernas.

— Eu fui irônico — expliquei debochado para o sonso que eu chamava carinhosamente de amigo.

— Ou apenas expôs seus pensamentos mais profundos junto com seu amor encubado por Na Jaemin. — O Lee mais velho soltou e eu tive uma leve vontade de enterrar sua cabeça dentro da privada e dar descarga. Ou apenas jogá-lo dentro da lata de lixo e mandá-lo para reciclagem para ver se esse louco para de dizer absurdos e vira gente. — Esse seu falso ódio está me matando.

— Bem, morra — respondi, sem muita paciência para aquela dupla de palhaços que tinham como passatempo favorito zombar de mim como se eu fosse algum tipo de objeto pessoal de chacota.

Resolvi ignorar as duas peças raras e me focar no cartaz colado às pressas na parede, porque era bem mais interessante e não me deixava tão estressado quanto aquela dupla de panacas.

Festa d’O Dia das Bruxas

Venha e não esqueça sua fantasia!

19:00 - Rua XXX, 000

Mentira, me estressei sim com aquele cartaz, porque o endereço era da casa de Jaemin, ou seja, a maldita festa do Halloween seria na casa daquele insuportável e eu soube na hora que seria arrastado por Donghyuck e Minhyung, pois os dois tinham me empurrado delicadamente — note a ironia — para o lado, já que queriam ver o cartaz da festa.

— Vamos?

— Claro. — O ruivo respondeu.

— Nem por cima do meu cadáver — murmurei, estalando a língua assim que recebi olhares raivosos dos dois Lee’s.

— Bem, teremos que matar o Renjun se quisermos levar ele para festa. — Minhyung disse divertido e eu cheguei a uma conclusão: esse garoto precisava de uma sessão espírita e um exorcismo para tirar aquele demônio do corpo, porque não era possível alguém ser tão perturbado assim.

— É, vamos mesmo. — O outro respondeu, ajeitando a franja vermelha na testa.

✘✘✘

O Halloween seria daqui a três dias, então, consequentemente, a festa também. Resumindo: eu tinha exatos três dias para criar um plano ou uma desculpa convincente para não ir naquela festa e fazer meus dois amigos acreditarem.

É, aquilo seria uma missão bem difícil.

— Terra chamando Renjun. — Meu pai chamou, balançando as mãos em frente ao meu rosto. — Não vai comer? — apontou com a xícara cheia de café para o meu sanduíche.

Olhei para o relógio em cima da geladeira antes de responder:

— Vou. Mas agora tenho que ir! — enfiei a comida toda na boca e bebi o leite por cima para não correr mais riscos de gorfar tudo e me despedi do meu pai que me olhava como se eu fosse louco. — Tchau, mãe! — gritei, torcendo para que ela tivesse me ouvido mesmo que se ocupasse em se arrumar para o trabalho.

Corri até a escola, quase morrendo duas vezes no caminho com um carro e com uma pedra no meio da calçada.

Assim que pus meus pés dentro do terreno da escola, ouvi o sinal tocar, então teria que correr mais rápido que a galera do atletismo se eu quisesse ter a primeira aula — não que eu de fato quisesse, mas era melhor do que ter que ouvir a diretora e o conselheiro da escola falarem nos meus ouvidos. Isso já era trabalho muito bem cumprido pelos meus pais.

— Por que demorou? Ficou vendo Harry Potter até tarde? — Donghyuck indagou assim que me sentei na carteira ao seu lado e atrás de Minhyung.

— Não. Hoje a parede de casa estava muito interessante e acabei perdendo o horário de tanto admirá-la — debochei e joguei minha mochila sobre a mesa, sem paciência. Vi Jaemin me encarar divertido e sussurrei um “Tira uma foto que dura mais”, morrendo de vontade de enfaixá-lo e o colocar num sarcófago para mandá-lo diretamente para Egito e prendê-lo numa droga de pirâmide. Quem sabe assim ele para de encher o meu saco e vai encher os dos coleguinhas de tumba dele.

— Você vai acabar tendo um infarto com tanto estresse assim. — O Lee disse e eu ponderei se deveria enviá-lo para o Egito junto de Jaemin.

Não pude lançar mais uma resposta ácida — infelizmente —, pois o professor de química chegou, jogando seus materiais de qualquer jeito sobre a mesa e olhando com cara de merda para os alunos. Claramente eu se me tornasse um professor.

— Injun… — ouvi alguém sussurrar o meu nome e segui o som, dando de cara com o próprio tinhoso: Jaemin. Será que nem na aula de química eu poderia ficar em paz? — Você vai na festa, não é? — Se debruçou sobre a própria mesa, interessado na minha resposta.

Hmph, ele acha que me engana com essa carinha de criança inocente.

— Só se for pra te trancar dentro do freezer e deixar você congelar até a morte — forcei a mesma carinha de anjo que ele sempre usava com as pessoas e voltei a atenção para frente, sem dar importância para qualquer que fosse sua resposta ao insulto.

— Vou levar como um sim.

Iludido.

✘✘✘

Eu sou uma pessoa bem eclética. Quem é próximo de mim sabe bem disso. Vai ter dias que eu vou escutar indie e, logo em seguida, alguma música húngara esquisita que eu achei. Em seguida, vai estar tocando um remix de música de anime dos anos 90. Minha playlist era bem imprevisível para qualquer pessoa, às vezes até para mim.

Eu gosto muito de coisas imprevisíveis, mas que sejam do ponto de vista bom… E aquele claramente não era um.

Veja bem, era sábado, noite de Halloween e meus planos eram literalmente me enrolar na minha coberta e ficar assistindo animes estranhos do século passado e me entupindo de pasta de amendoim com biscoito, mas a vida não pareceu gostar muito daquilo. Aliás, nem a vida ou Deus ou o universo, destino, sei lá, pareciam ter gostado da ideia e, ainda por cima, ele estava ali.

— Faz tempo que não vinha aqui. — Jaemin disse, se jogando sobre a minha cama e fazendo-me ficar o mais longe dele o possível.

— Deveria ter continuado sem vir — disse sem rodeios. — O que quer? — analisei sua expressão e a roupa que vestia. Se minha dedução estivesse certa, então…

— Que você venha comigo pra minha festa, oras.

Acertei em cheio.

Mas, afinal, o que o fazia acreditar que eu diria “Sim, claro, meu amor” sem pensar duas vezes? Ele era burro ou fazia cursinho em especialização para dar aula?

— Você está me zoando, né? — perguntei apenas para ter certeza. Jaemin era estranho e louco de vez em sempre.

— Eu falo sério.

Tive que rir. Gargalhar muito alto.

Donghyuck e Minhyung tinham passado aqui em casa mais cedo e tentaram todas as técnicas para conseguirem me levar à festa, mas me desviei de todas e, por fim, eles foram embora, resmungando horrores.

— Você acha mesmo que vai me convencer a ir? Isso é algum tipo de piada?

— Eu falo sério, Injun — fez um bico infantil que eu tive vontade de apertar, mas apertar para arrancá-lo dali. Jaemin não era bom com aegyo e apenas ofendia a minha visão que já não era uma das melhores.

— Eu também, Nana.

Ele me analisou em silêncio por alguns segundos, suspirou e sorriu, se aproximando de mim, ficando tão perto que eu pensei em sair correndo. Vai que esse doido quer me asfixiar com os travesseiros?

— Você sabe, não é, Renjun? — olhou-me divertido, como se preparasse para contar algo engraçado e quisesse fazer suspense. — Eu não vou sair daqui até você disser que vai à festa.

O encarei, procurando a graça ou o tom de piada. Ele falava sério.

— Tudo bem — dei de ombros, ignorando sua cara chocada e dei play no filme que antes eu assistia.

— Você tá me ignorando? Ei!

Fingi que Jaemin não existia que nem eu fazia quando a chata da minha consciência enchia o saco para que eu estudasse e fosse alguém na vida e não um preguiçoso que fica com o rabo colado no sofá/cama. É, ignorância é uma benção.

Tirei uma colherada do pote de sorvete que estava posto sobre a cômoda e, antes que levasse aquela maravilha com sabor de morango para a minha boca, o maluco ao meu lado simplesmente arrancou a colher da minha mão e comeu ele mesmo o sorvete.

Ele, por um acaso, estava testando a minha paciência?

Eu sou territorial com meu sorvete que nem um teiú em época de acasalamento, ou seja, eu iria dar uma surra na princesa de sorriso bonito sentado ao lado.

— Isso é um pedido indireto de “me mata, por favor”? — perguntei, sentindo minha mão tremer de vontade de voar na cara dele.

Calma, Renjun, sua mãe e seu pai não iriam ficar nada felizes se você jogasse alguém da janela de sua casa.

— Eu disse que não sairia daqui até você ir comigo para a festa, então terá que me aturar — forçou seu sorriso inocente e deu mais uma colherada no pote de sorvete que agora estava no meu colo.

Tudo bem, dava para ignorar se isso fizesse com que eu não fosse à festa daquele maldito.

✘✘✘

Não, não dava para ignorar.

Não sei quanto tempo se passou, talvez um minuto, e eu já estava estressado com Jaemin comendo meu sorvete e suas pernas ocupando metade do espaço da cama, como se tivesse dois metros e não menos de um e oitenta.

— Ô madame, será que pode chegar essas pernas de seriema para lá? — O empurrei e escutei uma risadinha.

— Seu humor ácido é adorável. Amo ele.

— Ah, é? E eu amo quando você fica calado. Como diz a famosa frase: “Você calado é um poeta”.

Vi ele revirar os olhos e rir em seguida.

— Você não mudou nada — debruçou sobre o travesseiro em seu colo e me analisou, como sempre, com um sorrisinho de canto.

— Mudei. Só que você não esteve presente para perceber.

Fui cruel mesmo. Joguei sal na ferida sem dó e surtiu efeito, pois logo Jaemin se retraiu, afastando-se discretamente de mim enquanto pigarreava.

O clima pesou e não fiz questão de apaziguá-lo. Que ele se sentisse culpado o quanto quisesse, pois eu não ligava. Não mais.

Injun

— Que foi?

— Vamos para a festa?

— Vai tomar no cu.

Jaemin gargalhou e eu já estava 100% de saco cheio. Ele era mestre em esgotar a minha paciência inexistente.

— Ei, Injun, por favor…

Ele forçando aquela voz de criança pirracenta me deu uma leve vontade de calá-lo com o par de meia — que estava em cima da minha cama — enfiado na garganta, mas lembrei que era novo e minha mãe me mataria porque 1) eu tinha enchido o saco dela por meias novas e 2) eu teria matado alguém com meias — eu não queria cometer meu primeiro crime usando uma arma tão besta. Se fosse para matar alguém, que matasse com estilo e requintes.

— Se você prometer que nunca mais vai me encher o saco, eu vou.

— Sério?

Prometa.

— Ok, eu prometo — sorriu, todo bobo.

— Espero que não quebre como você fez com aquela.

E o expulsei do quarto para que eu pudesse me trocar.

✘✘✘

Talvez eu fosse me arrepender daquela escolha. Melhor dizendo, eu com certeza iria me arrepender, mas se isso significasse sem mais Na Jaemin no meu pé, eu faria aquilo. E, bom, eu poderia muito bem ficar só uns dez minutinhos e depois dar o fora. Não é como se Jaemin fosse ficar me vigiando ou me seguindo a festa toda, não é?

Errado.

Ele ficou na minha cola durante os primeiros cinco minutos depois que entramos na festa e eu só consegui despistá-lo porque seus amigos do time de basquete que se achavam os reis da escola cercaram ele. Ou seja, eu aproveitei a chance para dar um perdido em Jaemin.

Tentei achar meus dois amigos, mas, pelo visto, eles não estavam em um lugar nenhum, então decidi ir na cozinha e catar o pote que tinha rosquinhas de leite. Antes, quando eu vinha aqui com frequência, sempre as comia. E, bom, elas continuam no mesmo lugar de sempre.

Subi as escadas e me sentei no último degrau, abrindo o pote e começando a comer, me sentindo entediado. Por sorte, no segundo andar não havia absolutamente ninguém, então eu poderia xingar Jaemin o quanto eu quisesse.

Acontece que eu não muito sortudo, sabe?

Enquanto eu me arrependia de ter vindo para cá e engolia uma rosquinha a cada xingamento, acabei por levar um susto assim que uma mão tocou meu ombro e, pelo que eu me lembre, na casa de Jaemin não possuía nenhuma assombração… até onde eu sabia. Será que o louco brincou de Ouija e agora a casa era assombrada? Porque isso é a cara dele.

— Renjun, seu safado, o que faz aqui? Não era você que ia hibernar na cama, assistindo seus desenhos esquisitos?

Quando reconheci a voz de Donghyuck, senti um alívio anormal se apossar de mim. Foi quase igual ao alívio que senti ao ver, após derrubar meu celular de cima da cômoda pela manhã, que a tela do meu filho não estava trincada.

— Jaemin decidiu dar o ar das graças lá em casa e encheu a merda do meu saco até eu vir. Me arrependo muito — mastiguei mais uma rosquinha enquanto observava a testa franzida em confusão do ruivo. — Acho que vou dar no pé depois de detonar essas rosquinhas. Sabe, Jaemin adora elas, então será uma ótima vingancinha deixá-lo sem suas amadas — ri maléfico e Donghyuck me olhou como se eu fosse um descontrolado.

— Certo… — disse cauteloso, como se temesse que eu fizesse algo, tanto que deu um passo para trás por precaução.

— E por que você está aqui? Sabe, no andar de cima.

— Ele estava me ajudando — ouvi outra voz dizer e reconheci Minhyung saindo de uma porta que eu conhecia bem.

— No banheiro? — ergui uma sobrancelha, olhando para os dois de modo acusatório.

— É, o Minhyung tem banheirofobia, então precisou da minha companhia — notei a ironia na sua voz, mas sabia bem que tinha algo a mais por trás daquilo. Só faltava eu descobrir o quê.

— De qualquer jeito, venha com a gente. — O moreno disse. — Tá rolando verdade ou desafio.

— Não, muito obrigado.

— Quem disse que eu perguntei? Eu falei para você vir — zombou, achando que era minha mãe para mandar mim. Mas quem disse que consegui ficar ali no meu cantinho isolado? Minhyung e Donghyuck tinham algum tipo de complô contra mim e por isso uniram forças para me arrastar dali como se eu fosse um saco de batatas pesado. Um absurdo.

✘✘✘

Bom, lá estava eu sentado com cara de cu, olhando para todos e arquitetando algum plano para conseguir fugir dali. O único problema era que meus dois amigos sentaram dos meus dois lados para impedir que isso acontecesse. Espertos.

Pelo o que eu havia entendido, não era exatamente verdade ou desafio. Estava mais para responda uma pergunta absurda-barra-vergonhosa ou beije fulanx. É, que merda, amigos. Mas eu não podia reclamar, porque pela primeira vez na vida, o universo estava de bem comigo e não fez nenhuma vez a garrafa parar em mim, então eu apenas observava, como um mero expectador.

Que iludido eu sou. Realmente pensei que meus amigos deixariam aquilo passar a limpo?

— O Renjun não respondeu nenhuma pergunta ou fez nenhum desafio. — Minhyung comentou de repente e eu quis socar aquele infeliz.

— É verdade. — Algumas pessoas concordaram e eu recebi um olhar divertido de Jaemin, que também jogava, mas a garrafa não tinha parado nele. Até agora.

— Jaemin, verdade ou desafio? — Alguém da roda que eu não sabia o nome perguntou, debruçando-se sobre a própria perna.

— Desafio.

Um uhhhh foi ouvido, todos animados para saber qual desafio Jaemin teria que fazer. Enquanto isso, eu apenas me distraía com os cadarços do meu tênis.

— Te desafio a beijar o Renjun.

Ferrou.

19 de Octubre de 2018 a las 04:06 0 Reporte Insertar Seguir historia
0
Continuará… Nuevo capítulo Cada 30 días.

Conoce al autor

nana we go up

Comenta algo

Publica!
No hay comentarios aún. ¡Conviértete en el primero en decir algo!
~