ksutaguo Louise Alves

Sasuke Uchiha, um artista plástico recém formado como qualquer outro, sempre teve um sonho: ser tão rico e famoso por suas artes que pouco se importava com o mundo ao seu redor. Frustrado por tantas respostas negativas das galerias de arte, Sasuke sente seu desespero maciço se transformar em devoção a arte quando um dia seu avô lhe presenteia com um belo pincel negro. E quando toda a sua devoção à aquarela lhe rende os frutos esperados, tudo lhe é tomado. Deixando-o apenas com um par de olhos verdes esmeraldinos, que o fitavam em cada tela pintada, e o toque macio dos cabelos róseos da mulher que deitava em sua cama. E da doce voz que ecoava a pior maldição de sua vida.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

#naruto #universo-alternativo #The-demon #sasusaku
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O pincel

Sasuke arremessou o pincel de madeira velha na parede com muita força, fazendo-o partir em vários pedaços e cair no chão. A raiva trespassava seu corpo a ponto de socar uma das telas que mais tinha gostado de pintar daquela coleção, ele queria quebrar todo aquele ateliê: transformar cada tela, cada armação, tinta, cavalete, pincel, num antro de destruição e frustração. Ele arremessou aquela tela na parede também quando lágrimas de angústia despencaram dos olhos negros do moreno. Sasuke estava surtando de novo.
Falhou. Fracassou. Reprovou. De novo.
Ele escorregou pela porta até sentar no chão e chorar como um menino. Mais uma vez sentia a dor da rejeição escrita em palavras formais numa carta que jazia partida embaixo do que restou da tela destruída. Sentia seu sonho cada vez mais longe e inalcançável, tinha colocado seu coração em todas as telas que enviou para a Galeria de Arte Contemporânea de Tóquio, sonhava em sair da casa da família em Osaka para viver da sua arte, emocionar pessoas com suas pinceladas, vê-las maravilhadas com suas paisagens e personagens... Pela quarta vez os especialistas de arte diziam que ele não era bom o suficiente para a “clientela rígida” do lugar.
Se ao menos fossem honestos e dizer que suas pinturas eram uma merda, Sasuke se sentiria menos pior. Ele caiu aos pés de Itachi quando o mesmo abriu a porta.
— Minha nossa...
Sasuke não respondeu, apenas chorava de raiva. Itachi entendeu assim que viu o rosto vermelho do irmão mais novo entre seus pés de meia.
— Oh, não, Sasuke...
— Saia daqui.
— Sasuke...
— SAI DAQUI ITACHI! — Sasuke se levantou num pulo, como se tivesse se tocado que estava nos pés do irmão, e tombou na única janela do cômodo — EU NÃO QUERO SUA PENA!
Itachi suspirou, teria más notícias para o papai, infelizmente.
— Então cresça e esqueça esse sonho impossível, Sasuke.


...

— Ah, sinto muito, Sasuke-kun, esses críticos não sabem que estão perdendo o melhor pintor de Osaka!
— Deixe de besteiras, Karin... Eles são uns idiotas, nem sei por que perco meu tempo com eles. — Sasuke bebia seu café mirando as lentes rubras da ruiva, uma das poucas moças que ele pintava e fotografava desde a faculdade.
— Mas você vai desistir?
— Eu não sei, Itachi tem se preocupado bastante comigo, eu até entendo. O que eu quero não é nada fácil, mas eu queria um chance, sabe? Se ainda existir um fio de esperança...
Karin pôs as mãos em cima das dele. Ela sabia e entenderia melhor que ninguém a dor e frustração de um sonho impossível.
Anos sendo pintada e fotografada por vários estudantes e artistas em Osaka a transformou numa celebridade na região, porém não o suficiente para conseguir entrar numa boa agência de modelos. Era preciso muito mais que uma boa aparência e bons modos — Pelo menos em público — para ser aceito no mundo da modelagem nipônica, então ela fora recusada inúmeras vezes nas grandes agências.
— Nós vamos conseguir Sasuke-kun. E quando conseguirmos vamos rir disso tudo. E chutar umas bundas murchas de uns executivos!
Sasuke escapou um riso, Karin tinha um temperamento que o moreno particularmente gostava: explosivo e terno ao mesmo tempo.
O celular da ruiva berrou na bolsa.
— Ah, droga, esqueci minha câmera na casa da Konan.
— Você “esqueceu” acidentalmente, seu instrumento de trabalho na casa da sua namorada?
— Você tá parecendo minha mãe. Acha que eu namoro por acaso, Uchiha? — Sasuke riu negando com a cabeça — Acho bom pensar desse jeito. Ah, perdoe-me, “gatinho”, mas vou ter de deixá-lo chupando dedo hoje. Aliás, como se você precisasse.
— Vai transar, Karin.
— Se deus quiser!


...

— O Hashirama ainda precisa de um recepcionista, posso enviar seu currículo pra ele?
— Faça o que quiser, vovô.
— Sasuke — O moreno fitou os olhos negros do avô — Eu sei que o que você está passando. Eu também passei por isso quando me formei, é difícil arranjar um emprego na área que se formou logo de cara, mas a situação não é das melhores... — O velho ajeitou a coluna e o longo cabelo salpicado de fios pratas na imensidão negra e cheia de friz — Sabe que tem o apoio da sua família, mas cogite a possibilidade de sair da zona de conforto.
— Eu nem sei o que é isso...
— Você nunca soube o que é “sacrifício”, criança, e espero do fundo do coração que você jamais descubra a dor de se sacrificar na vida... — A mão levemente enrugada balançou como se espantasse esse pensamento — Você vai subir, filho? — Sasuke assentiu — Então tome aqui, um presente para aliviar essa carranca.
O jovem chegou perto do velho com uma expressão deveras curiosa. Ele viu um embrulho bege na mão do avô e seu cérebro criou um comichão inexplicável. Uma vontade de tomar aquele embrulho das mãos calejadas do pai de seu pai.
Como se o velho estivesse roubando algo dele.
Sasuke abanou a cabeça rapidamente. Que raios foi isso? Pegou o presente desembrulhando com certa pressa até visualizar uma caixa retangular escura. Abriu a tampa da caixa curioso e deu de cara com um pincel.
Um pincel negro com a madeira toda talhada com símbolos estranhos e convidativos. Parecia que acabaram de lustrar o cabo firme e comprido, que coube perfeitamente na mão do jovem Uchiha. As cerdas escuras limpas eram tão macias quanto pele de mulher.
— Magnífico, não?
— Onde conseguiu isso?
— Eu comprei na loja do velho Orochimaru. Ele estava vendendo bem barato esse pincel e Itachi disse que você acabou quebrando o seu... — Sasuke bufou
— Itachi adora dar com a língua nos dentes...
— Ele só quer o seu bem, assim como eu.
Sasuke entendia, mas não ficou menos satisfeito.
— Vá estrear seu presente, menino!


...
Sasuke não entendeu o porquê de estar tão ansioso com um simples pincel. Ele apertava o instrumento perto do peito como se sua vida dependesse dele. Chegou rápido em seu ateliê e aprontou a tela branca no cavalete manchado, separou tintas e alguns outros pincéis para detalhes menores.
Ele nem sabia o que pintar, na verdade.
O rapaz apanhou o giz bege e esboçou um par de olhos, um nariz e uma boca. Contornou a área do cabelo feminino e o pescoço delgado. A mão tremeu e largou o giz que pela ação da gravidade, espatifou no chão.
Seu cérebro desligou por um bom tempo, as pinceladas davam forma a tez leitosa com sardas salpicadas pelas maçãs do rosto, sem que ele verdadeiramente estivesse processando o que sua mão rascunhava. Ele pegou a primeira tinta que apareceu, logo as mechas antes descoloridas da mulher misteriosa tinham a cor de fenolftaleína básica, de várias tonalidades de rosa criando uma cascata desconexa de fios primaveris numa retratados como se a física simplesmente fosse ignorada.
Mas Sasuke perdeu simplesmente a razão quando o par de esmeraldas foi finalizado nos olhos e no pescoço da sua personagem. Tanto o colar de pedras quanto os olhos dela eram assustadoramente sedutores; olhava fixamente para seu pintor.
O moreno voltou para si apenas para admirar sua obra mais recente completamente assustado. Seu cérebro apagou completamente o momento que finalizou aquela pintura magnífica. Sentiu um cheiro de comida e logo olhou para o lado. Como caralhos aquela tigela de sopa foi parar em cima daquela caixa? Alguém entrou ali?
Sasuke olhou para sua mão direita, muito dolorida, vendo o pincel negro em sua palma completamente limpo.
“Tem alguma coisa errada aqui...”
Deixou o pincel ao lado da pintura e pegou a sopa, seu estômago estava exigindo muita atenção. A sopa estava realmente deliciosa...
Antes de sair, mirou uma última vez a pintura da mulher de cabelos rosa antes de desligar as luzes e sair.
Ela permanecia com o olhar fixo nele.

4 de Octubre de 2018 a las 04:32 4 Reporte Insertar Seguir historia
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Nordica XX Nordica XX
Gostei muito desse primeiro capítulo, sou autora e leitora nova nessa plataforma kkk, continuarei acompanhando sua fic.
June 26, 2019, 12:50
Nordica XX Nordica XX
Gostei muito desse primeiro capítulo, sou autora e leitora nova nessa plataforma kkk, continuarei acompanhando sua fic.
June 26, 2019, 12:50
Azarashi Onna Azarashi Onna
Mana do céu, eu tava com saudade dessa história desde que vi no Spirit aaaaaaaaaaaaaaaaaaa Sedenta pelos próximos capítulos.
October 04, 2018, 11:44

  • Louise Alves Louise Alves
    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa socorro que ela tinha leitores no spirit mesmo aaaa - então, o capítulo dois já está pronto e o terceiro já está a caminho, então no mais tardar no domingo o próximo será postado <3 Muito bom ter-te aqui, espero ler seua comentários nos próximos capítulos <3 Beijos :* October 04, 2018, 14:24
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