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As Primaveras é uma obra de poesia de Casimiro de Abreu


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LIVRO PRIMEIRO - I - CANÇÃO DO EXÍLIO

Heureux ceux qui n’ont point vu la fumée des fètes de l’etranger, et qui ne se sont assis qu’aux festins de leurs péres!

Chateaubriand


Oh! mon pays sera mes amour
Toujours.


Chateaubriand


Eu nasci além dos mares: 

Os meus lares,

Meus amores ficam lá!

– Onde canta nos retiros

Seus suspiros, 

Suspiros o sabiá!


Oh que céu, que terra aquela, 

Rica e bela

Como o céu de claro anil!

Que seiva, que luz, que galas, 

Não exalas

Não exalas, meu Brasil!


Oh! que saudades tamanhas

Das montanhas, 

Daqueles campos natais! 

Daquele céu de safira

Que se mira,

Que se mira nos cristais!


Não amo a terra do exílio, 

Sou bom filho,

Quero a pátria, o meu país, 

Quero a terra das mangueiras

E as palmeiras, 

E as palmeiras tão gentis!


Como a ave dos palmares

Pelos ares

Fugindo do caçador;

Eu vivo longe do ninho, 

Sem carinho;

Sem carinho e sem amor!


Debalde eu olho e procuro...

Tudo escuro

Só vejo em roda de mim! 

Falta a luz do lar paterno

Doce e terno, 

Doce e terno para mim.


Distante do solo amado

– Desterrado – A vida não é feliz. 

Nessa eterna primavera

Quem me dera, 

Quem me dera o meu país!


Lisboa –– 1855

20 de Septiembre de 2018 a las 04:32 0 Reporte Insertar Seguir historia
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