sr.-artie Sr. Artie

Sakura nunca pensou que as aulas de pintura para as quais Ino lhe arrastou seriam tão gratificantes. Porém, quando Sai propôs uma tarefa final em que deveria pintar o que o “amor” simbolizava, viu-se num dilema profundo. A tela branca, o pincel e a paleta de cores era tudo que tinha, mas eram suficientes para mostrar como conhecia Sasuke tão bem e como ele era a personificação ideal do amor para si.


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#sasuke-uchiha #sakura-haruno #sasusaku #naruto #romance #drama #songfic
Cuento corto
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Capítulo Único: Paleta de Cores

Notas da História:

Os personagens pertencem ao Masashi Kishimoto, porém, a história é de minha autoria.

Capa criada pela Fellurian

História betada pela Rebel Princess (Nyah - Liga dos Betas)

História baseada na Música Red da Taylor Swift

História postada no Nyah, SocialSpirit e Wattpad

*SasuSaku*


Notas Iniciais do Capítulo

Depois de meses ausente do fandom Naruto e SasuSaku, eu finalmente apareci. Aconteceu umas coisinhas chatas comigo, entrei em bloqueio e cheguei a achar que ele nunca iria sumir, mas felizmente ele desapareceu e eu não consegui fazer essa belezinha de história.

Após tanto tempo sem escrever sobre Sasuke, eu estou bem inseguro com essa história, mas Erica me disse que ela estava boa e Vanessa também disse o mesmo, se Jesus do fandom SS disse que estava boa, eu acredito. Obrigado, vocês duas por me ajudar, amo vocês.

Obrigado, Fellurian, também, sempre me dando capas, estou muito contente, é isto.

Rebel, muito obrigado por mais uma betagem, principalmente essa, já que você não é do fandom kkk, sou imensamente grato.

Gente, foca aqui: a fanart da capa foi ALTERADA. Isso mesmo, alterada. Originalmente, Sasuke está sem os olhos vermelhos e a água não tem a cor tão víva. Vou deixar link da original nas notas finais.

No mais, boa leitura.


Paleta de Cores

By: Sr. Artie

Capítulo Único


Impaciente, ela examinava o quadro branco diante de si. Há horas que olhava a tela imaculada em sua frente e se perguntava o que deveria pintar ali. Não tinha a mínima ideia, estava quase se dando por vencida e largando aquilo tudo. Quase. Afinal, ela era Sakura Haruno, pupila da quinta hokage, conhecida pelo seu controle de chakra excepcional e pela sua enorme determinação. Recuar nunca era uma de suas opções.

Contudo, qual era o sentido de persistir com isso? Era uma iryõ-nin, deveria se preocupar com seu ninjutsu médico, o fato de não conseguir pintar um quadro não deveria atormentá-la tanto, não influenciaria em nada a sua aptidão como shinobi.

Em primeiro lugar, Sakura não possuía ao menos um bom motivo para se dedicar a esse novo hobby. Gostar de pintura? Não, isso nunca passou pela sua cabeça cheia de fios rosados, pois simplesmente se tratava de algo que acreditava não caber em sua personalidade. Era alguém diligente, precisava estar se movimentando constantemente, faltava-lhe a essência de artista para gastar horas a fio admirando uma obra de arte. Preferia estar em uma sala de cirurgia salvando vidas ou em campo de batalha subjugando inimigos.

Pintar era uma passatempo que se encaixava muito mais em Ino, sua amiga loira que gastava horas dos seus dias de folgas trabalhando na floricultura da família, cuidando e admirando as incontáveis espécies de flores que comercializava. A Yamanaka possuía um certo tato para criar coisas bonitas, feitas para serem exibidas aos outros. Sakura não, a ex-pupila de Tsunade tinha o dom de salvar vidas e era contente por tê-lo.

Outra razão para ser Ino aquela entre ambas que deveria gostar de pintura era porque era ela quem estava apaixonada por Sai e não a Haruno. Fora a loira que convencera Sakura a tentar a pintura como hobby depois de pedir ao ex-ANBU para ensiná-la a pintar, era essa a maneira que ela arranjara para se aproximar do homem de quem gostava e acabou puxando a Haruno consigo, porque conhecia a história de Sai e não queria assustá-lo repentinamente com seus sentimentos, seria cuidadosa.

Poderiam dizer qualquer coisa sobre Sakura, menos que ela era uma má amiga, pois, mesmo sob protestos e afirmações sobre a sua baixa aptidão para pintar, acabou por acompanhar a Yamanaka para ajudá-la em sua paquera.

A surpresa veio quando ela descobriu que gostava de pegar no pincel, molhá-lo na tinta e, então, desliza-lo sobre a tela branca. Era uma outra forma de dar vida, não as salvando, mas, dessa vez, as criando, quer fosse acerca de uma memória que guardava carinhosamente em sua mente, quer fosse uma sentimento que desejasse externar.

No começo, não foi fácil. Demorou para que sua precisão cirúrgica começasse a surgir entre as suas obras, mas, a cada pintura feita, ela crescia e mais belos seus quadros ficavam. Também não foi uma surpresa para si quando Ino conseguiu conquistar o coração de Sai, sua amiga era inarredável quando tinha um objetivo em mente. Talvez persistência e determinação fossem as características mais fortes daquela amizade.

Logo após conseguir aquilo que queria, a Yamanaka largou as aulas com seu amado, falando a Sakura que deveria fazer o mesmo, já que tinha obtido o que tinha em mente desde o início. A Haruno, porém, não quis, permaneceu em suas aulas com Sai, decidida a completar o curso básico que ele tinha se disposto a lecionar. O período de aprendizado era de apenas seis meses, então ela iria até o final.

Sakura continuou os ensinamentos com ânimo, até que Sai resolveu dar-lhe a última tarefa, que seria pintar um quadro sobre a sua concepção de amor. Ela nunca se viu em situação tão difícil como naquele momento. Por essa razão, estava ali, parada em frente a um tela albina, completamente perdida sobre o que pincelar.

Ao contrário do quadro limpo, a cabeça da Haruno estava bombardeada de pensamentos, as ideias flutuavam em sua mente e era impossível usar um filtro para conseguir decidir acerca de uma delas. Perguntava-se como retratar sua concepção de amor quando tudo que vinha sua mente era ele, aquele que a fazia chorar mais que tudo — fosse por sentimentos bons ou não.

Era impossível pensar sobre amor e não fazer uma conexão a ele. Estava pensando nele desde que ouviu Sai dando-lhe a atividade de conclusão. Todas as suas ideais acabavam nele, em Sasuke.

Amar o Uchiha foi como cair em uma armadilha, era uma cilada, todos os seus instintos ninjas e de autopreservação gritavam para que se mantesse longe, mas Sakura nunca teve a oportunidade de escolher amá-lo. Algumas coisas acontecem sem que o indivíduo seja capaz de decidir por si mesmo, o sentimento que nutriu e ainda nutria pelo Sasuke era exatamente assim: algo semelhante a decidir mudar de ideia depois de já está voando em queda livre, impossível. O seu amor pelo ex-companheiro de time era vertiginoso, mais rápido que o vento e mais veloz que a velocidade do som, tão desejoso e apaixonado como um pecado deveria ser.

Lembrava-se do confronto do Time 7 contra o time da Vila do Som, durante a segunda parte dos Exames Chunins na Floresta da Morte, quando Sasuke perdera o controle do selo amaldiçoado, tornando-se violento e histérico, tomado pelo ódio ao vê-la tão machucada depois de tentar defender Naruto e ele. Sakura nunca assustou-se tanto como naquele dia e, apesar de estar assolada pelo medo, sua única reação foi correr em direção ao Uchiha e abraçá-lo pelas costas, envolvendo suas mãos nos ombros dele, pedindo-o para parar. Foi ali que ela percebeu, ao tocá-lo, que tudo o que desejava para si estava ali dentro do seu abraço, bem na sua frente. Não se importava com os demônios que ele portava dentro de si, o ajudaria a lidar com todos.

Outra memória que doía e apertava o coração da Haruno era a da partida de Sasuke para fora da Vila. O quão humilhante fora para ela implorar pelo amor dele naquela noite de lua? Ela era incapaz de mensurar. Não tinha arrependimentos sobre tentá-lo impedir de sair de Konoha, mesmo que tivesse se colocado naquela posição desconfortável. Todavia, fora somente daquela vez que ela notara que o amor que sentia era esmagador, forte e, infelizmente, pungente. Ela se arrependeu de lamentar por ele daquela vez, porque desejava nunca ter descoberto que o amor que sentia era tão vigoroso e resistente.

Em certos momentos — de fraqueza, segundo ela, pois carregava a certeza que não tinha nada de errado em amar Sasuke de maneira tão desesperada, sem esperança de receber algo em troca —, considerava o sentimento que mantinha por ele um fardo pesado, até mesmo para ela que possuía uma força sobre humana. Só que Sakura era incapaz de sentir algo menos que amor pelo ex-companheiro de time, não quando seu amor era como as cores das folhas no outono antes de esmaecerem: tão fortes e imponentes, belas, oposto e distante das cores que a aura de Sasuke emanava de si.

Somente depois daquela conclusão foi que Sakura sorriu, como se finalmente tivesse chegado a uma conclusão para seu debate interno. Pegou o pincel e o molhou na tinta cinza, fazendo-o deslizar delicadamente sobre a tela, finalmente maculando-a.

No princípio, durante as primeiras aulas, Sai tinha as direcionado ao estudo sobre as cores, a maneira como cada pigmento era responsável por transmitir emoções ao observador da pintura. Lembrando-se disso, de cada detalhe fornecido pelo ex-ANBU, foi que Sakura resolveu escolher a cor cinza.

Recordava com perfeição o dia que o reencontrou em um dos esconderijos de Orochimaru, anos depois de ele abandonar a Vila. Deslumbrante, em todo a sua glória, agraciado pelas mudanças que a puberdade o trouxe. Naruto e ela ficaram espantados por encontrá-lo ali, Sasuke, no entanto, pareceu não sentir nada, descolorido, pétreo. Os laços que ele desejava romper finalmente pareciam não existirem mais e as suas cores pareciam terem sumido também.

A cor cinza é um pigmento neutro, diferente das cores vívidas, como o vermelho ou amarelo, ela não consegue tranquilizar sentimentos e, menos ainda estimulá-los, sua capacidade de transmitir emoções é inexistente, tão tediosa e maçante ela é. Contudo, mesmo assim, significa neutralidade e elegância.

Com isso em mente, Sakura a escolheu por esse motivo para pintar o corpo de Sasuke, por representar toda a sofisticação que ele carregava consigo, suntuoso e majestoso como o seu clã. Optara por ela também por causa da neutralidade que expressava, porque, embora o Uchiha estivesse sempre inflado pelo desejo de vingança e ódio, quando dizia respeito a todo resto, comportava-se de modo frio e apático.

Tinha gravado cada detalhe do corpo do Uchiha quando se reencontraram, suas roupas, expressões, falas. Memorizá-lo fora tão fácil quanto saber todas as palavras de sua velha canção favorita. Em virtude disso, o pincel correu livre sobre a tela, com precisão, fazendo surgir um Sasuke de pele cinza, pálida e opaca como os sentimentos dele no dia do reencontro.

Ao entorno do Uchiha, Sakura fez surgir água, usando a tinta azul, dando a impressão que o homem pintado estivesse sobrenadando-a.

Não foi por simples acaso que escolheu usar essa cor. Azul é a cor do céu, exprimindo emoções como confiança e sabedoria. Contudo, as pessoas parecem se esquecer que ela também é um tom frio, estando associado à frieza e à depressão. Era exatamente essa visão que Sakura teve de Sasuke em um dos momentos mais desesperados da sua vida.

Depois do ataque de Pain a Vila e a incapacidade de Tsunade em exercer o seu papel de Hokage, após se desgastar para proteger todas as pessoas da Vila com Katsuya, Danzou assumiu o posto de governante e acabou por declarar Sasuke como nukenin após ele ter sequestrado o irmão mais novo do Raikage, Bee.

Sakura nunca lamentou tanto pela promessa feita ao Naruto como naquele tempo, quando o amigo rumou em direção aos Kages, em reunião, para pedir clemência pelo Uchiha. Notou, tarde demais, que o fardo que o Uzumaki carregava era pesado demais, então tentou fazê-lo desistir. Resolvera se declarar, não se orgulhava disso, fora um erro horrendo que cometera contra Naruto, contar uma mentira desse tamanho era imperdoável. Lembrava do olhar de desgosto que ele lançou contra si.

Quando a primeira opção de seu plano falhara, ela pensou em enganar Sasuke, tentando colocar um fim na vida do seu amado. Fora seu maior erro, era impossível para ela fazer aquilo. Então fraquejou, baixou a guarda, quase permitindo que um Uchiha ensandecido a matasse, sendo salva de última hora pelo Kakashi. Outra vez, tardiamente, Sakura percebeu que brigar com ele era como tentar resolver palavras cruzadas e perceber que não existe resposta certa, era frustrante, um lembrete claro da sua fraqueza diante do amor que sentia.

O azul é considerado salubre para a saúde do corpo e da mente. Essa era a ironia em usá-lo para externar as emoções que tinha dentro de si sobre aquele momento de loucura em que se encontrou com Sasuke: saúde mental ele não tinha nenhuma, estava tomado pela dor e pelo luto, machucado e quase ninguém parecia vê-lo tão doído, só ela e Naruto; quase afogado na culpa pelas escolhas do seu erro.

Com cuidado e calma, pintou algumas flores flutuando sobre a água, camélias vermelhas, que, segundo Ino, tinham o significado de reconhecimento e era tudo isso que definia o Sasuke que buscava redenção: alguém que reconheceu seus pecados e procurava uma maneira de se redimir, que esquadrinhava o mundo com a intenção de se reconhecer como pessoa, de se reencontrar no fim de tudo que passou.

Por fim, Sakura cuidou em pintar os olhos de vermelho, destacando o sharingan.

Vermelho é uma cor que está associada ao fogo e sangue, remete à guerra, poder, perigo, ódio. É um tom quente, emocionalmente intenso. Pelo que a Haruno sabia sobre o clã Uchiha, a história deles era marcada pelo cólera e pela fúria. O próprio Sasuke tinha seu passado manchado pelo rancor.

Contudo, não fora por causa disso que Sakura resolveu usá-lo para destacar o doujutsu do clã, no lugar de apena deixar o olho ônix característico dos Uchihas. Vermelho também infere ao desejo, paixão e amor, sendo o último a única coisa que ela possuía em relação ao Sasuke. Amá-lo era vermelho ardente, queimava em seu peito, estimulando a sua circulação sanguínea e dando força e energia ao seu corpo.

Seguir em frente depois de conhecer e amar Sasuke era impossível, quando tudo que Sakura ainda via em sua mente, rondando, era as lembranças dele que chegavam em flashes, rápidas e efêmeras, mas constantes. A promessa escondida em suas palavras na última vez que o viu deixar a vila ressoava em ecos.

Amar Sasuke não era um pecado, esperá-lo, mesmo quando ele nunca lhe pediu para fazer isso, não era errado. O amor que sentia não era depreciativo, não a machucava ou era doentio. O Uchiha não seria culpado por algo se algum dia não conseguisse retribuir o sentimento que ela tinha. Às vezes, chegava a achar que era hora de deixá-lo ir e finalmente permitir ao seu coração conhecer uma nova pessoa, mas tentar esquecê-lo era como buscar conhecer melhor alguém que nunca tinha visto.

Sakura não conseguia ir adiante, não quando o conhecia tão bem a ponto de resumi-lo, minimamente, naquela paleta de cores constituinte do quadro.



Notas Finais: Link do perfil de Miso, artista da fanart, no Pivix: https://www.pixiv.net/member.php?id=31768430

28 de Julio de 2018 a las 16:35 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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