emily-christine8811 Emily C Souza

Na semana dos namorados, faça algo inesquecível para conquistar o seu. Especial dia dos namorados. Casal KageHina, anime haikyuu


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#diadosnamorados #dia-dos-namorados #kagehina #kageyama #hinata #amor #love #yaoi #romance #fluffy #haikyuu
Cuento corto
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Por favor, Seja meu


— Sugawara-san, posso conversar com você?

Sugawara se virou, olhando surpreso para Kageyama. Ambos estavam no intervalo, e Kageyama parecia bastante envergonhado. Ele olhava para baixo, remexendo uma mão contra a outra e corado.

Encarou ele em dúvida, sem saber como interpretar o estranho comportamento. Nunca tinha o visto agir assim, nem mesmo na frente dos antigos companheiros de time, na Kitagawa Daiichi. Mudou o peso do corpo de uma perna para a outra, sua cabeça caiu um pouco para o lado, mostrando sua confusão.

— Claro, Kageyama.

Kageyama acenou, virando e seguindo para a área mais afastada do colégio, próximo ao ginásio. Ainda mais confuso, Sugawara o seguiu. Não disse nada, nem mesmo quando pararam e Kageyama continuou fugindo do seu olhar. Alguns minutos se passaram, e Koushi estranhou ainda mais toda a timidez que Tobio subitamente demonstrou.

— Então...

— Por favor, me ajude a conquistar uma pessoa! — Kageyama praticamente gritou, curvando o corpo em reverencia. Sugawara pisco surpreso.

Um silencio constrangedor pairou sobre eles, e Sugawara ficou o encarando com cara de paisagem. A expressão de Tobio se tornou medonha, a vergonha e a incredulidade da sua súbita explosão, deixando seu rosto ainda mais sombrio.

— Hã... — Koushi abriu e fechou a boca algumas vezes, ainda desnorteado de mais para saber o que dizer. Pigarreou. — Claro, quer dizer, quem seria essa pessoa?

Os olhos azuis de Kageyama dobraram de tamanho e ele levantou as mãos como se protegesse. Koushi balançou a cabeça, achando incrivelmente estupido o fato de que Kageyama não contava com aquela pergunta.

— Não posso dizer, não quero que a pessoa fique sabendo.

Uma veia pulsou na cabeça de Sugawara, porém ele tentou entender o lado de Kageyama (mesmo que ele deixado implícito que não confia em si). Colocou as mãos na cintura, pensando em como ajudar o seu calouro.

— Como é essa pessoa? Ela é romântica? Gosta de coisas mais delicadas e fofas?

Kageyama pareceu ponderar; a mão no queixo e o olhar distante.

Na verdade nunca parou para pensar em que tipo de pessoa ele o era. Hinata não parecia gostar de coisas fofas e delicadas, nem nunca disse o que o atraia nas pessoas. Pensando bem, nunca conversaram sobre coisas pessoais; como gostos musicais, cores preferidas ou outras coisas que gostavam de fazer fora o vôlei.

— El... quer dizer, a pessoa, não parece gostar de coisas fofas ou delicadas. No geral, essa pessoa é agitada, barulhenta, encrenqueira e se comporta como um animal selvagem.

Ao ouvir a clara descrição do Hinata, Sugawara ficou pálido. Tudo bem que Kageyama não disse nada sobre ser uma garota, mas não esperava que fosse ele. Não podia afirmar, é claro, mas imaginar Kageyama tentando conquistar Hinata fez com que Koushi mordesse os lábios para segurar o riso.

— Nessa segunda começa a semana dos namorados, não é? — perguntou de forma retorica. Kageyama assentiu. — Eu te aconselho a, todo dia, colocar um cartão de dia dos namorados no armário dessa pessoa. E, na sexta, que é o dia dos namorados, você se declara abertamente.

— Oh... — Kageyama deixou a cabeça cair pro lado meio confuso. — oh.

Sugawara pensou um pouco como explicar melhor:

— Se essa pessoa não gosta de coisas melosas, os cartões são a melhor forma de dizer “gosto de você” sem ser muito agressivo ou extravagante. — explicou, — E, já que você não quer se identificar ainda, assine como anônimo, mas — avisou com pressa, — Não é uma boa ideia colocar anônimo, pois dependendo da pessoa, — enfatizou já imaginando Hinata recebendo o cartão sem remetente certo. — ela pode achar que é uma brincadeira ou engano.

Kageyama olhou intensamente para longe de si, e Koushi se virou para ver o que ele tanto olhava. Não foi surpresa ver Hinata rindo junto a Tanaka e Nishinoya. Sorriu achando graça dele. Tobio realmente era péssimo para disfarçar.

Parando para observa-lo, podia ver claramente o interesse romântico estampado no rosto de Kageyama. Ele se concentrava de mais em Hinata e esquecia de todo o resto, parecendo até não ver nada além do pequeno gigante.

Mas será se Hinata o corresponderia ou ao menos daria chance ao antigo rival?

Sugawara olhou preocupado para Hinata, mas pode ver com clareza a concentração dele na direção de Kageyama – que devolvia o olhar sem perceber a troca intensa que eles faziam. Parecia que se preocupou atoa, Koushi percebeu. Hinata definitivamente olhava pra Kageyama da mesma forma que ele o fazia.

— Entendi, Sugawara-san.

Depois de fazer outra reverencia, Kageyama saiu apressado. O sinal tocou e logo Sugawara voltou para sua sala. Essa história da declaração e Kageyama ainda ia dar o que falar, disso Suga tinha certeza.


**********


Com um olhar crítico, Kageyama analisou todos os cartões para o dia dos namorados disponível na lojinha perto do colégio Karasuno. Quem diria que havia mais de dez opções diferentes de cartões para escolher? E qual deveria escolher, pra começo de conversa? Deveria ter perguntado isso para Sugawara também.

Um cartão para Hinata... Bom, se fosse escolher algo que combinasse com a personalidade, seria algo alegre e chamativo, mas não espalhafatoso. Uma coisa mais fofa, mas não melosa de mais...

Nossa, como isso era difícil!

Pegou um dos cartões: Flores e a frase “para um grande amor nesse dia tão especial”. Descartou, agressivo demais. Não sabia o que sentia com exatidão pelo baixinho, mas com certeza não era amor. O sentimento era intenso, Kageyama admitia, mas era imaturo de mais para ser algo tão sério quanto amor.

Pescou outro; este com um coração feito de pétalas de rosas com a seguinte frase “quando duas pessoas se amam...”. Guardou-o no mesmo lugar. Não queria nada com frases prontas, isso meio que tirava a essência do gesto. Precisava de algo mais simples que mostrasse a profundeza dos seus sentimentos e não aquelas cores fortes e corações falsos.

Serio que meninas gostavam daquilo?

Próximo cartão: “Fomos feitos um para o outro”. Não, definitivamente não. O outro: fundo vermelho, vários corações e um “Amo você”. Franziu o cenho incomodado. Será mesmo se não encontraria nada mais sutil? Como se declarar de uma forma realista quando todos os cartões eram extravagantes e com frases prontas? Não queria mesmo dar lago dizendo um “amo você” para o Hinata. Kageyama nem sabia o que era o amor, ele só tem quinze anos, pelo amor de deus!

Desanimado, Kageyama pegou um cartão quase que totalmente branco. No centro dele havia um coração feito com vários fios, lembrando a lenda Akai ito – o fio vermelho do destino. O cartão parecia mais um folder, pois ele era dobrado em três partes. Abriu interessado, ficando surpreso de ter apenas balões de corações em uma das faces e as outras estarem limpas. Nada de “amo você” ou frases prontas.

Animado, Kageyama pegou cinco do mesmo cartão. No balcão para pagar pelo papel, o caixa olhou para Kageyama como se ele estivesse fazendo alguma coisa muito errada. Kageyama devolveu o olhar sem entender a careta que recebeu.

Só depois de pagar e voltar para casa que Kageyama percebeu a mensagem errada que passou ao comprar cinco cartões do dia dos namorados de uma só vez; o rapaz no mínimo achou que Tobio namorava cinco meninas ao mesmo tempo.

Deu de ombros, no final não devia explicações da sua vida amorosa a ninguém.

Espalhou os cartões na mesa, com a caneta na mão pronto para escrever.

Bom, pronto até perceber que não fazia a mínima ideia do que deveria escrever. Por que se declarar era tão difícil? Grunhiu irritado e bateu a cabeça contra sua mesa de estudos de leve, frustrado por ser tão péssimo com questões amorosas.

Por que nada era tão fácil quanto vôlei? Triste saber que um dia achou que o mais complicado na sua vida seria fazer um levantamento perfeito para furar o bloqueio do adversário.

O que deveria escrever para ele? ‘Você me irrita na maior parte do tempo, mas por algum motivo meu coração bate mais forte por você e eu decidi que deveríamos explorar isso’? Não, sincero de mais. ‘Mesmo baixinho desse jeito, você ocupou todo o meu coração’? Não, meloso de mais. ‘Vamos ficar juntos porque meu coração quer explodir sempre que te vê’? Não, dramático de mais. ‘Quando eu vejo seu sorriso só penso no quanto ele deveria ser só meu’? Não, possessivo de mais.

Suspirou. Largou todos aqueles cartões e se jogou na cama, olhando para o teto. Se celular vibrou. Com preguiça pescou ele na sua mochila e desbloqueou o visor.

Hinata-Boke:

Eu e o pessoal do vôlei vamos nos reunir amanhã.

Você vem?

Digitou o ‘não’ automaticamente, porém se impediu de responder. Deveria ou não ir? O dia seguinte ainda era domingo e Kageyama colocaria o catão no armário dele somente na segunda. Aproveitaria o tempo que passariam juntos para tentar entender melhor todas as sensações que o acometia e buscaria algo melhor para escrever nas suas declarações.

Eu:

Pode ser.

Poucos minutos depois o barulho de notificação chamou a atenção de Kageyama. Outra mensagem de Hinata. O que ele queria agora?

Hinata-Boke:

Seja mais animado, Kageyama maldito!

Um tique nervoso tomou a sobrancelha do Tobio e ele resmungou irritado. Era por aquele idiota que seu coração batia mais acerelado? Serio mesmo?

Eu:

Não quero.

Deixou o celular na cabeceira da cama e pegou a toalha, indo para o banheiro. Não queria pensar em coisas complicadas como aquela.


*************


Ter um almoço com seus colegas do vôlei deixou Kageyama animado. Não que ele transparecesse, sua expressão continuou seria como sempre, mas podia admitir tranquilamente o tanto que gostava de estar na companhia daqueles corvos barulhentos.

Sem falar na ótima oportunidade para entender um pouco mais sobre as sensações que tomavam seu corpo sempre que estava perto do Hinata idiota.

Nesse dia em especial, as coisas estavam ainda mais intensas. Desde que chegou no pequeno restaurante, não conseguiu tirar os olhos de Hinata. Provavelmente a razão era a forma como ele estava vestido. Kageyama nunca tinha visto Hinata com roupas do dia a dia, e vê-lo vestido com uma blusa preta com o numero dez na frente, um colete laranja por cima da blusa e um boné preto que deixava apenas um pouco dos fios alaranjados para fora, foi demais para sua cabeça.

Precisou se esforçar para desviar os olhos e não babar em cima dele. Não era a primeira vez que reparava de forma desnecessária em Hinata antes; a mesma coisa aconteceu quando ele usou o uniforme completo da Karasuno. Por algum motivo Hinata pareceu muito bem vestido de preto, e a ideia de que nunca tinha reparado antes soava ridícula.

— Kageyama tá morrendo de medo do nosso jogo contra o Grande Rei.

O comentário feito com o tom zombador irritou Kageyama que fez uma careta enraivecida. Hinata se assustou e quase caiu da cadeira; ambos estavam sentando lado a lado.

— Como é? Hinata-boke!

O resto dos meninos riram, Tsukishima ainda prolongou o assunto dizendo que ele podia fazer o levantamento egoísta à-vontade agora que tinha um monstro disposto a segui-lo.

O choque de realidade tomou seu corpo e de repente Kageyama teve uma epifania. Foi exatamente pensando como Tsukishima que esses sentimentos estranhos começaram a aparecer. Conseguia lembrar com clareza agora quando seu coração mais depressa pela primeira vez.

Estavam treinando o novo rápido quando, animado por terem dominado com perfeição a nova chutada, Hinata olhou dentro dos seus olhos e disse com todas as letras que Kageyama é incrível. No mesmo instante Kageyama pensou “eu sou incrível porque tenho você ao meu lado”. Pela primeira vez Kageyama quis comemorar com Hinata; quis também que o sorriso não sumisse do rosto dele e que os olhos não parassem de brilhar.

Isso aconteceu a três meses atrás, durante o treinamento intensivo junto a nekoma e os demais colégios. Desde então, passou a olhar para Hinata com outros olhos ao ponto de se incomodar quando ele elogiava alguém dizendo o quanto essa pessoa era incrível.

— Amanhã começa a semana dos namorados, — Daichi comentou. — Vocês acham que vão receber algum cartão?

— Kiyoko-san bem que poderia me dar uma. — Tanaka disse suspirando.

— Não.

A resposta certeira não foi surpresa e todo o time riu.

— Você deve receber, Daichi-san. — Nishinoya sorriu confiante. — Aquela garota, do time de vôlei feminino, com certeza tem uma queda por você.

— Quem? A Michimiya? — o libero assentiu. Daichi mexeu a mão como se descartasse a ideia. — Não é dela que eu quero receber.

A afirmação foi no mínimo suspeita e todo mundo ficou em silencio esperando alguma explicação do capitão. Daichi, no entanto, não se incomodou em responder a clara pergunta na mesa.

— Eu sempre recebo, — Kageyama disse desinteressado. — Desde o fundamental.

— Maldito. Você é tão metido que me da raiva. — Tanaka resmungou, uma veia saltando.

Hinata encarou Kageyama surpreso, depois desviou o olhar e encarou a mesa. Não gostava da ideia de garotas se declarando para o levantador, e para ser bem sincero, tinha medo que ele correspondesse alguém. No seu atual relacionamento com o mais alto, Hinata sabia bem que ele era o que mais detinha a atenção de Kageyama. E gostava assim, não queria que aquilo mudasse.

Em silencio Sugawara observou o comportamento da dupla estranha, sendo bem obvio que o se passava na cabeça de cada um.

— Algum de vocês vai mandar cartão pra alguém? — Yamaguchi perguntou.

Silencio. Repentinamente todos pareceram bem envergonhados em admitir o lado romântico.

— Bom... sim, quer dizer — Suga começou, já se arrependendo de ter falado. — eu vou mandar um cartão, sim.

Daichi rapidamente olhou para ele, e desviou o rosto para esconder o sorriso.

— Eu... também.

Mais uma vez Hinata encarou Kageyama. Na cabecinha tola dele, Kageyama iria se declarar para alguma menina. Sua tristeza era quase palpável.

— Eu vou mandar para a Kiyoko-san!

— Não, obrigada.

Mais risadas e a questão namorados foi esquecida.

Para todos, menos para a dupla esquisita. Enquanto Kageyama pensava no que escrever nos cartões, Hinata lamentava não ser mais o único na vida do moreno.


***************


Foi muito fácil escrever no cartão depois da tarde divertida com seus colegas. Ficou tão bom que Kageyama olhou para o cartão por um longo tempo, fantasiando o momento em que Hinata veria o que escreveu.

Mal dormiu naquela noite, e contou os minutos para o sinal do intervalo bater e ele poder colocar o cartão no armário do Hinata.

Assim que o intervalo começou, Kageyama praticamente correu para colocar o cartão antes que Hinata aparecesse. Olhou de um lado para o outro, assegurando que não tinha ninguém conhecido por perto, Kageyama colocou o envelope vermelho que guardava o seu cartão.

Depois da missão bem-sucedida, Kageyama retornou para sua sala, preferindo não ver quando Hinata recebesse seu cartão.

Já Hinata andava a passos lentos em direção ao seu armário. Sua noite não foi muito boa; ficou acordado imaginando o tipo de garota que fazia o tipo de Kageyama, se perguntando se a conhecia.

Desanimado abriu a porta depois de colocar a senha. Pegou o próximo livro que usaria, e basicamente se assustou ao ver o envelope caído aos seus pés.

Curioso, se abaixou e pegou o envelope. Virou o papel vermelho, não encontrando nada além do seu nome escrito no verso. Deu de ombros e o guardou entre os livros. Leria na sala de aula.

Voltando para a sala de aula, esbarrou em Kageyama. Ficou assustado achando que ele iria gritar “Hinata-Boke” e lhe bateria, mas tudo o que ele fez foi olhar para si e depois sair apressado, parecendo estar muito nervoso.

Assim que se sentou, Hinata pescou o envelope misterioso. Conferiu mais uma vez se tinha mais alguma coisa escrita, porém era só o seu nome mesmo. Abriu com cuidado e puxou o cartão, surpreso pela simplicidade dele.

De alguma forma gostou mais assim; discreto e mesmo assim romântico. Desdobrou as três parte. No canto direito tinha balões de coração e Hinata soltou uma risadinha achando eles muito fofos. A frase no meio lhe surpreendeu:

“Por favor, deixe-me ter mais dos seus sorrisos”

Sua boca formou um grande ‘O’ e Hinata sentiu o coração acelerar. Quem teria lhe mandado algo tão íntimo e delicado? Passou os olhos pela canto esquerdo, mas tudo o que encontrou foi: “Ass.: King T.”

Fechou o cartão e o guardou no envelope. King T. Pelo o que se lembrava, não conhecia ninguém com um possível nome assim. Encostou a cabeça na mesa, sonhando acordado.

Não parecia ser de uma garota. Quem seria King T.? Hinata não tinha ideia, mas estava louco para descobrir.


**************


Antes do treino, na sala do clube, Hinata mostrou com muito orgulho o bilhete que tinha ganhado. Kageyama ficou instantaneamente corado, mas feliz por Hinata ter gostado.

— E o que diz nele Hinata? — Tanaka perguntou animado.

— Por favor, deixe-me ter mais dos seus sorrisos. — respondeu com um enorme sorriso nos lábios.

— Nosso Hina-chan cresceu tão rápido, — Nishinoya brincou rindo. — E aí diz quem foi?

— Não, — Hinata negou com a cabeça, — A única coisa que diz é assinado King T. Não faço ideia de quem seja.

Todo mundo encarou Shouyou em silencio. Quase que ao mesmo tempo, as cabeças de todos se voltaram para um Kageyama extremamente vermelho.

— O-o que?

O time se encarou, mas nada comentou. Hinata olhou para cada um perdido, sem entender as troca de olhares. Tsukishima tampou a boca, mas ainda deixou a risadinha debochada escapar. Yamaguchi riu envergonhado. A única pessoa que não conseguia ver claramente que foi Kageyama quem enviou o cartão, era exatamente a quem mais importava.

O treino do dia foi difícil. Hinata estava no mundo das nuvens, Kageyama nervoso por saber que todos perceberam que ele mandou o cartão, e o clima estranhou pairou pelo time. Não que eles fossem contra, mas era uma novidade inesperada o interesse de Kageyama. No fim, até a dupla da chutada estranha foi embora cedo.

— Kageyama? — Suga o chamou.

— Sim, Sugawara-san? — se virou e ficou de frente para seus senpai.

— O cartão foi uma ótima escolha, e a frase ficou muito boa também.

A boca de Kageyama abriu em surpresa, — O-obrigado. — respondeu coçando a nuca, sinal de vergonha e nervosismo.

Koushi teu um tapinha no seu ombro e passou por ele, indo embora. O rosto de Kageyama mudou, suas feições mostrando sua satisfação em seu plano para se declarar estar saindo como planejado.

Depois do jantar, Kageyama escreveu no segundo cartão. Um frio no seu estomago impediu que dormisse, que Kageyama estava tão ansioso para colocar o segundo cartão que nem esperou o intervalo chegar. Pediu licença para ir ao banheiro e escapuliu para a área dos armários.

Dessa vez, esperou escondido Hinata vir pegar seus livros. Ele também parecia ansioso e ficou visivelmente feliz quando encontrou o envelope vermelho.

De fininho, Kageyama seguiu Hinata; este, por sua vez, foi para um lugar mais afastado e abriu o envelope.

Hinata quase caiu para trás com o que estava escrito dessa vez:

“Eu poderia ter seu coração além dos sorrisos?”

Ficou tão vermelho que poderia jurar que uma fumacinha saia da sua cabeça. Que pergunta embaraçosa! Como mostraria o seu novo cartão para seus amigos do clube? Não, definitivamente não poderia mostrar, caso contrario Nishinoya-san e Tanaka-san iria zombar da sua cara. Sem falar no Tsukishima maldito.

Hinata parou de fitar o envelope; onde já guardara o cartão, e se perdeu em pensamentos. Todos reagiram quando mostrou seu cartão, menos Kageyama. Toda sua animação se esvaiu, a tristeza tomando conta do seu rosto.

Kageyama não se importava se Hinata recebia ou não cartões, ele provavelmente estava ocupado de mais mandando presentinhos para sua nova namorada. Sabia que era egoísta da sua parte, mas de repente receber declarações não era mais tão legal. Na verdade, não mais importava. A única pessoa de quem ele queria receber um cartão, não lhe daria nenhum.

Cabisbaixo, Hinata mal prestou atenção no resto das aulas daquela manhã. Sua expressão não mudou quando se reuniu na sala do clube, e todos ficaram curiosos do porque de ele estar tão triste.

— Não recebeu mais nenhum cartão? — Nishinoya quis saber.

— Deve ter sido engano, — Tsukishima falou em tom de chacota.

— Tinha meu nome no cartão, Tsukishima seu maldito. — retalhou raivoso.

— Então por que esta com essa cara? — Suga perguntou.

Hinata olhou para Kageyama. O mais alto estava de cortas para si e trocava de roupa com tranquilidade, parecendo totalmente alheio a algazarra que Hinata iniciou. Seus olhos caíram, o tapa na cara de realidade forte o suficiente para lhe deixar tonto. Era doloroso de mais ter a indiferença de Kageyama esfregado na sua cara.

Sem perceber o rumo dos pensamentos de Hinata, Kageyama se mantinha longe para que Hinata não percebesse seu rosto vermelho e seu coração apressado.

— Não é nada, — tentou desconversar. Todos continuaram o encarando e Hinata decidiu que precisava mostrar sua nova declaração. — Eu recebi outro cartão hoje.

Tanaka logo se animou, — E o que dizia nesse?

Hinata buscou o envelope, mostrando para todos seu cartão.

— Diz: ‘eu poderia ter seu coração além dos seus sorrisos’. Foi assinado pela mesma pessoa; King T.

Os meninos trocaram olhares, todos se perguntando como diabos Hinata não percebeu que os cartões viam do Kageyama. Mas a resposta era óbvia; ele era lerdo de mais para perceber algo tão escrachado.

Hinata não entendeu as caras de taxo que seus amigos ficaram.

Daichi passou muito sermões naquela tarde de treino, e o treinador Ukai parecia mais nervoso que o normal. Mas mesmo com todas as broncas, o nível de concentração no treino foi zero, e nada de proveitoso foi tirado das jogadas.

Keishin Ukai suspirou, derrotado. Já esperava algo desse tipo, de qualquer forma. Semana dos namorados servia apernas para atrapalhar, já que os garotos só pensavam em cartões, declarações e meninas.

Kageyama definitivamente estava nas nuvens, perceptivelmente satisfeito. Ele nem ao menos disfarçava que os cartões eram obras dele, e pra que o faria? Os olhares que seus colegas davam em sua direção, vez ou outra, deixou claro o conhecimento deles.

E a melhor parte era que não lhe trataram diferente. Chegou a ficar preocupado com algo assim acontecendo, mas resolveu que deixaria isso para depois de se declarar e Hinata lhe corresponder.

No seu banho, antes de jantar com sua família, Kageyama decidiu o que escreveria no terceiro cartão.

Estava bastante consciente dos tempo passando e do dia da sua declaração chegando. Ainda não sabia como deveria confessar seus sentimentos.

Deveria usar música? Não, muito cafona. E os altos falantes da escola? Era possível, mas não queria expor seus sentimentos de mais. Poderia fazer algo mais elaborado com a ajuda dos pessoal do vôlei, mas o que de fato faria?

Bom, deixaria para pensar nisso depois.

Ainda mais excitado com o andar do plano, Kageyama colocou o envelope no armário de Hinata assim que chegou.

— O que está fazendo no meu armário, Kageyama?

Virou todo o corpo de uma vez, chocado de mais para dizer alguma coisa. Hinata o viu. Toda a surpresa já era. O que deveria fazer? Adiantar os planos? Não, tentaria despista-lo.

— Eu... me confundi...? — falou lentamente. Hinata continuou o olhando em dúvida. — Isso! Exatamente isso. Eu me confundi.

A cabeça com fios alaranjados caiu um pouco pro lado e ele fez um “oooh”. Quis estapear a própria testa. Mas claro que ele não acreditaria! Nem Hinata era tão lerdo e tolo a esse ponto.

— Entendi. — respondeu simples.

Kageyama ficou parado ao lado dele sem expressão nenhuma no rosto. Ele acreditou. Como diabos tinha se apaixonado por esse garoto?

Cantarolando, Hinata abriu o armário. O rosto pálido de Kageyama piorou e ele passou a suar. Ele ia perceber, com certeza! Iria ligar os fatos. Passou a tremer quando Shouyou pegou o envelope vermelho. Ele pareceu pensar bastante enquanto fitava o papel. Virou o rosto e encarou Kageyama com firmeza.

Ele sabia! Todo o seu plano cuidadosamente elaborado acabava de ir agra abaixo. Hinata percebeu se...

— Você viu quem colocou isso no meu armário?

Kageyama sentiu como se um raio acertasse sua cabeça. Sem falas, ele só negou com a cabeça. Hinata fez um gesto frustrado e resmungou um “droga, foi quase!”

— Te vejo no intervalo, Kageyama. — acenou e saiu.

Kageyama demorou um pouco para se recompor. Caminhou se arrasado até sua sala. Ainda perderia uns bons anos de vida com a estupidez do cara por quem estava apaixonado.


*************************


Diferente do que vinha acontecendo, Hinata enrolou para abrir o envelope. Ter encontrado Kageyama só piorou ainda mais seu humor, e Hinata quis esfregar na cara dele que, por mais que ele não ligasse, tinha pessoas que se importavam consigo e lhe enviavam cartões com todo carinho.

Teria de mostrar pro seus amigos do clube, de qualquer forma, deixaria para ler junto a eles.

Assim que puxou o envelope a algazarra foi grande, exatamente como nos últimos dois dias. Hinata leu a frase escrita para todos e ficou tão surpreso quanto eles:

“O kanji do seu nome não poderia combinar mais com você. Assim como o sol, você iluminou o meu caminho e me ajudou a ser alguém melhor. Você aceitaria ser meu sol particular?.”

Foi a mais frase que ele escreveu, e ela só serviu para deixar Hinata ainda mais confuso. Pelo o que a pessoa escreveu, ficou claro a proximidade dela consigo. Mas quem ela poderia ser? Quem ao seu redor iria se auto intitular como King T.?

Essas duvidas continuaram martelando na sua pequena cabecinha. Não era muito bom com nomes e normalmente decorava somente o sobrenome das pessoas, ao qual normalmente as chamavam. Definitivamente não havia ninguém entre seus amigos ou conhecidos que tivessem um sobrenome começando com T. Isso era mais difícil que pensou.

Kageyama continuou encarando Hinata, abismado por ele não ter se tocado de que era o levantador o King T. A dedução dele realmente era lamentável, mas naquela manhã ficou muito obvio que ele tinha colocado o envelope. Será se Hinata sabia, mas estava disfarçando? Descartou a ideia. Hinata era tão sutil quanto um elefante dançarino, jamais conseguiria disfarçar algo tão embaraçoso.

Fez o caminho para sua casa pensando nas possíveis reações dele quando se declarasse. Por algum motivo desconhecido, Kageyama nunca duvidou que seria aceito e correspondido, e agora não conseguia pensar em uma forma negativa das coisas acabarem.

Mas não adiantava ficar criando expectativas, o que fosse acontecer se cumpriria sem que pudesse fazer nada para impedir.

Pensando mais seriamente, a melhor forma de se declarar é sendo claro e objetivo. Poderia pedir uma ajudinha para os meninos, mas não queria enrolações; esperar uma semana já foi de mais para si.

Fez todos seus deveres de casa antes de escrever no penúltimo cartão. Decidiu que no outro dia mesmo iria combinar as coisas com os colegas. E no restante da noite imaginou o momento exato em que confessaria seus sentimentos.

— Daichi-san, eu precisava falar com todos do clube, menos o Hinata.

Daichi piscou surpreso, sem saber o que fazer diante do garoto curvado a sua frente.

— Eu... vou reunir todos.

Kageyama assentiu e saiu apressado. Suga que estava um pouco afastado teve a impressão de a cena na semana passada ter se repetido.

Um pouco antes do de costume, todos estavam na sala do clube. Olhou ao redor apenas conferindo se Hinata não estava lá. Seguro, Kageyama se aproximou dos colegas.

— Eu preciso da ajuda de vocês, — iniciou. — Vou me confessar para o Hinata amanhã, eu tenho um plano.

Silencio. Apesar de todos estarem desconfiando, ver Kageyama falar abertamente era muito estranho e vergonhoso.

— Me recuso.

Tsukishima saiu da sala sem esperar respostas. Kageyama fitou a porta já fechada com raiva, mas se controlou. Não foi novidade de qualquer forma.

— O que você quer da gente, Kageyama? — Tanaka perguntou curioso.

— Bom, eu preciso...

Levou dez minutos para explicar todo seu plano, mas era algo simples e ninguém ficou confuso. Assim que fechou a boca, Hinata apareceu. Muito mal disfarçaram e Hinata sentiu o quanto Kageyama estava entusiasmado. O aperto no peito voltou a aparecer já que para Hinata, Kageyama estava se divertindo com a nova namorada.

Eles nem ao menos andavam juntos no intervalo agora. As caminhadas tranquilas depois dos treinos também acabaram e Hinata se sentia muito sozinho. Queria sua relação com Kageyama de volta.

— Recebi mais um cartão.

Tanaka e Nishinoya se aproximaram alegres, como sempre. Antes de ler o que estava escrito, Kageyama saiu da sala. Aquele ato machucou tanto seu coração que Shouyou pensou sinceramente que iria sangrar.

“Se eu dissesse que preciso ser muito mais que seu amigo, você aceitaria? Poderíamos ficar juntos pra sempre?”

— Essa pessoa tá nitidamente apaixonada por você, Hinata. — Suga disse.

— Você acha mesmo Sugawara-san?

— Claro, eu concordo. — Daichi reforçou.

Juntos tentaram animar Hinata, mas Suga sabia bem que Hinata não sabia que era Kageyama e que a cabecinha tola estava criando minhocas. Ainda bem que a declaração seria no dia seguinte.


******************


A manhã de sexta-feira foi estranha. Hinata não viu nenhum dos meninos do vôlei e não recebeu nenhum cartão.

A desolação pegou forte seu coração. Era dia dos namorados e a única pessoa que parecia querer alguma coisa consigo havia desaparecido. Não merecia ter um relacionamento, era isso?

A coisa ficou ainda mais esquisita quando Daichi lhe chamou na porta da sala quando as aulas acabaram.

— Reunião de emergência no ginásio.

No mínimo Ukai-san estava furioso pelo péssimo desempenho nos treinos. Andou lentamente para a quadra.

Parou surpreso; Suga estava parado na entrada do ginásio, nas mãos dele o mesmo envelope dos últimos dias.

— Então você que é o King T. Suga?

Ele arregalou os olhos e negou com pressa, — Não, Hinata! Isso é parte da surpresa.

Com um ‘aaah’, Hinata concordou e abriu o envelope.

“Pensei muito em como me declararia, mas agora tudo esta claro como água. Esse lugar marca onde te conheci de verdade, e é nele que eu quero começar uma nova relação com você.”

Olhou choroso para Suga, as coisas começando a fazer sentido na sua cabeça. Com um sorriso reconfortante de Sugawara, Hinata subiu as escadinhas da entrada do ginásio.

Daichi, Tanaka, Nishinoya, Yamaguchi, Yachi e Shimizu estavam lado a lado. Pasmo Hinata encarou Kageyama; este que estava adiante de todos, as mãos para trás do corpo e o rosto completamente corado.

Como foi burro por não perceber? Ainda perguntou para Yachi o que era ‘king’, e ela respondeu: é Rei em inglês. Rei T. T de Tobio. Estava tão claro e mesmo assim não foi capaz de perceber, criando ideias idiotas na cabeça e sofrendo a troco de nada.

Seus olhos encheram de lagrimas. Segurou o envelope com seu precioso cartão contra o peito. Poderia vomitar seu coração a qualquer minuto, e ele parecia entusiasmado para sair.

— Eu não sei quando isso começou; eu sempre te vi como um idiota talentoso, mas em um minuto essa visão mudou e de repente você era o idiota que eu queria do meu lado.

Hinata mordeu o lábio, querendo muito chorar.

— Eu acho mesmo que a gente combina, quer dizer, meu coração quase saiu pela minha boca quando estou perto de você, então isso tem que dizer alguma coisa...

Kageyama respirou fundo, tentando se acalmar. Fechou os olhos por poucos segundos e logo olhou decidido para um choroso Hinata.

— Hinata, — Hinata olhou incrédulo para Daichi que estava atrás de Kageyama, por que ele tinha lhe chamado? — Shouyou, — dessa vez quem falou foi Tanaka. Hinata tampou a boca com a mão. — Você, — Nishinoya falou. — Quer, — vez do Yamaguchi. — Namorar, — Yachi e Shimizu. O mais alto desceu e apoiou o joelho direito no chão, nas mãos uma caixinha vermelha aberta com dois anéis. — Comigo? — Kageyama finalizou.

As lagrimas desceram com força. Sem poder dizer qualquer coisa, Hinata assentiu.

— Isso!

Riram da comemoração típica de ponto marcado no vôlei que Kageyama fez. Ficaram muito próximos e Kageyama pôs o anel no dedo anelar direito de Hinata. Tremendo, Hinata copiou o gesto.

Trocaram um olhar intenso. De vagar Tobio colocou a mão no rosto de Shouyou e aproximou seu rosto do dele.

As respirações descompensadas se misturaram, os olhos encarando a boca um do outro. Hinata fechou os olhos com força assim que sua boca encostou de leve na do Tobio.

Foi apenas um selinho. Mas foi o suficiente para enfraquecer as pernas de Hinata. Além do seu coração apressado batendo com força no peito, o sangue parecia fogo liquido nas suas veias.

Ah sim, reconhecia esse sentimento avassalados que tomava conta de todo o seu ser, inclusive da sua alma.

Era amor o nome.

12 de Junio de 2018 a las 12:31 5 Reporte Insertar Seguir historia
8
Fin

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Emily C Souza Não posso dizer que sou tudo aquilo que escrevo, mas tudo aquilo que escrevo tem um pedacinho de mim

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Ravena Nzuri Ravena Nzuri
EU AMEI, EU AMEI, EU AMEI!!! EU TÔ SEM FÔLEGO AQUI, OLHA ESSA FUCKING DECLARAÇÃO MARAVILHOSAAAA! HINATA, SUA CRITURA ESTÚPIDA, COMO PODE NÃO SABER QUE ERA O TOBIO? EU SOFRI TANTO JUNTO CONTIGO E TUAS IDEIAS ERRADAS AAAAAA. MAS VALEU MUIT A PENA, MUITO. ISSO FOI MUITO LINDO!!!
September 25, 2018, 22:34
=>Flor Danii=>=> =>Flor Danii=>=>
Lindo Ameiiiii
June 12, 2018, 23:55

  • Emily C Souza Emily C Souza
    Obrigada linda, seu apoio é importante para mim <3 June 14, 2018, 19:40
Mandy Mandy
MEU DEUS TOMARA QUE EU EXPLODA DE FOFURA QUE COISINHA MAIS LINDA ESSE NENÊ KAGEYAMA PEDINDO AJUDA PROS SENPAIS E PREOCUPADO COM A SURPRESA MEU DEUS MEU CORAÇÃO APERTOU COM MEU FILHO HINATA ACHANDO QUE KAGEYAMA TINHA OUTRA MEU DEUS MEU DEUS QUE LINDOS TOMARA QUE EU EXPLODA DE AMOR
June 12, 2018, 15:07

  • Emily C Souza Emily C Souza
    OLHA Q COMENTARIO LINDO, OLHA QUE NENEM <3 O KAGEYAMA É O MELHOR NAMORADO DO MUNDO E EU POSSO PROVAR!! O HINATA ACHANDO QUE O KAGS QUER OUTRA DOEU EM MIM TBM, MAS EU RI HORRORES DA LERDEZA DELE KKKKKKKKKKKK TODO MUNDO JÁ SABIA QUE ERA O KAGEYAMA E ELE LÁ BOIANDO KKKKKKKKKKKK OBRIGADO PELO COMENTARIO CHEIO DE AMOR, COMO EU JÁ DISSE, VOCÊ É MUITO PRONCESA <3 June 12, 2018, 15:35
~