larsanmendes Néusia Pelembe

Sura de Almeida é uma mulher que jurou nunca mais se apaixonar depois que foi abandonada pelo homem à quem ela entregou sua vida sem reservas. Trancou seu coração e agora nada mais " além do desejo" lhe importa. Mas nem sempre a vida é como se planeja, e o seu caminho cruza o de Ismael Mucuala. Um homem que fará tudo e mais um pouco para resgatar o amor por detrás da fortaleza que ela criou. Conseguirá ele esse feito? PLÁGIO É CRIME.


Romance Romance adulto joven Todo público.

#-amor--Perdão--traição-desejo-dj-passado
5
5.5mil VISITAS
En progreso - Nuevo capítulo Todos los jueves
tiempo de lectura
AA Compartir

Capítulo 1

Sura de Almeida

Encontrava-me nesse lugar bonito. Lindo na verdade, todo cheio de flores com cores vivas que afirmavam e confirmavam a chegada da primavera. Primavera essa que era a minha estação favorita, eu estava com um sorriso sincero de orelha a orelha que refletia toda a felicidade por mim sentida naquele momento.

Tudo ao redor era simplesmente maravilhoso, ao lado de duas crianças lindas que com todo o gosto saboreavam as maçãs que estavam em suas mãos, e de longe era possível escutar os passos de alguém que se aproximava.

Os passos emanavam consigo uma certa força e sutileza, aos poucos se aproximava mais e mais, e meus batimentos cardíacos aumentavam a medida que ele chegava perto.

Ele chegou e eu levantei -me, joguei- me sem pudor em seus braços másculos e fortes que eu tanto gostava de sentir. Como resposta, envolveu-me de tal modo que senti um arrepio em minhas entranhas, eu estava envolvida naqueles braços, e sair dali seria a última coisa que me passaria pela cabeça.

Do nada bem no fundo comecei a escutar uma música chata e repetitiva, soava mais à um alarme. Sim, um alarme! O meu alarme. Ele conseguiu fazer-me acordar do sonho ou pesadelo que eu estava tendo porque, não sei se viver uma coisa daquelas seria bom. Também, eu era indiferente a esse tipo de coisas, isso fazia parte dos meus sonhos do passado, um passado bem distante por sinal.

Desliguei o despertador e sem demora levantei da minha tão fiel e confortável cama, adentrei- me logo no chuveiro.

A água estava bem fria, sempre gostei muito de banhos frios, ainda mais com o calor enlouquecedor que se fazia sentir naquele dia. Além disso, a água fria ajudava-me de um de uma certa maneira na preparação para o que me esperava mais logo no trabalho.

***

Eu tinha uns 20 minutos para chegar ao trabalho, isso sem contar com o congestionamento que eu encontraria rua, peguei o café que Celeste havia preparado e tomei as pressas.

- Porquê a Senhora não senta direito para comer? − Perguntou Celeste olhando para mim como quem achava um crime eu não saborear tudo o que estava a mesa para o matabicho.

Celeste e eu tínhamos quase a mesma idade, mas infelizmente, a vida não havia sorrido tanto para ela quanto para mim, pelo menos não no aspecto financeiro. E como consequência, ela não teve possibilidade de terminar o ensino superior e só agora corria atrás do prejuízo.

- Estou em cima da hora já, terei uma reunião hoje com uns investidores russos e não me posso dar ao luxo de atrasar. − Falei eu a medida em que a pressa apoderava-se dos meus movimentos.

- Está bem. Só de lembrar que a senhora fala russo, fico louca! − Comentou Celeste como se falar russo fosse algo de outro mundo. Ela tinha a mania de assistir filmes da máfia e quando se trata disso os russos não podem de modo algum ser excluídos.

[…]

Cheguei correndo à M.Com, tive tempo de deixar meu casaco no escritório e dirigir- me a sala de reuniões. Quando lá entrei, estavam apenas os funcionários da Empresa.

A mesa era grande e espaçosa. Tinha lugar para 12 pessoas e pelas minhas contas, nem todas as cadeiras estariam ocupadas.

Seriamos eu, os directores executivo e de marketing, o Advogado da Empresa e a Secretária da Presidência. E provavelmente teríamos 3 investidores russos.

Eu estava nervosa, aquele seria o projecto mais importante desde que comecei a trabalhar na empresa.

Quando terminei meu curso de Engenharia Informática e Telecomunicações na Rússia, meu objectivo era conseguir trabalhar na M.Com, a maior empresa de telecomunicações do país, mas não foi nada fácil. Lembro que passava noites em branco pensando num projecto para apresentar no concurso anual promovido pela empresa para a descoberta de novos talentos. Eles avaliavam a criatividade e a inovação dos participantes, queriam explorar até o mais profundo de nossa mente e foi aí que depois de um ano de muito trabalho consegui vencer o primeiro lugar tendo sido integrada na empresa logo em seguida.

Trabalho na área de criação de sistemas operacionais e aplicativos. Sempre fui louca por tecnologia, desde novinha.

Quando tive meu primeiro computador fiquei um dia mexendo nele sem parar, entender todo aquele conjunto de fenómenos que levam um simples objecto, uma máquina como aquela a funcionar era algo que despertava a minha mais profunda capacidade de imaginar e sonhar, coisa que eu sempre fiz sem nenhum pudor.

E foi assim que meu amor pelas máquinas tecnológicas surgiu e resolvi que queria tornar o mundo um lugar melhor, e que a tecnologia seria uma das minhas armas para tal.

Lúcia, a Secretaria da presidência, fazia os ajustes finais para a reunião, enquanto eu pensava nas palavras certeiras para vender o meu peixe pelo preço mais estratégico possível.

[…]

A reunião havia terminado, dei o melhor de mim apresentando o projecto de criação de um aplicativo que melhorará a vida de pessoas portadoras de deficiência visual. A cara dos russos durante a minha apresentação parecia transmitir uma certa satisfação e com o discurso que o dr. Jonas, o director de marketing, fez seria quase impossível não lhes convencer a financiar o projecto.

Eu dividia meu escritório com um outro engenheiro, o Paulo.

- Com certeza os russos resolverão aceitar a proposta da empresa, é boa demais para ser recusada! − Falava Paulo enquanto mexia em seu computador.

- Tomara que assim seja. Eles ficaram por dar a resposta daqui há 2 semanas.

- Enquanto isso, tudo o que nos resta é esperar.

- Pois. − Respondi eu enquanto olhava para a foto de meus irmãos que estava em minha mesa.

- É impressão ou parece que estás olhando muito para essa foto? − Indagou Paulo.

- Não é impressão não Paulo. Estou com tanta saudade dos meus maninhos, faz tempo que eu não vou à Macia.

- As coisas têm andado muito apertadas aqui na empresa, talvez por isso não tenhas ido ainda.- Comentou Paulo.

Até um certo ponto ele tinha razão. Andava com muito trabalho nas minhas costas e mal respirava, mas por um outro lado, havia um sentimento que me impedia de voltar para casa.

O medo de reviver os momentos com minha irmã Antónia apoderava-se de mim e deixava que a covardia tomasse lugar. Queria poder estar sempre lá, mas era difícil. Apesar dos anos que haviam se passado a morte dela não era algo que eu havia conseguido superar.

[…]

Estava cansada, já eram 20h e eu acabava de sair do trabalho. Fiquei até tarde com Paulo revisando o programa que estávamos criando para o Banco Austral.

Não sei muito bem o que havia acontecido mas, a última empresa com a qual eles trabalharam para a criação de programas que pudessem usar no dia- a -dia dando mais segurança e conforto ao seu sistema bancário não havia rezado a missa como Deus manda e por isso, eles resolveram assinar um contracto com a nossa empresa para cuidar da área da informática do banco.

Eu e Paulo ficamos responsáveis por limpar toda a sujeira feita pela empresa anterior e colocar as coisas nos trechos.

Quando cheguei à casa, Celeste já não estava. Claro, nesse momento devia estar numa de suas aulas na Universidade.

Tudo o que eu queria era um banho, bem gelado por sinal, banhos quentes haviam ficado no meu passado, entrei no quarto e deixei minha bolsa e minhas chaves que estavam juntas ao celular.

Despi- me com urgência e entrei no banheiro, quando liguei o chuveiro e as gotas de água começaram a cair sobre mim senti um alivio enorme, como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas, ali no momento e, sem perceber acabei ligando a água quente. Só dei- me conta quando comecei a senti-la, mas era tarde demais, as lembranças já haviam começado a tomar conta de mim, droga!

###(Viagem no tempo)

3 Anos atrás

Estávamos lá nós dois juntos e felizes, aquela era uma felicidade que eu jamais imaginei que fosse acabar. Infelizmente quando estamos apaixonados somos assim, acreditamos no amor eterno.

Júnior naquele dia havia resolvido surpreender-me, não era o habitual dele fazer aquele tipo de coisas pois não era nem de longe um homem romântico.

Lembro que no início do nosso namoro ele dizia que atitudes românticas não faziam parte de sua natureza e que eu nada deveria esperar dele pois só teria decepção.

Não lembro quantas vezes brigamos por causa de “ atitudes que segundo ele não eram de sua natureza” mas na maior parte das vezes isso não durava por muito tempo pois simplesmente não poderíamos ficar brigados.

Estávamos no nosso terceiro ano de faculdade. Eu com a minha Engenharia Informática e de Telecomunicações e ele com a sua Engenharia de Petróleo. Estávamos em universidades diferentes mas na mesma residência estudantil. Naquele dia, ele não tinha aulas e eu só teria duas no período da tarde.

Quando regressei da faculdade encontrei-lhe em meu quarto. Fiquei um pouco surpresa mas, depois deduzi que minha colega havia-lhe deixado entrar para ficar a minha espera, na verdade aquela era a única explicação que eu havia cogitado.

- Júnior! O que fazes aqui? − Perguntei enquanto me livrava da minha bolsa que estava pesada.

Ele tinha aquele seu jeito frio, sério e um tanto quanto misterioso de ser. Trazia uma camisa branca e uma jaqueta preta, com suas calças afuniladas de jeans que completavam o seu look.

- Vamos sair. − Falou ele com seu tom altivo e mandão que em tempos atrás deixava-me nervosa e irritada, fazendo com que eu lhe achasse um insuportável.

- Sair para onde? − Perguntei eu tirando as minhas botas.

- Saberás.- Afirmou ele altivo.

- Como quiseres, mas antes quero tomar um banho e comer, estou faminta. − Falei deixando em evidência a minha exaustão, e ele por sua vez, fintou – me com seus olhos deixando – me sem graça.

Droga! Eu não conseguia encará- lo, toda a vez que me olhava eu ficava como una idiota tímida e ele se divertia com a situação.

- Está bem. Quando terminar é só dar sinal. − Falou ele enquanto levantava da minha cama dirigindo -se à porta para sair.

Eu não falei nada, simplesmente acenei a cabeça como quem havia entendido.

Não sei como era nossa relação, nós dois éramos diferentes em muitos aspectos, mas parecia que isso tornava-nos diferentes dos outros casais, como ele já havia-me dito uma vez numa das brigas que tivemos por causa das minhas inúmeras reclamações, eram as diferenças que faziam de nós um casal perfeito.

Estava curiosa para saber o que o Júnior pretendia. Infelizmente, tinha o mau hábito de comer e só depois ir tomar banho.

Ontem havia preparado uma pizza com minha colega de quarto, a Dacha, ela disse que sua mãe sempre preparava pizza para ela e para os irmãos, cortei um pedaço nada pequeno e aqueci no microondas.

[…]

Já havia tomado banho e estava vestindo, pus meu conjunto de roupa interior preto e uma calça jeans, naquele dia o frio estava de bom humor e não se fazia sentir com muita intensidade, eram apenas 4 graus, não sabia qual blusa vestir, eu era louca por camisas xadrez e tinha umas tantas então, depois de muito pensar pus uma interior preta e por cima uma camisa xadrez vermelha.

Amarei minhas mechas de modo que pudesse colocar um goro por cima, peguei meu casaco preto e minhas luvas e vesti.

Terminei de arrumar-me e quando Júnior apareceu saímos.

Ele falava muito pouco, salvo quando estivesse bêbado. Quando descemos do prédio eu vi um táxi que parecia estar a nossa espera, achei estranho mas não comentei nada.

Ao longo do caminho o motorista fez uma avalanche de perguntas sobre nossa proveniência, coisa a qual já estávamos acostumados pois desde o dia em que chegamos à Rússia era quase sempre assim.

Depois de uns 30 minutos havíamos chegado ao lugar. Meu Deus! Eu não estava acreditando no que via, estávamos em frente à um hotel que esbanjava luxo desde a sua entrada até as suas casas de banho.

O que será que aquilo tudo significava, procurei não pensar evitando assim dar um palpite errado.

Entramos e fomos até a recepção, pelo que pude perceber ele havia feito uma reserva para nós 2. Macacos me mordam! Ainda não podia crer naquilo tudo.

De volta ao tempo:

Lágrimas caiam de meus olhos, eu não queria continuar lembrando daqueles momentos.

Aquilo fazia parte de um passado que eu queria que jamais tivesse existido, respirei fundo e desliguei o chuveiro, a água quente tem um efeito forte sobre mim. Enrolei -me em minha toalha e dei um suspiro de alívio quando aquelas lembranças idiotas pararam de me atormentar.

Pus meu pijama e quando me dirigia à cozinha meu celular tocou. Era meu irmão Pedro, ele passou todo o final de ano estudando para os exames de admissão, queria porque queria entrar na Pátria Amada, melhor universidade do país.

A verdade é que ele não era nem de longe um estudante brilhante, mas parecia estar mesmo decidido a marcar o primeiro golo rumo a vitória em sua vida.

- Alô! − Atendi-lhe sem demora enquanto tirava um vinho para acompanhar o meu jantar.

- Maninha, como você está? − Perguntou ele estando do outro lado da linha com uma voz um tanto quanto eufórica.

- Bem mano e, você? − Continuei a conversa a medida que aquecia o meu jantar no microondas.

- Eu estou muito feliz, consegui admitir a Pátria Amada.

Meu Deus! Meu irmão embora irresponsável e nada estudioso conseguira admitir a uma universidade pública e como se não bastasse, não era uma universidade qualquer, aquela notícia era digna de uma roda de marrabenta ao som de Wazimbo para a comemoração.

Macacos me mordam! Eu estava mesmo feliz por ele.

- Maninho que bom, estou tão feliz por ti! A vida na capital te aguarda, como sempre sonhaste. − Falei sem deixar para trás o meu tom de satisfação.

- Sim, nem imagino as imensas miúdas que terei aos meus pés.

Como qualquer menino da idade dele, Pedro adorava um bom rabo de saia, lembro que minha mãe ligou-me inúmeras vezes quando eu estava na Rússia a contar sobre as encruzilhadas em que ele havia- se metido por causa das meninas da zona e da escola.

Conversamos por cerca de 30 minutos, ele contava-me sobre os milhões de planos que tinha para sua nova vida e aí eu aumentava a certeza de que devia preparar-me psicologicamente para resolver os possíveis problemas nos quais ele provavelmente se meteria.

Celeste havia preparado peixe grelhado e arroz de legumes para o jantar.

Esse era um prato que fazia parte do meu cardápio, embora minha preferência fosse mais para as verduras, não trocava por nada uma boa matapa preparada sem pudor.

Agora tinha que começar a pensar no que compraria para o meu irmão. Ele merecia um presente por tamanho acto, tinha também que pedir a Celeste para arrumar o seu quarto.

Minha casa era grande e espaçosa, quando construí-a, quis que nela se pudesse encontrar o maior conforto possível! Queria que fosse a minha cara. A Arquitecta responsável pela obra foi a minha grande amiga Maria do Céu, a quem eu carinhosamente chamava Céu.

Céu e eu tornamo-nos amigas quando vivíamos em Peter (na Rússia), muitas foram as situações engraçadas e outras nem tanto que passamos juntas.

[…]

Já era tarde e, eu supostamente deveria estar a dormir, mas não conseguia, por vezes sofria de insónia, precisava ficar com alguém naquele momento. Sentir um corpo quente abraçado ao meu.

O desejo começou a tomar conta de mim até que resolvi ligar para um amigo, eu e ele havíamos transado algumas vezes e não tinha motivos para reclamar de sua performance . Liguei-lhe e então combinamos de encontrar-nos num restaurante que ficava a mais ou menos uma hora da minha casa.

[…]

Era sexta-feira. Estava decidida a sair mais cedo do trabalho porque queria viajar para Macia. Ao longo da semana comprei o presente para o Pedro e também pedi a Celeste que deixasse o quarto dele como um verdadeiro cristal! Meus pais haviam concordado que morássemos juntos e, no meu ponto de vista não teria sentido nenhum ele morar numa residência estudantil enquanto eu, a sua irmã, tinha tudo o que ele precisava.

Passar o final de semana em Macia seria bom. Eu aproveitaria para ir a Bilene, coisa que eu não fazia há séculos! Também queria visitar a campa da minha tão amada irmã que era apenas 2 anos mais nova que eu, talvez assim eu pudesse superar a sua morte. Infelizmente, aos 20 anos descobriu que tinha câncer e que já não havia como remediar essa maldição.

Foi um momento de muita dor para a minha família, eu e Antónia éramos muito unidas falávamos todos os dias. Mais do que qualquer outra pessoa, ela era minha confidente, eu contava-lhe todas as loucuras que me passavam pela cabeça, ela se considerava a mais bonita da família. Vivia enchendo a boca para dizer isso e era verdade, Antónia era simplesmente espetacular. Minha vida e da minha família seriam muito mais felizes se ela estivesse aqui.

Partiria para Macia la pelas 17 e tal mas antes, eu e Paulo deveríamos ir ao banco Austral resolver o problema no sistema informático.

Éramos nós dois e mais uns técnicos em Informática que deveriam ajudar-nos. Claramente que o banco ficou fechado durante todo o dia e não houve atendimento de clientes. Acredito eu que os trabalhadores de lá ficaram um tanto quanto satisfeitos com essa situação toda, porque teriam um final de semana prolongado.

Quando lá chegamos, encontramos o Sr. Magaia, ele foi quem mostrou-nos o lugar onde estavam os computadores e tudo mais. Ficamos cerca de 6 horas trabalhando, foi algo muito cansativo! Quando estávamos a terminar o trabalho, apareceu um homem que queria falar com o Sr. Magaia. Ele era alto, magro e estava um tanto quanto formal, parecia ser um trabalhador da empresa, eu tinha a mania de apreciar homens embora não quisesse nada além de sexo com eles, mas o moço que apareceu não era de se jogar fora. Tinha um olhar profundo e intrigante mas para a minha frustração, pouco foi o tempo que tive para continuar a analisá -lo pois o Sr. Magaia não demorou à atende- lo.

Os 2 saíram juntos em direcção à uma sala e sei la o que conversaram.

Macacos me mordam! Demorou mas, em fim conseguimos terminar todo o trabalho no banco. Naquele momento eu só me imaginava a tomar banho e depois a pegar estrada para à Macia.

Sem que eu percebesse Paulo sumiu da minha vista, queria poder me despedir.

Saí do Edifício e tirei as chaves que estavam na minha bolsa, e abri a porta do meu carro.

Deixei a bolsa na cadeira a esquerda e subi no volante, fechei a porta e liguei o carro, no momento em que eu ia arrancar vejo no retrovisor a imagem do mesmo homem que foi falar com o senhor Magaia vindo calmamente até mim e tive que parar.

Ele abaixou -se um pouco e segurou na porta do carro encarando -me

- Foi uma sorte encontrar-te ainda aqui. – Afirmou ele.

- Dependendo do que você quer. − Respondi eu com uma voz um tanto quanto grosseira que transmitia uma falta de tempo e vontade de conversar.

- É sorte pra você. − Falou com um sorriso em seu rosto, deixando-me ainda mais impaciente.

- Seja mais directo ao ponto! Não sei se percebeu mas estou com pressa.

Ele não falou nada, simplesmente meteu a mão no bolso de seu casaco e tirou um celular. O meu celular! De certeza que na correria acabei esquecendo na sala onde estava, corei de tanta vergonha por ter sido grosseira.

- Meu celular! Nem havia me dado conta que o tinha esquecido. – Falei tentando minimizar o tamanho da minha grosseria.

- Deve ter sido pela pressa. − Falou ele com um sarcasmo escancarado enquanto me dava o celular.

Depois disso, virei-me para deixá-lo na bolsa e quando quis agradecer-lhe, ele não mais estava lá. Havia desaparecido completamente! Lamentei, mas arranquei com o carro rumo ao meu destino.

Original de Néusia  Abílio Pelembe

24 de Mayo de 2018 a las 17:46 0 Reporte Insertar Seguir historia
1
Leer el siguiente capítulo Capítulo 2

Comenta algo

Publica!
No hay comentarios aún. ¡Conviértete en el primero en decir algo!
~

¿Estás disfrutando la lectura?

¡Hey! Todavía hay 1 otros capítulos en esta historia.
Para seguir leyendo, por favor regístrate o inicia sesión. ¡Gratis!

Ingresa con Facebook Ingresa con Twitter

o usa la forma tradicional de iniciar sesión