Cuento corto
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oneshot

Chovia, naquele dia. Muito.
Shibi nunca esteve tão irritado. Seu filho não sabia se conter! Ok, ele só tinha 1 ano. Mas... pelo clã, precisava aprender a guardar seus sentimentos. Sempre foi necessário.
O homem pisava forte, sabendo que as sandálias afundavam na lama. Agora ele quem não guardava sentimentos, droga!
Que falta faz uma mãe...

—Inuzuka? O que faz na chuva, essa hora?

—Meu nome é Tsume, não Inuzuka. —a mulher reclamou. —estivemos na mesma equipe, nos conhecemos bem! E... Kiba tá doente, estamos indo ao hospital.

—A chuva vai piorar pra ele... —o tom de reprovação do Aburame fez Tsume bufar de raiva, mas antes que praguejasse, ele segurou o guarda-chuva de modo que protegesse os quatro - as crianças, em seus respectivos colos.

Eles andaram em silêncio. Ambos sabiam que a casa de Shibi era na direção contrária, mas ninguém comentou nada. Chegaram ao hospital. Ninguém comentou nada sobre ele esperar a mulher, e ninguém comentou nada quando ele a acompanhou pra casa, ainda sob chuva.

***

Shino tinha 4 anos e contava mais de quarenta machucados em seu corpinho. Ele não entendia, mas seus únicos amigos o estavam ferindo! Como amigos, se referia aos insetos, é claro.
Shibi tinha acabado de receber uma missão e não poderia cuidar do filho no momento mais crítico da vida de controladores de insetos — controlar ou não. Pediu que o Hokage enviasse alguém, e foi Tsume que apareceu, com seu pequeno a tiracolo.

Os Aburame descobriram algo, naquele fim de semana. Primeiro: Tsume brigava muito, com todo mundo. Segundo: Kiba era tão gentil! E, terceiro: Tsume parecia uma mãe incrível...

***

Aquilo parecia rotina, agora. A Inuzuka não deixaria continuar.

—Por quê você sempre pede por mim, Shibi, e sequer me encara?! Não sou sua empregada por ser de clã menos influente!

—Shino está...

—Não quero saber! Se eu souber que meu terceiro filho está precisando da minha ajuda, não vou falar tudo que preciso!

—Eu não...

—JÁ FOI TEMPO DEMAIS, SHIBI! Não se esconda atrás de seu filho, diga o motivo de ser sempre eu!

—Você é a mãe que Shino nunca pôde ter.

Tsume Inuzuka era bastante difícil de atingir. Ela foi parte da equipe de Shibi, e ele sabia disso. Era quase impossível... mas era mãe. Guerras podem ser causadas por mães. Talvez ele estivesse usando isso como arma pra Tsume não enforcá-lo.
Estava dando certo.

—Como disse?

—Você ouviu.

Ele saiu da sala, depois daquilo. Tsume ficou parada sem se entender, e quando correu até Kiba, os pequenos falavam sobre como beijos deviam ser nojentos, Shino até ria.

—Kiba, pra casa.

Os dois pares de olhinhos tristes se voltaram pra ela.

—Mas mamãe...

Aquilo veio de Shino, e ela se perdeu ainda mais. Limpou as lágrimas e puxou Kiba pelo braço.

***

Depois da conversa, Tsume soube o quanto Shibi era complexo. Também era muito complexo que ela não conseguisse negar todos os pedidos, e até fazer por onde receber tais pedidos, sempre acabando como babá de Shino. Mesmo quando eles amadureciam — e até demais.
Quando fizeram quinze anos, Tsume os surpreendeu na sacada de Shibi. Eles se beijavam. Ela fez de conta que não viu nada, e ao sair, esbarrou em um Shibi cansado e machucado. Ele se negara a ir ao hospital.
Tsume foi babá do adulto, também. E foi naquele dia que ambos descobriram o real motivo de Shibi chamar ela mesmo sem necessidade, e dela querer tanto estar com ele (e com Shino!)... o beijo foi surpreendente. Igualmente doce e amargo, diferente e incrível.

***

—Temos que contar pra eles.

Enquanto Shibi se vestia, Tsume tentava entender o quê os Aburame faziam aos Inuzuka.

—Eles têm dezessete, estão se descobrindo! Vai ficar estranho, eles não vão... sabe?

—Vamos falar assim que eles forem pra própria casa. Ok?
Tsume estava plena de que o dobraria como quisesse, quando deixou o lençol cair.

***

Shibi e Tsume tiveram oito chances, aproximadamente. Mas estavam muito ocupados vivendo um de seus melhores anos românticos de todos. Isso, apesar de que era sempre em segredo.
Em uma das vezes, os adolescentes estavam transando.
Hana estava tão cansada! Era tanta tensão acumulada, Tsume e Shibi se comendo pelos cantos enquanto Kiba e Shino aproveitavam a cama do Inuzuka.
Enquanto ela...
Mas Tsume era mãe. Ela sempre seria a pessoa a se sacrificar pra que seus filhotes fossem felizes.
Era natural como a responsável, é claro.

***

Assim como quando se aproximaram, estava chovendo. Mas... Kiba não estava doente, Shino não estava criando caso sobre esconder sentimentos.
Debaixo daquela chuva, Tsume e Shibi estavam se assumindo para seus filhos.
Kiba e Shino tinham acabado de voltar de uma missão, sabe, mas tão novos... eles estavam morando juntos, antes de tudo. E os pais resolveram conversar quando os filhos voltassem da missão... ninguém sabia que a missão seria tão perigosa... ninguém sequer imaginou...
E Hana teve que assistir de longe, como sempre. Assistir seus pais — podia dizer assim? — confessarem o quanto estavam apaixonados, que estavam se encontrando às escondidas a muito tempo, que queriam ser a família que todos eles mereciam. O único problema era que os filhos, Kiba e Shino, não estavam ali. E, depois da missão perigosa, Tsume e Shibi estavam abraçados, Shibi segurava o velho guarda-chuva da primeira vez, e ambos faziam de conta (eram bons nisso) que não choravam em meio às frases quebradas e doidas, sussurradas em frente aos dois recentes túmulos dos filhos.
Nunca conseguiriam se declarar pros dois, nunca teriam a Real família que mereciam.

14 de Mayo de 2018 a las 23:32 0 Reporte Insertar Seguir historia
1
Fin

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