The Monster Seguir historia

Allegra Moore. Um belo nome para uma bela garota. Allegra tinha o que todos querem e lutam para conseguir: beleza, status, poder, riqueza e inteligência. Alguns a chamavam de deusa ou ninfa por causa de todas essas qualidades. Os pais de filhos a queriam como nora e para as filhas queriam que se tornassem suas amigas. Os interesses sempre estiveram em primeiro lugar, não a felicidade. Bem, isso foi há anos, agora... Já é passado. Allegra já não é mais a mesma, talvez ninguém mais seja... Um dia, temos que mudar.

Começou há um ano. Ela começou a estar sempre assustada, alerta e com medo. Olheiras se formaram sob seus olhos, indicando que ela não dormia mais. Sua voz se tornou quase inaudível e suas mãos estavam sempre tremendo. Começou a fazer comentários sobre um monstro, um monstro embaixo de sua cama. Ela dizia que ele a perseguia e que a ameaçava, ficava lhe sussurrando coisas malignas. Coisas que ele queria que ela fizesse. De garota perfeita foi a louca em apenas alguns meses. E então.

Ela se trancava no quarto e ficava dias lá, sem comer ou beber qualquer coisa. Quem passava em frente ao seu quarto podia ouví-la falando sozinha, aparentemente. Cada vez menos era vista pela sua própria casa.

Até que o filho da governanta ficou curioso sobre a senhorita louca do último andar daquela mansão. Costumava chamá-la de princesa na torre, porque ela estava sempre trancada lá. Ele, Michael, subiu as escadas até o terceiro andar e bateu na porta, seu maior erro, mas era apenas uma criança de 12 anos. Aliás, quem imaginaria como uma simples visita a uma garota antissocial acabaria naquilo?

– Entre. – Uma voz melodiosa disse, como uma sereia. Exatamente como uma sereia.

Mas quando Michael entrou em seu quarto, aquela não era uma princesa prestes a ser salva. Era um monstro. Esta foi a última coisa que viu, seguido de seu último suspiro. Caiu no chão, morto. E quem o matara não era nenhum ser sobrenatural ou um animal selvagem, era ela... Allegra. E o verdadeiro monstro que sussurrava para ela era sua mente doentia.