Prólogo
Território Nação do Fogo. País dos Raios. Maio de 817.
Os gritos eram ouvidos ao longe.
A armada militar corria por entre as areias do deserto que cerca o País dos Raios. Shisui nunca poderia entender o porquê de logo o país mais afastado da Nação do Ar estar sendo atacado pelo mesmo.
Cinco jipes militares, tirando o que Shisui estava, andavam a toda velocidade. O desespero dos civis era visível. Mesmo faltando dois quilômetros para chegar na entrada do país, a fumaça, o fogo e a fuligem já poderiam ser vistos.
— Como esta a situação?
Como em uma ligação, o comunicador colocado em seu ouvido transmitiu a fala do seu Coronel, Fugaku Uchiha. Shisui apertou um pequeno botão para acionar a sua fala.
— Acabamos de entrar em área civil. Há uma grande perca de civis, e parte ao leste já foi tomado. A cidade também não esta em suas melhores condições. Precisarem montar um QG e abrigar as pessoas que sobreviveram a esse massacre no País das Chamas Negras.
Shisui se virou para seu batalhão. Todos estavam à espera de suas ordens. Não era o melhor momento, mas quis muito sorrir. Finalmente subiu para o posto de Capitão. Infelizmente o momento não era propicio para uma comemoração.
— Vou mobilizar as tropas e montaremos um QG na parte Oeste. Esses idiotas estão ocupando a parte leste, o que logo mais eles perceberão não ser a melhor jogada. Seu dever é conter qualquer novo ataque e retirar os civis com segurança.
— Entendido, senhor. — tirou a mão do ouvido e a colocou na alça do seu fuzil de assalto. O modelo IMBEL MD97 era mais pesado que os antigos FAL. — Equipe Beta, — o seu lado direito ficou em posição de sentido. — Estão designado para retirar todos os civis em segurança. Equipe Ômega, — enquanto o lado direito batia continência e se retirava para fazer o que lhe foi ordenado, o lado esquerdo entrou em sentido. — Quero que se dividam em dois, uma parte deve ficar nos vagões e assegurarem a ida em segurança dos civis que por ali seguirem, a outra parte deve seguir para a rodoviária e garantir a segurança dos civis que trafegarem com os ônibus de longas viagens.
Equipe ômega bateu continência e seguiu em direção a estação e a rodoviária. A ultima parte do batalhão estava a sua frente.
— Equipe Alfa, o nosso trabalho é conter quaisquer ataque a esse país.
Todos se espalhavam em uma distância segura da área leste. Não iria demorar para que o Coronel e o seu batalhão chegasse. Ainda estavam sob ataque, mas Shisui já poderia dizer, como toda segurança o possível, que eles entrariam em guerra.
Quartel General. Cidade das Cinzas. Nação do Fogo.
O líder da Nação do Fogo acabara de chegar para um reunião de emergência.
— Não posso acreditar que eles mandaram ataque aéreo e terrestre contra civis. — Minato esbravejou.
Fugaku, que estava ao lado dele, concordou com um gesto.
— O território da Nação do Ar faz fronteira com o País da Fumaça. Por que então eles atacaram o país que faz fronteira com a Nação da Terra?
— Concordo com o Coronel Uchiha, — o Marechal se pronunciou. — o País dos Raios está longe de mais da Nação Ar, não consigo compreender qual motivo Danzou iria ordenar um ataque contra a Nação do Fogo? Ele não é estupido. Sabe muito bem que nosso poder de fogo é bem maior que o dele.
Madara, que até o presente momento somente observava a interação dos responsáveis pela sua armada militar, se levantou. Todos se calaram em respeito ao líder.
— Eu não me importo com os motivos. Seja questão de território, de invasão, de conflito de interesses, isso não faz a menor diferença para mim. — a voz estava dura. Madara fora nomeado como líder justamente por ter uma visão completa dos facetas de uma Nação com três países para gerir. E perder civis era uma coisa que Madara não tolerava. — Quero que entrem em contato com as outras Nações. Se alguém se aliar a Danzou eu vou mandar dizimar ele. O dever dos militares é contenção, proteção e retaliação. Marechal, Coronel e Tenente-Coronel, eu quero o melhor plano de contra-ataque em minha mesa. Vocês tem exatamente doze horas.
Madara dispensou todos com um gesto.
O único que ficou na sala foi Fugaku. Ambos trocaram um intenso olhar. Sem palavras, o mais novo soube que poderia se aproximar. Fugaku tocou com firmeza no ombro de Madara.
— Nós vamos expulsar aquelas tropas do País do Raio, sem mais baixas civis.
Madara negou, — Como pude deixar um ataque desses acontecer bem de baixo do meu nariz?
Fugaku o puxou para um abraço carinhoso. Madara nunca parecia ser o irmão mais velho.
— A culpa não foi sua. Devemos nos concentrar em parar o ataque antes que isso vire uma guerra. Caso contrário, aí sim teremos baixas civis e militares.
Madara levantou os lábios. Era para ser um sorriso, mas pareceu mais uma careta. Fugaku arreganhou os dentes com um sorriso maldoso.
— Desde que ele passou a liderança da Nação da Terra você tem estado instável. Sabe muito bem que Itachi pode assumir a liderança, se você quiser. Assim vocês poderão ficar juntos.
Madara revirou os olhos.
— Ele ainda está com ela, você sabe. Não devo me precipitar, de qualquer forma. — ele deu um tapinha no rosto do irmão. — Seu filho é um gênio, mas ainda é uma criança. Deixemos com que ele possa aproveitar mais um pouco a adolescência.
Fugaku iria rebater a ideia descabida do irmão; Itachi não era mais uma criança, ele estava sendo treinado para ser o líder que a Nação do Fogo precisa, no entanto, a porta fora aberta. Ambos se viraram para repreender a entrada não autorizada, mas era Minato ali.
E Minato sempre poderia entrar sem pedir.
— Uma reunião entre irmãos e não me chamaram? — se fez de ofendido.
Madara sorriu. — Você é nosso irmãozinho, jamais poderíamos chama-lo para falar de assuntos de adultos.
O Namikaze fez uma careta, — Claro, vamos esquecer que eu sou o mais maduro e responsável. Fico deveras feliz com o tratamento de inferioridade que vocês veem me tratando.
Fugaku seguiu para perto do melhor amigo.
— Cuidar do nosso irmãozinho não é te tratar como inferior, você sabe.
Minato cruzou os braços, — Eu vou fingir que eu acredito em você, Uchiha.
Cidade do Gás Venenoso. Nação do Ar.
Danzou observava através das telas em seu escritório o andamento do seu plano.
Tudo seguia como o planejado. Logo mais a Nação do Fogo cairia e seria a vez da Nação da Terra sucumbir.
Todos aqueles anos seguindo o tratado das quatro grandes nações valeram a pena. O seu ataque surpresa combinado ao plano de devastação de dentro para fora quebraria a grande resistência a da maior Nação dentre as quatro.
Mandar as tropas se erguerem ao leste do País dos Raios fora uma jogada de gênio. Restava então somente esperar o momento em que o País ruiria perante o líder da Nação do Ar.
Era somente o primeiro passo para conquistar todo o território da Nação do Fogo.
Claro, as outras nações cairiam como em um efeito dominó.
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