tsukimiko_san Tsuki Miko

Pessoas febris fazem coisas estranhas, e Midoriya Izuku entendia isso plenamente. A única coisa que não esperava era que fosse ficar feliz por isso.


Fanfiction Anime/Manga No para niños menores de 13.

#boku-no-hero-academia #tododeku #bl #yaoi #one-shot
Cuento corto
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Capítulo Único

Nota: Parabéns Lay! Que a deusa do yaoi te abençoe com fanfics, fanarts, comics, lemon e shipps canonizados <3 te amo!

Midoriya estava descendo as escadas para a sala de estar do dormitório da 1-A, a fim de buscar suas roupas da lavanderia, quando se encontrou com Todoroki sentado no sofá.

— Boa noite, Todoroki-kun. Você poderia, por favor, me ajudar com... Todoroki-kun?!

Shouto o olhou de volta. Ele não parecia nada bem. Estava pálido e suava; as gotículas de suor do lado direito do seu rosto congelavam em pequenas pedrinhas, ao passo que as do lado esquerdo ferviam e evaporavam. Seus olhos heterocrômicos estavam nublados.

— Midoriya...? Eu não me sinto muito bem...

— Espere aí. — Izuku afastou gentilmente os fios da sua testa, encostou a palma da mão e a retirou no mesmo instante. Um lado estava muito quente e outro muito frio. — Você está resfriado?

— Eu não sei — murmurou, olhando para a mão de Midoriya, que estivera na sua testa há pouco. — Acho que estou meio zonzo...?

Izuku mordeu o lábio inferior, preocupado. Sabia que algumas pessoas tendiam a perder o controle das suas individualidades quando seus sistemas imunológicos eram afetados por alguma doença. A individualidade de Todoroki, além de perigosa, estava deixando-o febril com o choque térmico, e ele decidiu que não deixaria o amigo ficar doente.

— Você consegue andar? — Já sabendo a resposta, Midoriya passou o braço de Shouto pelo seu pescoço e o ergueu com facilidade. Não que Todoroki fosse leve, mas o treinamento corporal árduo com All Might desenvolveu sua força muscular ao ponto de conseguir levantar pessoas sem muitas dificuldades.

Izuku subiu as escadas com dificuldade até finalmente chegar no quarto de Todoroki, no quinto andar. Abriu a porta, agradecido por não estar trancada, e deitou o amigo no futon que havia no centro do cômodo decorado no estilo japonês tradicional.

Primeiro, ele precisava de um jeito de equilibrar a temperatura de ambos os lados, ou Shouto acabaria tendo um choque térmico. Levantou para buscar uma compressa, mas foi impedido pela mão gelada que segurou seu pulso.

— Não... eu não quero ficar sozinho... Por favor... — Ok, ele definitivamente estava alterado.

— Você está com febre, Todoroki-kun — Midoriya disse gentilmente. — E se continuar assim, vai ficar doente por causa da sua indi-

— Eu não estou! — Tentou se sentar, mas o esforço foi demais e ele caiu deitado de novo.

— Você está.

— Tudo bem, talvez eu esteja — admitiu, resignado.

— Então seja um bom garoto e espere aqui até que eu volte com uma compressa.

Finalmente recebendo o consentimento de Shouto, Izuku se soltou, levantou, deixou o quarto em silêncio e foi até a cozinha. Procurou e encontrou uma compressa vazia dentro de um armário, encheu-a de água na pia, levou de volta ao quarto e agachou ao lado de Todoroki.

— Hey, pode me emprestar sua mão direita um pouquinho? — Sem dizer nada, Shouto estendeu a mão. Midoriya segurou-a delicadamente e colocou a bolsa de água sobre ela. — Pode congelar isso para mim?

Em poucos segundos, Izuku segurava uma bolsa de gelo. Afastou os cabelos vermelhos do lado esquerdo com os dedos e pressionou a compressa fria contra seu rosto.

— Certo, agora o que eu faço sobre o outro lado...? — Antes que pudesse pensar em alguma coisa, Todoroki puxou-o para baixo. Midoriya soltou uma exclamação aguda de surpresa ao cair no futon. — Todoroki-kun?!

Sem responder, o garoto passou um braço gélido em torno da sua cintura e o puxou para perto, enterrando o rosto no seu peito. As bochechas de Izuku queimaram, mas ele entendeu sua intenção: com o calor do seu corpo, a pele de Shouto estava ficando cada vez mais morna. Se não tem outro jeito...

Pouco a pouco, a temperatura do corpo de Todoroki foi se estabilizando. Izuku tirou a compressa, que agora estava completamente derretida. Shouto estava respirando suavemente nos seus braços, e ele não conseguia se afastar do amigo, com medo de acordá-lo. Acabou suspirando e desistindo, por fim se acomodando no futon. Na manhã seguinte, explicaria o que havia se passado para ele.

Midoriya correu os dedos pelos seus cabelos lisos e se surpreendeu com o quão macios eram. Não resistiu e continuou acariciando-os gentilmente. Agora que a temperatura corporal de Todoroki estava normal, sentiu como ele era quente, não o calor sufocante de antes, mas sim gentil e acolhedor, como uma lareira em pleno inverno. Involuntariamente, o garoto apertou o amigo nos braços.

Shouto murmurou alguma coisa abafada contra a camiseta de Izuku.

— Desculpa, eu te acordei? — Midoriya estava tão envergonhado que fez menção de recuar. O que estava fazendo? Todoroki era seu amigo. Então, por que se sentia tão bem com o outro nos braços? Aquilo era perigoso, muito perigoso. Era melhor sair dali.

— Eu estive acordado o tempo todo. — Todoroki ergueu a cabeça para encará-lo. Seu rosto estava corado. Mesmo que estivesse assim por causa da febre, ele estava... fofo? Subitamente, o coração de Izuku acelerou, e ele torceu para que o amigo não sentisse. — Você devia parar de me fazer criar esperanças, sabia?

— Esperanças? Do que você... — Shouto empurrou seu corpo contra o futon e ficou por cima dele, uma mão apoiada em cada lado da sua cabeça. Ah. Todo o ar escapou de seus pulmões. Midoriya nunca tinha reparado, mas Todoroki era tão lindo. Não era à toa que era considerado um dos garotos mais bonitos do colégio pelas garotas. Havia algo hipnótico nos olhos díspares, nos cabelos sedosos repousando sobre a testa, na expressão séria e no olhar afiado, como se pudesse ver através das pessoas. As batidas do seu coração acelerado ressoavam em seus ouvidos, thump, thump, thump. Por que seu coração está batendo tão rápido por um garoto, Izuku?

— Sim, esperanças. — Shouto encostou as suas testas. Se Midoriya estava no limite da sanidade antes, com aquela proximidade, quase desmaiou. — Se você não parar de ser tão gentil comigo... eu não vou conseguir desistir e vou me apaixonar ainda mais por você.

Aquela frase acertou Izuku com tanta força que ele até se esqueceu da vergonha. Ele piscou, atordoado.

— Apai- — Num instante, os lábios de Todoroki estavam sobre os seus.

Como em um passe de mágica, todo o corpo de Midoriya ficou quente. Nunca tinha beijado na vida, e estava realmente chocado por estar tendo seu primeiro beijo com um garoto, ainda por cima um de seus melhores amigos. Mas o que mais o chocava era perceber o quanto estava gostando.

Izuku deixou que ele explorasse sua boca, inebriado pela sensação de êxtase que sentia. Sem saber muito bem o que estava fazendo, abraçou seu pescoço, puxando-o para mais perto. O gosto agridoce dos lábios de Shouto tomou conta do seu paladar, provavelmente o melhor sabor que já tinha sentido na vida.

Em meio aos seus pensamentos nebulosos, uma luz se acendeu na sua mente. Era óbvio que Todoroki estava alterado, e nunca faria aquilo em sã consciência. O garoto empurrou o amigo de volta para o futon, vermelho, ofegante e frustrado. Shouto piscou, confuso.

— Você não está bem agora, Todoroki-kun. É melhor ir dormir. — Sem parar para dar uma segunda olhada, Izuku levantou depressa e disparou para fora.

Desceu para o segundo andar do dormitório, onde estava o seu quarto. Sentimentos conflituosos disputavam espaço no seu coração.

Por que se sentia tão decepcionado?

►♦◄

A cabeça de Todoroki latejava quando ele acordou na manhã seguinte com o som do despertador.

Esfregou os olhos e bocejou. Por que se sentia tão mal? Tentou se lembrar do que tinha acontecido na noite passada, mas suas memórias não passavam de fragmentos. Ele se lembrava de descer para a sala de estar, porque estava se sentindo mal, de ficar zonzo e sentar no sofá para descansar... e depois nada.

Não se recordava de voltar para o quarto, então supôs que recebeu ajuda. Mas de quem?

Aos poucos, a imagem fragmentada de cabelos esverdeados, olhos redondos cor de jade e sardas veio à sua mente.

“Você consegue andar?”

“Você está com febre, Todoroki-kun.”

“Então seja um bom garoto e espere aqui até que eu volte com uma compressa.”

“Você não está bem agora, Todoroki-kun. É melhor ir dormir.”

Espera, o quê?

Shouto quis sumir. Ele tinha deixado o garoto por quem era perdidamente apaixonado vê-lo daquele jeito.

Desceu as escadas, já vestido com o uniforme da U.A., e encontrou Midoriya em um canto, conversando com Uraraka e tomando uma xícara de chá. Mesmo que não quisesse, sentiu uma pontada de ciúmes, mas tratou de afastar o pensamento. Antes de mais nada, precisava se desculpar e agradecê-lo.

— Midoriya — chamou e Todoroki viu o corpo de Izuku retesar. Mesmo confuso, continuou. — Obrigado por me ajudar ontem e...

— Não tem de quê. Você está melhor? — Suas bochechas estavam vermelhas, e Midoriya não o olhava nos olhos. Por mais adorável que o garoto parecesse naquele momento, Shouto estava preocupado.

— Sim, estou, obrigado. Midoriya? Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

— Como você ainda pergunta? — Izuku ergueu o rosto para encará-lo, irritado, mas sua expressão mudou para surpresa ao ver seu semblante confuso. — Espera, você não lembra de nada?

— Você me ajudou a voltar para o quarto e... eu dormi. Ah, eu fiz alguma coisa estranha?

Midoriya olhou para ele por tanto tempo que Todoroki se sentiu desconfortável.

— Você disse que era apaixonado por mim.

Uraraka, que ouvia a conversa, se engasgou com o chá e tossiu. Shouto suspirou. Era só o que lhe faltava.

— É verdade? — Izuku perguntou timidamente. Seus olhos brilhavam com... aquilo era esperança? — É verdade que você é apaixonado por mim?

Sem piscar, Todoroki disse:

— É claro que sim. Por que eu mentiria?

Ochako derrubou a xícara no chão, atraindo a atenção de todos que passavam pela sala de estar. Shouto não sabia dizer quem estava mais vermelho: Midoriya ou Uraraka. Aquilo o divertiu internamente.

— C-Como você p-pode dizer isso s-sem nem mudar d-de expressão? — o garoto gaguejou.

— Temos aula em breve. Deveríamos nos apressar — Todoroki desconversou. — Mais alguma coisa?

Izuku estava tão silencioso que Shouto interpretou como um sim. O garoto engoliu em seco.

— Espera, Midoriya, eu fiz mais alguma coisa? Midoriya? Midoriya! — Todoroki chamou, vendo o garoto sair do dormitório sem dizer nada, vermelho até a raiz dos cabelos. — Desculpa por isso, Uraraka. — Gesticulou para os caquinhos da xícara no chão. Ochako sacudiu a cabeça, ainda chocada demais para dizer algo. Shouto correu atrás de Izuku, suando frio. — Eu fiz algo, não é? O que eu fiz? Me responde, por favor! Me desculpa!

Todoroki, sentindo-se culpado por fosse lá o que tinha feito enquanto estava febril e se desculpando várias vezes, não conseguia ver o enorme e apaixonado sorriso que iluminava o rosto corado de Midoriya.

+

24 de Abril de 2018 a las 18:57 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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