Na casa de madeira na rua Trindade vivia uma família simplória a qual logo teria seu futuro mudado. Eram um casal e dois filhos, um menino e uma menina, ambos com 10 anos, mesmo não sendo gêmeos.
Eduardo era o mais novo, um menino esperto e cheio de energia. Já Vitória era quieta, reservada e de poucos amigos. O pai, Lúcio, era um homem batalhador que suava todo dia em sua pequena oficina mecânica, na sua própria garagem. Maria, uma mulher vinda de berço de ouro, mas que hoje era rejeitada pela família, pois já se afundara nas drogas. Hoje estava bem graças à Lúcio.
- Sabe – Dizia Maria, certa manhã de agosto – Quando as coisas vão começar a dar certo para nós? Não aguento mais tanto sofrimento, tanta dificuldade. Porque Deus não nos ajuda?
- Se ele não liga – Respondeu Lúcio enquanto servia dois pratos com um resto de bolo de fubá – Eu darei um jeito por outros meios. Eu vou conseguir...
Então Eduardo e Vitória adentraram a cozinha, já arrumados para irem à escola.
- Bom dia – Disseram em uníssono.
- Bom dia – Responderam os pais.
Sentaram-se na mesa e, sem cerimônias, começaram a comer.
- Onde está o de vocês? – Perguntou Eduardo, meigo e preocupado como sempre.
- Não se preocupe filho – Respondeu Lúcio, pois sabia que Maria estava com a garganta amarrada, segurando o choro – Sua mãe já comeu e eu estou sem fome hoje.
Assim que as crianças saíram, Maria desatou a chorar e Lúcio abraçou-a.
- Eu prometo a você, logo darei um jeito – Sussurrou ao ouvido da mulher.
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