aquarios kamerom Versalles

Deixei a porta aberta, entrei largando ali minhas bagagens. Minha morada, depois de mais de um ano eu regressava. As mobílias empoeiradas pareciam estar do mesmo jeito que me recordo ter visto a última vez. Meu quarto, nosso quarto. Suspirei pesado e as lágrimas cederam. Seu retrato. Como é lindo. Recordo daquele dia, nossa viagem a Paris. “ Você queria tanto conhecer Páris, meu amado Milo” segurei a fotografia ao peito. “ Porque eu tinha que sobreviver?” … No closet, algumas roupas minhas e suas, sorri notando o pijama de ovelhinhas. Era tão emotivo e infantil. Tudo que ainda restava de ti eu precisava deixar ir. Dizer adeus e seguir.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

#ficção #fantasia #família #drama #drogas #romance #lemon #yaoi #Hyoga-de-Cisne #Milo-de-Escorpião #Camus-de-Aquário
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O retorno

Fevereiro 2017


POVs Camus - Flashback


O peso do seu corpo e o ranger do móvel se chocando a parede me incomodavam. Perdi a noção do tempo que estávamos transando, meu corpo suado, subia e descia. Meu incansável amante se sustentava nos braços, olhos fechados, pude ver os tecidos e o enchimento dos travesseiros esmagados entre seus dedos com tamanha força que me estocava e claro, tentava chegar ao seu ápice. Minhas pernas o abriga de maneira passiva, meu corpo ja exausto após alguns orgasmos. “Eu não deveria estar fazendo isso”.

Doía. Me sentia desconfortável, “Quando vai acabar? Porque não goza logo? Whisky 12 anos”. Meu tormento só aumentava a espera de uma ejaculação.

Eu tentei de tudo, rebolei, inclinei, abracei, me abri feito um frango, trancei minhas pernas a sua cintura mas, nada. Sua tara e ereção estava conectada a algum carregador portátil, só poderia ser.

- Eu não aguento mais. - resmunguei alto. Minha expressão de desconforto era nítida. - Chega… dói, eu não quero mais. Hã. - tentei olhar aos olhos do homem que me fodia sem expressão de cansaço. Ele nada ouvia. Respirava ofegante, me penetrava com raiva, suspirava alto. “Droga”. Apertei seus braços, o empurrei mas, ele estava longe, longe de qualquer situação denominada fim. Parei de fita-lo, procurei outra cena que pudesse me distrair e aliviar meus minutos futuros.

Talvez fosse o quarto mais caro daquele motel. Luxuoso e refinado apesar da localização. Agradável. A lareira aquecia e iluminava o ambiente. Não sei para quê finalidade, nosso clima era vulcânico e febril. As chamas avermelhadas refletia nas mobílias, projetadas às paredes, as sombras formavam figuras.

Bizarro eu ter que contar os tijolinhos de uma das paredes para ignorar aquele martírio. Não que meu parceiro fosse ruim, de modo algum. Ele era forte, bonito, charmoso e cheiroso. Tinha uma vara generosa e essa já estava sendo meu fardo.

Éramos amigos a alguns anos. Tinha uns seis meses que não nos víamos e no meu primeiro dia de regresso a Atenas, cá estamos, transando depois de cinco horas de diálogos, choradeira e bebedeiras. Acabamos por ficar excitados e, “ Puta que pariu... Vai terminar sozinho batendo uma para esse priapismo. Que demora.”

Virei o rosto para outro lado. Uma escada dava para o quarto de banho. Mármore claro, corrimão de pedra. Paredes estilo rochosas. A luz fraca dos pequenos spots acoplados as sancas deixava o ambiente pesado e escurecidos. Cada quarto recebia um nome das estações, lembro dele pedir inverno, para esfriar meu corpo… seria mais o inferno. Minha visão cansava, cheguei a bocejar.

Senti ele se arremeter mais rápido, gemente. Voltei apertar seus braços. Meu ânus dilata e sinto espasmos. Meu pênis que estava ligeiramente adormecido, desperta. Suspirei mordendo o lábio.

- Hã... - o abraço. Trago seu corpo para junto do meu. Afasto de teus lábios, beijar era desnecessário, ou... Revirei os olhos, voltei a sua face e o beijei. Suguei seus lábios com apetite e luxúria.

Ou era tudo ou nada.

Se seu orgasmo está por vir, longe de mim impedir por coisas tolas. Já haviamos nos beijado antes, na boate e também aqui, nesse mesmo quarto enquanto eu tomava seu corpo e gozava dentro dele. Na verdade eu gozei duas vezes. No carro enquanto ele batia uma nervosa pra mim, que foi nesse momento que virou minha cabeça e eu já entrei no quarto o fodendo e, se eu não estiver errado, “ Own droga. Acho que vou ...”

Seu falo está muito quente dentro de mim, Cada vez mais rápido, feroz. “ Está vindo…” Eu vou gozar, nem acredito. Intensifico nosso abraço e o beijo. Sinto ele me tocar fundo, gostoso. Nossos corpos voltam a dançar, minhas pernas atadas a sua cintura, o aperto mais dentro de mim. “ Por favor.” Tem que ser desta vez.

- Oh, Ca-Camus. Que delícia... - ele geme. Me aperta. Se arremete mais forte, mais, mais e… - HAAA... - seu líquido me invade. Sinto até um arrepio, alívio.

Minhas pernas cedem, deixo meus braços cair à cama. Minha respiração é leve apesar de esguichar meu sêmen em seu abdômen tão bem definido. Ele respira pesadamente, sofrido. “ Que orgasmo difícil.”

Seu corpo pesa sobre o meu. Me remexo para que entenda que estou ali, esmagado, cansado. Preciso de liberdade e que saque esse pau do meu rabo. “ Vou ficar arrombado por dias”.

Enfim, livre.

Alongo meu corpo ao lado, seus braços grandes e fortes me envolve a cintura, sem se esfregar e sem apertos. Ótimo. Odeio quando grudam em mim.

Estou com calor, muito calor.

Observo novamente a lareira com desdém, um ar condicionado no frio e eu queimando, “Quarto do inverno, bem frio por favor”, recordo o pedido. As chamas são mais fracas agora. Deve estar clareando. “Se arrependimento matasse”. Mas não irei reclamar, foi bom, eu precisava. Porém foi além e … “O que é aquilo?” Me perguntei notando no aparador, um pino transparente, pequeno e decifrável. “ Filho de uma puta, não acredito que estava drogado. Na verdade acredito sim. Por isso não gozava e esse apetite todo sem freio…”

- Saga. Pode me explicar esse pino? Você precisava mesmo de um estimulante neste nível? - chamei sem respostas. - Saga. - me viro e o encontro adormecido. - Acorde. - o empurro e ouço o seu suspirar relaxado. - Saga. - ele começa roncar. “ Merda. Agora tá explicado seu casamento não dar certo. Quem aguenta?”

Fechei meus olhos. Um cochilo ia bem. Pensei em me levantar, tomar um banho e tirar a porra daquele drogado de dentro de mim... “ Sem camisinhas. Parabéns Camus” Bufei irritado. Ir embora e deixar esse imbecil? Não. Temos muito a falar.

Meus olhos pesam. Jogo um lençol sobre meu corpo nú. Minha intimidade toda dolorida. Estou cansado, com fome, com sono, sono ...

O estridente barulho do telefone toca.

Atendo no sobressalto ainda sonolento.

- Alô.

- Bom dia. Recepção Senhor. Posso mandar subir o desjejum? Algum pedido em especial? - a voz aguda estridente da atendente era insuportável. Apertei a vista esfregando com a mão. Ao meu lado, Saga dormia sereno.

- Há. Por favor. Preciso de analgésicos, água e gelo.

- Muito bem. Vou mandar uma jarra com gelo. Uns 20 minutos já estará disponível junto com todo matinal da manhã. - pensei em desligar quando ainda ouvir aquela tagarela chiar. - Senhor, sua pernoite se encerra às 11:30, não avisaremos o término e gerando assim nova diária após este horário.

- Ok... - desliguei o telefone. “Não serei eu a te bancar”.

Dois idiotas.

Esbofeteio minha própria face.

- O que eu fiz? O que estou fazendo aqui? - lamentei me erguendo do leito.

Minha bunda e pênis ardiam, todas as minhas juntas. “ Banho... Banho, banho”. Subi as escadas xingando em voz alta. Ao chegar ao corredor notei as paredes de vidro e a cascata sobre a hidromassagem. Sorri.

O relógio no alto da lareira, marcava 10:35am. Saga, nú, imóvel jogado à cama. “ Foda se as horas” entrei na hidro deixando toda aquela água cair sobre minhas costas. “Era tudo que eu precisava”.

Tomava meu café rápido. Saga secava vagarosamente seus cabelos sem nada falar. Notei que tomara os analgésicos e estava no terceiro copo de água gelada. Deixei o pino junto a jarra. Assim ele me pouparia perguntas.

- Preciso resolver algumas coisas antes de voltar para minha casa. - falei enquanto mordia uma maçã. - Nao vai mesmo comer? Está delicioso … - falava de boca cheia.

- Estou sem fome. - me respondeu secamente.

- Estranho.

- O quê? Não entendi. - Saga não estava facilitando. Penteou seus cabelos e os prendeu baixo. Um homem tão bonito e atlético. Olhos marcantes verdes, sua cabeleira azul até a cintura o desenhava como um deus grego.

- Normalmente, pessoas como você, tem muita fome. - ele me olhou intrigado. - “Drogados.”

- Por favor Camus... Outra hora, agora não.

- Tudo bem. Só seja sincero comigo. Ainda somos amigos, espero. Ainda é frequente essa sua, necessidade?

- Não.

- Seja sincero Saga.

- Não. Não é frequente. Já fazia um tempo mas, na boate um carinha usou e ...

- O caralho. Você foi de caso pensado…

- NÃO FOI. - se levantou me encarando. Baixou a cabeça e apertou as têmporas. - Eu, eu tô falando a verdade. Estava alterado pela bebida, aí fiquei com aquele carinha do bar. Nos beijamos, ele falou que ia usar … perguntou se eu curtia, se eu queria. Falei que estava me limpando, que não usava mais. Aí ele saiu. Eu sei lá porquê, fui atrás. Ele beijava outro cara, aí eu vi… que era você.

- Eu?

- Não. Mas eu pensei que era.

- Ok. Já tava brisando sem usar nada? Acredito. E aí?. - joguei o guardanapo na mesa e o encarei frio.

- Ele me viu. Dispensou o cara e me beijou. Falou que se eu tava parando não ia me dar. Mas… eu disse que precisava. Só por hoje... Falei. - Saga baixou a cabeça. Apontou o pino e continuou. - Tinha só um pouco. Acho que ele usou com o cara e…

- Não acredito em nada do que falas. Usaste quando? Antes do nosso beijo ou depois, aqui?

- Antes. Quando fui pegar o carro. Ai depois agente se beijou e …

- E o resto eu sei. - revirei os olhos. - Você me beijou. Aí sua mão boba bateu uma deliciosa pra mim, sua boca... E depois? Há, deixa eu lembrar, viemos pra este quarto. Você quase me fudeu no elevador de tão doido que estava. Eu comi seu rabo, chupei você por uma eternidade e nada de você gozar. Me fudeu de quatro, de lado, por cima por baixo e nada. Me deixou enfurecido até que enfim, você relaxou. Eu achando que era por conta do whisky e de toda aquelas bebidas, ou até mesmo pelas suas emoções. Mas era tudo. Seu idiota. TA QUERENDO MORRER? - Gritei enfurecido. - Não era pra gente transar. Fiquei longe deste país uns longos meses, sei lá, uns 15 meses ou mais para, para enfim ter paz, esquecer daquele maldito acidente, esquecer que perdi o Milo e aí quando volto… - baixei a cabeça e deixei cair as lágrimas.

- Me desculpa Cam... Eu, eu, me perdoa. Não queria fazer você lembrar. Sofrer de novo. Foi minha culpa aquele acidente…

- Esquece. - enxuguei as lágrimas. - Esquece... - fui até ele e o abracei. Acariciei seus cabelos ainda molhados. - Gosto de você Saga. Me importo contigo. Mas, você tem que ser forte, precisa querer de verdade parar. Tem que ver o quanto já perdeu. Quantas coisa boas você ganhou, conquistou. És tão inteligente, esperto, tão querido e amado.

- Por quem Camus? Quem me restou? - Ele começava a chorar e isso não ia parar tão cedo.

-Chega. Vamos sair porque amanhã é um dia importante, e temos um casamento logo pela manhã. - sorri soando meu nariz em um lenço de papel.

- Você me perdoa? Aquele acidente. O Milo não estaria...

- Estaria Saga. Aconteceu o que tinha que acontecer. Era nosso destino.

- Era pra eu morrer Camus, você quase... - chorava desconcertado.

- Pare, por favor. Não quero lembrar. - me levanto pegando meus pertences da mesa e lhe entregando um outro lenço.

Saga pegou suas coisas e enxugou a face. Me olhou e sorriu encabulado.

- Transamos, né?

- Como diria o Milo. Eu sabia que um dia isso ia acontecer. - sorri. - Mas vida que segue. Eu espero que nada mude entre nós. Afinal, foram nossas emoções. Eu tentando me livrar das coisas do passado, você sofrendo seu divórcio concretizado. - sorri irônico.

- Pretende ficar né? Vai voltar pra gente? Para Universidade, as escolas…

- Não sei. Já foi difícil desembarca ontem e entrar no meu apartamento… está tudo lá ainda. As coisas dele. Tem muitas coisas nossas. Eu... eu não pensei sobre estas coisas.

Nós abraçamos em confidência e amigavelmente.

Eu estava feliz de voltar. Era irônico, mas precisava enfrentar o mundo real. Foram meses longe da Grécia e parecia que nunca estivera fora.

14 de Abril de 2018 a las 17:43 1 Reporte Insertar Seguir historia
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