Cuento corto
4
7.4mil VISITAS
Completado
tiempo de lectura
AA Compartir

Capítulo Único: Brother

Notas da História: 

Os personagens pertencem ao Masashi Kishimoto, porém, a história é de minha autoria.
Capa criada pela Fellurian
História betada pela Reakens (Animes Design - animesdesign-ad.blogspot.com.br)
História baseada na Música Father da Demi Lovato
História postada no Nyah e Wattpad
*Itachi/Sasuke*
*SasuSaku*

Notas Iniciais do Capítulo:

Hello, pessoas!

Chego hoje com mais um fic do desafio do grupo Mean Kunoichis do Facebook. Dessa vez, o desafia era escolher uma fanart e fanficá-la. Eu escolhi a fanart que foi usada para fazer a capa, eu já tinha a ideia dessa história desde 2015 quando escutei essa música pela primeira vez, mas nunca tinha escrito. Bom, antes tarde que nunca, né?

Quero dizer que essa fic deveria ser centrada apenas no Sasuke e Itachi, mas eu sou um louco por SasuSaku e encaixei aqui. E também gostaria de dizer que fazer a Sakura chamar o Sasuke de Anata é um caminho sem volta, meu mais novo vício.

Boa leitura a todos.


Brother

By: Sr. Artie

Capítulo Único

Chovia pesadamente em Konoha. No entanto, apesar do céu estar desabando em águas, lá estava Itachi, escondido entre os canteiros de flores do jardim de sua casa, chorando silenciosamente.

Despreocupado quanto às gotas de chuva que caiam sobre seu corpo, murmurava palavras confusas sobre não estar apto à realizar a missão que o foi designada pelo terceiro Hokage junto aos anciões da Vila, afirmando que o fardo dado-lhe era pesado demais para um garoto carregar.

Encontrava-se em estado de pânico por ter que seguir a ordem imposta. Contudo, fora criado para decidir pelo Estado ao invés do sangue, sempre.

O esconderijo do capitão ANBU não era tão seguro quanto ele acreditava. Surpreso por ver seu irmão chorando, Sasuke, que o observava da varanda de casa, aproximou-se.

— Nii-san, por que você está chorando? – A voz da criança expressava uma notável preocupação para com o mais velho.

— Estou chorando pelo que está para acontecer com o clã.

— O que vai acontecer?

Eu vou acontecer – disse, mórbido.

Itachi não sabia se seu otouto conseguira compreender o que havia lhe dito, mas sua última resposta fez as perguntas cessarem e, naquele momento, já estava de bom tamanho.

Sasuke afastou-se dele, o deixando sozinho. Na solidão fria que fora deixado pelo irmão, o mais velho manteve-se em silêncio, remoendo suas dúvidas e preocupações. Imaginou com qual coragem conseguiria assassinar o seu pai e a sua mãe. Não tinha a mínima ideia. Talvez não conseguisse, afinal.

Os olhos desmancharam-se em líquido, um torrente violenta de lágrimas de frustração. Era um impotente, não era preciso dizer mais nada sobre si.

De volta às suas divagações, Itachi esquecera de Sasuke, até que ele o chamou.

— Nii-san, tome!

Virando os olhos em direção à voz de seu otouto, o Uchiha encontrou um menino pequeno de olhos escuros e pele alva, completamente ensopado pela chuva, com os braços entendidos em sua direção, segurando em suas mãos uma coroa de flores.

— Fiz para você, nii-san! — Exclamou, com um enorme sorriso no rosto. — É um presente, eu fico feliz sempre que ganho um, então fique feliz também e pare de chorar.

As palavras de Sasuke o atingiram como mil kunais venenosas. Ele sentiu tudo doer mais dentro de si. Sua frustração aumentou exponencialmente – que fracasso ele era como ninja, filho e irmão.

Contudo, por Sasuke, forçou um sorriso, recebendo a coroa de flores, a colocando em sua cabeça.

— Como eu fico?

— O nii-san parece um rei.

Itachi riu ao ouvir o comentário. Sasuke o endeusava tanto... Se perguntou qual seria o estrago que deixaria marcado no coração e na alma dele para sempre.

— Reis não são fracos como eu.

— Você não é fraco, sabe um bocado de jutsus do clã — O último comentário fez Sasuke animar-se, como se tivesse lembrado de algo importante. — Nii-san, faça seu Gōkakyū no Jutsu, será que ele funciona debaixo d’água?

Itachi chamou Sasuke com a mão e, quando o menor se aproximou, cutucou-o ligeiramente na testa.

— Numa próxima vez — prometeu. — Por agora, vamos sair da chuva para você não se resfriar.

Entretanto, não houve uma próxima vez. Itachi nunca cumpriu a promessa feita à Sasuke naquele dia chuvoso.

“Ele nunca as cumpria”.

Era com esse pensamento que o último Uchiha remanescente do massacre, observava aqueles mesmos canteiros de flores, ali no Distrito da família, sentado na varanda à noite. Esse acabara de retornar a casa depois de 10 anos longe, em uma missão. Sabia que logo deveria partir novamente.

Só que após os anos fora de casa, a nostalgia de seu retorno o fez evocar uma série interminável de lembranças sobre sua infância – a maioria remetendo ao seu irmão mais velho.

A memória mais forte era aquela do dia de chuva, quando, pela primeira vez na vida, tinha visto Itachi vulnerável, quase tangível ao seu toque, e não o deus que constantemente fantasiava.

Tão submerso estava nas suas lembranças, que Sasuke não notou a presença de sua esposa até ela chamá-lo.

— Anata, está um pouco aéreo. Talvez a saudade de casa tenha sido maior do que você imaginou?

— Sim — respondeu. — Percebi que perder a infância da Sarada foi um preço maior do que eu estava decidido a pagar.

— Sarada é uma boa menina, você poderá compensar o tempo perdido quando terminar a missão e retornar de vez para casa. Não se preocupe.

— Você a criou bem, Sakura. Obrigado! — Agradeceu.

— Anata, só fiz meu papel de mãe e, embora não estivesse aqui presente, você estava cuidando dela ao passo que tentava proteger o mundo shinobi.

Sasuke sabia que as palavras da rosada eram um consolo. Ele ainda estava um pouco receoso sobre saber se tinha feito a coisa certa ao partir da Vila deixando sua mulher e filha para trás. As dúvidas que vira refletidas nos olhos de Sarada sobre o amor que existia entre Sakura e ele, o fez questionar suas escolhas. No entanto, não tinha mais como retroceder, deveria apenas focar no futuro e tentar compensá-las por tudo.

— Tsuma, você acha que Itachi se arrependeu das escolhas que fez?

— Não tem como termos certeza disso. A resposta para essa pergunta pode ser “sim” ou “não”, mas só quem poderia nos responder seria ele.

— Não quero jogar a culpa das minhas ações em meu irmão, mas acho que ele tem um pouco de responsabilidade por todo o mal que causei. Por eu ser quebrado.

— Sasuke-kun, quando Ino e eu começamos a estudar sobre a psicologia – que era um ramo novo na medicina e com poucas informações –, para criarmos nossa clínica a fim de ajudar crianças vítimas da guerra, tinha um estudo em específico de um médico de Suna que dizia o quão bom seria para o paciente exteriorizar tudo o que pensa sobre alguém que ele acha que fez-lhe mal. Então, por agora, esqueça que sou sua esposa, e me diga o que você gostaria de falar a Itachi.

Sasuke ponderou o pedido de Sakura. Imaginou como seria abrir-se sobre a pessoa que mais o magoou no mundo, para a pessoa que mais o amou e buscou protegê-lo. Eram dois extremos; a única semelhança entre eles, era que o Uchiha os amava incondicionalmente. Por isso, pôs-se a falar:

— Irmão, gostaria de te dizer obrigado, mesmo que eu ainda esteja machucado por tudo o que me fez quando eu era apenas um garotinho. Sabe, talvez as feridas que você me causou nunca melhorem.

Havia, no tom de voz de Sasuke, um pouco de ressentimento. Ele nunca chegaria a esquecer o mal que Itachi lhe causou. Apesar disso, conseguiu compreendê-lo um pouco.

— Eu sei que você era um homem de muitos problemas – continuou –, que nunca teve uma chance para ser você mesmo, para ser o seu melhor. Espero de coração que o paraíso tenha te dado uma segunda chance, porquê, constantemente, peço a Deus que te abençoe.

Sakura notou o quão sábio Sasuke se tornou nesses longos anos fora de casa. Seu marido era um pássaro livre, assim como o animal símbolo da sua família – o falcão. Peregrinar fez com que Sasuke se achasse dentro de si mesmo, e conseguisse administrar seus sentimentos corretamente. Ela nunca atendera um paciente tão preciso sobre suas palavras, como aquele homem à sua frente.

— Você fez o seu melhor, não fez? Eu sei que sim. Porém, peço que me perdoe, irmão, por me sentir assim, mas às vezes acho que eu te odeio. Nem sempre te desejei o melhor ou orei por sua paz, como faço hoje em dia, pois foi você que iniciou esta guerra em mim, e eu não sei como acalmá-la.

“Eu tinha dúvidas sobre o que deveria falar para você, caso um dia eu te encontrasse novamente, em algum outro plano. Só que, agora, eu percebo que quero te dizer estas palavras: irmão, obrigado.”

Sasuke falou tudo olhando para nada em específico, o olhar perdido no escuro da noite. Quando terminou a sua última sentença, o mesmo olhou a mulher a sua frente.

— Embora eu não entenda todas as suas ações, o motivo que fez você se empenhar tanto em me fazer odiá-lo, e a razão pela qual me deixou sozinho, eu acho que isso me fez ser quem sou. O homem que sou hoje tem uma mulher espetacular e uma filha linda. Você adoraria sua cunhada e sobrinha, acredito.

Ele sorriu minimamente ao terminar de falar. Era grato pela família que tinha.

— Então, mais uma vez, irmão, obrigado.

Sakura ficou de joelhos no chão de madeira da varanda e, encarando os olhos de Sasuke, o abraçou.

— Tenho orgulho do homem que você se tornou, Anata. Tenho certeza que Itachi também.

Ele sorriu ao ouvir aquelas palavras. O coração estava mais calmo depois das palavras ditas, e alegre por saber que estava em casa. Sasuke estava feliz, como nunca esteve.

Sabia que Itachi também estaria. Tinha certeza. 

26 de Marzo de 2018 a las 13:46 0 Reporte Insertar Seguir historia
1
Fin

Conoce al autor

Comenta algo

Publica!
No hay comentarios aún. ¡Conviértete en el primero en decir algo!
~