colombinna Carolina Koski

Aquele seria o primeiro Natal que Nathaniel passaria longe da mansão do terror onde cresceu, e Candy estava decidida a fazer daquele dia o melhor possível.


Fanfiction No para niños menores de 13.

#Amor Doce #My Candy Love #MCL #Natal #One Shot
Cuento corto
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Capítulo Único

Candy corria pelo quarto à procura de sua saia dourada. Já estava atrasada. A qualquer momento Rosalya chegaria com Leigh e Lysandre para irem juntos à cafeteria próxima à sua escola, onde a turma se encontraria para comemorar as boas festas antes de se reunir com a família. Fuçando mais afundo em sua gaveta de baixo, finalmente encontrou a bendita. Terminou de se vestir e correu para o banheiro para acabar de se arrumar. Dividindo o apertado espaço do espelho com a mãe, não pôde deixar de notar certa felicidade no olhar da outra ao ver a filha penteando o cabelo.

"O que foi?"

"Nada.", riu a mais velha. "Só estou admirando o quanto você cresceu."

Candy acabou por sorrir também. Considerava muito a mãe, e odiava todas as vezes que brigavam, ansiando a hora em que iriam se reconciliar. Mesmo que parecesse que a discussão da vez era gigante, a paz chegava, o mesmo acontecia com seu pai. A garota era imensamente grata por ter pais tão atenciosos, e que se importavam ao máximo com ela. Na hora, um pensamento lhe ocorreu. Nath nunca havia experimentado essa sensação de ser querido, visto que a única coisa que seus sogros pareciam expressar pelo filho eram desapontamento e rejeição. Ela não era capaz de imaginar como seria viver assim a vida toda, mas era aquela a definição de família que o namorado tinha. Claro que agora estava tudo bem melhor, mas ainda assim, um trauma desses não ia embora de uma hora para a outra, sem contar que a relação entre o garoto e seus familiares ainda estava conturbada. E, para piorar, aquele seria o primeiro Natal que o jovem passaria longe de casa, Nath deveria estar se sentindo péssimo. Candy não poderia deixar que isso acontecesse, então, ao sair de casa, estava determinada a ser a melhor namorada e amiga que Nathaniel merecia.

Não demorou muito para que Rosalya chegasse com Leigh e o irmão dentro do carro usado para buscar os tecidos da loja de roupas. Estava nevando um pouco forte, e o caminho até a cafeteria era longo demais para se ir a pé, então, o carro foi utilizado.

"Feliz Natal!", cumprimentou a jovem ao entrar no veículo. Quase deixou cair alguns dos presentes na rua, mas Rosalya acabou impedindo.

"Feliz Natal! E cuidado, viu? Não vá estragar meu presente!", brincou. "Mas vamos indo, daqui a pouco o pessoal todo já está lá.", terminou, e o carro deu a partida.

No caminho, Candy não disse uma palavra, se distraiu pensando no namorado. Claro que isso não passou despercebido à amiga, que não tardou a indagar:

"Ué, o que você tem? Tá tudo bem?"

"Tá...", respondeu, amuada, mas não convenceu à Rosa, que começou a fazer mil questionamentos, preocupada com a melhor amiga.

"Não, não... Estamos bem na verdade.", disse quando a outra lhe perguntou se havia brigado com Nath. "Tudo bem, Rosa, sério. Só estou um pouco cansada."

Após essas conversa, não demorou muito para que chegassem a seu destino, e, como haviam previsto, a sala toda já estava lá, exceto por Ambre e mais umas duas pessoas.

Candy olhou em volta do lugar à procura do parceiro, mas sua visão logo ficou tumultuada pela quantidade de pessoas que lhe vinham desejar boas festas. Ao se passarem cinco minutos sem ter visto o namorado, começou a se desesperar. E se tivesse acontecido algo de errado? E se ele estivesse com algum problema sério? O pensamento a fez se sentir zonza e a suar, apesar do frio que fazia.

"Ei... Você está bem?", foi despertada de seus pensamentos por Lysandre, que parecia ter notado o nervosismo da menina. “Parece nervosa, aconteceu alguma coisa?”

“Uh? Sim, eu estou bem, obrigada Lys. Só... Você viu o Nathaniel?”

“Ah... É isso...”, suspirou o vitoriano, um pouco incomodado. “Ele está sentado logo ali.”, e apontou com a cabeça para uma mesa distante das outras, onde o representante se encontrava sentado sozinho, olhando para um ponto fixo no horizonte.

“Oi... Feliz Natal.”, disse a morena, cautelosamente, ao se aproximar do namorado e delicadamente abraçá-lo por trás, surpreendendo o garoto, que saiu imediatamente de seus pensamentos.

“Candy, você chegou! Feliz Natal.”

Quando Nathaniel se levantou e colocou a jovem contra seu peito, Candy o apertou forte, como se tivesse medo de que fosse embora, ou como seu abraço pudesse defendê-lo dos problemas. Nath percebeu sua intenção, e retribuiu o gesto com carinho, e deixando-se vulnerável, como se pudesse confiar tudo à amada, suspirou profundamente. Naquele momento o rapaz parecia um gatinho assustado, que precisava ser protegido, e a moça estava mais do que disposta a proteger aquele que considerava tanto.

Porém, este momento não poderia durar para sempre, e uma hora teriam de voltar á vida real e às preocupações reais, e isso foi quando Iris chamou os dois para se reunirem ao resto dos colegas.

“Candy, Nath, venham, já está quase todo mundo aqui!”

Assim, os dois quebraram o abraço, e o semblante triste e nervoso voltou ao belo rosto de Nathaniel. Ao notar o que se passava, a jovem míope a seu lado segurou a mão dele enquanto se juntavam ao resto dos amigos. Quando chegaram juntos lá arrancaram risadas e suspiros de “Ah, que bonitinhos” de várias das meninas e Alexy, mas Candy não deixou de notar os olhares meio frustrados vindos dos outros quatro garotos, porém nem deu importância a aquilo no momento, e, ainda meio alheia à roda de conversa, só prestou atenção no que acontecia quando viu um Volvo parando em frente ao lugar, e dele descendo uma loira de brilhantes olhos verde-água com roupas um tanto formais para a ocasião. Nossa protagonista odiou admitir, mas Ambre estava belíssima aquele dia. Sem a casual maquiagem exagerada que a envelhecia uns 20 anos, e com o cabelo delicadamente caindo sobre seus ombros, perfeitamente emoldurando seu rosto, a garota timidamente se aproximou dos outros estudantes, como se não fosse desejada ali, e Candy estranhou tal atitude. Logo Ambre, que nunca tinha vergonha (nem bom senso) com nada, toda inibida? E mais, esta última também parecia triste, com um olhar carente, como se lhe faltasse alguma coisa. Mas este olhar foi embora no momento em que avistou seu irmão em meio a todos, então, não hesitou em correr para abraçá-lo, como se não o visse há décadas. O outro retribuiu o gesto a apertando forte, ambos se sentindo mais completos agora que estavam juntos. Eles brigavam constantemente, mas ainda eram irmãos, e, além de uma avó, a única família que tinham, visto o jeito ríspido com o que os pais tratavam aos dois.

“O... Papai e a mamãe te desejaram Feliz Natal.”, disse a loira, com as bochechas coradas, já longe dos braços do irmão, e com todo o entusiasmo ao vê-lo já inexistente, restando apenas a timidez e tristeza de volta.

“Diga que eu desejo o mesmo a eles.”, Nathaniel respondeu, mais seco do que pretendia.

“Certo...”

“Então...”, o clima de desconforto entre os dois era nítido, então o mais velho correu para procurar algo em sua mente para amenizar o clima. Olhou para as vestes da irmã; um vestido verde pastel com um laço na cintura, e o rapaz se surpreendeu de ver a irmã trajada tão delicadamente. Não sabia dizer se era por escolha dela ou da mãe, mas preferia que fosse a primeira opção. “Vai à alguma festa depois daqui?”

“Vou... Vai ter uma festa de Natal na mansão do Sr. Jacques, aquele amigo do trabalho de papai, se lembra?”

“Sim, aquele senhor ruivo que insistia em dizer que você parecia com a filha ruiva dele?”, riu e foi seguido pela loira, ambos ainda meio sem jeito.

“Ele mesmo. Mas eu não estou com a mínima vontade ir. Mamãe me obrigou...” Dessa vez Ambre já não ria mais.

“Ela sempre fazia isso, nos arrastava para essas reuniões com ela e o papai...”, e o clima estranho estava de volta ao ambiente.

“Sim... Eu vou sentir sua falta lá hoje.”, murmurou, com a cabeça baixa.

“Eu também vou.”, Nath queria poder fazer algo a respeito para melhorar o astral da irmã, mas era impossível. Mesmo que não estivesse mais brigado com os pais, não iria com eles a festa nenhuma para fingirem que eram uma família perfeita e feliz, como sempre fizeram, aquilo o deixava doente. E mais, o próprio Francis queria ao máximo evitar comentários sobre o escândalo, ele já estava farto de gente se metendo em seus problemas familiares, e de gente o julgando por criar seu filho da maneira que bem entendia. Mesmo aquilo sendo um crime.

Mas no final, o clima triste entre os gêmeos não durou muito, pois logo os dois foram abordados pelos amigos e tentaram se distrair com outras coisas.

Candy estava aproveitando o encontro conversando com Rosa, Alexy e Pryia, e apesar de não ter se esquecido do problema do namorado, estava bem menos nervosa e já descontraía. Porém, pela força do hábito, rodou os olhos pela cafeteria à procura do mesmo, e o encontrou perto de Armin e Kentin, sorrindo. De longe, tudo parecia bem, mas a garota conhecia seu parceiro, e viu ali mesmo que ele estava alheio à conversa, e seus olhos ainda estavam com a mesma impressão triste.

Não hesitou, assim que teve a chance foi até onde os três garotos estavam e pegou delicadamente o braço do representante.

“Eu vou precisar roubá-lo de vocês um minutinho, tudo bem?”

“Está tudo bem?”, Nathaniel perguntou quando chegaram até um canto mais afastado.

“Comigo está, mas e você?”

A pergunta pegou o rapaz de surpresa. Não havia contado nada à namorada por não querer preocupá-la com esse tipo de coisa na véspera de Natal.

“Eu? Eu estou bem, não...”,

“Não minta para mim.”, interrompeu, cruzando os braços. “Eu percebi que você estava abatido mais cedo, o que aconteceu, Nath? Estou preocupada.”

“Não é nada, eu juro.”

“Nath... Sabe que pode confiar em mim. Eu quero te ajudar.”

Ele soube na hora que nada convenceria Candy, então se sentou com ela e contou tudo. Contou sobre como era estranho passar o Natal do jeito que quisesse, pela primeira vez, sem ter de ser arrastado à festas insuportáveis, onde os pais fingiam que adoravam os filhos do jeito que eles eram, e agiam como figuras de plástico perfeitas; contou sobre como se sentia preocupado por deixar a irmã sozinha naquele ninho de cobras e como estava se sentindo sozinho aquele dia. A jovem escutou tudo atentamente, segurando a mão do namorado, e quando havia ouvido tudo, lhe abraçou e sussurrou ternamente:

“Você não está sozinho. Eu estou aqui para você, sempre vou estar.”

Nathaniel sorriu ao ouvir aquilo, e lhe sussurrou de volta um “Obrigado”, dando na garota um beijo apaixonado após. Não tinha palavras para descrever a sorte que tinha por ter uma garota tão especial ao seu lado, e prometeu cuidar dela da melhor maneira que conseguiria.

Depois de um tempo juntos, o casal acabou voltando para o resto do grupo, onde voltaram a confraternizar com os amigos, trocaram os presentes de amigo secreto, e, finalmente, todos começaram a ir embora para reunirem-se com suas famílias. O encontro todo não durou mais que uma hora e meia, mas foi tempo suficiente para rever os colegas e passar mais um último tempo juntos antes da formatura, que ocorreria em janeiro.

Enquanto Candy se dirigia até o carro de Leigh, um pensamento lhe ocorreu. Nath não tinha ninguém para passar a noite. Ele havia lhe dito que ficaria bem, mas ela não podia deixar seu namorado passar a véspera de Natal sozinho. Então, avisou à Rosa que voltaria de ônibus mais tarde, e foi atrás do parceiro.

O encontrou não muito longe do café, e o abraçou por trás, levemente o surpreendendo. Perguntou-lhe se não iria fazer nada depois dali, e explicou suas preocupações.

Não demorou cinco minutos para que os dois se dirigissem até o apartamento do rapaz, e ficaram juntos por lá por mais ou menos uma hora, apenas os dois, trocando tantos carinhos que até se enjoaria de ver. Candy estava meio relutante ao ir embora, mas estava atrasada para a festa na casa de tia Agatha. Felizmente, Nathaniel a tranquilizou dizendo que iria visitar a avó, que era a única pessoa da família em que ele sentia que podia confiar. Ao sair, a garota deu-lhe um último abraço, e ali, naquele abraço, ambos sentiram que nunca mais estariam solitários e desprotegidos novamente.

27 de Febrero de 2018 a las 22:55 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Carolina Koski Moça que ama musical, desenho animado, visual novel e livro amorzinho e que escreve uns role aí. Às vezes eu me arrisco desenhando, mas me saio bem melhor fazendo edit. Segue no tumblr pra bastante besteira envolvendo musicais e voltron: https://colombinna.tumblr.com/

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Minara Hitsugaya Minara Hitsugaya
Amei, foi perfeita
September 12, 2019, 00:01
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