lulisomnes Lulis Omnes

Uma vida inteira que pode ser revivida através de memórias marcadas por dois únicos quadros.


Fanfiction Todo público. © Jkrowling

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Cuento corto
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Capítulo Único

Hoje era um dia difícil para todos que a conheceram, principalmente para mim. Scorpius conseguia lidar com essa situação melhor que eu, ele tinha sua esposa e seus filhos para ajudá-lo, mas e eu? Sem eles eu estava sozinho, a guerra me tirou os poucos amigos que eu tinha e o tempo me tirou as pessoas que eu mais amava, de todos só restaram meu filho e meus netos. Mas, ainda que os tenha, não é a mesma coisa sem ela. Precisava tanto de Astoria comigo.

Astoria completaria 64 anos hoje, a morte dela, para grande maioria das pessoas já havia tido o luto suficiente, mas para mim quatro anos sem a minha menina era mais que uma vida e muito pouco para superar uma perda tão devastadora.

Ela morreu da forma mais plena que acho que poderia ser uma morte, dormindo em meus braços. Era uma tarde de primavera, Scorpius foi com sua família nos visitar, o almoço havia sido cansativo, as crianças não paravam um minuto, Astoria subiu para nosso quarto para descansar e eu a acompanhei, deixando nosso filho e sua família no andar de baixo, por favor, não pensem nisso como uma deselegância, eles entendiam as debilidades da nossa idade.

Talvez eu não descobrisse naquele dia que a minha amada se fora, mas o despertador tocou para avisar da medicação que Astoria precisava tomar, foi quando ao beijar-lhe a testa percebi seu corpo frio e vi que sua respiração não estava mais ali. Aninhei ainda mais seu corpo ao meu e chorei por ela ter partido levando a minha vida junto, mas deixando minha consciência para trás. Scorpius nos encontrou minutos depois e não precisou de mais do que olhar em meus olhos para entender o fatídico acontecimento.

Quando penso naquele dia, vejo o como tudo parecia feito para ela se despedir, estava com toda a sua família reunida, todos em um dia alegre e compartilhando coisas boas, e adormeceu nos braços do homem que a amou mais do que a própria vida, do homem que quebrou todos os seus princípios para estar com ela. Pensei que deveria chover, o céu deveria ter chorado por sua perde, mas agora entendo, eu era a chuva, eu havia tido a perda, o céu estava em festa por ganhá-la.

De todos os quadros que tínhamos em casa, aqueles eram os meus favoritos, por isso ganharam um lugar de destaque em minha sala, eram os únicos quadros trouxas que tínhamos. Eles retratavam dois Aniversários de Astroria. Ah! Esses aniversários...

Ela sempre fazia um jantar com nossas famílias e os poucos amigos que tínhamos, eles nunca acabavam muito tarde, mas o que eu mais gostava era quando ele iam embora, não que a companhia não fosse agradável, longe disso, mas porque quando acabava a festa era nossa, só nossa. Astoria e eu vestíamos trajes de gala, e fazíamos um baile só nosso, dançávamos durante toda a madrugada. Foram os melhores bailes que já fui em toda a minha vida.

A primeira foto foi tirada no aniversário de 21 anos dela, já estávamos casados a um ano, a câmera trouxa era de Daphne, a responsável por tirar as duas fotos. Naquele dia o jantar havia se estendido um pouco mais do que o previsto e para começar nossa comemoração pessoal, cumprimentei a minha bela dama com um beijo em sua testa, e foi nesse momento em que Daphne fez o seu clique. Astoria corou imediatamente, não era para ninguém ver nada daquilo, mas sua irmã nos flagrara, pois tinha esquecido em nosso casa, justamente sua câmera.

No jantar do ano seguinte Daphne presenteou Astoria com a foto, que só a vimos naquele dia. Daphne tentou usar a mesma técnica de fingir esquecer algo para nos flagrar, mas não funcionou, ela só voltou a ter êxito no aniversário de 32 anos de Astoria, quando combinou com seu afilhado, meu filho, de tirar a foto para ganhar a vassoura que ele tanto queria, e nem usou depois que ganhou.

A segunda foto conseguiu ser ainda mais encantadora que a primeira, em diversos sentidos diferentes, fora tirada por nosso filho e nela estávamos dançando e nos olhávamos apaixonadamente. Aquele fora um ano difícil, Scorpius tinha cinco anos e já era um menino muito inteligente, mas os burburinhos maldosos sobre ele continuavam, Astoria tivera um diagnóstico pior quanto a sua doença e precisaria operar no mês seguinte.

Todos os dias quando sentia falta da minha menina, me sentava em sua poltrona e ficava admirando a beleza daquelas fotos. Era realmente incrível como os trouxas conseguiram fazer com que uma foto que nem ao menos se movia passar tanta emoção.

Coloquei a música que dançamos quando nos casamos e sentei no sofá admirando a beleza daquelas fotos. Lembrando como Astoria era tudo que eu precisava na vida e como ela me deu mais do que eu merecia.

As memórias com Astoria vinham de forma fácil, cada baile, o casamento, nascimento do Scorpius, o dia em que nos conhecemos...

Meu corpo estava ficando pesado, e a última coisa que meus olhos viram foi o presente que Astoria me deixou, Scorpius e meus netos.

26 de Febrero de 2018 a las 02:28 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Lulis Omnes 'Postando as mesmas coisas em lugares diferentes.

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