sapphire Saint Sapphie

"O gosto amargo do meu quente tempero, só dessa vez deixarei você ter um pouco. Adoro ouvir você acreditando no que digo... És realmente ingênuo, não?" "E meu coração já não suporta ver que não quer se envolver. Mas apesar de tudo eu sigo aqui lutando para sobreviver, amando o carinho que nunca recebi de ti." NaguSuzu.


Fanfiction Sólo para mayores de 21 (adultos). © Todos os direitos reservados.

#Yaoi #Inazuma Eleven #NaguSuzu #Burn/Gazel #Nagumo/Suzuno #Relacionamento Abusivo
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Prólogo.

××× Notas Iniciais ×××

Meus amores, aviso: a fanfic retrata os tipos variados de relacionamento, incluindo o relacionamento abusivo. Caso seja teu gatilho, recomendo que não leia; contém insinuação de estupro como consequência dos abusos sofridos por um dos personagens.

×××××




Atração, desejo e amor.


Três palavras de significados distintos, porém, que no fim das contas acabam por interligar-se, uma acarretando a outra. A primeira pode ser considerada como a mais "fraca" entre as três. É como um ímã, e qualifica-se como um conjunto de características que despertam-lhe simpatia ou interesse, de cunho sexual ou não, por outra pessoa. O problema da atração é que ela pode transformar-se rapidamente em desejo; a expectativa e a vontade de alcançar ou possuir algo. É o querer, que pode muitas vezes intensificar-se mais do que deveria. O terceiro, por sua vez e o não menos importante, é o mais almejado dentre todos eles. O amor é difícil, é uma porta estreita no qual poucos conseguem passar. O amor é renúncia, é esforço, é sacrifício não tão somente em relação à você, mas à quem você ama. É um sentimento lindo quando verdadeiro e puro. Porém, nem tudo o que parece ser, de fato, é. A quem mais dado, mais é cobrado.


E o mais almejado é, sem sombra de dúvidas, o que mais machuca em questão de segundos.


Para que ele funcione, é preciso haver, pelo menos, duas pessoas. O sentimento recíproco e retribuído contribui para uma relação afetiva de tamanha harmonia e felicidade entre os dois. Porém, caso este equilíbrio se desfaça, qual seria a consequência? E se, entre ambas as partes, o amor só fosse nutrido e plantado por uma delas? É nesta fenda psicológica onde encontramos o maior dos problemas, causador das angústias mais profundas do ser humano, criado à partir desta ausência de harmonia entre um relacionamento onde um quer e o outro não: a dor.


A dor, cuja palavra não encontra-se entre as três citadas anteriormente, é infelizmente algo que é impossível de - e não deve - ser esquecida. Infelizmente, este pequeno termo de apenas três letras abrange um significado gingantesco e bastante temido por muitos. A dor não precisa ser entendida. É meramente sentida, sofrida. E não há nada pior do que ver-se em um relacionamento onde o amor e a dor estão presentes em seu peito, como em uma batalha árdua onde ambos tentam conquistar o seu lugarzinho ali dentro, fazendo-o ferir-se cada vez mais. Até onde você iria para conseguir o que deseja? Submeteria-se à mágoa por aquele à quem nutre o sentimento mais puro e intenso em seu coração? E a pergunta que não quer calar:


Valeria à pena?


Esta é uma história onde o Amor viu-se apaixonado pelo Desejo.


Mas que, por conta dele, sua essência tão profunda transformou-se em dor, e o Amor viu-se perdido em meio à algo impossível de ter para si.



------ S.P.I.C.E.! ------



Japão, 04:00.




Nunca imaginou que seria acordado às quatro da manhã.


Ouviu o vibrar do seu celular na escrivaninha ao lado da cama, o que o fez despertar de seu leve sono. Sua noite havia sido longa, estendendo-se até altas horas da madrugada, parando para descansar momentos antes de receber a ligação. Suspirou fundo, sentindo seus olhos pesarem por conta da exaustão momentânea. Pegara no sono um tanto erquido em razão à quantidade de travesseiros em suas costas. Pelos de seu corpo enrijeciam-se por conta do peitoral e abdômem desnudos, denunciando trajar apenas a roupa íntima naquele momento, fruto de sua longa noite. Em seu colo, estava ele; o homem de cabelos loiros, longos e lisos com quem passara a noite, encontrava-se com a cabeça relaxada em uma das coxas do ruivo, em pleno sono profundo e tranquilo, como se estivesse repondo a exaustão à qual submetera-se mais cedo. Para o loiro, poderia ter sido a melhor noite de sua vida. Para ele, era só mais um de sua extensa lista, alguém que provavelmente não havia feito diferença em absolutamente nada para si.


O ruivo passara a mão nos cabelos levemente bagunçados, ainda ouvindo o vibrar de seu celular ao lado. Pegou-o, atendendo-o prontamente, sem sequer checar antes quem estava a ligá-lo aquela hora. Não que aquilo já houvesse ocorrido mais vezes; mas conhecia cada um dos homens - e das mulheres - com quem relacionava-se. Ele tinha a perfeira noção de quem seria e de como estaria naquele exato momento.


Por algum motivo, aquilo o divertia profundamente.


- Sim?


Indagara rouco, demonstrando um pouco de preguiça em sua voz. Do outro lado da linha, o rapaz de cabelos brancos, que caminhava de um lado para o outro carregando um semblante preocupado em sua alva face, parara subitamente ao ouvir sua voz. Suspirou, em um misto de alívio, angústia e nervosismo; parte de si não imaginava que ele fosse atender. Porém, por sorte, precisava de sua resposta; já eram quatro da manhã, e ele ainda não havia conseguido pegar no sono, remoendo mais e mais idéias sobre o ruivo em sua mente. Aquilo estava a atormentar-lhe tanto, que simplesmente não pôde conter a imensa vontade de ligar para ele e tirar sua dúvidas naquele exato momento.


Dúvidas no qual ele já tinha as respostas, mas negava-se em acreditar nelas.


- Nagumo? - Indagou baixo, desviando o olhar para a janela, observando a cidade em uma vista panorâmica do décimo quinto andar. - Eu acordei você?..


- Nagumo soa-me tão formal, Gazel. - Sorriu de canto, em um misto de gentileza e malícia. O albino engolira em seco imaginando-o esboçar este mesmo sorriso nos lábios. - Sabe que pode me chamar pelo apelido.


- Oh, claro. Burn. - Corrigiu, um tanto nervoso. - Desculpe ligar à essa hora. É que... Eu...


- Diga-me o que o aflinge, meu anjo. - O rapaz pensara um pouco, porém não demorando em responder-lhe.


- Por que não veio? - Indagou, demonstrando certa preocupação e curiosidade. - O que houve? Só nos falamos uma vez hoje.


- Tínhamos combinado de nos encontrar, correto?


- Sim.


- Perdoe-me. Não tive tempo. - Mentiu, dando de ombros. - Tudo muito corrido. Trabalho, compromissos, enfim. É difícil de te explicar.


- Ah... - Mordeu o lábio inferior. - Entendo.


- Que bom, meu bem. Fico feliz por isso.


- Huh... Burn? - Chamou-o, relutante.


- Sim?


O rapaz suspirara fundo mais uma vez. Sentia o peito apertar em ansiedade, o que o fazia sentir-se extremamente mal. Arrependeu-se, por um segundo, de ter criado coragem o suficiente para falar com ele naquele momento. Mas já era tarde demais para voltar atrás e detestava inventar desculpas para não cumprir o seu verdadeiro objetivo. Permaneceu em silêncio por alguns poucos segundos, tentando controlar a respiração falha e o bater descompassado de seu coração. Amaldiçoou-se mentalmente por aquilo tudo ser fruto de sua fraqueza emocional. Não deveria estar metido com aquilo, mas era teimoso o suficiente para insistir em permanecer naquela situação deveras complicada.


- De quem era a voz?...


A voz falhara, em resposta ao nervosismo e à dor em seu peito que parecia aumentar à cada momento. Ele referiu-se à voz, grave e masculina, que ouvira ao falar no telefone com o ruivo enquanto conversavam mais cedo, no qual Nagumo confirmara ir à sua casa à noite, para passarem um tempo juntos, uma vez que já não viam-se mais há algum tempo. Gazel tinha quase a certeza do mundo do que aquilo se tratava; mas mesmo assim, parte de si esperava um milagre. Parte de si desejava que tudo aquilo não fosse apenas invenção de sua mente duvidosa.


De repente, algo chamara-lhe a atenção. Ouviu a risada baixa do ruivo do outro lado da linha, o que o fez morder o lábio novamente em ansiedade. Nagumo alargara o sorriso, mostrando-se inteiramente relaxado em relação à pergunta. Gazel coçara a nuca, desconcertado.


- Que há?


- Céus, é tão ciumento.


- Não sou! - Defendeu-se, levemente corado. - Eu só...


- Imagino o quão está vermelho agora. Uma graça. - Interrompera, comentando em um tom provocante, o que fizera o albino chamar-lhe a atenção, demonstrando estar levemente irritado.


- Burn!


- Gazel, é tão divertido conversar com você.


- Responda a minha pergunta. De quem era a voz?


Indagou uma última vez, demonstrando mais firmeza e convicção em seu tom de voz, talvez por alterar-se em razão aos comentários do rapaz. Burn rira novamente, suspirando fundo em seguida.


- Gazel.


Chamou-o de maneira serena, o que fizera o albino estremecer-se em resposta. Detestava o modo como reagia em relação à cada palavra de Nagumo Haruya, o homem a qual o enlouquecia somente com um sorriso ou um simples olhar. Gazel comprimiu os lábios, esperando o rapaz tomar a palavra para si novamente. De repente, já não prestava mais atenção na vista de sua janela, ou em qualquer coisa.


- Está tudo bem, sim? - Respondeu-lhe prontamente o ruivo. - Não era nada no qual você precise se preocupar.


- Está mentindo? - Indagou repentinamente. Burn sorriu.


- Por que eu mentiria para ti? Hn?


- Nagumo...


- Fuusuke. - Chamou-lhe novamente. - Me chateia o modo como parece duvidar de mim.


- Me chateia o modo como parece mentir para mim.


- Gazel. - Suspirou. - É só você, meu amor... Fica tranquilo. Não há ninguém no mundo no qual eu precise à não ser você.


O sorriso permanecia intacto nos lábios avermelhados do ruivo, em um misto de ironia e malícia, característica dele. Enquanto ditava tais palavras para o albino, ele levara a mão até os cabelos loiros do rapaz deitado consigo, acariciando levemente o local e enrolando uma fina mecha em seu dedo indicador, com cuidado para não acordá-lo do sono tranquilo. Reconhecia que o sexo havia deixado-o exausto, até porque ele mesmo não brincava em serviço quando tratava-se de seduzir alguém e levá-lo para a cama, para suprir seus desejos inacabáveis. Para ele era exatamente assim: o amor não passava de uma diversão. Algo momentâneo, no qual ele poderia usar e abusar em prol de seus fins carnais. Vivendo de luxúria, ele não media esforços para conseguir o que queria. E como se já não bastasse, cada palavra sua era repleta de enganações e mentiras, mas que por algum motivo seduzia com facilidade qualquer pessoa que ele quisesse ter para si.


Nagumo Haruya era o desejo em sua forma mais intensa.


"O gosto amargo do meu quente tempero, só dessa vez deixarei você ter um pouco. Adoro ouvir você acreditando no que digo... És realmente ingênuo, não?"


Já Gazel não era tão iludido como os outros. Cada palavra do ruivo era-lhe como uma facada no peito, uma vez que o albino tinha a completa consciência de que o que ele estava dizendo era tudo, menos verdade. Ele sabia que Burn não o amava. Sabia que não era o único em sua vida e não era a única pessoa no mundo no qual ele precisava. E o maior problema nisso tudo era o fato de Gazel não conseguir desfazer-se daquilo. Repentinamente, viu-se completamente apaixonado pelo homem com quem um dia se relacionara - mesmo que esta não fosse a sua primeira intenção -, e agora tinha de lidar com as consequências de nutrir fortes sentimentos por aquele que o desprezava e o usava sem que ligasse para o que acarretava para o albino.


Suzuno Fuusuke era o amor em sua mais pura essência.


"E meu coração já não suporta ver que não quer se envolver. Mas apesar de tudo eu sigo aqui lutando para sobreviver, amando o carinho que nunca recebi de ti."


- Ah... - Fuusuke segurou o choro, suspirando fundo, sussurrando em resposta. - Entendi.


- Veja bem, traga amanhã um pouco de comida depois do trabalho para comermos juntos.


- Hn?


- Vens à minha casa, Gazel?


O ruivo indagara rouco, ainda sorridente, satisfeito com tudo aquilo. O loiro em seu colo mantinha-se em sono profundo. Suzuno suspirou fundo, pensando nas palavras que deveria ditar-lhe em resposta. Era sempre o mesmo dilema: imagina que não deveria manter aquilo e que deveria deixá-lo para os homens e mulheres com quem se relacionava o tempo inteiro. Porém, parte de si nåo queria perdê-lo de jeito maneira. Via-se completamente apegado à Nagumo Haruya, de modo a achar que um dia ele iria perceber que Gazel o amava; e que um dia iria retribuir tal sentimento, do mesmo modo que ele. Por isso, Fuusuke esforçava-se para dar o seu melhor e conquistá-lo para si, por mais que aquilo, até o momento, lhe acarretasse tão somente em sofrimento.


Suspirou fundo. Após segundos em silêncio, resolveu quebrá-lo e respondê-lo prontamente, antes de encerrar a ligação e pôs-se a chorar em angústia pelo que não conseguia ter somente para si.


- Claro. Eu irei.

26 de Febrero de 2018 a las 01:35 3 Reporte Insertar Seguir historia
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Chichi Panda Chichi Panda
MISERICÓRDIA, MEU HINO TÁ AQUI!!! VOU COMEÇAR A FAZER LAVAGEM CEREBRAL PRA ESQUECER DE TUDO QUE ACONTECE-QQQQQQ
February 28, 2018, 02:39

  • Saint Sapphie Saint Sapphie
    EU AMO DEMAIS MEUS LEITORES, BICHO! AHSUAHAUHAUAJAJAJAJAJAUJA Ai caralho, a trama nem parece que só piora, né? qq Já já trago Strip e The Lover pra cá também! February 28, 2018, 02:58
  • Chichi Panda Chichi Panda
    AAAAAAAAAA MEU STRIP E TL, QUERO!! A TRAMA FICA Ó Ó UMA DELICIA!! OWN, CCGN <3 February 28, 2018, 08:54
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