Itachi soube que amava Shisui no momento em que o viu cuidando de Sasuke quando ele estava doente, sem o seu pedido de ajuda. A lógica de Kakashi fazia muito sentido: Sasuke era o bem mais precioso de Itachi, e este, por sua vez, era o de Shisui; portanto, mesmo que indiretamente, Sasuke também era uma responsabilidade dele.
O primogênito de Fugaku foi avisado ainda nos portões da Vila que seu irmão havia se ferido em missão, mas que já tinha sido socorrido no hospital, e agora estava na casa principal do clã, descansando. Itachi se reportou ao Hokage rapidamente e logo foi em busca do mais novo, mas ao chegar na residência sentiu dois chakras distintos – dois chakras que amava – e imediatamente se dirigiu ao segundo andar. Achava que por Shisui ter sido convocado, o estado de Sasuke era sério, e já começava a se culpar por ter demorado tanto à chegar a Vila, mas ao abrir a porta do quarto do irmão, foi recebido com um sorriso carinhoso de Shisui.
— Itachi-kun, bem-vindo de volta! – ele disse animado.
O gênio Uchiha sorriu levemente para o primo, e logo em seguida concentrando toa a sua atenção no mais novo, acamado. Se aproximou da cama observando alguns machucados leves no rosto e braço do irmão, nada aparentemente grave. Sentou-se na borda do colchão e começou a acariciar as madeixas escuras de Sasuke, lançando um olhar agradecido para o outro presente.
Shisui entendeu seu olhar e o sorriu de volta.
— Kakashi disse que ele e Naruto lutaram juntos contra um nukenin... – começou a responder a pergunta muda dos olhos de Itachi — Contudo, assim que percebeu a gravidade da situação, ele mesmo interviu e a menina fez os primeiros socorros nos dois.
— Sakura? – se referia à “menina”. Sabia que ela tinha uma paixonite pelo irmão.
— A de cabelo rosa – deu de ombros, encostando as costas na cadeira em que estava sentado.
Itachi aquiesceu em silêncio, continuando as carícias no mais novo.
— Shisui – chamou.
— Hum? – perguntou o outro, interessado.
— Obrigado.
Itachi sabia – mesmo sem olhá-lo – que ele estava corado com o agradecimento. E ao levantar os olhos para o companheiro, minutos depois, viu como ele estava inquieto.
— Eu faria qualquer coisa por você. E por ele – declarou, olhando fixamente nas íris negras.
Itachi sorriu, e antes que retrucasse, Sasuke se mexeu sob suas carícias, movendo a cabeça para direita e sorrindo carinhoso ao ver o irmão ao seu lado.
— Nii-san.
— Otouto – respondeu, afagando levemente sua bochecha.
Sasuke fechou os olhos e voltou a deitar a cabeça no travesseiro, resmungando um “vamos treinar” antes de dormir novamente. Itachi soltou um riso nasalado e tocou a testa do menor, com o indicador e o médio unidos – o gesto tão familiar entre os dois irmãos; a prova do amor que sentia.
— Você vai ficar aqui com ele? – Shisui perguntou.
— Sim.
— Então eu vou preparar um lanche para nós dois. Você acabou de voltar de uma missão, deveria cuidar melhor da sua saúde, Tachi – repreendeu com um sorriso provocativo, se levantando para sair do quarto e ir à cozinha.
Itachi fitou a cabeceira da cama, refletindo sobre o “nós dois” do primo e gostou da conclusão que havia chego. “Nós dois” soava muito bem aos seus ouvidos.
Quando Shisui retornou ao quarto com uma bandeja prateada em mãos, Itachi se levantou e caminhou até ele, que havia depositado os petiscos no criado-mudo ao lado da cama.
— Coloquei bastante atum no seu... – foi interrompido com o beijo casto de Itachi em seus lábios.
Surpreso, lançou um olhar inquisitivo ao Uchiha, que simplesmente esclareceu sorrindo ao tocar sua testa da mesma forma que havia feito com Sasuke, há poucos minutos.
— Eu também faria qualquer coisa por você, Shisui.
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