Crianças, pequenos seres espontâneos com o dom de alegrar uma casa.
A questão é que haviam tipos, como por exemplo os filhos. Obviamente que qualquer pai e mãe fica extremamente abobalhado com aquela pequena pessoa dentro de casa. Mas não subestimem o poder de um neto. Ah! São ainda mais mimados e paparicados.
E era exatamente isso que Hashirama e Mito faziam com Tsunade.
A garotinha loira que agora tinha cinco anos de idade era um show de espontaneidade, inteligência e curiosidade. Quase um furacão por onde passava dentro da casa de seus avós. E eles ligavam? Óbvio que não! Sua mãe dizia quando era criança não tinha esses privilégios, mas a pequena Senju era o orgulho da família e podia fazer o que bem queria.
Por consequência todos foram afetados com isso, inclusive Tobirama.
O avô dizia que apesar da pequena menina amá-lo, quando chegava perto do tio-avô era quase uma guerra para ficar com ele. Por mais que fosse muito mais sério que o irmão mais velho, cedia aos caprichos facilmente.
Mentalmente adorava saber que Hashirama se revirava em ciúmes, afinal a adorada netinha preferia a ele.
- Tsuna. – O mais velho a chamou, e a menina o encarou ainda confusa enquanto brincava com algumas coisas espalhadas no chão.
- Oi, vovô. – Ela já conseguia falar sem enrolar as palavras. – Oi Tio Tobirama. – Abriu um grande sorriso quando o viu, indo em sua direção e o abraçando.
- E o meu abraço? – Hashirama perguntou um pouco irritado. A menina foi até ele e repetiu o ato. – Nós precisamos ir trabalhar, mais tarde estaremos de volta. Tudo bem?
- Tá bom. – Sorriu docemente, sentou-se novamente e tornou a brincar.
Os dois se levantaram da posição que estavam e foram em direção a porta da casa. O mais novo sorria de maneira triunfante por saber que de certa forma havia ganhado essa. Como sempre.
- Ela gosta mais de mim. – Falou em um tom alto, e viu o irmão bufar ao seu lado irritado.
Enquanto isso, Mito analisava a situação ao longe. Sabia o quanto a neta gostava do avô, mas era incrível como se desmanchava nos braços de Tobirama. Seu cunhado parecia ter algo que a atraia de um jeito que infelizmente seu marido não conseguia competir.
Tomada pela curiosidade, caminhou até ela e sentou-se em sua frente. Passou a observá-la brincando com algumas coisas no chão e finalmente falou:
- Querida. – A chamou e a garotinha abriu um sorriso.
- Oi, vovó. – Respondeu alegremente, mas voltou a atenção para os brinquedos.
- Conta uma coisa para a vovó? – Recebeu um olhar desconfiado da menina, mas teve uma afirmativa com a cabeça.- Por que você gosta tanto de ficar com o seu Tio Tobirama? – Pegou um pente no chão e Tsunade sentou-se em seu colo compreendendo que a avó iria arrumar seus dois rabos de cavalo.
- Ah vovó, não é que eu gosto de ficar mais com o titio, é que eu gosto de coelhinhos.
Mito franziu o cenho, parou de mexer nos cabelos da garotinha e a virou para olhar em seu rosto.
- Como assim gosta de coelhinhos? – Perguntou confusa.
- O Titio é um coelhinho. – Disse como se fosse óbvio. – Ele tem olhos vermelhos, cabelo branquinho e tem aqueles pelinhos na roupa! – Abriu um sorriso alegre e a avó teve que segurar uma risada. – E coelhinhos são os meus bichinhos preferidos!
- Ah querida, tudo bem. – É, estava difícil se conter.
- O que foi, vovó? – Os olhinhos verdes brilhavam em confusão, e a Uzumaki apenas tentava segurar a gargalhada que estava quase se formando.
- Não é nada, querida. – Terminou de ajeitar os cabelos loiros e a colocou novamente no chão. – Pode brincar, daqui a pouco eu volto. – Deixou um beijo no topo da cabeça dela e se levantou.
Retornou a cozinha para preparar um chá e finalmente conseguiu soltar a risada que tanto guardou.
É, definitivamente Hashirama ia adorar saber a razão que Tsunade preferia o tio.
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