Já eram quatro horas da madrugada, podia sentir que o dia estava amanhecendo. O calor aumentava em todos os cantos da casa, aquela situação era complicada e involuntária.
Não queria estar naquele lugar, na verdade, nunca quis. Todos os dias eram arrastados dos braços de Gabriely, minha imortal amada. Todas as noites eu a deixaria para trás durante todos esses sonhos e sempre às 11h59 eu partia para meu repouso eterno. Já estava exaustiva aquela rotina involuntária do meu corpo.
Os olhos de Gabriely me feriam aquilo que não possuo mais, estava como qualquer um, indefeso perante o desejo carnal. Nunca, desejei algo que não estivesse ao meu alcance, mas agora desejo.
Esperei pelos primeiros raios de sol, estavam fortes em mais uma manhã de verão. Ela ainda me desejava, eu estivera com ela à noite toda, passeando por lugares lindos.
A sede dela não me feria; deixava-me até enojado dos meus atos, em mim não surtia efeito, suas presas sobre meu pescoço, isso a faziam se sentir poderosa a cada noite e me enfraquecia mais.
O relógio despertou às 11h59 como era de se esperar. Desta vez não desci as escadas do porão. Fiquei ao pé da cama esperando pelo ato rotineiro de apertar um botão na parede, fazendo as persianas se moverem com delicadeza.
Em segundos a minha pele foi queimando por dentro da jaqueta de couro; a dor era confortante ao pensar que estaria de volta com Gabriely para sempre. Ela abriu os olhos e me viu queimar, já estava sem pensamentos quando ela gritou:
— Gilbert não! Sou eu, Gabriely!
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