u15715377901571537790 Gláucio Imada Tamura

Javier tem tudo que um homem deseja na vida (fama, poder e sucesso), no entanto, com o passar dos anos começa a sentir um vazio tremendo no coração, que é como se tudo isso não significasse absolutamente nada. Desta forma, em mais uma de suas muitas peregrinações espirituais por respostas, decide escalar um monte sagrado nos Pirineus -- conforme orientação de seu mestre -- a fim de invocar, pela última vez, seu demônio pessoal.


Drama Todo público.

#drama #suspense #mistério #suicídio #depressão #esoterismo #misticismo #bruxaria #mago #existencial
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Capítulo 1

Depois de uma longa subida até o topo da montanha, entro na caverna e digo: “A escuridão é minha amiga” — já que o temporal lá fora não findará tão cedo, e faz um bom tempo que não converso com meu demônio pessoal.

Sento no chão e deposito a mochila ao meu lado. Depois — conforme o ritual de invocação —, relaxo os músculos, fecho os olhos e começo a timbrar a escuridão à volta com as seguintes palavras: “Eu agora estou relaxado, e meus olhos dormem o sono do mundo”, depois disso deixo minha mente vagar livremente, sem empecilhos, unindo minha escuridão particular com a escuridão da caverna.

Quando percebo que minha mente já não se ocupa com mais nada deste mundo, começo a imaginar uma coluna de fogo bem na minha frente, à direita. Com pouco tempo a coluna de fogo vai ficando cada vez mais incandescente. Assim, com as brasas mais vivas e brilhantes, por fim começo a sussurrar: “Eu ordeno que meu subconsciente se manifeste. Ele se abre pra mim e revela seus Segredos Mágicos”.

Aguardo um pouco. Quando à coluna de fogo à direita, a mesma continua a queimar intrépida; com suas labaredas vermelhas alaranjadas quase tocando os céus da minha mente.

De repente, imagens aleatórias do caminho começam a pipocar na minha cabeça: recordo-me do velho pedinte na beira da estrada, depois das crianças que brincavam de bola na beira do rio, assim como do casal de velhinhos que andava de mãos dadas pelas vielas de Puente la Reina, e dos pastores com suas cabras a buscar campos mais verdes morro acima.

E a partir daí, aos poucos, enquanto a coluna da direita continuar a crepitar sem parar, eu começo a imaginar outra coluna de fogo à frente, bem à esquerda. Segundos depois, quando as labaredas já estão em chamas bem vivas, eu torno a sussurrar na escuridão: “Que a força do Cordeiro, — que se manifesta em tudo e em todos — manifeste-se também em mim enquanto eu invoco o meu Mensageiro”.

A partir daí o Mensageiro vai manifestando a própria imagem nebulosa entre as colunas de fogo. “Golous a seu dispor” — eu ouço num estalar.

Quando se revela por inteiro entre as colunas, — como todas às vezes que eu o invoco — ele me olha com seriedade e eu retribuo o mesmo peso de olhar. Ficamos assim por segundos, nos encarando, até que eu arrisco a quebrar o silêncio.

“Golous”, — eu digo seu nome — pela força deste ritual, na certeza que você é minha Espada neste mundo, eu venho a ti pedir alguns conselhos da terra.

Continua...


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16 de Agosto de 2022 a las 21:31 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Gláucio Imada Tamura Eu sou um contista nipo-brasileiro que se dedica a escrever sobre temas relacionados ao drama, horror, terror, suspense, mistério, às vezes somando tudo isso com boas doses de humor.

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