2minpjct 2Min Pjct

Yoongi é um juiz atarefado que tem, como paixão e válvula de escape, brinquedos que são considerados infantis. Justamente por isso, ele sente muita vergonha do seu hobby e o mantém como um segredo fortemente guardado de todos à sua vida. Entretanto, isso muda quando, ao tentar comprar um Buzz Lightyear, conhece o jovem bastante expansivo e curioso, Park Jimin. Por isso, a partir de um boneco de um de seus personagens favoritos de toda a vida, Yoongi não apenas irá mudar seus conceitos e opiniões que tinha como certas e redundantes, como também irá se apaixonar por um garoto diferente de tudo o que já havia conhecido.


Fanfiction Bandas/Cantantes No para niños menores de 13.

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À procura do Buzz Lightyear

Escrito por: @mimi2320ls / @bebeh1320alsey

Notas Iniciais: Oi, gente! Voltei e com um presente, vcs acreditam?! Se não, você não é o único sksksksksk pq eu tbm não sei o que estou fazendo aqui e como essa fic saiu. Acho que milagres acontecem de verdade.

Brincadeiras à parte, o projeto 2min está completando três aninhos esse mês e para comemorar a Noh (minie_swag/minie_swag) pensou em fazer esse amigo oculto com pessoal de todas as áreas do projeto, e eu humildemente me propus a participar e acabei tirando a linda da Bia (@LadyofSomething/@RedWidowB) que é uma fofa que queria um Yoon de cabelo preto, uma comédia romântica e strangers to lovers sem ser clichê. Espero do fundo do meu coração que vc goste da fic e que seu coração fique quentinho com UBLPD.

Além disso, quero agradecer aos anjos denominados Vic (@MissTaeKo/@MissTaeKo) que não só me ouviu surtando por não saber o que fazer, como me ajudou a montar o plot da fic, Vic vc é um neném e PRECISO que você volte para o projeto ontem, o Theo (@scarisvancci/@scarisvancci) que betou lindamente e ficou me fazendo rir com as palhaçadas dele e com a sua mente para lá de transcendental, TE AMO, SEU PILANTRA, a Lu (YinLua/YinLua) que é a minha ADM linda e paciente e maravilhosa e SEMPRE me ajuda de forma que ela nem sabe e por fim, mas não menos importante, Nat (@trancyz/@trancyz) que fez os banners e as capas mais lindas do mundo, e superou mais do que em 1000% as minhas expectativas. Vcs são demais!!!!

Ufa! Obrigada para quem chegou até aqui, aproveitem a leitura. Amo vcs!!! ♡♡♡

FELIZ ANIVERSÁRIO 2MIN!!!!!!


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Yoongi sabia que aquilo que estava prestes a fazer era bastante vergonhoso, mas não poderia simplesmente impedir sua criança interior de ser saciada pelo mais novo lançamento incrível que sua marca favorita de brinquedos tinha acabado de lançar.

Ele andava pelo shopping olhando para os lados como se estivesse sentindo os olhares julgadores sobre ele — ainda mais estando de terno e tendo seus cabelos negros como petróleo perfeitamente alinhados como estava —, encaminhando-se para a maior loja de brinquedos em toda a região para comprar seu mais novo objeto de adoração: um Buzz Lightyear movido à pilha que voava, cantava e piscava como luzinhas de Natal.

Quando finalmente parou em frente ao estabelecimento, não pôde deixar de morder os lábios, pensando no que seus colegas da vara cível diriam se vissem o juiz que os representa entrando em uma loja daquele tipo.

Yoongi, parece que você está entrando em uma sex shop, para de drama e vai comprar logo a porra do brinquedo! Sua mente não deixava de importuná-lo nem nos momentos mais embaraçosos.

Ele chacoalhou a cabeça, tentando afastar os pensamentos, e finalmente entrou no que, para ele, era o paraíso na Terra, por conta das infinitas seções de legos, carrinhos de controle remoto, jogos de tabuleiro, action figures, motocas, carrinhos no estilo Hot Wheels, bicicletas infantis, bonecos e uma infinidade de brinquedos que ele não sabia nomear nem quais eram suas finalidades.

Entretanto, naquele dia, Yoongi estava com um objetivo em mente e não poderia ficar perdendo tempo admirando os produtos incríveis que existiam na loja. Por isso, ele se dirigiu rapidamente em direção ao balcão de atendimento para perguntar se o novo boneco do Buzz Lightyear ainda estava disponível em estoque.

Contudo, ao chegar ao balcão de atendimento, reparou que o lado de dentro estava sem ninguém e que, no espaço onde os clientes geralmente ficavam, um garoto de cabelos castanhos bem claros, com quase a sua estatura — talvez um ou dois centímetros mais baixo — e vestindo roupas esportivas, estava aparentemente esperando a atendente voltar do estoque.

Yoongi parou ao lado dele e ficou batendo o pé esquerdo contra o chão, em um tique nervoso que tinha sempre que ficava ansioso com algo. O garoto, que antes estava distraído, pensando se tinha ou não o seu pedido na loja, começou a ficar um pouco irritado com o barulho provindo dos sapatos sociais do moreno e, não querendo ser rude ou mal-educado, emitiu um falso pigarro para chamar a atenção do estranho bem-vestido.

O juiz olhou para o lado, assustado pelo som vindo do garoto, e instantaneamente parou de bater o seu pé no chão. O de cabelos castanhos claros sorriu como se dissesse "obrigado", fazendo com que Yoongi revirasse os olhos com a percepção de que o mais novo tinha forçado um ruído incômodo apenas para fazê-lo parar com o seu tique nervoso.

Entretanto, como não conseguia parar de pensar em seu tão almejado brinquedo, o moreno passou a descontar a ansiedade roendo suas unhas — ou o que havia restado delas por conta de seu hábito constante e desagradável ―, só parando ao escutar o garoto ao seu lado bufar e se pronunciar pela primeira vez desde que o outro homem havia parado ao lado dele.

— Cara, alguém já te falou que você tem sérios problemas de ansiedade? — perguntou, alarmado com a inquietude provinda do outro num ambiente que, até então, estava bastante tranquilo. — Primeiro foi o pé, depois a mão, daqui a pouco vou achar que você vai tentar colocar a língua no cotovelo!

Yoongi ficou paralisado e, de tão constrangido com a fala do mais novo, engasgou-se com um cotoco de unha e passou a tossir desesperadamente. O castanho-claro começou a rir do desespero alheio, antes de seguir em direção ao bebedouro existente no estabelecimento e pegar um copo plástico com água para oferecer ao moreno.

— Calma, cara, foi só um comentário. Não precisa ir com Deus também — ele disse assim que chegou perto do mais alto, passando a acariciar as costas dele com uma mão, enquanto a outra colocava o copo com água em frente ao rosto do mais velho.

O juiz apenas olhou de modo ofendido para o mais baixo, pegou o copo da mão dele e, ao finalmente conseguir parar de tossir, tomou um grande gole de água. Ele tentou respirar fundo para conseguir se acalmar e finalmente conseguiu dizer algo:

— Você costuma falar assim com todo mundo?

O garoto olhou para ele com a sobrancelha arqueada em dúvida, e o moreno suspirou cansado, fazendo um movimento com a mão como se fosse para o outro deixar o que tinha dito para lá, porém, contrariando mais uma vez a vontade do mais alto, o castanho-claro respondeu: — Você costuma roer suas unhas em todo lugar?

Yoongi ficou encarando o mais baixo, consternado, pensando em algo à altura para retrucar aquele garoto mal-educado, mas sua mente estava muito aérea por conta da possibilidade de finalmente ter seu tão estimado Buzz Lightyear em mãos. Então, quando finalmente conseguiu pensar em algo decente, a atendente voltou do estoque, com nada mais, nada menos, que o famigerado Buzz Lightyear que o moreno estava querendo tanto.

— Sunmi, ele é tão incrível! Ainda bem que ainda tinha aqui, eu rodei três lojas atrás dele. — O garoto parecia brilhar ao olhar para a caixa que continha o brinquedo, e o juiz o entendia; o Buzz era tão lindo, colorido e chamativo, que o moreno quase entrou na frente do mais baixo para pegar a caixa no lugar dele.

Contudo, ele lembrou que não era mais uma criança e que deveria agir como o homem maduro — que fingia ser — e perguntar se tinha mais um Buzz Lightyear como aquele disponível no estoque do estabelecimento para a atendente que, agora, tinha descoberto se chamar Sunmi.

— Desculpa interromper você, garoto, mas… Sunmi, certo? — A atendente assentiu em afirmativo. — Então, tem outro desse disponível?

Quando Sunmi balançou a cabeça em negação, com uma cara que dizia que ela estava triste por ter que dar aquela notícia, o moreno curvou os ombros e suspirou em derrota. Ele estava desolado, pois tinha certeza de que não tinha mais nenhum exemplar daquele Buzz em qualquer outro lugar.

Yoongi agradeceu à garota e se virou para ir embora daquele lugar o mais rápido possível, para que finalmente encontrasse a paz de espírito que precisava no conforto de sua casa, porém, quando estava quase chegando à entrada do local, ouviu a voz do garoto estranho o chamando:

— Ei, cara… — O moreno virou para trás e viu que o castanho-claro o olhava com preocupação, quase como se compadecesse da situação dele. — Você quer ficar com ele?

O mais alto arregalou os olhos e passou a olhar do brinquedo para o garoto como se os dois fossem coisas de outro mundo. Sentiu suas bochechas esquentarem — mostrando que estava começando a corar ―, então, não querendo deixar sua situação ainda mais embaraçosa, ele apenas chacoalhou a cabeça, negando, virou-se e saiu quase correndo da loja.

Que garoto mais estranho, como alguém em sã consciência iria querer deixar um brinquedo daquele com qualquer um? A mente de Yoongi estava inquieta novamente por conta dos últimos acontecimentos.

Ele tentava parar sua mente de fazer questionamentos para os quais não tinha resposta enquanto estava andando em direção à saída do shopping, mas seu cérebro gritava o quão estúpido era por não ter aceitado a oferta do garoto, porque agora ele poderia estar minimamente feliz com mais uma adição à sua extensa coleção particular. Contudo, por conta da situação exatamente vergonhosa com o rapaz na loja, ele queria se enfiar em um buraco, ainda mais quando notou que esse mesmo rapaz estava o seguindo.

Ele não aguentou aquela situação e explodiu: — Posso saber o porquê de você estar me seguindo?!

O moreno parou de andar, vendo que o mais baixo andou até ele e se prostrou ao seu lado. Ele ia falar para o outro se afastar, porém o castanho-claro o interrompeu: — Desculpe, eu só acho que é você quem deveria ficar com isso. E perdão pelo jeito que falei contigo lá dentro, acho que começamos com o pé esquerdo.

Yoongi olhou para ele, desconfiado de todo aquele discurso, e então o mais baixo falou novamente: — Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo, parecia que você estava realmente querendo esse brinquedo para dar para o seu filho ou para alguém importante, então acho melhor você ficar com ele.

— Você me seguiu até aqui só por isso? — O mais velho estava achando toda aquela situação muito estranha.

— Sim, eu sei que pode parecer esquisito, mas, de verdade, não vou conseguir ficar com ele sabendo que uma criança que o queria muito não vai poder tê-lo, então, por favor, fique com ele.

— O que te faz pensar que eu iria comprá-lo para dar para uma criança? — O moreno não sabia por que disse aquilo, mas estava tão cansado de tudo, que resolveu mandar a real para o desconhecido: — Eu queria esse brinquedo para mim, eu não tenho filhos e nem pretendo ter. Eu só adoro brinquedos e estava muito ansioso por esse em especial; é a minha válvula de escape. Meu momento de paz no estresse que a minha vida é por conta do meu trabalho.

“Então, se você queria me dá-lo por conta de uma criança que nem existe, pode ficar com ele, qualquer outro dia eu volto aqui e tento achar de novo. E desculpe por todo esse desabafo, você não tem nada a ver com tudo isso.” O juiz gesticulou para o próprio corpo, como se estivesse dizendo que "tudo isso" era ele mesmo.

O juiz já estava se virando para ir embora quando percebeu que o mais baixo não falaria mais nada, porém, contrariando novamente o que ele achava que o outro iria fazer, o garoto se aproximou um pouco mais dele, estendeu a mão que não segurava a sacola com o brinquedo, e declarou: — Eu sou Park Jimin, você aceita tomar um café comigo?

[...]

Yoongi não sabia por que seguiu Park Jimin até uma cafeteria que ficava ao lado do shopping onde estavam anteriormente. Talvez fosse pelo seu olhar cintilante e extremamente jovem, em todos os sentidos da palavra, ou pelo fato de ele parecer imensamente interessado em tudo o que o moreno tinha a falar, mas ele o seguiu mesmo assim.

Quando se sentaram após fazerem seus pedidos, instalou-se um silêncio constrangedor na mesa, mas este logo foi quebrado por outra pergunta do mais novo; o juiz percebeu que o castanho-claro não conseguia ficar em silêncio, com bastante frequência.

— Então, você também gosta de comprar brinquedos como um refúgio do mundo real?

O moreno tomou um gole de seu expresso com um toque de canela, para logo responder: — Basicamente, acho que sempre foi algo que eu fiz.

Jimin o analisou para logo afirmar com convicção: — Então, nada mais justo que você fique com o Buzz. Acho que você precisa mais dele do que eu.

— Você não precisa fazer isso, Park — o mais alto ressaltou novamente. — Quer dizer, por que você queria o Buzz, primeiramente? — ele indagou genuinamente interessado, já que, por mais que o Park não fosse um adulto, era estranho um adolescente querer aquele tipo de brinquedo em específico.

— Perdi uma partida importante de pôquer ontem. Para descontar a frustração, queria algo tão precioso quanto o dinheiro que eu perdi.

Yoongi arregalou os olhos com a confissão do mais novo, querendo saber mais sobre no que o outro estava envolvido.

— Como assim "partida de pôquer"? Você não é muito novo para estar envolvido nesse tipo de coisa, garoto? — Jimin arqueou a sobrancelha e deu risada da exasperação do moreno, negando com a cabeça e tomando seu cappuccino de chocolate. Ele se esforçou muito para não revirar os olhos pelas perguntas do outro.

Quando terminou seu gole no cappuccino, cruzou os braços e, com a cara mais séria que conseguia fazer naquele momento, perguntou ao outro: — Quantos anos você acha que eu tenho? E, mudando de assunto, você não vai me dizer seu nome?

— Dezoito — o mais velho respondeu na lata, ficando com cara de tacho quando o mais baixo gargalhou alto de sua afirmação, tanto que olhou para os lados para ver se tinha algum outro cliente encarando a mesa dos dois. — E não acho que você precise saber o meu nome, já que não vamos nos encontrar novamente.

— Okay, senhor misterioso — Jimin zombou da resposta do moreno ―, sinto muito em te informar, mas, para a sua infelicidade, eu tenho vinte e seis anos e estou nessa vida faz um bom tempo. Eu sou um jogador profissional de pôquer, estou acostumado a perder e ganhar o tempo todo, mas isso não quer dizer que gosto disso.

— Eu não acredito que você é só dois anos mais novo que eu, quero ver sua identidade. — O Min balançou a mão, indicando que queria o documento nela.

O Park o olhou desacreditado e ignorou a mão estendida, voltando a tomar sua bebida. O moreno, vendo que o outro tinha o ignorado, recolheu a mão e ficou o encarando até que ele retornasse o olhar.

Não aguentando o silêncio estranho que novamente se formou na mesa, quem o quebrou dessa vez foi o juiz: — Se não for muita intromissão, você poderia me dizer por que você virou jogador de pôquer profissional?

— Não se preocupe, senhor misterioso, eu não me incomodo em falar sobre a minha vida para pessoas que eu nem sei o nome. — O castanho-claro não conseguiu evitar dar uma cutucada no outro, como forma de lembrá-lo que, se ele queria respostas, também precisava compartilhar informações. — Quando entrei nessa, era mais pela adrenalina. Eu gostava de ser o mais esperto na mesa e o dinheiro sempre me atraiu. Hoje, é mais por comodidade, não me vejo fazendo outra coisa porque sou muito bom nisso.

— Acho que entendo, também faço o que faço por comodidade.

— E o que você faz, chato? — Yoongi o repreendeu com o olhar por conta do adjetivo usado para se referir a si.

— Eu sou juiz, intrometido. — O mais novo não pôde deixar de sorrir de lado com a óbvia provocação alheia.

— E como você é juiz por comodidade, senhor fechado?

— Eu não sei, coisas da vida. Quando entrei no curso de Direito, achava que minha profissão ajudaria a vida de muitas pessoas, mas, no fim, tudo se resume a velha, mesquinha e traiçoeira política. Acho que me desencantei com a profissão e com o que eu posso fazer nela pelos outros.

— E como o Buzz Lightyear entra nisso? — o castanho-claro verbalizou a grande dúvida que rondava sua cabeça desde que o moreno tinha posto os olhos na caixa que continha o brinquedo do boneco espacial.

— Eu não vou falar sobre isso com você. — Aquele era um tipo de pergunta muito pessoal para o juiz, e ele não tinha acabado de conhecer Jimin para se expor de maneira tão grande e impensada para o garoto.

— Uh, okay. Território proibido, entendi. — O mais novo levantou as mãos em sinal de rendição.

O mais alto apenas revirou os olhos para o outro e retrucou: — Por que não me diz você, o motivo de querer especificamente o Buzz?

— Direitos iguais por aqui, querido. Você me diz algo, e eu te digo algo em troca.

— E esse acordo foi selado em que momento da nossa conversa?

— A partir do segundo em que você aceitou vir para cá comigo. Qual é, senhor misterioso? Você parece alguém bastante solitário, e eu estou aqui de livre e espontânea vontade doando meu tempo para você ter uma agradável companhia, e você não quer me dizer nem o seu nome. Isso é injusto! — Jimin estava frustrado com o quanto o mais velho era fechado e desviava de suas perguntas.

Ele não sabia o motivo, mas a figura retraída e desconfiada do mais alto o intrigava. O moreno era muito diferente das pessoas que ele tinha conhecido e convivia em seu dia a dia; era como alguém que estava sempre alerta mesmo sabendo que é muito vulnerável.

O juiz era uma contradição, e Park Jimin adorava contradições, era por isso que ainda continuava no pôquer: ele apreciava a sensação de não saber o que esperar, mas ter certeza de que daria um jeito em qualquer que fosse o resultado obtido em uma partida.

Em contrapartida, Yoongi estava cada vez mais receoso com aonde o mais novo queria chegar com todo aquele interrogatório. Ele não gostava da sensação de não saber onde estava pisando e, mesmo que o mais baixo estivesse o chamando de "senhor misterioso", quem era um mistério era Park Jimin.

— Park Jimin, eu já compartilhei informações nessa mesa que pessoas com quem eu trabalho há mais de três anos não sabem. Por que você quer tanto saber sobre mim? — O juiz precisava entender com quem estava lidando e, como o bom aluno de Direito que tinha sido, iria arrancar as informações que queria do outro sem que ele percebesse.

— Você me intriga, eu gosto disso. Desde que pus meus olhos em você, fiquei curioso em saber o que se esconde por trás desse terno de grife e desse cabelo com gel.

— Você é sempre tão direto assim? — O mais velho ficou constrangido com a franqueza alheia. Não que ela o incomodasse; na verdade, era até um pouco eletrizante se deparar com alguém que não tinha medo de falar o que pensava.

— Quase o tempo todo. Embora eu trabalhe em um ramo que tem como base principal a mentira e o blefe, gosto de ser o mais verdadeiro possível com os meus adversários e com as pessoas à minha volta.

O mais alto sorriu com a resposta do castanho-claro e, em um impulso, que ele esperava não se arrepender mais tarde, finalmente revelou o que o outro tanto gostaria de saber: — Meu nome é Min Yoongi.

Jimin também sorriu com a declaração do juiz, pegou a sacola contendo o Buzz Lightyear e a colocou em frente ao outro, frisando: — Então, Min Yoongi, como você finalmente me disse o seu nome, que é algo básico no conceito da comunicação humana, acredito que meu trabalho aqui está feito. Isso fica com você. — Ele apontou para a sacola com o brinquedo. ― E, para me compensar pelo meu prejuízo, você irá comigo no meu próximo torneio de pôquer.

Yoongi riu, desacreditado da pachorra do mais novo, e não conseguiu deixar de discordar mais uma vez da atitude do outro: — Por que você quer tanto que eu fique com ele? E quem disse que eu quero me encontrar novamente com você?

— Porque assim vou ter uma desculpa plausível para te ver de novo — o mais novo respondeu sem hesitar. — E, obviamente, você vai querer me encontrar de novo. Você também ficou curioso sobre mim, dá para ver nos seus olhos.

— Jimin, você acabou de me conhecer-

— Justamente por isso. Gostaria de saber mais sobre você — o garoto interrompeu a fala do moreno, querendo que ele parasse de tentar achar desculpas para evitar o próximo encontro deles. Então, tentando arranjar um motivo realmente plausível, teve uma ideia muito tosca, mas, como Yoongi aprenderia mais para frente, era algo comum vindo de Park Jimin: — Então, que tal se compartilhássemos a guarda do Buzz? Assim, sempre que um estiver se sentindo mal, o outro imediatamente leva o nosso queridíssimo astronauta ao local em socorro.

— Essa é coisa mais idiota e sem noção que eu já ouvi. — Se Yoongi achava que o mais novo não poderia ser mais estranho, o outro ia lá e o surpreendia de novo. — Jimin, você comprou esse brinquedo. Você deve ficar com ele, e não entregá-lo para o primeiro cara que é apaixonado por brinquedos tanto quanto você. E um brinquedo não vai me ajudar a resolver os meus problemas.

“Além do mais, quem compartilha a guarda de algo ou alguém, é um casal recém-divorciado, o que com toda certeza não somos. Então, por gentileza, fique com ele.”

O castanho-claro era alguém insistente e queria que Yoongi ficasse com o Buzz, por isso, fazendo sua melhor cara de pidão — quase como uma versão humana do Gato de Botas ―, ele estendeu uma das mãos para o mais velho e pediu por favor.

O moreno suspirou com a insistência para lá de cansativa do mais baixo, mas, como toda aquela conversa já tinha saído totalmente da sua zona de conforto e percebendo que aquela era uma batalha perdida, decidiu que embarcaria naquela furada. Portanto, agarrou a mão do Park e finalmente concordou com o seu pedido:

— Okay, se você insiste tanto, então hoje ele vai para casa comigo e, quando precisar dele, me liga para me pedir para levá-lo onde quer que você esteja. — O Min procurou um de seus inúmeros cartões de contato em seus bolsos e, assim que encontrou um deles, estendeu-o na direção do mais novo.

O Park imediatamente pegou o cartão e anotou o número do mais alto em seu celular, deixou um aperto na mão do mais velho e disse logo em seguida:

— Para não te deixar tão no escuro sobre onde você vai me encontrar, minha próxima partida é na semana que vem, na casa de um dos jogadores. Fica na parte mais alta da cidade, mas acho que você já sabe.

— Sim, eu sei. Eu moro por ali.

— Então, você é um esbanjador, senhor Min?

— Não é só porque moro na parte alta da cidade que automaticamente moro em uma das mansões existentes lá. — Yoongi não era uma pessoa que gostava de exibir suas posses. Embora morasse na parte alta da cidade, onde as pessoas mais abastadas geralmente residiam, morava ali por conta da segurança reforçada e da excelente privacidade.

Sua casa era grande sim, mas não era grande o suficiente para ser considerada uma mansão digna de celebridades. Inclusive ele achava que o tamanho dela era mais que o suficiente para ele e seu maior companheiro, o vira-lata caramelo Slinky.

— É brincadeira, Yoongi. Você parece não ser o tipo de pessoa metida que costuma morar na parte alta, se fosse, pode ter certeza de que eu não estaria perdendo meu precioso tempo com você. Mas voltando ao assunto original, vou jogar na casa de Kim Seokjin, ele é um importante empresário do ramo de entretenimento, acho que você conhece o canal OCN, certo?

— Oh, meu Deus, mas é claro que eu conheço! — O Min estava estupefato com a informação; não é que ele gostasse de doramas, mas, era impossível não conhecer alguém como Kim Seokjin no país onde viviam. — Eu fiquei curioso sobre como você conhece uma figura tão famosa como Kim Seokjin, mas tenho medo da resposta. E isso não é importante agora, o importante é se você tem certeza de que você quer que eu vá para algo tão restrito sem nem ter sido convidado, eu acho isso muita falta de respeito.

— Ah, eu conheço o Jin porque há alguns anos fui convidado para fazer uma participação especial em um dos doramas que o canal dele produz, desde então, somos bons amigos. E não se preocupe com ser algo restrito, você é meu convidado, e tenho certeza de que o pessoal vai gostar bastante de você. — Ele deu outro aperto na mão do moreno antes de soltá-la para pegar seu celular que havia apitado, indicando que alguém tinha lhe enviado uma mensagem.

Quando Jimin viu a notificação, seu rosto se iluminou e ele deu o melhor eye smile que o juiz já tinha visto, o que o deixou um pouco incomodado, pensando em quem ou o que havia feito o mais novo sorrir daquele jeito tão bonito. Entretanto, quando ia perguntar ao outro o que era, o castanho-claro rapidamente se levantou da cadeira em que estava sentado, pegou algumas notas de dinheiro de dentro dos bolsos laterais de suas calças esportivas e pediu desculpas para o mais alto, avisando que precisava ir embora.

Contudo, antes de passar pelo Min, o mais baixo se inclinou para ficar na altura dos olhos dele e sussurrou apenas para ele ouvir: — Foi um prazer te conhecer, Min Yoongi. Cuida bem do Buzz para mim, okay? — Deu uma piscadinha para o Min, que acompanhou o outro ir embora com o olhar e ficou sentado durante um bom tempo na mesa daquele café encarando seu mais novo companheiro de casa, tentando entender o quão estranho tinha sido aquele dia como um todo.

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Notas Finais: E aí o que vcs acharam? Vcs são do time do Jimin que é escrachado e mostra para todo mundo que gosta mesmo ou do Yoongi que é tímido e tem muita vergonha dos gostos pessoais? Me contem, eu amaria muito saber. Muito obrigada a quem chegou até aqui, amo muito vcs!!! ♡♡♡

3 de Mayo de 2022 a las 22:50 0 Reporte Insertar Seguir historia
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